Animais ajudam pacientes a lutarem contra depressão e ansiedade

A companhia deles pode prolongar o declínio cognitivo e com técnicas estimular o desenvolvimento motor

Não é de hoje que o homem e os animais se relacionam. Há milhares de anos, eles tiveram um papel importante durante a caça, protegendo e ajudando os seres humanos a sobreviverem. Atualmente, os pets tornaram-se membros imprescindíveis nas relações humanas. Além de ser uma companhia que alegra e dá carinho, o contato direto com os animais de estimação beneficia a saúde mental, desenvolvimento motor de crianças e adultos, ajuda as pessoas a lidarem com problemas de depressão, solidão, ansiedade e até a passarem pelos processos de luto.

“Os animais acionam neuroreceptores que liberam substâncias químicas que atuam diretamente no cérebro, retardando o declínio cognitivo, além de proporcionar sensação de bem-estar e relaxamento. Também melhora o humor, devido a produção de hormônios nos humanos como a serotonina”, explicou o médico veterinário, especialista em Clínicas de Pequenos Animais, Alex Gonçalves.

Estudos recentes mostram que a Terapia Assistida por Animais (TAA), como os cães, gatos, cavalos, peixes e tartarugas é usada em crianças com algum nível de deficiência, com autismo e também nas Unidades de Tratamento Intensivos (UTIs). “Não existe necessariamente uma espécie animal que vai estimular o cérebro, embora os mais prevalentes nas terapias sejam o cachorro, gato e o cavalo”, disse o médico veterinário.

Estes estímulos acontecem através do toque físico direto no corpo do animal, informa Alex Gonçalves, que também é professor do curso de Medicina Veterinária da Rede UniFTC. “Os profissionais de fisioterapia usam técnicas para impulsos neurosensoriais, motores e físicos. No caso dos cavalos, para pacientes com deficiência motora, o calvagar ajuda na postura e no estímulo sensorial”, completou.

O docente da UniFTC Vitória da Conquista ressalta que os animais podem exercer grande influência no tratamento psicológico. “Incentiva a redução dos níveis de cortisol, hormônio que também ajuda o organismo a controlar o estresse, e, consequentemente, melhora os níveis de ansiedade, proporcionando sensação de acolhimento, afeto e atenção”.

Alex ainda complementa dizendo que “o cuidar do animal faz com que o paciente desenvolva rotinas e também interação com outros indivíduos, e essa socialização auxilia no processo de recuperação”.

No meio científico já existem muitas pesquisas que mostram os benefícios dessa relação tanto para crianças com síndromes variadas, deficientes físicos e visuais, pessoas com dificuldade de relação com outros indivíduos, além do processo de bem-estar dos idosos.

“Em contato com os humanos, os animais estimulam a liberação de hormônios importantes para retardar processos de demência, além de gerar conforto físico, mental e social, uma vez que os tutores se sentem acolhidos dentro das suas restrições e isso os tornam mais felizes”, concluiu.

Festa junina com fogos de artifício pode ser um problemão para os pets!


Um dos meses mais aguardado por muitas pessoas é também um mês de apreensão e estresse para os pets, mas existem formar de ajudar o peludo a superar as situações adversas e o medo


O mês de junho é conhecido pelas festividades juninas, sinônimo de muita comida gostosa, músicas divertidas para dançar quadrilha, fogueira e eventualmente foguetório para celebrar em especial os dias de Santo Antônio, São Pedro e São João. Para os humanos é um mês repleto de diversão, já para os pets pode ser um mês bem desafiador.
“Os animais, sejam eles pets ou não, têm uma audição muito mais sensível do que a nossa. Como eles não entendem exatamente qual é o motivo que os fogos de artifício estão sendo soltos, eles interpretam os estampidos inesperados como sinal de perigo. Isso também acontece com trovões ou escapamento de carros ou motos”, explica Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal.
Muitas clínicas veterinárias reportam aumento de atendimentos por eventualidades que acontecem em decorrência da agitação e medo dos pets causado por fogos de artifício. Alguns animais se machucam ao tentar escapar do ambiente em que estão, outros acabam conseguindo chegar à rua e podem se perder de seus donos ou até mesmo serem atropelados.
“Um grande problema é que o estresse causado por fogos de artifício nos animais pode se prolongar por dias, potencializando problemas cardíacos nos animais que já são cardiopatas e em animais idosos, além de promover elevação dos níveis de Cortisol, hormônio relacionado ao estresse, que pode influenciar outras patologias”, Nathalia elucida.


De acordo com a profissional, não são todos os pets que sofrem com medo de fogos, mas alguns sinais de que o seu peludo não curte o barulho são bem claros, como por exemplo tremer, ficar com a respiração ofegante, ficar mais agitado, buscar locais para se esconder, latir em direção ao barulho, avançar em pessoas ou animais que estejam próximos no momento do barulho, pedir colo e destruir objetos sem motivo aparente.

