Cláudio Francisco Ribeiro

Cláudio

Uberabense de nascimento e coração, Cláudio é técnico de suporte em informática. Sempre apaixonado por cães, tem uma queda especial pela raça rottweiler. Com essa tem uma ótima convivência e a prova é que tem duas cadelas, dessa, que é considerada uma raça “perigosa”. Gosta de passear com elas e faz parte do clube de rottweiler de Uberaba há quase dois anos. Acredita no slogan do clube: “não é a raça, é como se cria”, fazendo referência à influência que tem a maneira de criar um cão em seu comportamento, agressivo ou não. Sobre essa convivência ele fala na entrevista deste final de semana no Moreno Pet Blog.

 

“Se optar por ter um animal de estimação saiba que você é responsável por uma vida”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais?
Cláudio Francisco Ribeiro– Sim, já tive tartaruga, papagaio mas sempre fui apaixonado por cachorros. Já tive vários.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Cláudio– Todos são especiais a seu modo.

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Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Cláudio– A ultima cachorra que adquirimos chama-se Cacau. Foi uma homenagem de minha esposa a mim, pois meu nome é Claudio e, segundo ela, as meninas chamadas Claudia costumam ter o apelido de Cacau.

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Cláudio– Como nossas cachorras são de grande porte não permitimos que elas convivam no ambiente interno da casa. Elas têm um canil confortável, mas não entram dentro de casa.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Cláudio– Acredito que eles entendem tudo o que falamos.

curiosidade-sobre-a-aguia-6Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Cláudio– Águia

 

Marcos- Que animal você jamais teria como pet, e por quê?
Cláudio– Uma aranha, pois ela pode ser venenosa e não consigo imagina-la interagindo.

Marcos – Você acha que o respeito aos animais tem evoluído e pode fazer alguma comparação com o passado?
Cláudio– Sim, tem evoluído muito. Historicamente os animais, em especial os cachorros eram utilizados apenas como mão de obra de trabalho, eram mutilados e comiam apenas restos de alimentação humana. Hoje já há uma proibição a mutilações e uma grande diversidade de rações que atendem a tido tipo de dieta.

Marcos -Um filme com animal.
Cláudio– Marley e eu

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Cláudio– Se optar por ter um animal de estimação saiba que você é responsável por uma vida. Não se pode abandoná-lo porque ele cresceu, ou porque ele representa um gasto a mais em seu orçamento, ou ainda porque ele ficou doente. Ter um animal é cultivar o amor todos os dias com todas as alegrias, preocupações e tempo que envolvem essa construção.

Marcela Hercos Fatureto

Marcela Hercos Fatureto (4)
Ela acaba de se formar em medicina. Filha de médicos e irmã de uma futura médica. Marcela, como ela mesmo conta, sempre gostou muito de bichos, mas sua mãe, que hoje se rendeu aos encantos da cadela  Tequila, não gostava. História quase clássica. As mães geralmente não querem animais em casa. Muitas pelo trabalho que sabem que vão ter e outras porque não gostam mesmo de animais. Mas Tequila mudou de vez a vida de todo mundo. Ficaram todos inebriados de amor pela cadela. E assim é mais uma história de convivência feliz ente humanos e cães.

 

“Não há fidelidade igual dos animais com quem os tratam bem”
Marcos Moreno -Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Marcela Hercos Fatureto – Sempre adorei animais. Quando era pequena adorava ir a rodeios e torcer para os touros. Uma vez, quando eu tinha uns 5 anos, um funcionário da fazenda matou uma cobra e eu não entendi porque ele fez aquilo. Não tive dúvidas, peguei ela morta coloquei num aquário e levei pra casa com a inocência de uma criança, acreditando que iria ajudá-la a viver. Mas de estimação, além de peixes, eu nunca tive nenhum outro dentro de casa porque minha mãe sempre teve pavor de bichos e nós sempre respeitamos isso.
Marcos – Já teve algum especial ou todos são?
Marcela – Agora eu tenho uma especial… Há um ano eu quis um cachorro pra acompanhar meu pai na fazenda e ganhei! Fui buscar num domingo à noite e com a promessa que ela dormiria lá em casa só um dia, e na segunda, após as vacinas já iria pra fazenda. Mas o Veterinario pediu para ficarmos com ela até completar o calendário vacinal é só após levá-la. Não teve outra, todos apaixonamos por ela, inclusive minha mãe que sempre teve medo. Tequila sabia que ela tinha pavor de cachorro e com jeitinho ia ganhando carinho da minha mãe até que ela apaixonou, e adivinha? Tem 1 ano que ela mora lá no meu apartamento. Isto mesmo, eu tenho uma blue heeler dentro de um ap.
Marcos-A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Marcela– A escolha do nome foi uma guerra lá em casa, Fiz um pacto com minha irmã, se fosse macho eu iria colocar o nome de um cantor sertanejo que eu adoro, e se fosse fêmea minha irmã iria escolher. E adivinha? Ela ganhou, e colocou Tequila (é a bebida preferida dela).

