Dia Mundial do Gato: 7 dicas essenciais para “mães e pais” de primeira viagem

Em 17 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial do Gato, que busca conscientizar sobre os melhores cuidados com os felinos. Atualmente, no Brasil, são mais de 27 milhões de gatos e o número vem crescendo cerca de 6% ao ano, rumo à liderança no universo pet, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) de 2022.
E quem tem gato pode confirmar: os bichanos conquistam cada dia mais os humanos! São uma excelente companhia para quem deseja conviver com um pet fascinante e divertido. No entanto, necessitam dedicação e atenção permanente com sua saúde e bem-estar.

Pra você não esquecer:

Chegou uma das maiores celebrações brasileiras e o que não vai faltar é festa de tudo quanto é jeito, ao redor do país inteiro. Mesmo que você não seja um folião de primeira, é bom estar preparado, pois certamente o carnaval não vai te deixar parado – seja pelas comemorações na sua rua e na vizinhança ou as visitas familiares e as viagens.

Médicos-veterinários se unem em prol do desenvolvimento da profissão, da saúde e do bem-estar animal


VetFamily completa o primeiro ano de atuação no Brasil com mais de 1.000 membros e desempenho bastante superior ao previsto
Ao levar seu animal de estimação para atendimento médico-veterinário, seja ele curativo ou preventivo, a maioria dos tutores espera alta qualidade dos serviços com custo adequado. Um desafio tanto para o tutor, que nem sempre consegue avaliar os parâmetros da qualidade assistencial, quanto para o médico-veterinário, que busca oferecer os melhores recursos equilibrando despesas e investimentos no seu empreendimento, muitas vezes de forma intuitiva e pouco planejada.
O cuidado com a saúde animal vai muito além do atendimento clínico e cirúrgico: nos bastidores dos serviços prestados estão as gestões administrativa, financeira e de recursos humanos, além de todo o gerenciamento técnico diretamente relacionado aos resultados dos procedimentos dentro de uma clínica ou hospital veterinário. O desafio diário, porém, é que os médicos-veterinários são formados tecnicamente para a profissão e não para gestão. Esta realidade foi a motivação para o surgimento de uma comunidade internacional, VetFamily, criada por médicos-veterinários que uniram forças para desenvolver o setor em todo o mundo.
“De forma resumida, o nosso principal papel é oferecer soluções inteligentes em parcerias para compras de produtos e insumos, serviços de apoio à gestão e acesso à inovação, além de colaborar com a ampliação do conhecimento por meio de conteúdos de alto valor e networking”, explica o Head Latam e Diretor-Geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger. O modelo de negócios, já consolidado em diversos países da Europa e nos Estados Unidos, reúne a expertise de executivos para buscar soluções que facilitem, qualifiquem e desenvolvam os serviços médicos-veterinários, elevando suas eficiências e rentabilidades.
A conexão da indústria e de prestadores de serviços aos médicos-veterinários impacta diretamente na saúde dos animais. “Os membros VetFamily contam com uma equipe que trabalha por eles proporcionando negociações, que resultam em economia e qualidade de produtos, insumos e serviços, e facilitando o acesso a tecnologias de ponta em diversas áreas, como diagnósticos e serviços digitais. Apoiamos os veterinários e, desta forma, colaboramos com a melhoria da assistência à saúde e do bem-estar do animal e do tutor”, comenta Berger.
Balanço anual
As iniciativas executadas pela comunidade e os resultados alcançados em seu primeiro ano de atuação no Brasil refletem a demanda que havia no setor. Mais de 1.000 clínicas e hospitais veterinários, onde trabalham mais de 3.400 médicos-veterinários, aderiram à VetFamily. Para eles, a comunidade celebrou contratos e negociações com mais de 20 empresas parceiras e promoveu diversos eventos, como palestras e workshops, e inúmeros encontros on-line. ”Juntos, esses estabelecimentos veterinários faturam em torno de R$ 1 bilhão e realizam mais de 1,5 milhão de consultas, cerca de 50 mil cirurgias eletivas e mais de 1,5 milhão de exames diagnósticos anualmente”, relata Berger, ressaltando o impacto na saúde animal no mercado brasileiro.
“A VetFamily foi uma surpresa. Além das vantagens financeiras e das intermediações em negociações, temos contato facilitado e diário com colegas do Brasil inteiro para troca de informações sobre protocolos de atendimento e debates de assuntos que envolvem a profissão e que refletem positivamente em nossa rotina de atendimento”, conta a médica-veterinária e proprietária do Centro Veterinário Assunção (São Bernardo do Campo/SP), dra. Ana Lígia Mantovani.
Gigantes da indústria internacional farmacêutica, como a Boehringer Ingelheim, Elanco e Vaxxinova, e de consumíveis veterinários, como a Kruuse (Covetrus), estão na carteira de parceiros da comunidade. Já no setor de serviços, destaque para líderes de mercado como a Finpet, no setor de sistemas de pagamento, e a OnePet, em soluções de ERP e gestão para clínicas, hospitais e pet shops, além de outros parceiros em áreas como diagnósticos (Seamaty e Foco Vet), equipamentos (Vet Line e Tropus Vet) e identificação animal (Animall Tag).
Pioneirismo e inovação tecnológica também estão presentes na seleção de parcerias, como Onvet, em nutrição especializada; Box4Pets, mais amplo painel de testes genéticos do país; DrogaVET, primeira rede de farmácias de manipulação veterinária no Brasil; GoVETS, plataforma de telemedicina veterinária, e a Signal Pet, inteligência artificial em radiologia, que chegará ao país em breve, por meio da VetFamily.

