Carlos Alberto Valera

Sobre nossa casa, a Terra!

Promotor de Justiça, Coordenador Regional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente das Bacias Hidrográficas dos Rios Paranaíba e Baixo Rio Grande, dr. Carlos Valera também é doutor em Ciência do Solo e membro Auxiliar da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP. No segmento da causa animal em Uberaba, seu trabalho, em parceria com todos os Poderes constituídos, é de reconhecimento inquestionável. “Uberaba é subscritora do Termo de Compromisso Positivo do projeto PRODEVIDA – Projeto de Defesa da Vida Animal, da Coordenadoria Estadual de Defesa Animal – CEDA – do Ministério Público do Estado de Minas Gerais – MPMG.”. Na entrevista abordamos também temas sobre o Meio Ambiente e cultura na relação homem/animal, além dos específicos, para cujas perguntas agradecemos as brilhantes ponderações do dr. Carlos Valera. O blog agradece e se sente enriquecido com tantos e fundamentais esclarecimentos.

“…hoje entendemos, afinal, que só temos este Planeta, esta Casa, para vivermos”

Marcos Moreno– Dr. Carlos, me parece ser relativamente nova essa preocupação da população, de um modo geral, com o Meio Ambiente. Esse aumento de conscientização está diretamente ligado aos efeitos do aquecimento global?
Dr. Carlos Valera– Sim, sem dúvida. Durante muito tempo perdurou a ideia de que os bens ambientais eram inesgotáveis e que a sociedade podia poluir e degradar o meio ambiente e este se recuperaria espontaneamente. As alterações climáticas estão comprovando que essas ideias são ultrapassadas e perigosas porque podem comprometer nossa sobrevivência, vejam os exemplos diários de inundações, deslocamento de encostas, secas severas, etc. Ora, hoje entendemos, afinal, que só temos este Planeta, esta Casa, para vivermos. Felizmente parte da população mundial já despertou para os problemas ambientais e tem procurado mudar a forma de viver e de consumir os recursos ambientais. Mas as mudanças ainda são poucas. Temos que avançar muito mais. Temos que introjetar o conceito de resiliência ambiental, ou seja, ou conceito holístico e ético que nos obriga a utilizarmos os recursos naturais no limite da sua capacidade de autorregeneração (resiliência) para que possamos entregar o Planeta para a próxima geração, no mínimo, nas mesmas condições que o recebemos da geração anterior, sob pena de padecermos.

Marcos– Também crescem as ações de órgãos internacionais, como a Animal Equality, Mercy for Animals, por exemplo, por produção de animais em melhores condições de confinamento. O senhor acredita que esse tipo de trabalho reflete no dia-a-dia das pessoas e também no convívio diário e doméstico com os animais?
Dr. Carlos Valera– Sim, com certeza. A defesa animal evoluiu muito. Vários países já incorporam em seu arcabouço legal a proteção direta do animal, reconhecendo-o como ser senciente e sujeito de direitos. No Brasil os Tribunais já vem aplicando esses conceitos. Noutro ponto a tecnologia, notadamente, as redes e mídias sociais fornecem informações mais claras e precisas sobre situações de maus tratos, inclusive, com imagens e filmagens que chocam as pessoas e estas sensibilizadas com a dor e sofrimento dos animais passam a cobram políticas públicas que diminuam ou cessem tais práticas. As instituições citadas e várias outras nacionais desempenham papel fundamental nesse processo porque levam informações ao público em geral e ampliam, cada vez mais, esse importante debate.

Marcos– Pode-se associar essa conscientização com alguma cultura em especial ou isso é definitivamente um fenômeno global?
Dr. Carlos Valera- A questão ambiental, nela incluída os animais sejam eles silvestres ou domésticos, está tomando a cada a dia espaço na agenda política e social. Estamos vivendo fenômenos climáticos e ambientais extremos decorrentes do aquecimento global e variadas formas de poluição e degradação ambientais que tem diminuído a qualidade de vida das pessoas e dos animais. Quando o tema atinge de forma mais direta a população esta se interessa e procura saber mais. Ao tomar conhecimento dos graves acontecimentos que acometem o meio ambiente, neste incluído os animais, passa a cobrar das autoridades e das demais pessoas uma postura mais consciente e de respeito e cenário, por certo, se replica em todo o mundo dada a velocidade das informações, via internet.

Marcos- E no Brasil, pode se falar em regiões mais esclarecidas em relação ao tema?
Dr. Carlos Valera– Infelizmente, sim. A desigualdade histórica e vergonhosa da nossa Sociedade se traduz no grau de conhecimento do povo. Dados comprovam que regiões mais ricas, nas quais a população possui maior grau de escolaridade tende a respeitar mais os animais e o meio ambiente. As pessoas menos favorecidas, as vezes, por falta de condições financeiras e culturais não reúnem condições de tratar dos animais, pois há um custo financeiro envolvido. Não estou dizendo que pessoas pobres não respeitam os animais ou o meio ambiente. Muito contrário mais de 81% da população do Brasil vive com até 02 (dois) salários mínimos e, segundo dados, a maioria desses lares possuem animais que são bem cuidados e integram a chamada família multi espécie. Quero deixar claro que a proteção do animal exige recursos financeiros, os quais as vezes as pessoas não o tem e acabam abandonando o animal, pois se veem no dilema de saldar as despesas da casa ou gastar com a saúde daquele e, infelizmente, acabam abandonando-o.

Marcos- Popularmente, quando se fala em causa animal o pensamento das pessoas comuns no ocidente está voltado para animais domésticos de estimação, cães e gatos especialmente. Mas no Oriente se come carne de cachorro. Gostaria de um comentário sobre esses comportamentos.
Dr. Carlos Valera– Sim, infelizmente há uma redução do conceito de meio ambiente, no caso, da fauna seja silvestre ou doméstica. Todos os seres vivos merecem proteção e tratamento digno até aqueles que são criados para saciar a fome humana. Mas como ponderado anteriormente a evolução do chamado Direito Animal tem crescido muito e temos esperança que esse conceito seja ampliado. Com relação ao consumo de carne de cachorro, pelo que leio, trata-se de uma questão cultural e alguns casos ligados a falta de alimentos decorrentes de variadas causas, inclusive, conflitos bélicos. Por certo sou radicalmente contra e espero que, a exemplo de outros países, a população do Oriente evolua e deixa essa cruel prática no passado.

Marcos- Por ser o homem carnívoro por natureza, seria um exagero pensar em um mundo vegano?
Dr. Carlos Valera- Questão complexa. Porque envolve crenças, ideologias, etc. A literatura se divide sobre o tema, cada posição com seus argumentos. Mas alguns defendem que um mundo vegano, dadas as desigualdades sociais, seria praticamente impossível porque a substituição da proteína animal reclama outros alimentos de alto custo e parte da população não tem renda suficiente para arcar com tais valores.

Marcos- São conhecidas algumas leis de proteção animal. Desde quando existem leis a favor dessa proteção e quais foram as primeiras?
Dr. Carlos Valera– Sim, temos várias leis de proteção e defesa do meio ambiente. A começar pelo artigo 225, da Constituição Federal, a Lei Federal 6.938/1981 que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente e a Lei Federal 9.605/1998 que define os crimes ambientais, dentre outras.

Marcos- Há muito a fazer no que diz respeito à criação de leis que os protejam?
Dr. Carlos Valera- Não há dúvida que sim. Mas melhor que ficarmos criando novas leis é aplicarmos as que já existem e no processo de aplicação, se for o caso, a Sociedade vias Poderes Executivo e Legislativo, das três esferas – federal, estadual e municipal -, faz as correções pontuais. O problema atual do meio ambiente não são as leis é a ausência de fiscalização eficiente que possibilite a aplicação daquelas. Estamos trabalhando para mudar essa realidade incorporando nas rotinas de fiscalização o uso tecnologia da informação, como drones, câmeras, etc.

Marcos Moreno– Como qualquer outra, a causa animal sempre terá suas urgências pelo simples fato da dinâmica da vida. Qual é o seu olhar nesse momento para a causa animal em Uberaba?
Dr. Carlos Valera- Uberaba felizmente avançou e continua avançando na causa animal fruto do trabalho e parceria de todos os Poderes constituídos. Uberaba é subscritora do Termo de Compromisso Positivo do projeto PRODEVIDA – Projeto de Defesa da Vida Animal, da Coordenadoria Estadual de Defesa Animal – CEDA – do Ministério Público do Estado de Minas Gerais – MPMG. Além do PRODEVIDA o município conta com uma Superintendência de Bem Estar Animal. Conta, ainda, com o trabalho valoroso de Vereadoras e Vereadores que atuam na causa animal e, por fim, foram alocados no orçamento deste ano recursos para implementação de politicas públicas em defesa dos animais. Estamos avançando.

Marcos- O ideal de convivência entre humanos e animais é possível de ser alcançado em centros urbanos?
Dr. Carlos Valera– Tenho certeza que sim. Acredito e trabalho todos os dias com essa certeza. Temos que continuar a investir em educação ambiental e cobrar a implementação de politicas públicas eficazes como chipagem, castração ética, guarda responsável, combate aos crimes de maus tratos, etc. Juntos venceremos. Muito obrigado.

Diógenes Maronezzi de Paula e Vanessa Capuano de Paula


Tratamento com células tronco em animais- o futuro chegou!