O que posso fazer para ajudar o meu pet?
Há alguns anos, a forma mais conhecida de lidar com o medo de barulho dos pets era através da utilização de fármacos tranquilizantes ou sedativos. Além da possibilidade de causar sérios efeitos colaterais, estes remédios não inibem os sentidos dos animais e, embora eles aparentem estar sonolentos e relaxados, eles continuam ouvindo o barulho e sentido medo.
“Hoje em dia existem diferentes abordagens para estes problemas, que não incluem tranquilizantes ou sedativos. Estes fármacos ainda são indicados para os animais que tem fobia de barulho, que é um medo muito mais acentuado do que o medo comum da maioria dos pets. Cuidar do ambiente e trabalhar o comportamento dos animais nestes casos comuns é muito mais indicado”, acrescenta a médica-veterinária.
O mais indicado, para todos os pets, é ter auxílio de um adestrador ou comportamentalista que possa colocar em prática treinamentos e mudanças comportamentais capazes de auxiliar o animalzinho a conviver e superar o momento de tensão e estresse promovido pelos fogos. Esta opção, porém, nem sempre é factível para todos os tutores e, por isso, preparar o ambiente continua sendo a melhor opção para os pets.
“Promover um ambiente acolhedor e seguro para os pets é de extrema importância nos momentos de estresse. Vale lembrar que o lugar preferido de qualquer animal de estimação é no próprio lar, ao lado dos seus humanos, então evite deixar o pet sozinho nestes momentos e procure abafar os sons, fechando as janelas por exemplo. Caso sair seja inevitável, deixe o local bem iluminado, com a caminha do pet ou a caixa de transporte aberta para que ele possa usar como esconderijo caso sinta necessidade. Tenha também cobertas e brinquedos para que o pet possa se distrair, comidas gostosas e petiscos também podem ser bons aliados nestas horas”, Nathalia orienta.


A utilização de análogos sintéticos dos feromônios caninos e felinos também auxiliam na manutenção e um ambiente seguro para os pets. Similares aos odores transmitidos pelas mães ou outros membros da mesma espécie, estes feromônios ajudam o pet a se sentir mais apto e seguro para lidar com situações de angústia e estresse. Eles estão disponíveis em difusor (deve ser colocado na tomada ao menos 6 horas antes do momento dos fogos) ou em spray (pode ser borrifado em bandana ou na caminha e deve permanecer de 10 a 15 minutos sem acesso do pet).
“Os análogos sintéticos dos feromônios são específicos para cada espécie e não interferem em nada no olfato ou na saúde dos seres humanos. É uma excelente estratégia para quem tem mais de um pet e sente necessidade de propiciar um ambiente mais acolhedor e seguro aos pets”, reforça.
A profissional acrescenta ainda orientações básicas de não reprimir os animais por expressarem seus medos, acolhê-los quando necessário e, caso o medo de barulho se intensifique com o passar dos anos, conversar com o médico-veterinário de confiança que possa auxiliar na estruturação de uma força-tarefa capaz de auxiliar o pet da melhor forma possível a lidar com o medo.
“Vale lembrar que já existem diversas festas juninas pet-friendly que podem ser uma excelente opção para pets e tutores se divertirem nesta época do ano, com menos estímulos sonoros que podem ser prejudiciais aos pets e potencial para gerar muitas memórias divertidas para todos”, Nathalia finaliza.

Do prato do tutor, para o potinho do pet – conheça os benefícios da batata-doce na nutrição animal


Alimento é um aliado para a saúde dos pets, principalmente daqueles que sofrem de diabetes, sobrepeso ou obesidade
A batata-doce é um tubérculo pertencente ao grupo dos carboidratos, rico em amido e fibras, além de ser fonte de vitaminas A, C, vitaminas do complexo B e manganês. Devido ao seu perfil extremamente nutritivo, muitas pessoas incluem esse alimento em suas dietas, especialmente quando adotam um estilo de vida mais saudável. Por essa razão, cada vez mais tutores de animais de estimação solicitam que as empresas de pet food incluam ingredientes funcionais, como a batata-doce, na composição de seus alimentos.
Após a pandemia, as empresas do segmento pet têm observado uma mudança no perfil dos tutores, que veem seus animais como membros da família e buscam agradá-los de diversas formas. Uma das principais preocupações desses tutores é oferecer uma alimentação variada e saudável aos seus pets, assim como buscam para si mesmos. Mas, afinal, quais são as vantagens de oferecer batata-doce na ração de cães e gatos?
A veterinária Mariana Monti, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Special Dog Company, uma das maiores indústrias de pet food do país, destaca que a inclusão de farinha de batata-doce nas rações pode trazer diversos benefícios para a saúde dos animais. Além de promover maior saciedade, a batata-doce ajuda a melhorar a saúde intestinal dos pets e aumenta a digestibilidade dos nutrientes. Isso faz dela uma excelente aliada não apenas para a alimentação humana, mas também pode ser muito positiva no controle de obesidade dos pets, trazendo mais saciedade para os peludos que precisam emagrecer.
“Sem contar que a batata-doce é rica em fibras e é mais palatável, ou seja, mais saborosa para os pets, principalmente quando comparamos com rações feitas com farinha de arroz”, conta.
A veterinária explica, ainda, que o ingrediente pode ser inserido na alimentação de cães e gatos saudáveis, mas é especialmente indicada para aqueles que estão acima do peso ou que são diabéticos. Isso porque a batata-doce é incluída na ração como fonte de carboidrato e de fibra, o que podemos chamar de ‘naturalmente prebiótica’. Ela substitui fontes de carboidrato como o arroz e o milho.
“Em resumo, a batata-doce traz bons resultados para o metabolismo animal, pois é capaz de reduzir o incremento máximo de glicose e de diminuição da insulinemia comparado com o arroz, o que é muito importante para animais com alterações no metabolismo de carboidratos (obesidade e diabetes, por exemplo), além de ser uma fonte de fibras capaz de promover saúde intestinal”, finaliza.

Junho Violeta

Junho é o mês que usamos para conscientização e prevenção das doenças oculares em animais e reforçar a importância de levá-los para consultas regulares com um oftalmologista veterinário.