Queimaduras, intermação e excesso de Parasitas


Desidratação, intermação, queimaduras nas patas e infestação por parasitas estão entre os problemas que mais se manifestam nos animais durante a estação mais quente do ano.

Caminhar com pets em calçadas quentes durante o verão pode causar queimaduras nas patas dos animais. O asfalto e as calçadas podem aquecer significativamente sob o sol intenso, atingindo temperaturas que são muito mais altas do que a temperatura do ar. As patas dos animais, são sensíveis e podem sofrer queimaduras ao caminhar sobre superfícies muito quentes. Além de queimaduras, o calor excessivo pode levar a outros problemas de saúde nos pets, como intermação e desidratação. O alerta é da médica-veterinária, do Hospital Pet Support em Xangri-Lá, Carolina Hermel. Segundo ela, nesta época do ano aumentam os atendimentos no litoral pelo calor excessivo. Confira as dicas que podem ajudar:

Evite caminhadas em horários de muito calor, preferindo horários mais frescos, como no início da manhã ou final da tarde, além de locais com sombra, com presença de gramado e árvores, é o recomendado.
Teste a temperatura da calçada com a mão antes de sair para passear, se estiver muito quente para a sua mão, estará muito quente para as patas do seu pet.
Entenda também as demais consequências que o calor pode trazer a saúde do seu pet e como solucionar:

1- Intermação:

A intermação em cães e gatos é uma condição séria que ocorre quando o animal é exposto ao calor excessivo e não consegue regular sua temperatura corporal. Os sintomas de intermação em animais podem incluir: Hipertermia: Temperatura corporal anormalmente alta. Respiração Acelerada ou Dificuldade Respiratória: Respiração ofegante, rápida e aparentemente difícil, tentando dissipar calor.
Gengivas Vermelhas ou Pálidas: alterações na cor das gengivas, que podem indicar problemas circulatórios ou de oxigenação.
Salivação Excessiva: Aumento na salivação, muitas vezes com saliva mais espessa e pegajosa do que o normal.
Fraqueza ou Letargia: O animal pode parecer anormalmente cansado, fraco ou ter dificuldade para se manter em pé.
Desorientação ou Confusão: O animal pode parecer confuso, desorientado ou ter dificuldade em manter o equilíbrio.
Convulsões ou Tremores Musculares: podem ocorrer convulsões ou tremores incontroláveis.
Colapso ou Perda de Consciência: Nos estágios mais graves, o animal pode colapsar ou perder a consciência.
Se você suspeita que seu animal de estimação está sofrendo de intermação, é crucial agir rapidamente. Mova o animal para um local fresco e arejado, aplique toalhas úmidas e frescas sobre o corpo dele, especialmente nas áreas de maior calor como a cabeça, pescoço e tórax, também deve ser aplicado compressas nas áreas descobertas por pelo, onde acontece a troca de temperatura, como a barriga, e ofereça água fresca para beber. É importante procurar atendimento veterinário imediatamente, pois a intermação pode causar danos graves e até ser fatal.

2- Parasitas:

“Tão importante quanto a conferência da carteira de vacinação é a conferência dos antipulgas, carrapatos e vermífugos. Um dos principais problemas é a dirofilariose,também conhecida como verme do coração, muito comum nos pets e com maior frequência em regiões litorâneas, tendo maior incidência a partir do litoral catarinense”, diz a médica-veterinária.