Graduada em Biomedicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Vanessa tem mestrado e doutorado em Patologia Clínica e ainda pós-doutorado em Ciências Fisiológicas, também pela UFTM. É autora de 7 livros internacionais e possui 21 anos de experiência em pesquisa científica, com atuação na área de células-tronco e fisiopatologia. Diógenes é graduado em Biomedicina pela Universidade de Uberaba e pós graduado em Terapia, pela Faculdade Kuriós. Tem mestrado e doutorado em outras áreas específicas e também é autor de 5 livros internacionais, além de vários artigos publicados. Em pesquisa científica na área de terapia celular tem 10 anos de experiência. Muitos anos foram dedicados como docente universitário (Uniube, Facthus e Unipac) e ainda tem experiência como coordenador de práticas clínicas, coordenador de curso de graduação e de pós-graduação. Com tanta dedicação às pesquisas, decidiram se unir e criar a AnimalCell. A inciativa é pioneira em Minas Gerais e um importante passo na na excelência do tratamento de doenças em animais.

“O produto final são células-tronco com capacidade máxima de atividade, que proporcionam qualidade de vida e bem estar aos animais”

Marcos Moreno- Revolucionário! É a primeira coisa que uma pessoa pensa ao tomar conhecimento do trabalho de vocês. Há quanto tempo vocês desenvolvem esse trabalho em Uberaba?
Diógenes- A AnimalCell inaugurou em novembro de 2021, porém somos pesquisadores na área com células-tronco há muitos anos.


Marcos- Vanessa, parece que você sempre teve paixão por bichos. Mas nem todo mundo que tem paixão desenvolve esse tipo de trabalho. Quando você imaginou o que poderia fazer de melhor por eles, pelos bichos?
Vanessa- Sempre fui apaixonada pelos animais, sempre ajudei em campanhas de doações, porém, sempre quis ajudar mais. Com a experiência adquirida na pesquisa científica com células-tronco vi a possibilidade de colocar em prática este conhecimento para ajudar os animais no tratamento de doenças. Acredito que a pesquisa científica não deve ser engavetada, ela deve ser compartilhada para um bem maior, beneficiando a sociedade.

Marcos- Diógenes, vocês são os pioneiros do trabalho em Uberaba. Onde mais no Brasil existe um trabalho com células tronco sendo desenvolvido e difundido?
Diógenes- Somos pioneiros no estado de Minas Gerais. Existem empresas biotecnológicas com a mesma natureza em São Paulo e Brasília.

Marcos– Vanessa, todos os médicos veterinários de Uberaba têm conhecimento do trabalho desenvolvido por vocês?
Vanessa- Não. Muitos médicos veterinários já ouviram falar no tratamento com células-tronco, porém a maioria ainda têm dúvidas, por ser ainda um tratamento inovador. Por causa disso, a AnimalCell vai realizar um simpósio sobre terapia com células-tronco em março, para divulgar mais esta terapia para os médicos veterinários que tiverem interesse. As informações estarão no Instagram @animals_cell

Marcos- Diógenes, esse trabalho de pesquisa e produção é patenteado?
Diógenes– Sim, demos entrada no pleito da patente já no inicio das nossas atividades e estamos aguardando os trâmites legais para a almejada aquisição.

Marcos- Vanessa, quem são os clientes da AnimalCell, um médico veterinário autônomo ou uma clínica/hospital veterinário?
Vanessa- Os nossos clientes são os médicos veterinários. Enviamos para os médicos veterinários as células-tronco prontas para a aplicação em seus consultórios, clínicas ou hospitais.

Marcos- Diógenes, para os leigos entenderem, qual é o produto final do trabalho? E como é aplicado no paciente (animal)? É comprimido? Uma ampola com um líquido?
Diógenes- O produto final são células-tronco com capacidade máxima de atividade, que proporcionam qualidade de vida e bem estar aos animais. Pode ser aplicado de forma endovenosa ou local, dependendo da doença do animal, e, vale ressaltar que, a terapia com células-tronco não gera efeitos colaterais significativos, como acontece com a terapia medicamentosa. As células-tronco são envasadas em frascos estéreis, lacradas e enviadas aos médicos veterinários para aplicação.

Marcos- Vanessa, qual a capacidade de produção de vocês?
Vanessa- Hoje nosso laboratório possui capacidade de produzir em torno de 30 frascos para aplicação por mês. A AnimalCell possui um banco de células-tronco para atender todo estado de Minas Gerais e, atualmente, estamos atendendo as cidades compreendidas nos estados vizinhos em um raio de aproximadamente 300 km.

Marcos– Diógenes, somente os médicos veterinários já têm permissão legal para dosar esse tipo de tratamento? Como dosar?
Diógenes– Sim. A terapia celular é uma medicina individualizada, isto é, para cada caso existe uma quantidade de células, um número de aplicação, um intervalo entre as aplicações e um tempo de resposta do paciente, onde o médico veterinário acompanha o caso para interromper ou continuar o tratamento.

Marcos- Vanessa, existem leis que regulamentam a aplicação do tratamento? O que diz o Conselho Federal de Medicina Veterinário sobre isso?
Vanessa– Sim. O tratamento com células-tronco foi regulamentado em 2020 no Brasil, através da Resolução número 1363, do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Já a aprovação do primeiro produto de células-tronco junto ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ocorreu em 2019.

Marcos- Diógenes, enfim a Medicina Regenerativa chegou aos animais de pequeno porte. Vocês estudam a possibilidade de desenvolver esse trabalho para animais de grande porte?
Diógenes– Sim. A AnimalCell não para de inovar e já estamos recrutando um grupo de profissionais especialistas em grandes animais para desenvolver estas células-tronco para terapias em equinos e bovinos.

Diógenes e Vanessa me recebendo na AnimalCell.

Marcos- Vanessa, vocês têm registro de todos os casos em que foram aplicados o tratamento com células tronco desenvolvidos por vocês?
Vanessa- Sim. Temos os relatos dos tutores, falando sobre a melhora do pet e também o relato dos médicos veterinários que acompanham os animais. Os depoimentos são animadores e emocionantes.

Marcos- Diógenes, em relação a custos, é um tratamento acessível ou ainda é caro?
Diógenes- Quando se fala no valor do nosso produto, levamos em consideração vários fatores: aquisição de matéria-prima, preparo de soluções, investimento na tecnologia e conhecimento de produção. Mas o que podemos afirmar, com certeza, que o custo/beneficio da terapia com células-tronco é muito mais baixo do que a maioria dos procedimentos da medicina tradicional.

Marcos- Gostaria que vocês deixassem uma mensagem para os seguidores do blog.
Vanessa e Diógenes-
Vanessa – Que o ser humano tenha mais respeito e empatia para com os animais. “Devemos lutar contra o espírito de crueldade inconsciente com o qual tratamos os animais. Os animais sofrem tanto quanto nós. A verdadeira humanidade não nos permite impor tais sofrimentos sobre eles. É nosso dever fazer o mundo inteiro reconhecê-lo. Até estendermos nosso círculo de compaixão a todas as coisas vivas, a humanidade não encontrará a paz” (Albert Schweitzer – Prêmio Nobel da Paz de 1952).
Diógenes – A inovação não para na AnimalCell, continuem e divulguem o blog, pois em breve teremos mais novidades para Uberaba e região no que diz respeito a qualidade de vida animal.

Caio Godoi

A causa animal e seus representantes

Caio é o segundo vereador mais jovem eleito para a Câmara Municipal de Uberaba-MG. Acredita que ser filho de uma servidora concursada o tenha colocado mais próximo de entender sobre gestão pública. A formação em Direito ajudou. Mas sabe-se que liderança é uma característica nata e se manifesta desde sempre. Fez da causa animal um dos mais importantes temas de sua plataforma política, o que certamente contribuiu para sua eleição, visto que é expressivo o número de pessoas que felizmente ama os animais. Com o crescimento da conscientização humana em relação aos animais vem também uma cobrança maior aos que se elegeram seus representantes em alguma esfera governamental. Em seus pronunciamentos públicos se mostra comprometido com a causa e sabe que será cobrado proporcionalmente à exposição de suas intenções. Na entrevista ao blog, ele fala sobre a maneira que enxerga a realidade atual da causa animal em Uberaba. Vale a pena conferir.

“Os problemas da causa estão cada vez mais visíveis e a população está entendendo que a solução está diretamente ligada à gestão do município”

Marcos Moreno– Você foi eleito para vereador da cidade de Uberaba tendo como principal plataforma a causa animal. Já tinha pensado na política, independentemente dessa causa?
Caio Godoy– Minha mãe é servidora concursada na prefeitura, então sempre tive proximidade com a gestão pública dentro de casa. Ainda na escola, acabei me interessando por liderança, fui representante de sala aos 14 anos. Na hora de decidir a graduação, optei por cursar direito e a política foi um caminho para mudar a causa animal.

Marcos– Que tipo de trabalho já tinha feito pela causa animal que o fez considerar a possibilidade de uma candidatura usando essa plataforma?
Caio– Sempre gostei muito dos animais e procurava maneiras de ajudar, então criei uma página de adoção, o Adota Uberaba. Por lá, tenho contato com centenas de protetores e vivêncio a triste realidade do tema na nossa cidade.

Marcos– Você acredita que trabalhar pela causa animal conquista mesmo muitos votos?
Caio- A causa animal tem se tornado cada vez mais pauta das politicas públicas, tanto que temos 3 vereadores da bandeira. É um problema de saúde pública e precisa de atenção. Os problemas da causa estão cada vez mais visíveis e a população está entendendo que a solução está diretamente ligada à gestão do município.

Marcos– Você foi líder do governo na Câmara. Por que deixou?
Caio- Eu contribui bastante. Foi um desafio pra mim, sendo um vereador jovem e já assumindo como líder de Governo. Eu não podia me furtar desta responsabilidade e foi muito importante pro meu crescimento profissional. Acredito que pude contribuir com o município e acho que chegou o momento de me dedicar ao meu mandato e trabalhar como fiscalizador.