O primeiro passo para identificar uma condição ocular que merece atenção veterinária é observar o comportamento do animal.

Existem alguns sinais de que o seu pet está com problemas nos olhos, dentre eles, os mais comuns são:

Coçar os olhos com frequência, perder o senso de localização no espaço, bater a cabeça nos objetos e paredes da casa ou demonstrar apatia.
A idade é m fator que pode contribuir diretamente para maior incidência de doenças oftalmológicas, como a catarata.

PRINCIPAIS DOENÇAS OCULARES
Todos os animais estão sujeitos à sofrer com alguma doença ocular ao longo da vida e existem alguns fatores podem colaborar para a ocorrência dessas doenças.

Por exemplo, cães e gatos de determinadas raças, portes e idades têm uma predisposição a apresentar certas enfermidades, seja por questões genéticas ou pela anatomia do crânio, órbita e pálpebras.

Raças que possuem olhos mais “esbugalhados”, chamados de braquicefálicos, como os cães da raça Pug, Buldogue francês, Buldogue inglês, Shih-tzu, Boston terrier, Pequinês, entre outros e gatos da raça Persa e Himalaio, ficam mais suscetíveis a problemas de origem traumática, como machucados na córnea e saída do bulbo ocular da órbita para o meio externo e até olho seco, que é um ressecamento da superfície ocular.

CONHEÇA AS CINCO PRINCIPAIS DOENÇAS OCULARES:
Glaucoma: Pode levar a cegueira e por isso, o diagnóstico deve ser realizado de forma precoce, assim o tratamento será mais assertivo, principalmente no controle da pressão intraocular.

Catarata: Pode ter causas degenerativas, traumáticas, genéticas ou relacionadas ao diabetes e o tratamento é cirúrgico, com altas taxas de sucesso no procedimento.

Úlcera na córnea: Na maior parte dos casos, o tratamento é realizado com colírios, no caso de úlceras superficiais; e cirurgia, no caso de úlceras profundas.

Uveíte: É uma inflamação que atinge a retina, a íris e a coroide, estruturas importantes para a vascularização do olho. O tratamento é feito com colírios.

Conjuntivite: Essa é uma das doenças mais comuns e frequentes em animais e o tratamento é feito com o uso de colírios que melhoram a lubrificação ocular.

Fique atento aos olhos do seu pet e ao perceber qualquer alteração procure ajuda especializada.

Conte com nossos serviços de ultrassonografia ocular para auxiliar no diagnóstico correto!

Quando diagnosticadas logo no começo, os tratamentos têm grandes chances de serem bem sucedidos e o seu pet não precisará sofrer com a perda da visão.

Cuidados com pets no Inverno: Veterinário do CEUB dá dicas para proteger cães e gatos


Assim como os humanos, os pets podem sofrer com o frio e a baixa umidade do ar. Especialista ensina como proteger os animais nesta temporada
Com a chegada do inverno, é essencial estar atento aos cuidados para proteger os cães durante a temporada mais fria. O professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Bruno Alvarenga, compartilha dicas importantes para garantir o bem-estar dos pets durante esse período.
Contrariando um mito comum, o especialista explica que os cães não contraem gripes com mais frequência no inverno. As traqueobronquites, semelhantes às gripes, podem ser contraídas em qualquer época do ano, não estando exclusivamente relacionadas ao clima frio. “No entanto, é essencial proteger os cães de doenças respiratórias, especialmente se expostos ao frio e se não tiverem o costume de enfrentar baixas temperaturas. Nesses casos, o banho deve ser evitado em dias de maior friagem ou no final do dia”, recomenda.
Assim como os seres humanos, os pets podem sofrer com doenças articulares que causam desconforto e dor, especialmente em dias mais frios. O professor do CEUB explica que, pela manhã, os animais tendem a se movimentar mais para aliviar o desconforto nas articulações e, à medida que a temperatura aumenta, a circulação melhora. Para cuidar da saúde articular nos dias frios e reduzir esse desconforto, o veterinário indica o uso de suplementos e vitaminas, como o colágeno tipo dois para cães e gatos com desordens osteoarticulares.


De acordo com o veterinário, o uso de ômega três também pode ajudar a prevenir desconfortos articulares. “O Ômega Três também é benéfico para a saúde da pele dos animais, que pode ficar ressecada devido à baixa umidade durante o frio. A oferta de uma ração de boa qualidade também é fundamental”. Outro aspecto importante destacado pelo professor do CEUB é a necessidade de manter as vacinas em dia para evitar doenças diversas.


Higiene pet no frio
Na temporada da seca, Alvarenga frisa ser importante reduzir a frequência de banhos nos cães e gatos, além de aumentar a ingestão de água e utilizar umidificadores pela casa para garantir a umidade adequada do ambiente. O veterinário considera essencial manter a casa limpa e evitar exposição a poeira proveniente de reformas, que pode causar alergias e problemas dermatológicos nos animais. “Manter as janelas e portas fechadas em momentos com maior concentração de partículas no ar é uma medida importante para proteger seu animal de estimação”, afirma.

O papel da pensão alimentícia para animais de estimação no direito de família

Dr. Henrique Hollanda

A pensão para animais de estimação é um conceito que vem sendo discutido por muitas pessoas, que visa fornecer cuidados e suporte financeiro para animais de estimação em seus anos dourados. À medida que os animais de estimação se tornam membros queridos de nossas famílias, há um crescente reconhecimento da necessidade de garantir seu bem-estar.
A pensão pode proporcionar tranquilidade aos donos de animais de estimação, sabendo que seus amados companheiros continuarão recebendo o cuidado que merecem.