Marcela H FaturetoMarcos – Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Marcela – Lá em casa não existe um limite bem definido, meu pai é como se fosse avô mesmo e deixa “a neta” fazer tudo. Ela dorme na cama comigo, assiste TV com ele no sofá, tem babá que leva da pra passear, anda no banco da frente do carro enquanto minha mãe vai no banco de trás. Sempre que dá nos acompanha nos passeios
Marcos-Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Marcela– Entendem praticamente tudo que falamos com eles, desde bronca até “vai buscar seu brinquedo”, “vamos passear”, cadê tal pessoa…
Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Marcela– Nenhum específico.

Marcos – Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Marcela– Gato, não tive boas experiências com eles

Marcos – Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Marcela– Não gosto dessas culturas que maltratam os animais. Desde pequena sempre torci pra o Touro.
Marcos– Um filme com animal.
Marcela– É clichê, porem o “Sempre ao seu Lado” é perfeito

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Marcos – Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Marcela– Cuidem dos seus animais sempre, eles retribuem o dobro do afeto que a eles é dedicado. Não há fidelidade igual dos animais com quem os tratam bem. Tenha um animalzinho de estimação, é a melhor sensação chegar em casa e ter aquele rabinho balançando feliz da vida em te ver.

Eber Chaban

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Ele é uberabense, mas passou a maior parte da vida fora de Uberaba. De família super tradicional na cidade. Deixou a cidade, mas, como todo bom filho, à casa retornou. Formado em odontologia, não exerce a profissão porque se identifica mais com a atividade de professor de física. É pequeno empresário na área de educação e agora na área de cervejas artesanais. Tem uma história muito bacana com seu cachorro Dog, que o acompanha pra todo lado, mesmo depois do acidente que o deixou sem uma perna. Companheirismo e fidelidade.

 

“É muito bom saber que alguém gosta de você simplesmente por que gosta de você, é desinteressado, coisa rara hoje em dia”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?

Eber Chaban– Na minha infância tive gatos, criava peixes tropicais e passava férias em uma fazenda, como não gostar de animais?

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Eber- Meu cão atual, Dog, entrou na minha vida na maturidade, depois de um longo período em que só tive peixes, em uma época em que os filhos estão saindo de casa. Acho que ele preencheu uma lacuna, muito bem preenchida. Diga-se de passagem, não que ocupa o lugar de um filho, mas, é uma presença quando outros estão ausentes. Além do que, ele passou por um atropelamento onde perdeu uma das patas traseiras, acontecimento que perturba a gente mais do que gostaríamos de admitir. Adaptou-se perfeitamente bem ao papel de um animal “trípede” e hoje se vira tão bem quanto qualquer outro cão com todas as patas. É meu companheiro de caminhadas, guardião de nossa casa e em qualquer situação, aconteça o que acontecer é sempre uma demonstração de carinho quando se chega em casa. É muito bom saber que alguém gosta de você simplesmente por que gosta de você, é desinteressado, coisa rara hoje em dia. É muito especial para mim.

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Eber- Quando o adotamos foi uma briga entre os que sugeriam nomes, quase sempre grandiosos tipo Atila, Dragão, Leão etc. Como coube a mim a palavra final, optei pela simplicidade, Dog.

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Eber– Cada qual em seu lugar, o Dog é o dono do quintal, mas, não entra em casa, ele foi adestrado assim e somos todos muito felizes com isso, cada um em seu lugar. Existem casos de animais que chegam a dormir na mesma cama com o dono, em minha opinião, coisas assim não fazem bem para ninguém, não é natural, além disso, existe o risco sempre presente das zoonoses por mais que se cuide de vacinação e profilaxia.