Marcos- Protetores independentes de animais e defensores da causa se manifestaram quando houve uma questão na Superintendência do Bem Estar Animal, vista por muitos com uma desrespeitosa atitude de desmonte da mesma. O que você tem a dizer sobre isso?
Caio- O executivo decidiu reformular a superintendência, mas isso ainda não ocorreu. Espero que isso seja feito o mais rápido possível, pois a causa pede socorro.

Marcos– No momento do acontecido, foi apresentado à população projetos de ampliação da Superintendência. O que evoluiu de lá pra cá? O que está efetivamente melhorando para a causa animal em Uberaba?
Caio- Hoje, temos apenas 1 cargo na superintendência, que é o do superintendente e ele é responsável por tudo. É humanamente impossível atender uma causa tão complexa só com uma pessoa. Os estudos da própria secretaria de saude indicam que são necessários pelo menos mais 2 veterinários, 1 advogado e 2 assistentes administrativos para que a superintendência possa caminhar. Isso ainda não aconteceu e eu vou continuar cobrando.

Marcos– Foi criado um ambulatório para os animais na gestão passada. Qual é a situação atual desse ambulatório hoje?
Caio– As ultimas informações que eu tenho do ambulatório pet é que a prefeitura está relicitando para que uma nova empresa possa continuar as obras, mas tudo por lá segue parado.

Marcos– Você conhece outras cidades que têm bons modelos de gestão dessa causa?
Caio– Em Minas Gerais nós temos Conselheiro Lafaiete.

Marcos- Por que os Castra-móveis em Uberaba até hoje não estão sendo utilizados pela PMU?
Caio– Hoje o município possui 3 castramóveis para cirurgia de animais, mas nenhum deles está sendo utilizado por falta de materiais. A previsão da prefeitura é que volte a funcionar ainda esse ano. Essa é a mesma informação que nos passaram no ano passado.

Marcos– Quantos animais foram castrados pela PMU em 2021? Qual seria o número ideal de castrações?
Caio- Em 2021 foram castrados apenas 125 animais, um número inferior em relação a ultima gestão. Em 2020 foram 485 castrações. É uma média melhor que a atual gestão, mas ainda assim é pouco. Com o tamanho do problema que vivemos, os números deveriam estar na casa dos milhares.

Marcos- Por que a prefeitura não faz canis público para animais?
Caio- Recentemente as gestões que obtiveram sucesso em outros lugares, não seguiram este modelo. Pensando em gastos públicos, é mais interessante a prefeitura terceirizar os canis e dar subsídios para que ONGs ou empresas privadas possam realizar esse trabalho.

Marcos– Existe um senso para saber a população de animais de rua em Uberaba?
Caio- Sim! Fiz um requerimento para pedir que esse senso fosse realizado e começaram em outubro.

Marcos- O que a Lei Orçamentária prevê para a causa animal para o próximo ano?
Caio– Aprovamos na última LOA mais de 5 milhões de reais para serem utilizados na causa animal em 2022. Espero que a prefeitura execute este valor.

Marcos- O mundo está com olhar muito voltado para a causa animal. Isso suscita ações abrangentes, desde o trabalho para convergir votos em todas as esferas de governo de todo o mundo, como também mais cobranças na mesma proporção. O que você diria para os seguidores do blog em relação ao seu trabalho nesse sentido?
Caio- Acredito que os seguidores devem ficar atentos para o que os políticos pensam para a causa animal. Um bom gestor público deve saber que esse é um problema de saúde pública e deve ter o mínimo de conhecimento sobre o tema. Acompanhe o trabalho dos representantes da sua cidade, você paga nossos salários.

Glayson Naves

Nobreza de Espírito

Eu, responsável pelo blog, conheci Glayson Naves no evento Chopp Time Fest Run, onde aconteceu paralelamente uma ferinha de adoção de animais porque a franquia apoia a causa. Das mais nobres e inteligentes intenções e feitos de uma empresa é apoiar a causa animal.
Durante todo o tempo que aconteceu a feira, Glayson estava lá, tomando conta dos cachorrinhos, ajudando nos cuidados necessários. Ele é um voluntário da ONG SUPRA. Tem vários cachorros que certamente são muito felizes por viver com ele. Porque ele é um verdadeiro voluntário da causa animal. Professor de Educação Física pela UFTM, professor de musculação, trabalha com treinamento funcional, é Personal Trainer e consegue dividir com serenidade o tempo para todos esses trabalhos, o cuidado com seus cães e o fantástico trabalho voluntário. Ele é a prova de que “quem quer, faz”.

“…é preciso mostrar para as pessoas a importância dos animais para que elas próprias consigam ter um mundo melhor e em harmonia”

Marcos Moreno– A pergunta básica: como e por quê você se dispôs a ser voluntário da causa animal?
Glayson Naves- Desde criança tive o sonho de fazer parte de uma ONG de animais. Graças aos meus pais, sempre tive contato com os animais e aprendi cedo a importância de conviver e fazer bem a esses verdadeiros anjos que Deus colocou em nossas vidas para amenizar nossa caminhada profissional e espiritual.

Marcos- Imagino que você tenha uma disciplina férrea para dar conta de tanta atividade. Dá pra falar um pouco sobre sua rotina?
Glayson- Eu trabalho em dois lugares de segunda a sábado. Das 6 às 10 horas na academia e depois, das 15 às 22 horas, intercalando a academia e os condomínios onde dou aula. Sábado à noite trabalho no Centro Espírita que frequento e aos domingos trabalho na SUPRA ONG das 8 às 12 horas.

Marcos- Já participou de resgates também?
Glayson- Já sim, porém poucas vezes devido à minha rotina de trabalho bastante longa. Algo que faço é verificar pelo trajeto que faço até o trabalho se os cachorros que estão na porta de alguma casa realmente têm donos. Já consegui colocar cachorros para dentro de suas casas rsrsrsrs.

Marcos- Você deve ter muitas histórias pra contar de adoções que foram muito bacanas. Pode contar uma como exemplo?
Glayson- Na minha profissão eu acabo conhecendo bastante pessoas e isso facilita a divulgação da causa animal. Vários alunos meus já adotaram cachorros. A história mais recente foi encontrar um lar para um cachorro idoso da SUPRA em uma de nossas feiras. Ele era muito apegado a mim, mas eu sabia que ele seria mais feliz em um lar com alguém que realmente o amasse. Acabei fazendo amizade com a nova dona dele e viramos amigos. Sempre o visito. Ele se chama “Cheiroso”

Marcos- Seu trabalho é lidar diretamente com pessoas com objetivos muito específicos. O que é mais fácil, lidar com pessoas ou com animais?
Glayson- Eu digo para todo mundo que gosto mais dos animais do que das pessoas e elas concordam comigo. Os animais nasceram sabendo amar. O ser humano, não. Com certeza os animais são mais fáceis, mas é preciso mostrar para as pessoas a importância dos animais para que elas próprias consigam ter um mundo melhor e em harmonia.

Marcos- Por quê em Uberaba há tantos animais abandonados? É uma característica da cidade ou é assim no Brasil inteiro?
Glayson– Dizem que cada povo tem o governo que merece. Eu converso bastante com a Denise da SUPRA sobre isso. Essa mudança deve se dar em mãos de pessoas poderosas que têm seus interesses políticos e podem mudar a legislação e garantir dignidade aos animais. Graças a Deus temos alguns políticos que lutam pela causa, mas o caminho ainda é longo e árduo e está só começando. Devemos nos manter fortes, unidos. Sempre vou acreditar num futuro melhor para os animais e farei minha parte pra isso.

Marcos- Qual a maior dificuldade em conseguir adoção para animais?
Glayson- Muitas pessoas escolhem demais, só pensam nos animais de raça ou adotam acreditando que terão controle total sobre o animal. Quando percebem que aquele animal não se encaixa na sua vida porque não quer abrir mão de nada, acabam devolvendo. É triste, mas isso acontece muito.

Marcos-Você gosta de filmes com esse tema? Qual você destacaria?
Glayson- A realidade já é muito dura pra quem trabalha na causa animal e alguns filmes podem nos deixar ainda mais tristes rsrsrsrs. Mas eu gosto muito do filme “Sempre a seu lado”. É uma prova de como os animais são seres fiéis e amáveis até o fim.

Marcos-Como voluntário da causa, você acha que o Poder Público está cumprindo sua parte nessa questão?
Glayson- Ainda seu papel está bem tímido, mas acredito que irá melhorar com vários políticos migrando para a causa animal, como está acontecendo aqui. Não podemos mais continuar enxugando gelo. É preciso que existam medidas mais severas para o controle de animais abandonados e maus-tratos. O número de protetores ainda é bem menor que a quantidade de ajuda que pode se ter. Não podemos parar de lutar.

Marcos- Sempre peço para deixar uma mensagem para os seguidores do blog. Gostaria que você deixasse a sua mensagem.
Glayson- Somos responsáveis pelo mundo que iremos deixar para nossas futuras gerações. Precisamos deixar de lado o materialismo e pensar mais na bondade do coração e na caridade feita para seguirmos evoluindo como os animais.

Cláudio Yudi

Prevenir é tudo!

Foto Ramon Magela

Não é exclusividade dos humanos o câncer de mama, assim também como a campanha de prevenção da doença. Os animais são alvo da campanha porque eles também são acometidos por essa enfermidade. Por isso, a conscientização se estende para os tutores de animais de estimação. Há uma crescente incidência de tumores mamários em cadelas e gatas. Uma das razões é a maior expectativa de vida desses animais, e para falar sobre o tema o Moreno Pet Blog procurou o médico-veterinário, Cláudio Yudi, Gerente Clínico e Professor do Hospital Veterinário da Uniube (Universidade de Uberaba).