Segundo o Dr. Henrique Hollanda, advogado especialista em Direito da Família e Sucessões, existe um projeto de lei em andamento sobre a pensão alimentícia. “Está em análise no momento o Projeto de Lei 179/2023 que reconhece a família multiespécie como entidade familiar e garante pensão alimentícia para animais de estimação. O objetivo do projeto é garantir a proteção que qualquer membro da família recebe”, esclarece o especialista.
O Brasil não tem legislação para os casos de pensão, embora esteja sendo discutido. “O objetivo é que o cuidado do animal seja dividido de forma adequada, levando em consideração fatores como o padrão de vida ao qual o animal está acostumado e suas necessidades específicas. Esse arranjo permite a continuação do estilo de vida do animal de estimação, incluindo cuidados médicos, alimentação, abrigo e outras despesas necessárias, promovendo seu bem-estar geral e preservando o vínculo com os donos”, diz o Dr. Henrique.
À medida que a demanda por pensões para animais de estimação cresce, é provável que vejamos abordagens mais inovadoras e opções personalizadas para atender às diversas necessidades dos donos de animais de estimação e seus companheiros peludos.

Mitos e verdades sobre a alimentação dos pets


Alimento úmido tem muito conservante? Gatos podem ingerir carboidratos? Sal aumenta a pressão dos pets? Especialista da Hill’s esclarece alguns mitos que circulam nas redes sociais e na Internet sobre a nutrição de cães e gatos

A dieta de cães e gatos envolve muitos mitos quando o assunto é a alimentação. Para o bem-estar do pet, a dieta deve ser rica em nutrientes e balanceada, focada em uma vida saudável e que proporcione o bem-estar de gatos e cães.
As constantes pesquisas realizadas nessa área, permitiu uma evolução nos alimentos que , além de nutrir, também cuidam da saúde. O papel da ciência na elaboração e desenvolvimento desses alimentos, trouxe soluções e tratamento para animais com problemas urinários, de pele e obesidade, por exemplo.
Flavio Lopes, supervisor de assuntos veterinários da Hills Pet Nutrition Brasil, esclarece alguns mitos atuais que circulam na Internet e deixam os tutores com dúvidas sobre a alimentação de pets. Entre eles, os papéis do sódio, proteína, carboidrato, antioxidantes e leite. Afinal, eles fazem bem ou mal?


Sal aumenta a pressão arterial dos pets?
MITO. O sal costuma ser um ingrediente que gera bastante dúvida entre os tutores. O sal é composto por sódio e cloro, dois nutrientes essenciais para cães e gatos.
O antropomorfismo, ou seja, a humanização dos pets trouxe algumas ideias que sabemos dos humanos para os cães e gatos, e uma delas coube ao sal. Para humanos é sabido que devemos ingerir sal com moderação por ele trazer efeitos deletérios ao nosso sistema cardiovascular, como o aumento da pressão arterial. Por outro lado, para cães e gatos, esse tipo de efeito negativo ao ingerir sal não ocorre. Pelo contrário, eles suportam uma concentração bem maior do que imaginamos. Para termos uma ideia, eles são capazes de suportar uma concentração de mais de 10g por Kg de alimento sem que haja problema.
Claro, aqui estamos falando de animais saudáveis. Quando o animal se encontra em alguma enfermidade como doença renal ou até mesmo alguma cardiopatia, as quantidades devem ser revistas e acompanhadas por um médico-veterinário.


Alimento úmido tem muito conservante e sal?
MITO. O alimento úmido é caracterizado pelo seu alto teor de umidade, ele precisa ter no mínimo 60% de água na sua composição para receber essa classificação. Geralmente, é comercializado em latas e sachês e apresenta texturas diversas (patê, pedaços ao molho etc).
Categorizado como completo e balanceado, o alimento úmido pode ser oferecido como único alimento para cães e gatos e, assim, suprir as necessidades nutricionais dos pets, mas também pode ser classificado como específico para petiscos, ou seja, não pode ser oferecido como alimentação única.
Uma das principais dúvidas é se esses alimentos possuem ou não conservantes. A resposta é não. O alimento úmido passa por um processo de cozimento e posterior esterilização, culminando na exclusão de todos os microrganismos que possam causar danos à saúde dos animais. Inclusive, esse é um dos motivos porque esses alimentos estragam mais rápido depois de aberto. Normalmente, eles não podem ser oferecidos após 48h depois de aberto e devem ser conservados em geladeira.
Portanto, não há nenhum conservante no alimento úmido. Quanto ao sal, ele também não possui concentrações altas de sal. Esse alimento contém quantidade suficiente para suprir a necessidade de sódio e cloro dos pets. Claro, procure comprar de marcas de qualidade reconhecida para ter certeza que está oferecendo o melhor alimento ao animal.