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Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Eber– O Dog foi adestrado para não atravessar ruas sozinho, ele espera que eu vá para ir junto, quando foi atropelado, foi por pura distração de minha parte, eu atravessei a rua sem conferir se ele vinha comigo e, aconteceu de ele estar distraído cheirando algo, quando me viu, atravessou correndo ao meu encontro e foi quando aconteceu. O adestramento é um condicionamento, não envolve compreensão do fato. O animal bem adestrado da a impressão de entender o que falamos com ele mas, isso não acontece. A entonação de voz, mais do que a palavra dita é o que determina seu comportamento. Se seu pet obedece a algum comando, experimente disser outra palavra com a mesma entonação de voz usada no comando. É quase certo que ele vai obedecer da mesma forma. Eles tem um cérebro capaz de muitas coisas, mas, raciocinar assim como fazemos, ou pelo menos alguns de nós, eles não fazem. Em compensação eles têm uma capacidade em sentir ou ver, não sei qual seria a palavra adequada, o nosso estado de espírito, se estamos tristes ou felizes, que eu acho espantosa.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Eber– É difícil dizer, até o mais simples deles às vezes nos surpreende. Alguns entretanto são fantásticos. Uma vez, quando morava no sul, fui a Lacuna e vi pescadores e golfinhos pescando juntos, fazendo um trabalho de equipe, é espantoso, desde então tenho uma profunda admiração pelos golfinhos.

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Eber– Qualquer uma que seja selvagem eu jamais adotaria como pet, o lugar deles é livres na natureza.

Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Eber– Em minha opinião trata-se de uma barbárie muito semelhante ao antigo circo romano. É um evento onde se dá vazão aos seus mais selvagens instintos, acho que seja incompatível com civilidade.

Marcos– Um filme com animal.
Eber- O encantador de cavalos

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Eber– Todos somos partes de um mesmo planeta, evoluímos é certo, mas, não faz muito tempo éramos iguais. Eles não raciocinam como nós, mas, sentem dor, fome e frio do mesmo jeito que você.

Valéria Ferro Borges

Depois que adotou a cadela srd de nome Monalisa, a odontóloga uberabense Valéria Ferro Borges passou a ver os animais de outra forma. Já morou em São Paulo e Indianápolis (EUA), cidades pelas quais tem todo carinho. Valéria também é professora e consegue conciliar muito bem as suas atividades profissionais com a dedicação de esposa, mãe e tutora da Monalisa, que considera uma filha.

Valéria Ferro

 

“Não consigo hoje ver a diferença entre um animal e um ser humano”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais?
Valéria Ferro Borges– Sempre gostei de animais , porém defendê-los como faço hoje foi após ter adotado a minha viralatinha Monalisa , ela foi a responsável em despertar a compaixão para com eles. Agradeço a ela todos os dias por ter me proporcionado esta visão que tenho hoje.

 
Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Valéria– Em minha vida toda só tive 3 animais , um peixinho , um passarinho e a minha cachorrinha Monalisa . Eu era muito pequena quando tive os dois primeiros e apesar de gostar deles não tinha noção direito da responsabilidade em ter um animal . Já a minha cachorrinha Monalisa eu a adotei depois de casada , mais madura e adulta e ela , como disse acima, me despertou um sentimento puro que cultivo com muito amor que é ter compaixão e respeito por vidas irracionais . Assim sendo a considero muito especial pq ela me transformou em uma pessoa melhor.

Valéria Ferro
Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Valéria– A escolha pelo nome de minha cachorrinha foi uma estratégia . Quando a adotei meu marido relutava um pouco para aceitar um animal em casa . Quando cheguei com ela dei a ele o direito de escolha do nome , sabia que ali a responsabilidade aumentaria . Ele logo a batizou como Monalisa e logo conquistou o coração do maridão . Mas hoje vejo que a escolha foi perfeita porque ela tem o mais lindo e puro sorriso como ao quadro mais famoso do mundo.

 
Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Valéria– Não consigo hoje ver a diferença entre um animal e um ser humano . Acredito que ambos partilham de sentimentos, alguns muito cruéis como fome, dor e abandono. A dor não é diferente. Diante disto não acho que faço confusão entre bicho e gente , apenas respeito a vida , seja qual for não hesitarei em ajudar uma ou outra sempre que puder .

 

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Valéria– Os pets não só entendem, como sentem tudo que se passa ao seu redor . A inteligência deles não está ligada à fala e sim a ações e olhares . Não tenho dúvida que são de certa forma espiritualmente evoluídos por conseguirem tal façanha e serem considerados irracionais .

 

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Valéria– No universo de animais selvagens cada qual traz sua beleza interna e externa , mas me encanto com o olhar penetrante dos gorilas.

 

Marcos– Que animal você jamais teria como pet, e por quê?
Valéria– Como já disse acima tive um passarinho e um peixinho e hoje me envergonho em tê-los criados em cativeiros como gaiolas e aquários . Portanto não teria mais qualquer animal que precisasse viver em cativeiro. A liberdade e a natureza é bela de mais para eu impor a eles uma prisão fora de seu habitat.
Valéria Ferro 1Marcos– Você acha que o respeito aos animais tem evoluído e pode fazer alguma comparação com o passado?
Valéria– Sou totalmente contra as atrocidades contra os animais . Um dia escravizaram índios e negros e achavam que isto era correto , hoje é uma vergonha de nosso passado . Espero que este tipo de tortura e escravidão animal um dia também passa a ser apenas uma página triste e lamentável da História mundial .