“Precisamos sempre informar os tutores dos cuidados que devemos ter com os animais domésticos, o que chamamos de tutoria responsável”

Marcos Moreno- Toda a mídia nacional participa da divulgação da campanha “Outubro Rosa”, contra o câncer de mama. E também no universo dos animais, a campanha deslancha. A incidência da doença em animais é maior nos animais domésticos de estimação do que em animais selvagens?
Cláudio Yudi– Os pets passaram ter uma melhor qualidade de vida, aumentando assim sua longevidade, o que levou à predisposição ao aparecimento de neoplasias malignas, como a câncer. Nos animais selvagens, há poucos casos relatados de tumores, principalmente os de vida livre.

Marcos- A campanha é uma ação recente de conscientização. Até pouco tempo atrás ninguém falava ou fazia prevenção em pets. Há uma maior incidência da doença em animais do que havia antes? Ou isso está diretamente ligado à mudança do comportamento humano em relação a eles?
Cláudio- Está ligado, sim, à mudança de comportamento porque os tutores estão mais cuidadosos com os seus animais de estimação, considerando-os como membros da família. Mas houve também aumento da incidência devido à longevidade dos cães e gatos.

Marcos– O surgimento da doença está muito relacionado à alimentação?
Cláudio- Isso é um mito. Não há relação entre alimentação e o câncer de mama. Estamos nos referindo ao alimento de boa qualidade, por exemplo, a ração industrializada, que tem alto grau de tecnologia para ser um produto completo para cães e gatos.

Marcos- Há outras campanhas nesse sentido em relação aos animais, tipo “Novembro Azul”?
Cláudio- Sim. Os calendários de outubro e novembro também podem ser utilizados para animais, porque acreditamos que são formas de lembrar os tutores da importância de cuidar dos melhores amigos. Fica a critério dos Hospitais e Clínicas Veterinárias realizarem de maneira contínua esse trabalho e esclarecimentos à população.

Marcos- É sempre necessário tirar toda a cadeia mamária de uma cadela (não sei se é assim que se fala) para que uma cirurgia tenha êxito?
Cláudio- A cirurgia é o principal método para o tratamento de neoplasias mamárias em cães e gatos, podendo retirar uma ou as duas cadeias mamárias, dependendo da extensão do tumor, além disso pode ser associada à quimioterapia.

Marcos- Qual a porcentagem de cura da doença para os bichos que fazem a cirurgia?
Cláudio- A realização do exame para avaliar a localização e a extensão do câncer é primordial para acompanhar a evolução do caso e selecionar a terapia a ser utilizada. Se forem realizados o tratamento cirúrgico e o acompanhamento, as chances de sobrevivência são acima de 80%.

Marcos- Animais machos também podem ter a doença?
Cláudio– O câncer de mama em machos é raro. Os cães machos são mais acometidos por neoplasia da próstata.

Marcos- A castração realmente previne a doença?
Cláudio- Pesquisas atuais mostraram que a castração realizada no momento da cirurgia pode resultar em uma redução em torno de 50% no aparecimento de novos tumores nas cadelas que apresentavam tumores. Em gatas, a castração, juntamente com a remoção cirúrgica, ainda é controversa, mas alguns cirurgiões a recomendam.

Marcos– Você acha que a campanha tem um poder expressivo de sensibilizar os tutores?
Cláudio- Precisamos sempre informar os tutores dos cuidados que devemos ter com os animais domésticos, o que chamamos de tutoria responsável. O câncer de mama é uma doença que tem tratamento com alto grau de cura se for diagnosticada rapidamente. Sempre devemos fazer uma avaliação anual dos nossos amigos. Eles merecem todo o nosso carinho e atenção.

Marcos- Existem muitas campanhas para ações positivas no segmento pet, como campanhas de adoção, castração etc. Isso acontece mundialmente ou é uma característica do Brasil?
Cláudio- O Brasil possui muitos voluntários e ONGs, além do serviço público e privado que estão cada vez mais apoiando campanhas de castração e adoção. Mas comparado com outros países em desenvolvimento ainda somos uma nação com pouca responsabilidade frente aos problemas de superpopulação animal. De acordo com o último índice divulgado pelo IBGE, o Brasil possui uma população de 54 milhões de cães e 24 milhões de gatos. Somos o país com a segunda população mundial de cães e gatos. Temos muitos problemas para resolver nas próximas décadas.

Marcos- Com que frequência os exames preventivos em pets devem ser feitos?
Cláudio- De preferência anualmente devemos procurar o médico-veterinário para uma avaliação clínica e realização de exames complementares para observar a saúde dos nossos pets. Ainda o melhor remédio é a prevenção, principalmente quando se trata de câncer de mama.

Ana Carolina Pinheiro

Glamour e praticidade para os Pets

Servidora pública municipal, na cidade de Uberaba-MG, Ana Carolina é arquiteta e urbanista e surpreendeu muita gente com uma proposta nesse segmento que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil e em muitas partes do mundo: o ambiente Pet Care do evento Mostra Casa Shopping, que ainda está aberto no Praça Shopping Uberaba. Claro, como já disse por aqui tantas vezes, os animais domésticos são, cada vez mais, considerados membros da família. Os dois cachorrinhos da filha dela, Ana Lua, foram, sem dúvida, a fonte de inspiração para que o espaço Pet Care fosse realizado. Quem visitou o evento se encantou com o espaço. Essa não é a primeira entrevista com um profissional do segmento de arquitetura e decoração que tem dado especial atenção aos animais de estimação. Tanto é que o blog recebe apoio da loja @varandaliving , de Uberlândia, cidade vizinha onde mora a irmã da entrevistada, outra apaixonada por pets. Portanto, o respeito aos animais e a convivência saudável com eles, é um traço da família. Preparem-se para ver o animal cada mais inserido no contexto social.

“Nas grandes capitais os novos condomínios já estão sendo pensados com a inclusão de espaços para cuidados com seus animaizinhos de estimação, os famosos Pet Care…”

Marcos Moreno– Para contextualizar a entrevista, fale o que é o evento Mostra Casa Shopping?
Ana Carolina Pinheiro– Casa Shopping é uma mostra com o melhor da arquitetura, decoração e design de interiores do Triângulo Mineiro, com 27 ambientes elaborados por 43 profissionais e foi idealizada pelas queridas Simone Cartafina e Thais Cury, com a coordenação de Amanda Mariano.
E eu tive o prazer de ser convidada no início deste ano de 2021 para elaborar o espaço Pet Care!


Marcos- O espaço que leva a sua assinatura foi pensado para quem tem pet. A inspiração para isso veio de uma experiência pessoal?
Ana Carolina- Sim, o Pet Care foi elaborado com muito carinho para quem tem e gosta muito do seu animalzinho de estimação.
Um ambiente pensado para se ter em casa, condomínios, planejado para guardar todos os itens destinados aos cuidados do seu animalzinho, bem organizado, com a funcionalidade a que se destina, como por exemplo: o tanque com altura confortável, com água quente e fria, para que o próprio dono possa dar um banho no seu animalzinho, secá-lo, limpá-lo, e foi executado com materiais para fácil manutenção e limpeza, como porcelanatos e granitos, bem como com todos os objetos e itens organizados como: ração, brinquedos, caminha, tapetes higiênicos, itens para banhos e cuidados…

Marcos– Parece que há uma tendência nos projetos de arquitetura e decoração para reservar/criar espaço para nossos amigos. Confere?
Ana Carolina– Sim! Nas grandes capitais os novos condomínios já estão sendo pensados com a inclusão de espaços para cuidados com seus animaizinhos de estimação, os famosos Pet Care e em residências também! Porque não, né? Sabe aquele banho que damos dentro do chuveiro? Desconfortáveis? Então… Quando temos um tanque com altura confortável, com água quente e fria, já muda por completo o cuidado e carinho, né?

Marcos- Há grandes lojas de decoração- @varandaliving em Uberlândia, por exemplo- que tem investido em objetos e espaços adequados aos pets. Você já tem outros projetos voltados para esse mercado?
Ana Carolina- Sim! Tenho duas amigas que desenvolvem comidinhas e petiscos naturais que são feitos com muito amor e destinados ao seu cãozinho. A Lambe Pote – Alimentação natural para seu cão! O espaço físico quando for aberto será pensado com a minha ajuda!


Marcos-Você tem animais em casa?
Ana Carolina– O meu amiguinho Thor, fica na casa da minha mãezinha com mais 3 amiguinhos! Como eu moro sozinha e em apartamento, esta foi a melhor opção, porque eu saio cedinho e volto só à noite!
Ele é esta lindeza aí da foto!


Marcos- Seu projeto para o evento Mostra Casa Shopping também tem um aspecto social. Que ação você criou para esse viés?
Ana Carolina– Sim! Em parceria com o Abrigo dos Anjos e a ajuda da Mari, colocamos uma cachorrinha para adoção consciente no espaço Pet Care da Mostra Casa Shopping no domingo do dia 12 de setembro! Ela não foi adotada no mesmo dia, mas no decorrer da semana, ligaram e a levaram para casa, fruto da ação feita no espaço Pet Care. Ah, e a mocinha que a viu no espaço e a adotou, levou além dela, uma outra cachorrinha! Fiquei muito feliz!
Domingo que vem, 03 de outubro, teremos novamente um outro animalzinho para adoção consciente!
Não percam!

Marcos-Você participa de algum grupo e/ou movimento no segmento da causa animal?
Ana Carolina- Ainda não!