Ana Carolina Both, também médica-veterinária, vai mais a fundo na questão e explica: “a doença existe e pontualmente também aparece o parasita da dirofilariose no Rio Grande do Sul, ainda que a quantidade de casos seja menor. Sabemos que muitos viajam nesse período do ano e levam seus pets junto também para outras regiões do país. A doença é muito séria e a prevenção é simples, precisa estar no calendário de cuidados com o pet”.

3- Atropelamento:

O atropelamento é uma das maiores incidências de emergências atendidas no verão. Os casos ocorrem tanto com animais passeando soltos na beira da praia, quanto por atropelamentos dentro da própria casa, visto que muitos tutores moram em apartamentos, mas veraneiam em casas. No entanto, os pets não estão acostumados e, assim, os acidentes ocorrem. Para evitar, ao sair de casa, certifique-se de que o pet está em local seguro ou peça, idealmente, para que um familiar o segure antes de abrir o portão. Além disso, é importante que os pets estejam com coleira de identificação e contato do tutor, caso ocorra de fugirem em algum desses momentos. Além disso, há a possibilidade de microchipagem, uma forma de facilitar a identificação de pets perdidos, como uma espécie de RG.

4- Edema pulmonar

O edema pulmonar é formado pelo acúmulo de líquido nos pulmões devido à angústia respiratória pela obstrução das vias aéreas, secundária a exercícios físicos extenuantes ou em temperaturas elevadas. Em cães de raças braquicefálicas, o edema pulmonar pode se tornar uma emergência e é considerado uma das causas de morte súbita. Alguns sinais auxiliam a identificar o edema pulmonar: língua roxa, tosse produtiva, respirar com a boca aberta, sangramento, desmaio.

Carolina Hermel orienta como evitar o edema: “além dos cuidados com o calor já citados, não deixe seu pet por longos períodos no banho e tosa e oriente o profissional para que, ao menor sinal de estresse, interrompa o banho”.

Viagem de férias sem o meu pet: o que devo fazer?


*Marivaldo da Silva Oliveira
Um momento que aterroriza muitos tutores de pets são os planejamentos para viagens de férias. Se você decidiu que o melhor para o seu pet é não viajar, independentemente do motivo, é essencial que o bem-estar, a sanidade e as condições comportamentais dele sejam respeitadas. Nesse sentido, o objetivo deste texto é transmitir algumas experiências de quem é médico veterinário, tutor e que convive com as mesmas preocupações.
É importante ressaltar que a condição sanitária do seu animal deve ser prioridade, portanto mantenha a carteirinha de vacinação e vermifugação sempre em dia. Mas lembre-se, somente vacinas e vermífugos em dia não é sinônimo de garantia de bem-estar. Então, vejamos outros pontos importantes para não cometer erros com seu melhor amigo.
O lugar em que seu pet irá ficar define o sucesso ou fracasso do seu planejamento. Se você costumeiramente já deixa seu animal na casa de amigos, familiares ou em hospedagens de pets em que ele já está habituado, tanto com o espaço quanto com possíveis outros animais, isso facilitará muito, pois já existe uma memória e seu pet considera também aquele local e pessoas como se fizessem parte do seu convívio normal.
O que não se recomenda é, um dia antes de sair em viagem, você levar seu pet para uma creche ou hotel e deixá-lo lá. Isso provocará mudanças comportamentais perturbadoras no animal, tanto pelo sentimento de distanciamento de você (Síndrome de Ansiedade de Separação) quanto pelo contato com local, pessoas e animais diferentes. Alguns animais são mais sociáveis, porém comportamento não é matemática e cada qual se expressa à sua forma. Um cão, macho, não castrado, por exemplo, devido ao comportamento de espécie irá brigar pela liderança do grupo e isso pode gerar ferimentos graves, tanto no seu animal, quanto em outros pets.
Por isso, a indicação nos casos em que você queira deixar seu pet num hotel ou creche é que isso seja feito gradualmente e com antecedência. Pelo menos um mês antes da data de sua viagem, leve seu pet para o local escolhido e inicie a socialização. Pode ser que ele já se adapte facilmente, mas pode ocorrer o contrário e ele não gostar do local, dos animais ou das pessoas e, então, você precisará levar para outra opção de local. Logo, deve-se iniciar o processo com antecedência.
Animais que são muito apegados aos tutores, geralmente aqueles que dormem junto na mesma cama e que sentem necessidade de estarem “grudados” com o tutor o dia todo, acabam demorando um pouco mais para se adaptar. Se esse é o seu caso, já fica aqui uma dica sobre humanização de pets. Leia a respeito, informe-se. Às vezes, atitudes e condutas normais para você podem não ser benéficas para seu pet. Os animais possuem um comportamento próprio e este deve ser respeitado. Tudo em excesso traz malefícios.
Outro ponto de atenção que pode facilitar a adaptação é a presença de objetos (caminha, cobertor) do animal nesses locais é fundamental, assim ele irá reconhecer como uma extensão da sua casa e acalmar-se. Ofertar bem-estar aos animais é dever do tutor. Tutoria responsável envolve organização e planejamento. Boas férias para todos!
*Marivaldo da Silva Oliveira é médico veterinário e doutor em biociência animal. Professor do Centro Universitário Internacional Uninter