 
Marcos– Um filme com animal.
Valéria– Um filme que muito me marcou Foi “sempre ao seu lado”. Este filme mostra o amor incondicional que às vezes não encontramos na espécie humana . Simplesmente maravilhoso.

 
Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Valéria– Minha mensagem não é para os humanos , minha mensagem é para os animais . Queria pedir desculpas à todos em nome da minha espécie , que apesar de sermos racionais praticamos tantas irracionalidades com eles . Que um dia possamos a ter apenas vergonha de um passado tão cruel . Li uma frase que muito me marcou “Se os animais pudessem falar a humanidade iria chorar “.

Fanny Scandiuzzi

Jovem senhora, casada e mãe de duas filhas, Funny Scandiuzzi é uberabense de coração. Formada em Direito, não exerce a profissão porque optou pelo segmento comercial. Há 4 anos está à frente da Provanza Uberaba, loja de produtos aromáticos, como cremes, perfumes, difusores de aromas, sabonetes, e etc. Fanny adora animais e claro, tem seus pets para dar todo o carinho que eles merecem.

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“Eles percebem pelo tom da nossa voz se estamos ou não bravos ou tristes”
Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Fanny Scandiuzzi– Sempre amei animais !!!

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Fanny– Todos são especiais, e cada um deles por mais que sejam parecidos fisicamente, são diferentes no seu modo de ser !!! ÚNICOS

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Fanny– Os nomes das minhas cachorrinhas foram escolhidos pelas minhas filhas, eu até tentei colocar minha opinião …mas fui voto vencido .

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Fanny– Confesso que a Nala, dorme no meu quarto na caminha dela ao meu lado, (no chão ), porém tudo na vida temos que ter ponderação para que funcione bem !

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Fanny– Tenho certeza que eles nos entendem, disso não tenho a menor dúvida ! Eles percebem pelo tom da nossa voz se estamos ou não bravos ou tristes ! Pra dizer a verdade, eles percebem até mesmo quando não falamos!!!

Marcos- No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Fanny– O tigre

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Fanny- Qualquer tipo de animal silvestre eu não teria porque o lugar deles é na natureza, vivendo livres.

Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Fanny– Sim sou contra, porque acho uma maldade com o animal !

Marcos– Um filme com animal.
Fanny– “Sempre ao seu lado”

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Fanny– Não maltrate nenhum animal!!! Cuide e dê carinho!

Ricardo de Assis Madruga Júnior

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Ricardo de Assis Madruga Júnior,é médico veterinário há 14 anos. Além do conhecimento tem uma característica que é fundamental no profissional desse segmento: gosta dos bichinhos e a eles dispensa mais do que cuidados veterinários, o amor. A medicina veterinária não foi a sua primeira opção. Queria se médico de humanos, mas depois que optou por esse caminho, não se arrependeu. Esse é o nosso entrevistado da semana.

 

“Você tem que saber lidar com o limite de continuar tentando salvar uma vida ou saber quando você deve interferir e abreviar o sofrimento das mesmas”

 

 
Marcos Moreno– Há quantos anos exerce a MV?
Ricardo de Assis Madruga Júnior– Sou formado em medicina Veterinária a 14 anos pela pelo convênio firmado pela universidade de Uberaba (UNIUBE), FAZU e ABCZ.

 
Marcos– Você tem alguma especialidade?
Ricardo– Hoje atuo como medico veterinário na cidade como clinico geral e faço algumas cirurgias, limpezas dentárias, etc.
Marcos- O que é mais desafiador no seu dia-a-dia?

 
Ricardo– O mais desafiador do dia-dia em primeiro lugar o próprio mercado, depois seria os desafios clínicos do dia-dia, enfrentar os problemas da área não são muito fáceis, conflitos éticos como praticar ou não a eutanásia, pois você tem que saber lidar com o limite de continuar tentando salvar uma vida ou saber quando você deve interferir e abreviar o sofrimento das mesmas.

 
Marcos-  Você tem que praticar eutanásia algumas vezes? É difícil pra você?
Ricardo- Eu pessoalmente não gosto e fico muito ruim no dia que sou obrigado a tomar esse tipo de decisão. Já consegui algumas vezes onde colegas chegaram a pedir para fazer eutanásia em animais e o proprietário se negou e foi tentado reverter o problemas e foi conseguido com um certo tempo melhorar as condições clinicas desse paciente.