Antioxidantes sintéticos contidos nos alimentos fazem mal?
MITO.
Os antioxidantes contidos nos alimentos para pets são ingredientes importantes para a preservação de outros nutrientes, principalmente as gorduras que são essenciais à vida dos pets e são susceptíveis à oxidação, ou seja, à degradação de suas moléculas.
Os antioxidantes são utilizados em pet food como mecanismo de defesa contra a formação de radicais livres, controlando reações de oxidação das gorduras dos alimentos, preservando suas características, qualidade e segurança nutricional.
Dentre esses antioxidantes, existem o BHA e o BHT que são sintéticos e erroneamente acusados de causarem problemas como alergias e até mesmo câncer em cães e gatos.
Até o momento, não existem evidências científicas de que o uso de antioxidantes sintéticos em alimentos (desde que utilizados em níveis estabelecidos como seguros) promova malefícios para a saúde de cães e gatos. Existem evidências em humanos e ratos de que esses componentes podem ser tóxicos, mas quando ingeridos em quantidades muito elevadas.
Segundo a regulamentação nacional descrita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a regulamentação internacional pela Food and Drug Administration (FDA) e também pela Association of American Feed Control Officials (AAFCO), a adição de BHA e BHT em quantidades mínimas (até 150 mg/kg de cada) na formulação do alimento é considerada segura em alimentos destinados a cães e gatos.


Carboidrato é um vilão para os gatos?
Esse é um ponto delicado, pois muitas pessoas acreditam que o carboidrato é um vilão para o gato, pois entendem que ele pode causar a obesidade e também permitir que o gato fique diabético.
Porém, isso é um MITO. Os gatos são uma espécie carnívora estrita, dependem de nutrientes de origem animal para suprir suas necessidades nutricionais, no entanto, são extremamente capazes de digerir o carboidrato a fim de obter glicose para sua sobrevivência.
Inúmeros estudos nacionais e internacionais demonstram que o gato absorve mais de 90% desse nutriente. Portanto, é uma fonte de energia efetiva e que também não é causadora de obesidade em gatos.
O que causa a obesidade em gatos é o excesso de energia proveniente não só do carboidrato, mas da proteína ou gordura. A quantidade de energia oferecida ao animal é que pode ser considerada a causadora de obesidade em gatos e, consequentemente, de diabetes.
Um bom exemplo disso em felinos pode ser uma analogia à onça criada em zoológico. Normalmente, elas são obesas e não comem ração, geralmente se alimentam somente de osso com carne, ou seja, não ingerem carboidrato e engordam do mesmo jeito. Então, um bom controle alimentar é que vai evitar que o gato engorde.


Proteína em excesso causa problema renal?
MITO.
A proteína em excesso não causa problema renal em cães e gatos. Os gatos são animais carnívoros estritos e os cães são animais omnívoros com essência carnívora, portanto são aptos a ingerir quantidades de proteínas suficientes para que possam utilizá-las como fonte de energia e construir massa muscular.
O rim desses animais são capazes de filtrar perfeitamente todas as impurezas circulantes do metabolismo proteico sem efeito deletério.
Claro, isso vale para animais saudáveis. Caso o pet esteja com alguma enfermidade, como doença renal crônica, alguma doença hepática que não permita a ingestão de proteína, a alimentação deve ser revista com a ajuda de um médico-veterinário para que seja balanceada visando o tratamento à enfermidade com a ajuda de alimentos coadjuvantes.


Leite faz bem para cães e gatos?
Essa é outra dúvida frequente. O leite pode ser oferecido, mas é preciso atenção.
Quando o cão ou gato é filhote, ele se alimenta do leite materno para adquirir energia para seu crescimento. Se durante o desmame, quando o animal começar a comer alimento seco e o tutor continuar oferecendo leite, dificilmente o animal terá problema como diarreia. Isso se deve ao fato do animal possuir uma enzima chamada lactase no intestino que faz a digestão da lactose do leite.
No entanto, quando o filhote deixa de tomar leite e volta a tomá-lo depois de adulto, a enzima lactase já não estará em sua plena atividade e pode levar o animal a ter problemas gastrointestinais.
Importante: leite de vaca ou de qualquer outro mamífero não deve ser oferecido como única alimentação para cães e gatos, tendo em vista que não possui todos os nutrientes essenciais para assegurar a sobrevivência de cães e gatos.


Dietas caseiras podem ter óleo e sal?
VERDADE. Muitos tutores têm em mente que não devem adicionar óleo e/ou sal na comida do animal quando falamos de alimentação natural ou dietas caseiras.
Como já dito, o sal é extremamente necessário aos pets pois possui minerais importantes para a sobrevivência deles. O mesmo ocorre com o óleo, que é uma gordura que possui ácidos graxos, essenciais para a saúde do animal. Inclusive, a falta de óleo pode levar a graves complicações como doenças de pele, deficiência de vitaminas, baixa resposta da imunidade, entre outros.
No entanto, vale salientar que o seu consumo deve ser de forma assistida e, no caso dos pets, sua utilização deve ser em separado durante a preparação do alimento caseiro. Isso porque ao misturá-lo durante o cozimento, pode-se perder o controle da quantidade que está sendo adicionada.

Sobre onças e plantas raras!

De onças a plantas raras, reserva no Norte Goiano já registrou mais de 1.600 espécies da fauna e flora do Cerrado
Na Reserva também foi descoberta uma nova espécie de planta que tem propriedades que podem ser usadas em medicamentos para tratamento de câncer e AIDS


No Dia Internacional da Biodiversidade, a savana mais biodiversa do planeta, o Cerrado, se destaca. Em alusão à data e para reforçar a importância da conservação do bioma, o Legado Verdes do Cerrado – Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), divulga um balanço dos registros de espécies da fauna e flora que já foram catalogadas no Reserva, fruto do investimento em pesquisas científicas e resultado do modelo de negócios que alia o múltiplo uso do solo à conservação aplicado no território. Ao todo, até hoje, já foram registradas 1.670 espécies, sendo 1.500 espécies da flora, 90 de animais e 80 de microalgas.