Marcos- Para ter como companhia, qual animal doméstico prefere?
Ana Carolina- O cãozinho na minha opinião!


Marcos-Você pode deixar uma mensagem para os seguidores do bolg?
Ana Carolina- Agradeço imensamente o seu carinho Marcos! Fiquei muito feliz quando entrou em contato após a visita na Mostra Casa Shopping! Obrigada pelo encantamento com meu espaço. Parabéns pelo seu trabalho em prol da causa animal! Muito sucesso!
A todos os seus seguidores e seus animaizinhos de estimação, o meu carinho!

OFERECIMENTO:

Adriano dos Santos

Impacto da pandemia no adestramento de cães

Adestrador de cães ou comportamentalista, Adriano dos Santos é um profissional que tem extenso currículo, e a confiança absoluta de seus clientes. Já foi entrevistado pelo blog outras vezes, quando o blog elaborou uma entrevista mais abrangente, focada no cão e nos tutores, hábitos, estilos de vida, instintos, inteligência, educação (claro) e muito mais. Adriano há anos mantém um trabalho irretocável na Educacão, ao lado da esposa Patrícia e dirige um hotel onde os “clientes” são todos VIPs. Agora fomos procurá-lo pra falar sobre um fato que não existia quando ele começou a trabalhar no segmento e é recente na vida de todo mundo do planeta: a pandemia de coronavírus, o Covid 19. Qual o impacto disso nesse trabalho, na vida dos cães e tutores é que estamos buscando saber melhor.

“Aonde houver respeito, terá o controle do vírus”

Marcos Moreno- – Já falamos de muita coisa aqui no blog. Hoje vamos de falar de como a pandemia de coronavírus impactou o seu trabalho. Na questão do trabalho de adestramento, qual foi a extensão do impacto?
Adriano dos Santos-Foi grande, principalmente no início em que todos ficaram assustados e sem saber a quem dar ouvidos.

Marcos– Quais são os principais desdobramentos disso?
Adriano-Tudo parou. Perdi trabalhos de adestramento, hotelzinho, creche e principalmente os fidelizados (+ de 08 anos de serviços prestados.

Marcos- Você chegou a saber de algum caso de abandono de animais por medo do vírus?
Adriano- Não. Pelo contrário, os cães ficaram mais dependentes dos tutores por ficarem em casa (sem poder trabalhar fora de casa).

Marcos- E no segmento do hotel para cães (que é o seu negócio também), o que aconteceu?
Adriano- Como as pessoas ficaram impedidas de viajarem, é natural que a demanda por hospedagens diminuíssem. Agora o ritmo está voltando, gradativamente.

Marcos- Você acha que as pessoas vão se acostumar com outro estilo de vida e se adequar ou tudo isso vai passar?
Adriano- A Covid veio para ficar. Eu digo: que a covid-19 “virou” a dengue, está aí e temos que aprender a conviver com ele (o vírus).
A adequação é estritamente o respeito. Aonde houver respeito, terá o controle do vírus.

Marcos– Agora também estamos vivendo a consequência da ganância humana que destruiu o Meio Ambiente e provocou essa situação climática que provoca temperaturas extremas e essa seca que é considerada a maior de toda a história. Alguma recomendação especial para animais domésticos?
Adriano– Eu não sou veterinário (profissional mais indicado).
Acho que o de sempre, passear em horários mais frescos e muita água, basicamente.

Marcos– Você percebe uma maior consciência das pessoas em relação aos aninais de um modo específico ou geral?
Adriano- Não. Ainda falta muita educação.
Específicamente: os mais esclarecidos não buscam orientação antes de adquirir um animal de estimação.
No geral: todos buscam e usam a receita que o vizinho ensinou.

Marcos- Você acha que a cidade de Uberaba está caminhando bem em relação a políticas públicas em relação à causa animal?
Adriano- Não sei dizer mas, tem ano eleitoral têm aos montes boas intenções.
Como diz o ditado: “De boas intenções o inferno está cheio”.

Marcos– Você pode deixar um recado (dica- mensagem…) para os seguidores do blog?
Adriano- Sim!!! Sigam o Marcos Moreno em suas páginas sociais, Instagram, Facebook,blog e vocês estarão bem servidos de muita informação, atualização e descobrirão um mundo de curiosidades. Abraços do EducaCão!

Roberto Reis de Oliveira

Empreendedorismo e consciência

Corajoso, empreendedor, dinâmico e acima de tudo, um vencedor. Sim, esse é o empresário Roberto Reis de Oliveira, natural de Araxá-MG que ainda menino mudou-se com a família para Uberaba, onde passou grande parte da sua vida. Na década de 90 criou a revista “Autêntica” em Uberaba e fez o maior sucesso. Inovador, sempre vai atrás do que acredita. Nunca desiste e claro, é por isso que consegue. Hoje é um empresário muito bem sucedido em Uberlândia-MG no segmento de móveis e decoração, sendo CEO da elegante loja Varanda Living, um empreendimento de destaque no setor em toda a região. Produtor e apresentador do programa A Casa da Semana na TV Paranaíba/Record TV que já está em sua 6ª temporada. No programa ele apresenta profissionais e projetos de arquitetura e decoração. Como pessoa, é muito coerente com seus valores, ideias e um sábio na arte de viver. Não deixa passar a oportunidade de ser feliz. Curte animais domésticos e hoje tem dois gatos em seu apartamento. Com aguçada visão de oportunidades, aliada à empatia com os animais, acredita que é hora de adequar projetos de decoração à vida contemporânea, onde os animais são parte da família.

“…as industrias moveleiras trazem novidades prevalecendo a sustentabilidade, e não ao sacrifício animal!”

Marcos Moreno– Você é uma pessoa que sempre se engajou em causas sociais. Você considera que a causa animal seja uma importante questão?
Roberto Reis de Oliveira– Primeiramente, muito obrigado pelo convite, gosto muito do seu trabalho Marcos, e admiro sua dedicação pela causa animal. Acho super importante essa causa em defesa aos animais, existe muita desinformação, e muita gente , ainda não entende que os animais precisam da nossa acolhida e do nosso amor por eles. São indefesos, isso já é o suficiente para estarmos do lado deles, e protege-los.

Marcos- Você teve contato com animais domésticos sempre ou foi indiferente por algum tempo?
Roberto– Sempre tivemos animais de estimação em casa, desde de criança. Foram vários , e de várias raças, em épocas diferentes, mas, sempre presentes em nossa família. O mais famoso , foi o Bob José, um cãozinho lindo da raça Fox paulistinha, espevitado que alegrava todo mundo!

Marcos- Você acha importante empresas que não sejam do segmento pet apoiarem a causa social? Por que?
Roberto- Sim, acho que a causa animal é tão importante como outras causas sociais. Todo esclarecimento , conhecimento e ajuda às causas sociais são muito bem vindas.

Marcos- O mundo parece estar acelerando questões que até pouco tempo atrás não emergiam no cotidiano da vida das pessoas. Você acredita nisso e, se sim, a que você atribui esse movimento?
Roberto- Acredito sim! Acho que faz parte de uma evolução, levar ao debate, o que antes apenas era aceito, ou velado. Hoje já é notório , que o direito de cada um, tem que ser respeitado, mesmo que você não concorde. Essas questões tem que ser faladas para cada vez mais, as pessoas aceitarem as diferenças de pensamentos e de posturas de vida! A diversidade é riqueza! O respeito é obrigação!


Marcos- Vamos falar de integralidade. Há uma tendência- ou melhor, uma constatação- que a cada dia os animais de estimação ganham mais espaço nas moradias. Esse fato tem influenciado realmente nos projetos arquitetônicos e de decoração?
Roberto- Eu percebo que os animais , os pets, estão cada vez mais fazendo parte das famílias, sejam elas como forem. Nesse mundo tão disputado e corrido, ter um pet em casa é uma alegria. São pacotinhos de amor. Nos projetos atuais de arquitetura e de design de interiores sempre tem um lugar especial para eles. Já tem fábricas de alto padrão, de olho nesse mercado e nessa realidade, elaborando moveis especiais, de luxo, como caminhas e assessórios para os pets. Eles são lindos e merecem , afinal eles fazem parte da casa! Ou melhor , a casa é deles!

Marcos- Profissionalmente você tem contato com profissionais de destaque do segmento de arquitetura/decoração de toda a região e também de prestígio nacional. Esse tema “pets” já foi abordado em alguma situação?
Roberto- Já passei por assuntos relacionados nas entrevistas nos programas que faço na tv, mas confesso que posso explorar mais esse assunto, e mostrar a realidade dos pets nas moradias atuais. Vou pensar melhor sobre isso…

Marcos- Na verdade, a causa animal vai muito além dos pets, que são os mais conhecidos animais de estimação, até porque animais silvestres não deveriam ser pets por motivos óbvios. Que tipo de situação você acha mais predadora e cruel em relação aos animais de um modo geral?
Roberto – É uma questão de consciência. Eu percebo um novo olhar das pessoas. Por exemplo, a questão do consumo de carnes de animais, acho que está havendo uma nova visão desta situação predadora, mas penso que estamos muito atrasados para fazer uma mudança radical. Mas já existe uma ideia nova acontecendo, tanto, que já existe um crescente movimento e adesão ao estilo de vida vegana, e os vegetarianos aumentam a cada dia …As crianças já estão chegando com uma nova visão sobre os animaizinhos. Acho que é uma questão de evolução da raça humana, uma questão de tempo…acredito que vai mudar esse hábito de comer carne.