 
Marcos- Já conseguiu recuperar um caso praticamente perdido?
Ricardo– Já consegui algumas vezes onde colegas chegaram a pedir para fazer eutanásia em animais e o proprietário se negou e foi tentado reverter o problemas e foi conseguido com um certo tempo melhorar as condições clinicas desse paciente.

 
Marcos- A expectativa de vida dos animais também aumentou?
Ricardo– Atualmente com o desenvolvimento de tecnologias, melhoramento genético, alimentação, medicamentos, etc, estamos sim aumentando a expectativa de vida desse companheiros de quatro e duas patas

 
Marcos– É contra o uso de animais para experiências científicas?                                                                                                                                       Ricardo- Não sou contra o uso de animais em algumas pesquisas, mas sou contra a utilização dos mesmo em pesquisas sem nenhuma finalidade a não ser de teste mesmo, causando dor, sofrimento, mutilação ou algo desse gênero. Tem que ter um controle mais rigoroso para esses eventos.

 
Marcos– Acha que as pessoas estão mais responsáveis e mais conscientes em relação a eles atualmente?                                                           Ricardo- Os meu clientes estão mais conscientes sim, mas ainda temos uma longa estrada para percorre, atendo todo tipo de cliente aqueles que cuidam exageradamente até aqueles que olham o animal como um objeto que não sente dor e só come faz coco, xixi e late. mas a grande maioria sim já tem sua consciência pelos animais que adquirem que seja por alguns dias até 15,16, 17 anos.

 

Marcos- É verdade que os vira-latas são mais resistentes?
Ricardo– Me perguntam muito se vira lata fica menos doente, resposta sim pois quanto mais pura for a raça ela é mais sensível para algumas doenças, seja ela própria da raça ou adquirida devido a exposição em ambientes que possam ter agentes patógenos (virais, bacterianos e parasitários).

 
Marcos-Você tem animais em casa?
Ricardo– Eu possuo em meu apartamento 2 animais sento uma gatinha de 3 anos retirada da rua quando filhotinha e um maltês de 10 anos os dois parecem até irmãos um não fica longe do outro e na casa de minha mãe temos um maltês de 7 anos, uma vira lata retirada da rua por maus tratos 5 gatos todos retirados da rua sendo uma abanada na porta de um pet aqui da cidade dentro de uma caixa de papelão infelizmente devido aos problemas ela é paraplégica não conseguiu se adaptar a cadeirinha mas vive super bem como os outros gatos brincando e até mesmo “correndo” atrás dos outros animais.

 
Marcos- Quer deixar uma mensagem, por favor?
Ricardo– Espero que um dia possamos ter menos animais abandonados nas ruas das cidades, mais consciência ao adquirir animais de companhias sabendo o real valor da vida desses verdadeiros companheiros.

Matheus Borges Zago

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Ainda muito jovem, Matheus já desponta no segmento veterinário pelo trabalho com enfoque em “Comportamento Animal” de animais de pequeno porte, animais silvestres e animais exóticos. Possui experiência básica em atendimento hospitalar veterinário de animais exóticos, silvestres e de companhia; contenção física de répteis, serpentes, aves, lagomorfos, roedores, marsupiais, primatas e canídeos entre outras atividades. Participa da reabilitação e soltura de animais silvestres no Hospital Veterinário de Uberaba. Matheus está sempre procurando estudos independentes em pet terapia, bem-estar animal, e psicologia/comportamento animal. O aluno de medicina Veterinária é vice coordenador do Projeto Mini Vet. Reikiano.

 

 

“Lembrando sempre que o cão é um membro da família, mas ainda um cão, com suas necessidades completamente diferente de nós seres humanos”

 

Marcos Moreno -Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Matheus Borges Zago– Desde de pequeno sempre gostei de animais. O fato que mais me recordo foi quando estava na fazenda e peguei um cocho de uma vaca coloquei água e peguei vários sapos ao redor do lago e soltei todos dentro da cozinha onde as minhas tias, que por sinal morriam de medo de sapo, cozinhavam. O que mais me tocou foi quando ganhei o Thor de uma amiga um red hiller. Ao ganhar li que eram animais astuciosos e determinados, logo eu, que nos meus quinze anos mal sabia ensinar o cão a dar a pata. Foi com ele e com as dificuldades no treino dele que me despertaram o interesse pela veterinária e principalmente por estudar e trabalhar com comportamento animal.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Matheus– Todos têm o seu momento marcante comigo. Até as cicatrizes na mão de alguns cães agressivos inicialmente que passaram por um processo reabilitação são muito queridos e com momentos muitos especiais, mas como disse anteriormente o Thor é o preferido. Sem ele nada disso teria acontecido.