Dentre os destaques do balanço está a quantidade de registros de espécies de plantas, as 1.500 espécies catalogadas na Reserva representam 12% da flora do bioma. Ainda na flora, um resultado expressivo é a descoberta da Erythroxylum niquelandense, que tem propriedades que podem ser utilizadas em medicamentos para o tratamento de doenças como o câncer e Aids.

A espécie integrou a lista de novas descobertas mundiais divulgadas em janeiro de 2021, quando foi publicado um artigo na revista científica Phytotaxa Magnolia Press, da Nova Zelândia, assinado por Marcos José da Silva, professor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenador do projeto “Biodiversidade, endemismo e conservação no Legado Verdes do Cerrado”, e pela pesquisadora Maria Iracema Bezerra Loiola, da Universidade Federal do Ceará.

Somente pelo projeto “Biodiversidade, endemismo e conservação no Legado Verdes do Cerrado” foram catalogadas 851 espécies vegetais. As iniciativas internas de pesquisa com flora complementam os demais registros da lista, totalizando as 1.500 espécies. Todo o trabalho de pesquisas internas e com parceiros com a flora é aplicado no Centro de Biodiversidade do Legado, que produz espécies nativas para reflorestamento e paisagismo, uma iniciativa inédita no país.

“Os avanços que tivemos nos últimos seis anos com esse modelo de gestão estão gerando impactos positivos para o bioma e ao país. A conservação do Cerrado não tem uma única solução, mas a combinação de alternativas tem se mostrado um caminho possível para vencer os desafios, principalmente a perda de áreas naturais para o desmatamento. O bioma já perdeu mais 50% do seu território original, e trabalhar com essas alternativas tem provado dois principais pontos: 1) é possível usar de forma múltipla o território; 2) esse modelo além de conservar, gera avanços para a ciência e mostra o potencial da biodiversidade do Cerrado. Esses resultados são a comprovação de que estamos no caminho certo, inclusive, transformando a pesquisa em negócios rentáveis”, diz David Canassa, diretor da Reservas Votorantim.

Na flora aquática, 80 espécies de algas também foram identificadas por meio da parceria com Universidade Federal de Goiás (UFG) para o biomonitoramento do rio Traíras, que tem a sua nascente e 92km da sua extensão abrigadas pelo território do Legado Verdes do Cerrado.

Fauna
Atualmente, a Reserva já tem catalogadas mais de 80 espécies, entre pequenos e grandes mamíferos, anuros (sapos, rãs e pererecas) e peixes, fruto de diferentes métodos de registro, como avistamento direto com fotos e vídeos por celulares ou câmeras fotográficas, por pesquisas científicas e câmeras de monitoramento de fauna, também chamadas de câmeras trap ou armadilhas fotográficas.

Dentre os destaques de registros, estão o da onça-pintada e os da onça-parda. A abundância de registros nas câmeras é da onça-parda, que de 2019 a 2022 foram 15, em diferentes pontos da Reserva, podendo ser a mesma onça ou outras. A quantidade de registros de onça-parda já possibilitou observar diferentes atividades da espécie, como caminhadas e paradas para beber água, o que seria muito difícil de ver a olho nu na natureza, já que se trata de um animal arisco.

A onça-pintada foi flagrada pela primeira vez em 2019 e 2022 em três diferentes pontos da Reserva. Além das onças, a jaguatirica, que está na família dos pequenos felinos, também foi registrada no Legado Verdes do Cerrado.

A anta foi outra espécie com abundância de registros pelas câmeras e por outros métodos, como a observação direta, que é quando a pessoa vê o animal livre na natureza. Os vídeos mostram diferentes comportamentos da anta, como tomando banho, com filhote e “forrageando”, que é quando ela usa o focinho para revirar o solo em busca de alimentos.

O avistamento direto, inclusive por parte dos colaboradores da Reserva, já resultou no registro de animais como cachorro-do-mato, cachorro vinagre, veado-campeiro, tamanduá-bandeira, caititu, gato-do-mato, gato-maracajá, raposa-do-cerrado, quati e diversas espécies de aves. O logo-guará, um dos animais símbolo do Cerrado, também foi registrado na Reserva.

As pesquisas científicas em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) resultaram no registro de 25 espécies de anuros (sapos, rãs e pererecas), sendo que dessas, sete só são encontradas no Cerrado, além 40 espécies de peixes, sendo duas registradas pela primeira vez em Goiás, o pacu (Serrasalmus rhombeus) e piranha-preta (Serrasalmus rhombeus).

Para ampliar o conhecimento, catalogação e descoberta de novas espécies, a Reserva, recentemente, instalou 20 armadilhas fotográficas em diferentes pontos do seu território.

Projeto de lei institui 15 de junho como o Dia do Cão Policial


A deputada estadual Leticia Aguiar apresentou o Projeto de Lei 762 / 2023 para instituir o dia 15 de junho como Dia do Cão Policial. Para a deputada Leticia Aguiar a data é importante para reconhecer o trabalho desses heróis de quatro patas: “Mais do que uma data comemorativa, para homenagear nossos amigos peludos, é uma forma de ampliar o debate sobre a valorização do Cão Policial”, disse a parlamentar.