Marcos- Sempre se usou muito couro de animais em peças de decoração, como tapetes, sofás, etc. Esses itens estão sendo substituídos?
Roberto- Já tem algum tempo que as empresas já se mostram preocupadas com essa causa. Na moda, é mais evidente esse movimento em substituir os tecidos derivados de animais, por elementos sintéticos. Já não se aceita mais peles de animais, ficou totalmente out. Na decoração, o couro ainda é muito valorizado, mas já tem também o couro sintético, que cada dia fica mais macio e mais aceito no mercado.

Marcos- As opções para um comportamento ecologicamente correto na decoração são muitas?
Roberto- Sim, a arquitetura e a decoração de alto padrão, já pensam no ecologicamente correto. Um exemplo são os projetos que se preocupam com a economia de energia, a economia da água, no reaproveitamento de materiais , no uso de materiais sintéticos. São as construções verdes, voltadas para um nova forma de viver, sem danificar o planeta, sem desperdícios. São os projetos sustentáveis, cada dia mais frequentes na construção civil, na arquitetura e no modo de viver das pessoas.

Marcos- Ainda existe muita gente que não quer abrir mão de hábitos antigos do segmento da decoração que implicam em sacrifício animal?
Roberto- Sim, como falei antes, o couro ainda é muito valorizado. Mas já existe uma consciência. A tendência é mudar, a cada ano , as industrias moveleiras trazem novidades prevalecendo a sustentabilidade, e não ao sacrifício animal!

Marcos- Você pode deixar uma mensagem para os seguidores do blog?
Roberto- Eu penso que sua iniciativa de falar e te proteger os animais é de vital importância, seu blog é muito legal e útil, e faz eco com uma nova consciência, de que estamos todos interligados, tudo é uma coisa só. Na minha visão, temos que fazer o melhor de nós , em cada situação, e cuidar de todos, pensar plural, e se perguntar, como posso ajudar a deixar esse mundo melhor? É essa consciência de conjunto que faz a diferença. Somos um.

Raphael Muchiutti Picacio

Projeto Casinhas!

Temos visto em redes sociais, postagens de uma pessoa fazendo e distribuindo em diversos pontos da cidade de Uberaba-MG Brasil, casinhas de madeira para servirem de abrigo para cães de rua, cães comunitários ou eventuais frequentadores de determinados locais em busca de abrigo, especialmente nessas noites frias. Para gatos também. Rastreando chegamos ao dr. Raphael Muchiutti Picacio, que já foi nosso entrevistado aqui no blog há bastante tempo.
Advogado pós-graduado desde 2007 e servidor público municipal efetivo no cargo de Analista de Direito, lotado na Superintendência de Bem-Estar Animal da SEMAM (Secretaria do Meio Ambiente), tem ainda como relevância para o trabalho que faz, o recente curso feito pelo Instituto de Medicina Veterinária do Coletivo: Capacitação para a gestão do Manejo Populacional. O trabalho chamou atenção da mídia, de um modo geral. Claro que outras pessoas, civis ou políticos, que são engajadas na causa animal já criam ações para a proteção dos animais de rua. Mas o que mais impactou no trabalho empreendido pelo Raphael foi a dinâmica do reaproveitamento, a criatividade a existência clara da real preocupação com os bichos, a agilidade e o “time”, que de tão preciso certamente evitou a morte de muitos animais por hipotermia.


“…depois de tanto tempo entregando casinhas, ainda não virou projeto”

Marcos Moreno– A pergunta básica: como surgiu a ideia desse projeto?
Raphael – Eu sou o projeto, muito prazer…kkkk. Foi uma necessidade que eu visualizava nos cães tomando chuva e passando frio. A protetora Andressa, sogra do vereador Caio Codoi disse que a empresa Maqnelson teria caixas de madeiras para doar, e que essas caixas serviriam para animais de rua. Fui lá a primeira vez no ano passado e depois disso virei freguês em pedir casinhas para os cães. O pior é que depois de tanto tempo entregando casinhas ainda não virou um projeto, tudo vai acontecendo de acordo com o possível, ferramentas, parafusos, o próprio engate para colocar no carro da prefeitura, entregas das casinha, aquisição de novas casinhas na Maqneldon, etc. Tudo ocorre sem planejamento ou ajuda.
A PMU só entra com o carro e com o meu salário de servidor efetivo. Até o papel dizendo que se trata de uma casinha de um cão ou gato comunitário impresso com o brasão da Prefeitura Municipal de Uberaba sou eu que imprimo na minha casa fora do expediente.


Marcos Moreno-Como funciona a logística para distribuição das casinhas?
Raphael- a Logística também sempre ocorreu de modo atabalhoado. Antigamente eu sempre tinha de trocar de carro na PMU porque o nosso carro é um Gol 2018. Eu sempre fazia troca por outros carros pick. Isso atrapalhava muito, por isso recentemente eu paguei do meu bolso mesmo a instalação de um engate no Gol da Superintendência, aí pelo menos a logística melhorou bastante, já que possuo uma carretinha onde consigo colocar até 3 casinhas montadas. No tocante as entregas eu priorizo os cães de rua em maior quantidade, logo após isso os cães e gatos comunitários e depois para animais de pessoas de bairros pobres.

Marcos- Por que a população de animais abandonados é tão crescente em Uberaba?
Raphael- Por que simplesmente Uberaba não castra nada, e quando castra não faz nem 15% do necessário por ano.

Marcos- Você é funcionário público municipal e trabalha na Superintendência do Bem Estar Animal. O que é estabelecido como seu trabalho profissional?
Raphael- Meu trabalho é verificar as denúncias de maus tratos, e ajudar o dr. Sergio nos pedidos de ajuda. Mas o que parece simples pode ser extremamente complexo, se o caso for grave pode durar quase que um dia todo para se resolver.
Os pedidos de ajuda seguem o mesmo estilo, às vezes é algo simples, às vezes temos de voltar no mesmo lugar ate 6 vezes para acompanhar o tratamento do animal.
Um exemplo disso é o bairro de Peirópolis que virou posto de abando de animais, quase toda semana estamos lá para ajudar animais doentes.

Marcos- Como pessoa física, você se envolve com a causa e acaba trabalhando muito mais e sem interrupção. Como você estabelece limites para uma coisa e outra?
Raphael- Só estabeleço limite quando desligo o celular, se eu não fizer isso são mensagens durante todo o dia, inclusive de pessoas que deveriam saber que o horário de serviço é das 8h as 18h de segunda-feira a sexta-feira. Esse serviço é extremamente desgastante e por isso sempre procuro ajuda dos meus médicos e dos meus amigos para desabafar. Além de vivenciar os maus tratos diariamente e às vezes presenciar óbitos dos animais, ainda existem as questões administrativas e politicas da PMU que só prejudicam o animais.

“…estamos sofrendo um PAD na PMU por conta de uma viagem…”


Só para você ter uma ideia, eu e o dr. Sergio estamos sofrendo um PAD na PMU por conta de uma viagem que fiz para Votuporanga para comprar Xilazina e Ketamina. Fiz a solicitação pelo fato de que não estávamos encontrando os medicamentos na região, paguei do meu bolso R$170,00 para adquirir os remédios, não pedi reembolso pela gasolina gasta e fui no sábado e voltei no domingo. A única exigência que o veterinário amigo meu que vendeu as medicações fez era de que a venda somente poderia ser feita para outro veterinário. Foi então que dei o nome do dr. Sergio e seu número no CRMVz.
Passado um mês da viagem fiquei sabendo que estava sendo processado porque “ligaram” no local (clínica veterinária) e perguntaram se lá vendia Xilazina e Ketamina, nesse caso é lógico que obtiveram a resposta negativa, dai para frente abriram o processo. O problema é que a clinica não vende essa medicação para QUALQUER pessoa. Quem ligou tinha que se identificar como veterinário. Esses dois medicamentos são de uso restrito de veterinários e a Ketamina ainda pode ser utilizada para fabricação de droga. Ninguém sai vendendo isso facilmente.
De qualquer forma tenho as provas necessárias testemunhais e documentais para provar tudo. Mas o mais engraçado é que em nenhum momento a SEMAM me pediu nota fiscal ou até mesmo a visualização dos medicamentos, eles simplesmente abriram o processo. Depois não adianta falar que não existe assedio moral e perseguição na Prefeitura, mas o meu advogado e o MPMG já foram informados da situação e estamos esperando os próximos atos da PMU.

“…o mais importante é castrar, castrar e castrar…”

Marcos- Para deixar claro pergunto mais uma vez aqui nesse espaço: o que é de responsabilidade do município na questão animal?
Raphael– A responsabilidade do Município vem daquilo que é determinado pelo Legislativo, é simples assim. Agora se fossemos ver aquilo que está previsto nas “Leis” o município não teria “pessoal” e nem “dinheiro” para fazer tudo. Por isso o mais importante é castrar, castrar e castrar! Se fizer isso dessa forma daqui uns 7 anos Uberaba será modelo na causa animal, podendo destinar recursos e forças para outras áreas como fiscalização de maus tratos, educação nas escolas, hospital veterinário público, e diminuição e quem sabe ate desativação das ONGs. Antes que venham me matar, NÃO SOU CONTRA AS ONGs, só acho que tudo não é eterno e até mesmo “as donas” desses abrigos vão morrer um dia, aí queria saber quem vai assumir as “bombas”. Porque a verba para ração existe, mas elas nunca param de pegar animais e sempre estão com dificuldade financeira. Se a PMU começar a castrar uns 8 mil cães por anos logo isso acaba.