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Matheus– Na verdade, não. Quem me conhece sabe que eu sou horrível para gravar nomes. Normalmente aceito sugestões e escolho a que eu mais gostei.

 Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (Para que não haja confusão entre bichos e gente?
Matheus– Creio que espécies possuem formas de organização e comunicação complexas. Compreendendo isso não haverá exageros. Amor é sempre bem-vindo, mas o que mais vejo nos meus clientes é o amor e toda essa atenção sendo direcionada pra horas em que o cão não possui um comportamento desejado. O que busco nas minhas aulas é mostrar para os tutores que o adestramento não precisa ser bruto ou ríspido. Eu sou super a favor de esbanjarmos amor e mimos, desde que respeitem as diferenças e reforce bons comportamentos. Lembrando sempre que o cão é um membro da família, mas ainda um cão, com suas necessidades completamente diferente de nós seres humanos. Colocar um indivíduo em um papel que ele não consegue administrar fisicamente, mentalmente ou emocionalmente gera desvios de comportamento até mesmo para nós.

IMG_20161004_120948Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Matheus– Com certeza entendem, alguns mais vocabulários que outros. Depois que iniciei o treinamento com aves e tive o meu primeiro contato com os psitacídeos me surpreendi. Um que me chama atenção em especial é o Papagaio do Congo ( Psittacus erithacus erithacus) que possui uma inteligência bem avantajada podendo aprender um vocabulário de até 2000 palavras com uma capacidade intelectual de uma criança de 5 anos. Em relação a comandos acredito que o principal é facilitar a interação e comunicação entre tutor e animal em determinadas situações, principalmente as de risco, nada além disso.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Matheus– Dos selvagens o mais admirado por mim é o leão. Dos silvestres eu me identifico e admiro demais com lobo guará, imagem que cogitou várias vezes virar uma tatuagem.

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Matheus– Nada contra aos amantes de furões, são animaizinhos fofos e adoráveis, que primeiramente ao ler sobre os furões parece bem atrativo, pois esses pequenos dormem em torno de 20 horas tendo atividade em apenas 4 horas. Seria perfeito! O problema é que quando ele acorda você precisa deixar tudo o que está fazendo e prestar atenção somente no pequeno. São bichinhos da tasmânia, entram em tudo e fazem uma bagunça tremenda.

Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Matheus– Sim, os animais já sofrem demais. O quanto pidermos evitar melhor.

Marcos– Um filme com animal.
Matheus– Marley e eu!

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais;
Matheus– Todo animal merece respeito e no mínimo dignidade. Eles podem nos ensinar muito mais do que imaginamos.

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Lúcia Borges Leitão

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Professora e coordenadora da Escola Jean Piaget de Uberaba , Lúcia Borges Leitão é também uma mãe de família super dedicada e figura das mais conhecidas e queridas da sociedade uberabense. Como ela mesmo afirma, é uma apaixonada por animais já teve a sorte de cuidar de 3 cães de diferentes raças. Atualmente é a tutora super empolgada de Mimi, um cão Lhasa Apso agitado e até meio anti-social. Como todos os que são felizes e bem tratados, ele às vezes até esquece que é cachorro, tamanha interação com as pessoas da casa.

“Um animal de estimação é uma amizade que traz felicidade à vida do ser humano…”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais?
Lúcia Borges Leitão– Sim, sempre. Já tive vários.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Lúcia– Cada um dos cães que tive oportunidade de conviver e cuidar foram inesquecíveis pelas diferenças nas personalidades.

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Lúcia– Nenhum dos nomes foi escolha minha, porém achei os nomes escolhidos a cara de cada animal

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Lúcia– Acho fundamental a educação dos animais para uma convivência feliz e saudável (local para os animais dormirem e fazerem suas necessidades), apesar que não consigo educar meus pets da forma satisfatória.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Lúcia– Não tenho dúvida que a inteligência dos cachorros é muito superior ao que já foi provado em estudos sobre os pets.O meu cachorro Mimi é de uma êe vivacidade que me encanta.

Marcos– o universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Lúcia- Urso, acho muito bonito e fofinho, mesmo os grandões.

Marcos– Que animal você jamais teria como pet, e por quê?
Lúcia – Cão da raça Pitbull,não tenho habilidade com essa raça. Quem sabe até seja um preconceito feio.

Marcos– Você acha que o respeito aos animais tem evoluído e pode fazer alguma comparação com o passado?
Lúcia– A valorização e respeito aos animais tem crescido e ongs defensoras dos animais tem feito cada vez mais um trabalho eficiente e importante pra sociedade.