Animais Abandonados 2023: um estudo sobre o perfil de cães e gatos de rua


Desde 1998, o pilar social da Cobasi se dedica a atuar em prol da causa animal. Mais de 95 mil animais foram amparados e muitos deles ganharam novas famílias.
Com tantos anos de relacionamento próximo com a proteção animal, foi possível notar que o abandono e a devolução pós-adoção são problemas graves. Principalmente, quando se pensa na saúde e bem-estar de cães e gatos.
O cenário é tão grave, que todos os entrevistados afirmaram já terem participado do resgate de animais abandonados e presenciado a devolução de animais adotados.


Cães e gatos abandonados no Brasil
De acordo com a pesquisa, 81,5% dos animais abandonados resgatados pelas entidades são cães. Em segundo lugar aparecem os felinos, que representam, aproximadamente 66% dos casos.

Raças de cachorro mais abandonadas
Entre as raças de cachorros abandonados, quem lidera essa triste estatística são os SRD, conhecidos popularmente como vira-latas, com 97% dos casos relatados.
Em seguida, aparecem Pit Bull, Chow Chow, Poodle, Shih Tzu, Yorkshire, Boxer, Lhasa Apso, Pastor Alemão, Pinscher e Rotweiller. Ou seja, nem os cães de raças estão livres do descaso de seus tutores.

Mais da metade dos cães abandonados é adulta
O estudo mostra que o perfil dos cães abandonados são adultos.
De acordo com o levantamento, dos animais com mais de um ano de vida representam 80% dos cães resgatados. Em seguida, aparecem os filhotes e, por fim, os cachorros idosos.

O abandono é perigoso em todas as idades. Os filhotes são mais vulneráveis, pois não possuem o protocolo de imunização com as vacinas completo ou muitas vezes sequer iniciado.
Na rua, eles ficam suscetíveis a diversas doenças potencialmente mortais para os pequenos, como a cinomose e a parvovirose.
Já os idosos costumam ter o sistema imunológico mais resistente às doenças. Entretanto, exigem maior atenção e cuidado com sua fragilidade física.
Filhotes e idosos não vivem muito tempo na rua, tendo a expectativa de vida reduzida.
Os cães adultos, que representam mais da metade desses animais, são mais resistentes. Porém, são os que mais sofrem com a queda na expectativa de vida.
A rua oferece riscos de doenças, maus-tratos, atropelamento e ainda causa um impacto negativo na saúde e na qualidade de vida do animal.
De acordo com Daniela Bochi, gerente de marketing da Cobasi Cuida. “Os riscos do abandono são inúmeros os animais. Na rua, eles são expostos a doenças, questões de socialização, além do risco de maus-tratos e os atropelamentos, que são muito comuns”, contou.
E acrescenta: “Tudo isso piora quando é um animal acostumado a viver dentro de casa, protegido, e de um dia para o outro está sozinho. Por isso o Dezembro Verde é tão importante, precisamos cuidar mais dessa questão”, afirmou.


Cães abandonados (cor da pelagem)
Além da idade e raça, a cor da pelagem também é um aspecto que reflete no abandono de cães. Segundo o nosso estudo, o líder desse triste ranking é o caramelo, mencionado em 89% dos relatos. Em seguida, aparecem os cachorros de pelagem preta, com 82%.