Marcos- As ONGs que existem em Uberaba estão capacitadas para receber e tratar de tantos animais?
Raphael- Não, não estão! Todas as duas ONGs da cidade não estão cumprindo os termos de compromisso de quantidade máxima de animais que elas podem ter. Se no convênio fala que o máximo de animais será 700, pode ter certeza que já passou de 1000. No mesmo lugar você encontra situações onde o animal estaria melhor na rua do que dentro de um cubículo as vezes apanhando de outros cães por disputa de território. Ai você aumenta a ONG para não ter essas brigas, e os responsáveis conseguem “achar” mais cães que “necessitam” de abrigo. Para mim isso é mais acúmulo do que amor. As ONGs deveriam ter meta de doação e também deveriam catalogar os animais. Falo isso pq existem alguns animais que nascessem, crescem e morrem lá dentro, sem nunca ter pisado na grama, isso é muito triste.

Marcos- Falou-se tanto dos castra-móveis em Uberaba. Estão funcionando? Existe algum planejamento para que funcionem?
Raphael- Castramóvel sempre foi panfletagem política, não é à toa que antes das eleições era foto para todos os lados, depois foi só conversa de “burocracia”, falta de insumos, profissionais especializados, etc. Para você ver o tamanho da falta de gestão temos 3 castra móveis prontos para funcionar e mais um ambulatório que falta ainda uns 90% para funcionar. A culpa disso tudo é tanto da gestão anterior como dessa. É claro que o governo anterior é o maior culpado, “fez” tudo por cima, mas pelo menos começou , mas também não fez à toa, ambulatório e castra móvel dão votos.
No caso do castra móvel foi até engraçado. Uberaba já tinha dois, inclusive um do MPMG muito bom, mas um certo deputado federal da cidade que começou a “adorar” animais fez outro castra móvel bem perto das eleições e ainda elegeu uma vereadora defensora dos animas. Ou seja, é tudo jogada, muito melhor destinar verbas para insumos e equipamentos para o ambulatório ou para a zoonoses, mas isso não daria voto né?

Marcos- Você conhece alguma cidade que sirva de exemplo na questão da causa animal?
Raphael- Sim, conheço, Piracicaba- SP é um exemplo. Lá o Canil da Zoonoses é separado do resto desse órgão. A diferença é tão grande que nem tem como fazer comparação. São mais de 48 baias individuais, 20 baias de quarentena e 8 baias para casos graves. O canil possui 12 veterinários, ou seja no mínimo 5 por turno. Fora a existência de um atendimento de emergência (24h), uma espécie de SAMU dog. Lá a sala de vacinação, disponibiliza a vacina da raiva e sempre que possível as vacinas contra as demais doenças (V8). Fica mais fácil comparar o Canil de Piracicaba com HVU.
Aqui em Uberaba tudo é muito esquisito, o Canil daqui já passou por algumas reformas mas sempre tem problemas. Hoje se qualquer pessoa for lá vai encontrar tudo vazio, no máximo 3 cães e nem sei se tem gatos. A Farmácia Pet, praticamente fechou, os veterinários não fazem consulta, até onde eu sei, não existe equipamentos, não tem castrações. Até onde eu sei só são feitas eutanásias.

“os políticos começaram a notar que a causa animal dá muito voto”

Marcos- Existe uma luz no fim do túnel para essa causa?
Raphael- Lógico que existe!! Aqui em Uberaba já foi bem pior, hoje em dia já está bem melhor, antigamente tinha até veterinário efetivo que dava eutanásia em cão sadio para controle populacional. Hoje em dia o mesmo faz consulta veterinária sem por a mão no animal e pela janela vê o cão…rsrsrs, nem a temperatura do animal o cidadão mede. Só em Uberaba mesmo umas coisas dessas. No governo do Anderson melhorou um pouco, já no Piau melhorou bem mais e o ponto principal foi “os políticos começaram a notar que a causa animal dá muito voto”, ai eles ficaram doidos, procuraram saber sobre tema e até se dizendo “protetores”. Agora no atual Governo com 3 vereadores eleitos pela causa animal e com outra vereadora que toda hora fica descendo e subindo do muro com relação a causa animal tenho certeza que será melhor.
No início do atual governo a Superintendência de Bem Estar Animal foi deixada de lado, funcionando precariamente, com somente 2 funcionário, sem atendente telefônico (nesse caso deixei meu WhatsApp na telefônica da PMU), sem insumos e até com falta de gasolina, culminando no despejo sem aviso prévio feito pela SEGOV. Fora as inúmeras polêmicas políticas criada por diversas pessoas em busca do cargo de superintendente. Dizem que tinham mais de 10 pessoas para pôr no lugar…kkkkk.
Com a transferência para a Zoonoses e com a nomeação da Isa Fatima a menos de 20 dias, estamos melhorando. Outro servidor efetivo Wander foi transferido para lá e está ajudando muito e recentemente outra moça foi nomeada, Liz Vilarinho. Tanto a Isa como a Liz estão analisando a documentação da gestão passada já que não houve um processo de transição.
Ainda bem que foi só um semestre perdido nas questões de politicas públicas para os animais né? Agora sinto que os agentes públicos envolvidos de alguma forma (competência) começam a dar o devido valor a causa animal já que na última eleição forma eleitos 3 vereadores que defendem expressamente essa causa, inclusive o Chefe de Governo na Câmara. O Executivo tem de “castrar, castrar, castra e castrar”. Quando Uberaba estiver tendo umas 8000 castrações ao ano as coisas vão melhorar muito.
Existem muitas pessoas envolvida nessa causa, Caio Godoi, Alessandra Piagem, Denise Max, Isa Fatima e até a própria Prefeita Elisa. Sem contar os deputados estaduais e federais que podem ajudar Uberaba! Se com essa quantidade de gente não sair nada do papel e continuar 3 castra-móveis parados e um ambulatório pela metade a população vai fazer uma verdadeira Santa Inquisição” contra as autoridades, aí depois não adianta chorar e colocar a culpa nos outros. Isso sem contar o MPMG e o MPF que vão estar de olho!

Nádia Mazeto

Sobre doação de amor

As expressões que traduzem atitudes, fatos e tudo mais no cotidiano das pessoas vão sendo modificadas com o passar do tempo. Expressões que foram usadas por nossos avós já não são usadas hoje. É assim mesmo. Até mesmo as expressões mudam. Assim como a forma de entender e tratar os animais, que vem mudando pra melhor graças à conscientização das pessoas e muito mais graças ao que hoje conhecemos como “protetores independentes. O que significa essa expressão? É sobre pessoas que independentemente de estarem ligadas a alguma ONG de proteção animal ou a algum órgão governamental específico para isso (que cumpra realmente o seu papel), acolhem animais em situação de abandono, resgatam de maus tratos, socorrem por atropelamento, tratam e encaminham para novos ou únicos lares. Isso nem sempre é possível e muitos vão ficando na casa de quem o acolheu da primeira vez. Esses são os protetores independentes que fazem isso simplesmente porque amam animais e não suportam vê-los sofrer em qualquer dessas situações. Quanto ganham para fazer esse difícil trabalho? Ou quanto pagam para fazer esse difícil trabalho? Pagam. Pedem ajuda, fazem o que podem. Mas tiram o animal do sofrimento. Essa é a história da nutricionista Nádia Maria Mazeto, cujo trabalho remunerado é o de assessoria e consultoria na área de manipulação e fabricação de alimentos em uma rede de supermercados de Uberaba-MG.

“Um dia um senhor me disse que o pior dinheiro gasto é com bicho e por que eu não gastava MEU dinheiro com criança e idosos? Perguntei a ele de quantas crianças e idosos ele cuidava e não obtive resposta.”

Marcos Moreno- Sei que você é uma protetora independente de animais. A pergunta é inevitável: por quê e como começou a fazer esse trabalho voluntário?
Nádia Mazeto– Sempre gostei muito de animais, desde menina me encantavam, mas não tinha autonomia, principalmente financeira para cuidados.
Não me considero uma protetora de animais visto q não sou vegetariana, mais uma grande simpatizante da causa animal.
Há quase 9 anos eu resgatei 3 gatinhos recém nascidos que corriam risco de vida. Não tinha experiência com resgates e muito menos com recém nascidos. Liguei para a Denise da Supra Ong e ela me orientou como fazer e disponibilizou as feirinhas de adoção para leva los quando eles já pudessem comer. Doei dois e adotei um, que morreu a pouco tempo.
A partir daí passei a ter curiosidade sobre Proteção Animal e comecei a ajudar nas feiras de adoção.
Às vezes dou um freio nós resgates, mas nunca parei de ajudar.

Marcos– Sua formação acadêmica é em nutrição. Já pensou em trabalhar com nutrição para animais?
Nádia- A Nutrição humana difere bastante da animal, e eu teria que começar uma outra formação acadêmica. Apesar de saber muito sobre os alimentos e suas propriedades não sei sobre diagestibilidade meio de absorção desses alimentos nas mais variadas espécies de animais existentes.
Mas, sou muito curiosa, e já li muito sobre alimentação animal e tenho um pouquinho de conhecimento.
Já fiz “papas” milagrosas para animais e ajudei na cura de muitos com elas.

Marcos- Profissionalmente, qual é o seu trabalho?
Nádia- Sou formada em Nutrição e me especializei na Área de Controle de Qualidade na Indústria de Alimentos. Gosto bastante dessa área.
Faço check list de limpeza e organização, Manual de Boas Práticas das Empresas, Treinamento com colaboradores quanto a higiene pessoal e do ambiente de trabalho. Rotulagem nutricional de diversos grupos de alimentos. Controle de qualidade dos alimentos fabricados e vendidos.
Essa área é um leque e dá pra trabalhar muito.

Marcos– Você tem algum incentivo por parte da empresa que trabalha para fazer seu trabalho voluntário?
Nádia- Não tenho.