Marcos– Um filme com animal.
Lúcia– Sempre ao seu lado (Hachiko)

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Lúcia- Aquela velha frase: “Não confio em pessoas que não gostam de cachorro,mais confio totalmente num cachorro quando ele não gosta de uma pessoa”.Um animal de estimação é uma amizade que traz felicidade à vida do ser humano e muita demonstração de amor e fidelidade. Meu conselho é que as pessoas se permitam conviver com um animal de estimação para viverem uma história de amor e felicidade.

Bruno Miranda

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Empresário, Bruno é um conhecido comerciante do segmento de revenda de pneus, empresa fundada por seu pai e que hoje já é composta por três lojas, onde também é oferecido prestação de serviços. É formado em administração de empresas pela Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro e, claro, como não poderia deixar de ser, apaixonado por animais.

 

“Meu amor pelos cachorros começou com a “Xuxa”, uma cadela que foi abandonada nas redondezas da nossa loja”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Bruno Miranda– Sempre gostei de animais porém não tive na infância. Fomos ter animais domésticos quando eu já era adulto. Tivemos dois gatos primeiramente e depois só cachorros. Meu amor pelos cachorros começou com a “Xuxa”, uma cadela que foi abandonada nas redondezas da nossa loja.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Bruno– Todos são especiais, adotamos primeiramente a “Xuxa”, uma cadelinha vira lata linda, inteligente e muito carinhosa. Posteriormente eu e minha noiva ganhamos uma shi-tzu (femea), após um ano ganhamos outro shi-tzu (macho) e no Carnaval de 2016 apareceu outro cachorro na nossa loja muito debilitado, com sinomose, magro, com uma grande ferida próximo ao seu coração (ferida causada provavelmente por uma faca), avesso às pessoas, possivelmente vítima de maus tratos e hoje está conosco com muita saúde e disposição.

 

17274817_1599985130045982_1462240449_nMarcos – A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Bruno– A escolha dos nomes sempre passou pela criatividade, ora da minha esposa, ora dos meus colaboradores.
A “Xuxa” ganhou este nome pelos funcionários da empresa, não teve um motivo especial, acho que foi mesmo pelo olhar carinhoso que ela tem. A segunda que chegou foi a “Irene”, uma fêmea shi-tzu, com personalidade muito forte. Minha noiva escolheu este nome pois gostava do mesmo, era um nome diferente e criativo. O terceiro a chegar foi o “Tunico”, um shi-tzu macho, muito doce e meigo, ganhou este nome por ser diferente do comum, engraçado e divertido. E por último veio o “Soluço”, que chegou muito debilitado, tremia muito e começamos a chamá-lo por este nome.

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Bruno– Não diria limite, mas sim bom senso. Na minha opinião você não deve abrir mão totalmente da sua vida e viver em função do seu pet, numa paixão doentia a ponto de trazer prejuízos financeiros, psicológicos e sociais. Há inúmeros casos que conhecemos onde os donos exageram em brinquedos, camas, acessórios etc e o animalzinho só quer atenção, amor e carinho.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Bruno- Os pets, principalmente os cachorros, entendem o que dizemos, eles entendem também quando fazem coisas erradas. Lógico que existem raças com mais destreza do que outras, mas eles sabem o que falamos, o que queremos….

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Bruno– Uma águia. A liberdade, capacidade de deslocamento, a possibilidade ver o mundo lá de cima, enfim são características que me atraem.
Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Bruno– Os grandes felinos. Eles jamais perderão o instinto de caçadores, sendo assim não se pode domesticar um animal que já vem com DNA de “predador”.

Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Bruno– Sou totalmente contra qualquer tipo de cultura que se utiliza de animais para diversão dos seres humanos. Desde a tourada até vaquejadas, festivais de carne de cachorro nos países asiáticos, hipnose de repteis entre outros.

Marcos– Um filme com animal.
Bruno– As aventuras de Pi

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Bruno– Primeiramente, ADOTE!!! Hoje, infelizmente não temos uma política contra maus tratos e abandono de animais, então pense bem antes de ter um animal doméstico, não o maltrate, não o abandone, dê carinho, dê atenção, eles não querem só comida e água, necessitam também afeto. Não compre, ADOTE, não sabemos exatamente se todos os canis são íntegros e sensatos, alguns focam só no lucro e esquecem da saúde das fêmeas e dos seus filhotes, pense muito antes de adquirir seu animal.