Gatos Abandonados 2023:
Em 2023, os gatos representam aproximadamente 66% dos animais abandonados. Assim como no caso dos cães, a pesquisa Cobasi Cuida conseguiu traçar um perfil dos pets mais afetados. Acompanhe!
Números de gatos abandonados (por raça)
Por não possuírem muitas variações de raças no Brasil, os gatos vira-latas (SRD) e os siameses, são as principais raças vítimas de abandono no país.

Gatos abandonados (por idade)
Outro fator apontado na pesquisa, permite entender melhor o cenário do abandono de animais, é a idade. Gatos filhotes foram resgatados em quase 82% das situações, seguidos pelos adultos, com 59% das menções.

Abandono de gatos (por cor da pelagem)
Os gatos pretos são aqueles que mais sofrem com o preconceito. E isso também se reflete quando analisamos o perfil dos felinos abandonados de acordo com a pelagem.
Os animais de pelagem preta representam 75% dos animais abandonados e resgatados por ONG´s ou protetores independentes. Na sequência aparecem os pets de pelagem manchada.

Pesquisa Cobasi Cuida 2023: perfil animais devolvidos
A grande novidade da Pesquisa Cobasi Cuida em 2023 foi o levantamento do perfil de animais de estimação devolvidos. Os números retratam cães e gatos que, após passarem pelo processo de adoção, foram devolvidos às suas ONG ‘s de origem.
De acordo com os entrevistados, 85% dos animais devolvidos são cachorros, com os gatos respondendo por 47,9% dos casos.
Ainda segundo o estudo realizado pelo Cobasi Cuida, 61% dos entrevistados identificaram que,durante os meses de férias, há um aumento no número de devoluções de pets.
Os meses em que mais acontecem abandonos e devoluções são julho, dezembro e janeiro. O que ajuda a entender o que leva os tutores a se desfazerem dos seus pets.


Os motivos para devolução de pets
O estudo deste ano revela que os principais motivos para o abandono ou devolução do cachorro ou gato estão relacionados à falta de preparo dos tutores.
No caso dos cachorros, os principais motivos alegados para a devolução do pet são: mudança de endereço e da rotina dos tutores, além do pet não ter se adaptado ao novo lar.
A falta de planejamento é um dos principais motivos da devolução dos cães para os abrigos
Já quando a devolução do animal diz respeito aos gatos, os motivos alegados pelos tutores são: doenças, mudança de endereço e falta de adaptação a outro animal de estimação.
Doença e mudanças dos tutores são os principais motivos da devolução de gatos após a a adoção
Por isso, é muito importante considerar uma série de fatores antes de adotar um animal de estimação, conforme explica Daniel Svevo, veterinário comportamentalista, adestrador e consultor da Pet Anjo.
“A decisão de trazer um animal para dentro de casa deve considerar que ele vive cerca de 10-15 anos, em alguns casos até mais, então é um planejamento de longo prazo”, disse.
E continua, “Portanto, pensar nos custos, no ambiente e na rotina que poderemos proporcionar e aprender sobre comportamento do pet é essencial para termos sucesso nessa jornada”, concluiu.
Abandono é crime e não deve ser a primeira opção. Existem muitos serviços e ferramentas que melhoram a rotina do pet e da família.
Consulte o médico-veterinário do seu pet ou procure um adestrador para receber orientação e manter seu cão ou gato em segurança, saudável e feliz!
Perfil dos cães devolvidos após a adoção
Quando analisamos os dados sobre cachorros devolvidos após a adoção, é possível traçar um perfil semelhante aos dos cães abandonados.
De maneira geral, um cachorro abandonado é: vira-lata adulto com a cor da pelagem variando entre caramelo e preto. Conheça os dados:

A maior parte do cães devolvidos são vira-latas
Cães adultos são a faixa etária mais afetada com a devolução
Cachorros caramelo e preto são os que os que mais sofrem com a devolução
Perfil de gatos devolvidos após a adoção
O perfil dos gatos de estimação devolvidos após a adoção é um pouco diferente, se comparado com os abandonados.