Deputada Letícia Aguiar


A data escolhida é o dia da morte do Cão Policial “Cabo Dick”, maior herói do canil da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O Cão Policial auxilia em muitas funções, seu treinamento dura dois anos, para que logo esteja nas ruas ajudando a PM paulista e as Guardas Municipais a encontrar drogas, armas, explosivos e pessoas desaparecidas.
Assim como os seres humanos, os cães também contam com um período máximo de tempo para prestar serviços, 10 anos, e ganhar o direito a uma aposentadoria, mais do que merecida!
Considera-se Cão Policial o animal canino adestrado especificamente para auxiliar a polícia e outras Forças de Segurança Pública, destinado às ações de detecção e faro de drogas e explosivos, localização de pessoas desaparecidas, captura e imobilização de suspeitos, socorro, salvamento e policiamento em geral.
Após a aprovação da lei, anualmente no dia 15 de junho, as Forças de Segurança poderão realizar eventos com atividades e apresentações públicas, com o objetivo de divulgar e homenagear o trabalho desenvolvido pelos Cães Policiais.

A história do Cão Policial “Cabo Dick”

Em 1953, um filhote de pastor alemão foi abandonado na porta do Canil da Polícia Militar de São Paulo. O cachorro foi adotado pelos policiais, recebeu o nome de Dick e foi treinado para que pudesse integrar a equipe da Polícia Militar. Os militares da época perceberam a aptidão de Dick para os trabalhos policiais logo nos primeiros treinamentos.
Assim, Dick passou a integrar as equipes que participavam das ocorrências e seu desempenho era considerado excelente durante as atividades, como buscas por objetos desaparecidos ou procura por explosivos. Cada cachorro era parceiro de um membro da polícia, que era responsável por cuidar do animal e acompanhá-lo nas ações. O companheiro de Dick era o soldado José Muniz de Souza.
Em 1956, um aviso do então governador de São Paulo, Jânio Quadros, causou temor entre os policiais que atuavam no canil. Com o objetivo de contenção de gastos, o governador ameaçou fechar o canil, que era considerado por muitos como algo supérfluo. Havia quem defendesse que os gastos com alimentação e cuidados com os cachorros que integravam a equipe da PM não traziam o retorno esperado.
No mesmo período, o desaparecimento de uma criança ganhou as manchetes de noticiários do país. O pequeno Eduardo Benevides – Eduardinho – de pouco mais de três anos, foi raptado enquanto estava na porta de sua casa, na Rua Senador Casimiro da Rocha, no município de São Paulo.
Duzentos policiais, comandados por 10 delegados, com viaturas da Radiopatrulha e do RUDI fizeram uma força-tarefa para procurar pelo garoto, mas mesmo com buscas intensas, nada parecia trazer respostas sobre o paradeiro da criança. Para que pudessem auxiliar nas buscas, os cães da Polícia Militar sentiram o cheiro de um travesseiro usado somente pelo menino.
No terceiro dia, enquanto farejava uma área de mata no bairro da Água Funda, Dick ficou agitado e latiu intensamente, levando o soldado Muniz de Souza a uma cova com um metro e meio de profundidade, coberta com uma folha de zinco. Lá o garoto foi encontrado, estava assustado, sujo, com as roupas esfarrapadas, mas vivo. Ele foi resgatado e encaminhado para receber os atendimentos médicos necessários.
O resgate de Eduardinho causou comoção. O governador recomendou a promoção do soldado Muniz de Souza a cabo. O cão Dick também ganhou sua promoção e hoje é conhecido como o “Cabo Dick”. O principal pedido da família do menino ao governador, diante do desempenho de Dick no resgate, foi que o canil não fosse extinto. E assim, as autoridades da época entenderam a importância do canil e do uso de cães em ações policiais.
Dick e Muniz também eram parceiros fora do cotidiano policial. Com frequência, o policial levava o cachorro para a casa de sua família.
Em 15 de junho de 1959, Cabo Dick não resistiu a uma grave hepatite e morreu. Ganhou um busto e placa de bronze à porta do Canil Central da Polícia Militar do Estado de São Paulo no bairro do Tremembé e é considerado um dos maiores símbolos da instituição.
Em 2016, Cabo Muniz morreu após ter um acidente vascular cerebral, aos 88 anos. Ele foi homenageado por membros do canil. Muitos cães da PM acompanharam o enterro, para homenageá-lo. Os animais uivaram muito no momento em que enterraram o caixão. Segundo sua família, a história com o pastor alemão foi uma das que ele mais se orgulhou durante a sua carreira na Polícia Militar.
O Canil Central nunca foi fechado e a cada ano se aperfeiçoa, sendo uma das principais forças no policiamento do Estado. Fundado em setembro de 1950, marco da atividade de policiamento com cães na Força Estadual Paulista, passou a ser o 5º Batalhão de Polícia de Choque – Canil em 26 de agosto de 2019, com o Decreto 64.413.
Atualmente, conta com um efetivo de 174 (cento e setenta e quatro) policiais militares, sendo 20 (vinte) mulheres. Os cães policiais atuam em diferentes atividades policiais no Estado, auxiliando no combate à criminalidade, na busca de pessoas desaparecidas, no controle de presos rebelados em penitenciárias, na localização de artefatos explosivos, bem como auxiliando a Polícia Federal e outros órgãos de segurança em operações específicas.
O Canil Central está sediado na Serra da Cantareira, no bairro do Tremembé, zona norte da Capital, e tem o espaço ideal com ampla área verde, onde vivem cães das raças pastor alemão, pastor belga malinois, partor holandês e labrador retriever. Na sede do comando trabalham policiais adestradores, responsáveis por treinar diariamente a matilha para as funções de faro e policiamento, tarefas atribuídas ao cão a partir do perfil e, principalmente, da raça.
A matilha é tratada com atenções redobradas na alimentação e na saúde, com consultas veterinárias preventivas e um pronto-socorro canino para qualquer ferimento que ocorrer durante o expediente.
Além do Canil Central, existem canis setoriais, localizados em cidades da região metropolitana da capital e no interior. Um dos canis setoriais pertence ao Corpo de Bombeiros, especificamente para a função de salvamento, como busca e resgate em estruturas colapsadas, soterramentos e busca em matas, inclusive em missões internacionais, como ocorreu recentemente, quando os cães policiais auxiliaram nas buscas no terremoto da Turquia.
O cão policial torna-se o companheiro e melhor amigo do policial, realiza um trabalho essencial para as forças de Segurança e merece todo o reconhecimento da população do estado de São Paulo.
“São os cães valorosos guerreiros, prontos sempre aos meus olhos guiar nas missões por mais árduas que sejam, neles sempre hei de confiar” (Canção do 5ºBPChq)