 

Ana Elizabeth Custódio

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Mestre e Doutora em Zoologia, Ana é ecóloga por formação. Atualmente é docente e pesquisadora do Instituto de Biologia na Universidade Federal de Uberlândia, onde dá aula de “Bem Estar Animal”, entre outras disciplinas. “Enriquecimento Ambiental para Animais de Zoológicos”, “Papel dos Mamíferos na Recuperação de Áreas Degradadas”, “Micos Urbanos”, são alguns dos projetos que desenvolve com seus alunos. Outro projeto conhecidíssimo no qual está envolvida é “Ecologia de Estradas”, que aborda a questão do atropelamento de animais silvestres em rodovias. É uma lutadora da causa animal e participa de grupos que buscam a proteção de animais de rua. Trabalha em Uberlândia, mas reside em Uberaba, onde tem seus seis cães: Spencer, Delilah, Bob Pingo, Pistola, Lula e BR.

 

 

Marcos Moreno -No seu currículo, várias Universidades. De alguma forma esse trabalho influencia sua proximidade com animais?
Ana Elizabeth Custódio– Sem dúvida. Minha relação com os animais sempre foi intensa e, quanto mais busco saber sobre eles e aprender com eles, mais aumenta minha admiração e respeito pelos animais.
Marcos– Você é uma colecionadora de histórias de pets. Em que ocasião chegou a ter mais animais em casa?
Ana Elizabeth- Quando pude começar a tomar minhas próprias decisões, tendo minha própria casa e ganhando meu salário. Dessa forma, tive possibilidade de mantê-los e auxiliar outros que não pude acolher.
Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Ana Elizabeth – Para mim, cada um é um único, não há nenhum igual ao outro. Meu amor é o mesmo para todos. No entanto, houve alguns especiais. Acredito que é assim também nas diferentes formas de relacionamento entre humanos, podendo haver uma maior ou menor afinidade ou conexão com um ou com outro.

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Marcos– A escolha dos nomes passa pela intuição ou pelas situações?
Ana Elizabeth– As vezes por um, as vezes por outro. Por exemplo, tenho o BR, que foi encontrado atropelado na BR-050 e imediatamente, coloquei esse nome no momento de ser atendido na clínica e precisava ter um nome. Outro exemplo, foi o Bull, que adquiriu esse nome de forma intuitiva, nada tendo a ver com as circunstâncias.

 

Marcos– Você encontra apoio total em casa em relação aos bichos?
Ana Elizabeth– Bem, essa é uma questão delicada. Tenho apoio integral para cuidar daqueles que temos. As vezes, tenho concordância para socorrer algum que necessita de cuidados veterinários e após sua recuperação, doamos. Mas, estou terminantemente proibida de acolher mais animais em casa!!! (rsrsrs)
Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Ana Elizabeth– Não sei se entendi bem a pergunta, mas creio que esse limite é muito tênue, devendo ser observado com cuidado. No entanto, a amplitude daquilo que é permitido ou do que não é, varia muito dentre as diferentes famílias, em função do grau de tolerância das pessoas envolvidas.
Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Ana Elizabeth– Não tenho dúvida que entendem o que falamos, quando aquilo que falamos vai carregado com sentimentos e/ou se falamos com nossas atenções voltadas a ele. Por exemplo: meu cão não vai entender se eu chegasse em casa, ir andando e dizendo em voz alta: “olha, hoje meu dia foi pesado, então por favor, não bagunce a casa…”. Diferente se eu o pegasse no colo ou o acariciasse, dizendo a mesma coisa só que de maneira diferente e, de preferência olhando para ele.
Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Ana Elizabeth– Ah, não saberia escolher. Cada espécie tem suas particularidades, sua beleza, sua ecologia. Cada uma delas representa um elo, desempenha um papel na grande teia da vida.
Marcos- Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Ana Elizabeth– Evito qualquer espécie de animal silvestre. Digo evito porque já aconteceu de alguns espécimes terem chegado a mim como presentes de alunos (presente de grego, né? Rsrsrsrs…). Por exemplo: serpentes, aranhas, escorpiões, lagartos….. Alguns, devolvi à natureza, outros, já não foi possível. Assim, não teria quaisquer espécies de animais silvestres e desencorajo outras pessoas a adquirí-los, porque estaria os retirando de seu ambiente natural e muitas vezes estimulando o tráfico de animais.
Marcos– Você acha que houve mudança significativa na relação homem/animal?
Ana Elizabeth– Sim, houve mudanças significativas, mas ainda está longe de ser uma relação desejável. Mas, ainda assim, creio que as pessoas estão se tornando mais intolerantes no que se refere à crueldade e desrespeito para com os animais e tem se habituado a denunciar maus tratos. Quero destacar aqui a importância das redes sociais para esse assunto.
Marcos- Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Ana Elizabeth– Gosto demais das colocações de Arthur Schopenhauer, como precursor da ética animal. Uma de suas frases que considero de fundamental significado: “ A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter e pode ser seguramente afirmado que aquele que é cruel para com os animais não pode ser um bom homem”.