Marcos– Em seu trabalho voluntário de resgate, você tem apoio e/ou ajuda de parentes ou amigos?
Nádia- Eu já resgatei uma média de 300 animais, vários destinados a adoção, alguns morreram e outros ficaram comigo.
Quando vejo que sairá do meu controle financeiro eu peço ajuda nas redes sociais, com vaquinha ou fazendo rifas. Mas sempre tenho que completar os valores. Hoje em dia está bem mais difícil obter ajuda e imagino que seja pela crise financeira que estamos vivendo.
Agora quem mais me ajuda é a Paula e Dra Juliana Meireles da Clínica Acaochego, levo os meus animais e resgatados lá há 9 anos e sempre me ajudaram muito, sem elas acho que não teria conseguido fazer a metade que faço.

Marcos– Você tem um critério de seleção de animais para fazer o resgate; só gatos, só cachorros, por exemplo?
Nádia- Eu resgato o que tiver precisando. Tenho preferência por gatos, mais já resgatei inúmeros cães, tartarugas, gambás, mico que foi eletrocutado aqui perto de casa, pombas e pássaros.
Eu ando muito pela Cidade a trabalho e vejo centenas de cães abandonados, não dá pra acolher todos infelizmente. As vezes volto pra casa frustrada por não poder acolher.
Gatos durante o dia quase não se vê, aí o problema fica mascarado por que são animais que saem mais a noite em busca de alimentos. Aí quando percebe já possui colônia grandes desses felinos.

Marcos– Qual animal é mais difícil de ser resgatado?
Nádia- Entre cães e gatos os gatos são mais difíceis para resgate.
Não por ser arisco, mas por serem desconfiados. Cães têm os dentes para você tomar cuidado e ter atenção. Gatos têm os dentes e as garras que são bastante afiadas, além da sua agilidade em escapar.
Gatos demoram um pouco mais para ter confiança e se já sofreram maus tratos então pode levar dias ou até meses para confiar nos humanos.
Agora os cães são bem mais tranquilos, salvo algumas exceções.

Marcos– Você já sofreu algum tipo de acidente nesses resgates?
Nádia- Uma mordida aqui, outra ali, nada sério.

Marcos- Você deve colecionar histórias emocionantes no seu trabalho voluntário. Pode contar uma que tenha te marcado muito?
Nádia– Tenho sim, são muitas mesmo. Tem uma que cheguei a ficar uma semana chorando.
Uma dia passei numa rua aqui do bairro onde moro e vi um cachorro extremamente magro, eu não pude parar por que estava atrasada para um trabalho. Fiquei passando na porta que eu havia visto ele por dias e depois de uns 10 dias eu o vi novamente. Parei o carro e bati nas portas da vizinhança e soube que era de um rapaz de um ferro velho desativado. Bati no portão e veio o rapaz e três cães. Esse magro que se chama Mário, uma Pretinha que estava prenha na época e uma que se Chamava Branca, meio mestiça de labrador.
Conversei com ele sobre o Mário e ele falou que não tinha condições de tratar e que alimento ele buscava sopa as vezes para eles no centro espírita. Pedi pra tirar fotos e autorização para divulgar o caso para levá-los ao veterinário e ver se ganhava rações para eles.
Consegui ajuda e levei os três para a Dra Juliana. Fizeram exames e todos os três estavam com erliquiose, ou seja, doença do carrapato. A Pretinha prenha ficou, a veterinária e teve que fazer cesária por que havia um filhote já morto. Essa Pretinha uma outra protetora deu Lar temporário. O Mário e a Branca voltaram para o ferro velho. Tentamos fazer um canil para o Mário por que ele tinha cinomose, mais descobrimos que o ferro velho era uma fachada para venda de drogas e deixamos pra lá.
Passei a ir duas vezes por dia até o portão dar alimentos e as medicações. Fazia uma papa de fígado, cenoura, beterraba e couve pra misturar na ração. Ficaram bem e gordinhos.
Todos os dias quando ia alimentar e medicar a Branca queria muito entrar no carro, choramingava. Eu pedia ela para o rapaz e ele negava dizendo que “a Branca é minha vida, dou não”.
Eu achava que a Branca era castrada por causa de uma história que ele e os vizinhos me contavam, mas um dia a Branca ficou prenha.
O rapaz foi até minha casa dizendo que ela estava soltando um líquido preto pela vulva e chorando a dois dias sem parar. No outro dia levei à veterinária e os filhotes já estavam mortos.
A tarde a Dra Juliana me ligou dizendo da cirurgia e que não deveríamos devolver a Branca por que ela era estuprada.
Fiquei extremamente arrasada.
Lembrava dos seus olhos e choramingos pedindo Socorro quando ia levar os alimentos e medicamentos. Chorei mais de uma semana.
Infelizmente a Branca morreu e eu não pude denunciar por que não tinha prova que era ele o estuprador.

Também tem a História da Maria, minha doce Maria. Mas essa eu adotei e vive feliz na minha casa. Foi abandonada aqui na minha rua e deu todas as doenças possíveis.
Passou frio, fome, sede, estava com diarreia, tinha vermes, deu anemia, erliquiose e cinomose. Tentei cuidar na rua mas não teve jeito, coloquei pra dentro.
Quando levei à Clínica Veterinária tinha que colocar um nome e veio Maria, por que fizemos uma reunião no grupo de casais católicos ao qual participo que falamos das 7 dores de Maria e só vinha esse nome na minha cabeça.
Foi piorando, parou de andar, colocava fralda, ficou 3 dias sem comer.
Peguei no colo e disse a ela com as lágrimas rolando no meu rosto “Maria, pode descansar, eu sei que você não suporta mais essa vidinha sua, eu vou ficar triste por que estou lutando pra você viver, mas não vou te prender nesse mundo se você não quiser”, ela olhou nos meus olhos e ficamos ali abraçadas por um tempo.
No outro dia Maria começou a comer, começou a se arrastar, de repente a andar cambaleando e hoje vive com sequelas da Cinomose mais vive bem e feliz. Ela é meu xodó.

Marcos– Você tem algum projeto que gostaria de realizar para a causa animal?
Nádia– Gostaria muito de continuar um projeto que fizemos a um tempo atrás de castração de gatos de colônias, acumuladores e pessoas carentes. Os gatos não são muito vistos ainda como animais que precisam de cuidados e atenção. Muitos acham que os gatos “se viram” e isso não é verdade. Nós domesticamos os gatos, eles são dóceis e dependentes como qualquer outro animal. Precisam de comida e abrigo, precisam de vermífugos e vacina. As gatas entram no cio a cada 3 meses, então são 4 ninhadas anuais. Imagina se cada ninhada der 5 filhotes?
Paramos o projeto por questões pessoais de alguns do grupo, mas é um sonho voltar a fazer esse trabalho. Castramos mais de 200 felinos na época, foi um grande feito na causa animal.

Marcos– Na sua opinião, por quê existe tantas diferenças entre protetores independentes de animais?
Nádia- Acredito que muitos querem ajudar, alguns tem prioridades diferentes um do outro, às vezes não têm tempo e dinheiro suficiente, alguns realmente querem o bem estar animal outros trabalham pelo ego.
Muitos abandonam a causa. Quantas pessoas vi lutarem pelos animais e hoje se esconde e não quer mais esse rótulo de protetora.
Pensamos que vamos salvar os animais e ficamos frustrados com tanta coisa ruim que acontece. As pessoas passam a te ver como alguém que “pega bicho na rua” e passa seu endereço e telefone pra todo mundo. Todos querem que você recolha animal das ruas e até mesmo o animal que ela não quer mais.
Todos deveriam ter respeito pelo que o outro acha importante fazer ou participar. Alguns podem resgatar e dar lar temporário, outros podem ajudar financeiramente, mas “protetor” tem mania de achar e julgar que o que o outro faz é sempre muito pouco e as vezes ele está movendo “um mundo” para conseguir fazer aquele pouco que os outros acham mas que pra ele é muito.
No meu caso tenho família, casa e trabalho, não vivo por conta de resgatar animais e fora o financeiro que fica bastante comprometido.
Então a grande questão é o respeito às diversidades na causa, respeitar o que cada protetor pode fazer e se não faz bem pode ser por falta de conhecimento por que ninguém nasce protetor, você se torna.
A diferença está no que cada um pode fazer e se não puder tudo bem também.

Marcos– Pode deixar uma mensagem para os seguidores do blog?
Nádia – A minha mensagem é que cada um faça o que seu coração mandar.
Faça o que puder e quando puder, mas nunca deixe de fazer por qualquer vida que é depende de cuidados e carinho.
Um dia um senhor me disse que “o pior dinheiro gasto é com bicho e por que eu não gastava MEU dinheiro com criança e idosos?” Perguntei a ele quantas crianças e idosos ele cuidava e não obtive resposta. Quando é assim não ajuda nada mas gostam de falar como você deve ajudar. Não ligue pra isso, faça o que seu coração mandar.
Faça, de coração, mas faça algo, se quiser fazer por uma criança faça por ela, se for por um idoso, faça com carinho também, e se for por um animal você também estará fazendo um grande feito por que todas as vidas valem a pena.
Os animais foram criados pelo mesmo Deus que nos criou, eu creio. Então devemos ter respeito a toda criatura divina.
Se não puder resgatar, ajude quem possa.
Se não puder alimentar, ajude quem alimenta.
Coloque água, custa pouco.
Divulgue e peça ajuda se o animal tiver correndo risco de vida.
Não maltrate.
Denuncie.
Se você não tiver dinheiro mas tiver amor doe. Só o amor salva!