Mini cabras e mini bodes de estimação: os cuidados que os dois animais exigem


Professoras do curso de Medicina Veterinária da Braz Cubas, esclarecem as principais dúvidas em ter ruminantes como pets
Mini cabras e mini bodes são animais de espécie caprina, herbívoros ruminantes. Assim como qualquer outro animal, bichos como esses precisam de alguns cuidados especiais em suas rotinas diárias, para que o excesso ou a falta de cuidados não prejudiquem a saúde deles.
Por serem animais muito dóceis, são muito utilizadas como animais terapêuticos, especialmente no tratamento de crianças com deficiências físicas e mentais, como atração em parques e hotéis fazenda, já que se dão muito bem com os pequenos.
Segundo a médica veterinária e Profa. Dra. Camila Freitas, para quem quer adotar essa espécie, é importante ter em mente que são animais extremamente inteligentes, curiosos, dóceis, com muita energia acumulada, sendo assim bastante brincalhões.
“É indicado que eles tenham um espaço adequado, no qual possam desenvolver e gastar toda essa energia”, diz Camila, que é coordenadora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Braz Cubas.
“Ainda, deve-se ter cuidado, pois por serem muito curiosos, podem comer ‘algumas besteirinhas’ e ingerir qualquer coisa. O mesmo vale para plantar ornamentais, já que muitas são tóxicas e, na maioria das vezes, fatais para essas espécies”, adverte a médica veterinária.


Local para morar
Para quem mora em apartamento, Camila diz que é importante tomar alguns cuidados com sacadas, janelas abertas, sempre manter telas de proteção bem reforçadas, além de evitar pisos muito escorregadios, que podem prejudicar a saúde do casco desses animais ou causar uma lesão.
Já as “casas térreas com quintais grandes, espaçosas e chácaras são o ambiente perfeito para criar mini cabras e bodes. E se o animal viver ao ar livre, é necessário que tenha um ambiente onde ele possa se abrigar e se proteger do sol, da chuva, do vento e do frio”, completa a médica veterinária Bruna Mamede, docente do mesmo curso.
No que se refere ao frio, ventanias e chuvas, o cuidado é ainda mais rigoroso: esses caprinos têm pré-disposição a desenvolver pneumonias.


Como deve ser a alimentação dos ruminantes?
Mini cabras são animais herbívoros, logo não podem ser alimentadas com qualquer tipo de proteína animal, como comida de gato e cachorro. Fenos de capim são muito utilizados como forma de alimentação. Além do capim, pode-se incluir ração à base de milho e soja, mas apenas após a orientação do médico veterinário especialista.
Na dieta da mini cabra ou do mini bode, um nutriente essencial para o desenvolvimento deles é o sal mineral, que deve ser incluído com cuidado para complementar a alimentação do caprino sem excluir nenhum outro nutriente.
Os benefícios são enormes, pois ele auxilia na digestão, circulação e desenvolvimento por completo do animal. E quando se trata da hidratação dessas espécies, é fundamental deixar água limpa e fresca sempre à disposição.


Brincadeiras
Como qualquer animal, esses caprinos também precisam de momentos de lazer, especialmente para liberar a grande quantidade de energia que possuem e ajudar no desenvolvimento deles.
Por isso, Camila aconselha passeios quando as temperaturas não estão extremas: sol muito quente ou frio exagerado.
“A preferência é que os passeios ocorram sempre nos períodos matutinos antes de o sol ficar muito quente ou vespertinos após o sol abaixar. Lembrando ser essencial empre ter cuidado com temperaturas muito baixas”, recomenda Bruna Mamede.


Saúde
Em geral, clínicas veterinárias urbanas não atendem mini cabras e mini bodes, pois não é qualquer médico veterinário, mas um que seja especialista m ruminantes. Por isso, ao pensar em adotar, Camila lembra que a atenção em saúde desses animais deve ser feita por profissionais habilitados e que dominem questões sobre esses ruminantes.
“Caprinos devem sempre ser vermifugados e vacinados para que possam realizar os passeios com segurança e não adquirirem e nem transmitirem doenças. Salientando sempre o cuidado na possível ingestão de objetos desconhecidos ou perfuro cortantes jogados no chão ou entremeados ao capim fresco, plantas de caráter tóxico ou pedregulhos. Esses animais comem tudo o que veem pela frente”, informa Bruna.
Por fim, Bruna Mamede reitera os cuidados em ter mini cabras e bodes como pets, que são ótimos companheiros, capazes de se adaptarem muito bem a humanos e crianças. “Se você pensa em adquirir um, procure um médico veterinário especialista para obter informações e se conscientizar dos cuidados devidos que essa espécie necessita para que possam ter uma vida leve e saudável”, conclui