A prevalência de felinos abandonados são filhotes, enquanto entre os devolvidos, são os animais adultos.
Os gatos vira-latas são a maior parte dos felinos devolvidos
Gatos adultos são o maior número entre os animais de devolvidos
Gatos pretos e malhados lideram o ranking de devoluções aos abrigos


Amostragem e método de estudo
O estudo “Animais Abandonados e Devolvidos 2023” foi realizado por meio de questionário online com 54 representantes de ONGs e protetores independentes.
Entre eles, 72,2% trabalham como voluntários em ONG, abrigo ou associação responsável pelo resgate de animais abandonados.
A pesquisa aconteceu em novembro de 2023 e foi conduzida pela equipe do Cobasi Cuida por meio de questionário online com 11 perguntas.
Quer saber mais sobre o pilar social da Cobasi? Acesse o Cobasi Cuida e descubra tudo sobre posse responsável e como ajudar ONGs que resgatam animais abandonados.

Janeiro Branco!

Campanha nacional alerta os tutores sobre a saúde mental e emocional dos animais, além dos direitos garantidos por lei.


O primeiro mês do ano pede atenção ao bem-estar animal! Janeiro branco é uma campanha fundamental, pois muitos tutores saem de férias nessa época e abandonam seus cães.

Assim como os humanos precisam cuidar da saúde mental, a saúde emocional dos pets também precisa de uma atenção especial.

De acordo com a matéria publicada no site Healtine, um estudo do American Kennel Club, apontou que a separação e o medo podem deixar os cães mais estressados e ansiosos. Mas a matéria também aponta que o humor e a convivência com o tutor também podem afetar o comportamento do animal.

Afinal, o que é garantir o bem-estar do pet?
Proporcionar um ambiente e uma rotina adequada para que o cachorro tenha uma vida saudável faz parte do processo para garantir qualidade de vida.


Muitos tutores acreditam que isso significa “mimar” o cão, o que é incorreto, pois todo animal tem direitos garantidos. De acordo com a Farm Animal Welfare Comittee, as 5 liberdades dos animais são:

livres de medo e estresse;
livres de sede e fome;
livres de qualquer desconforto;
livres de dor, injúrias e doenças;
livres para expressarem seu comportamento natural.


Quem não sabe como pôr em prática o manejo correto, pode pedir orientações a um veterinário ou especialista em comportamento animal. Além disso, é muito importante saber a respeito das necessidades básicas que garantem qualidade de vida aos cães:

Alimentação apropriada
Todo animal deve receber uma alimentação conforme o porte e idade. Cada ração possui nutrientes adequados de acordo com a fase de vida do pet.

Quem desejar optar pela alimentação natural, deve consultar um especialista antes. Deixar de alimentá-lo corretamente pode afetar a qualidade de vida e saúde do animal.

Enriquecimento ambiental
Introduzir o enriquecimento ambiental em casa pode melhorar muito a rotina e comportamento do cachorro. Com os estímulos certos o totó pode gastar energia, aliviar o estresse e ansiedade.


Todo animal precisa vivenciar desafios, correr, cavar, morder e brincar – sempre com objetos corretos próprios para ele – são essenciais para que ele desenvolva mais seus instintos e tenha um comportamento mais calmo.

Socialização com outros animais e pessoas
Os cães precisam socializar desde filhotes para que tenham um bom comportamento no futuro e não vejam outros animais ou pessoas como “inimigos”.

Muitos cães avançam, rosnam e sentem medo da aproximação de um desconhecido porque não foram incentivados a terem essa relação. A falta de socialização pode influenciar no comportamento do animal e trazer problemas para o tutor posteriormente.

Passeios
Todos os cães devem passear todos os dias. O passeio é o momento do cachorro relaxar e gastar a energia acumulada em casa. Além disso, é um momento único para ele criar vínculo com o tutor.


Seja na rua ou em um parque, o passeio é o momento oportuno para o pet usar seus instintos caninos, como audição, visão e olfato. Para os totós cheios de energia e que ficam dentro de casa o dia todo, o passeio é primordial para evitar comportamentos destrutivos.

Quando um cachorro fica sozinho por muito tempo, por exemplo, sente ansiedade de separação. Isso pode deixá-lo inquieto, sem fome, além de impulsioná-lo a destruir objetos da casa ou até mesmo se machucar.

Cuidados médicos
Negar assistência médica quando o cachorro estiver doente é considerado maus-tratos, segundo a Lei 9.605/98. Qualquer sintoma de dor ou situação que coloque o animal em risco, precisa levá-lo imediatamente a uma clínica médica.

Quem não pode arcar com os custos médicos de um animal, não deve adotar, pois sujeitará o cão a condições de sofrimento.

Adoção responsável é ter cuidado, responsabilidade e comprometimento a longo prazo. Independentemente da realidade da família, há maneiras simples de trazer conforto e qualidade de vida ao pet.