Raquel Resende

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Inovação, Parque Tecnológico, startups. Todas estas palavras ao serem pronunciadas em Uberaba, remetem ao nome de Raquel Resende. Uberabense, Raquel é apaixonada por natureza e por inovação. É Mestre em Inovação Tecnológica, Administradora de Empresas e Zootecnista. Atualmente participa da gestão do Parque Tecnológico de Uberaba. É claro que Inovação Tecnológica é fundamental em todas essas profissões, mas há quem pergunte, que tempo tem uma pessoa tão ligada em tecnologia para curtir natureza? Que natureza é essa? Passear em, fazer trilhas, mergulhar em cachoeiras, cuidar de jardim? “Muito além do jardim”. Raquel ama os animais e suas histórias com eles são incríveis. Mas hoje ela divide seu tempo apenas com seus 5 cachorros . Em tempo: lindos!
“…amor não tem pedigree”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais?

Raquel Resende– Sim, sempre ! Desde criança meus pais sempre conviveram com animais, e herdei esse gosto deles. Minhas lembranças mais doces da infância, são das brincadeiras com minha cachorra “Duquesa”, da raça doberman, que ganhei de tios muito queridos, e viveu 18 anos.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?

Raquel– Todos são. Mas tem aqueles que nos marcam em alguma época da nossa vida. E não tem a ver com a raça, pois amor não tem pedigree. O que faz um animal ser especial é a conexão que faz conosco. Destaco a Dalila, o Fofinho e o Dudu. O Dudu era um boxer que adotei já adulto e foi um cachorro muito especial, muito doce e acho que até lia pensamentos !

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Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?

Raquel– Os nomes sempre são escolhidos a partir das características de cada animal, sejam físicas ou de comportamento. E além dos nomes, eles também tem apelidos, por exemplo, já tive uma Dalila e o apelido era Dadá, já tive um Floquinho, e o apelido era Floc. Já tive cachorros com nome de gente, de personagens, e houveram casos em que mudamos o nome de um cachorro. Por exemplo, eu tenho uma dupla chamada Faísca e Fumaça, que são personagens de um desenho animado da minha infância. No entanto, o Fumaça adora cavar buracos no jardim, então o nome dele passou a ser “Tatu” !!! Daí ficamos com o Faísca e o Tatu!!

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)

Raquel- São criaturas diferentes, com necessidades distintas das nossas. Se ultrapassamos esse limite, corremos o risco de prejudicar até a saúde do animal, por exemplo quando damos alguns alimentos que para nós é normal consumir, mas que são tóxicos para os cães, como chocolates por exemplo.

Marcos- Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?

Raquel- A ciência já comprovou que entendem tom de voz, expressões faciais, e reconhecem muitas situações. Mas não sou especialista, apenas sei o que vivo no meu dia a dia. Os meus entendem tudo!

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?

Raquel– No Universo dos animais selvagens, acho todos magníficos. Do mar, do ar e da terra, todos tem uma beleza única. Sou fascinada pela beleza dos lobos, dos ursos, dos tigres e dos elefantes, das orcas.

Marcos– Que animal você jamais teria como pet, e por quê?

Raquel- Não tenho nenhuma objeção, teria qualquer tipo de pet.

Marcos– Você acha que o respeito aos animais tem evoluído e pode fazer alguma comparação com o passado?

Raquel– Já evoluiu, mas ainda temos tanto a caminhar como humanidade, que acho que não veremos isso acontecer nos próximos anos. As questões de bem estar animal ainda estão sendo tratadas num estágio inicial, as questões culturais que devem ser preservadas, mas precisam ser repensadas caso prejudiquem a vida ou a integridade física de algum ser vivo, a matança de animais para a retirada de um ou outro órgão, (como é o caso das barbatanas, dos tubarões ou dos marfins dos elefantes, ou mesmo da pele de animais como as focas). Os testes em animais, que são tão combatidos, mas ainda segundo alguns cientistas, ainda necessários em alguns casos (que pena). Em relação ao passado, podemos dizer que a tecnologia tem sido essencial para novas técnicas que não utilizam animais, e que mais pessoas tomem conhecimento e se posicionem, a respeito de diversas questões que antes se restringia a um grupo menor de pessoas.

Marcos– Um filme com animal.

Raquel– O “Corcel Negro” é inesquecível.

Marcos- Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.

Raquel- “Conhece-se o grau de civilidade de um povo, pelo trato com os seus animais”. (Humbolt)

Antônio Sergio Teixeira

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Serginho Teixeira é figura das mais queridas e conhecidas em Uberaba. Jornalista, ele tem um vasto currículo com passagens por veículos da mídia impressa e eletrônica da cidade, além de incursões pela área acadêmica. Desde 1996 é Assessor de Imprensa do PMMG 5ª RPM. Por esse trabalho, já recebeu muitas homenagens e títulos, como Honra ao Mérito, Medalha Major Eustáquio, cartões de prata, entre tantas. Casado com a também jornalista Marilu Teixeira, com quem tem uma filha, Serginho é apaixonado por cães e sua história com sua Mel é muito bacana. Por exemplo, ele e a esposa Marilu, não viajam sem a cachorrinha Mel. Praia é com ela mesmo. Antes de fechar qualquer pacote com hotel, não pode faltar a pergunta: o hotel aceita cachorro? Se aceitar, é só pegar a estrada.

 

“Tem animal que só falta falar, mais sabe perfeitamente agradecer com carinhos surpreendentes”

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Sérgio Teixeira– Sim, sempre gostei de animais, na minha casa sempre teve cachorro, papagaio, peixe, hamster, tartarugas etc. Pois meu pai gostava muito de criação.

Marcos- Já teve algum especial ou todos são?
Sérgio– Todos são especiais quando entram na minha residência, são sempre tratados com muito carinho.

Marcos- A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Sérgio- O nome sempre vem de geração da família dos antigos animais. Mas agora a escolha sempre é de acordo com o animal. Chegou um novato em casa que por ser muito imperativo foi logo ganhando o nome de moleke.
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Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Sérgio- Hoje temos uma cachorrinha que é como uma filha. Onde vamos ela sempre está junto, praia, fazenda até mesmo em hotéis. Ela tem sua cadeirinha de viagem com seu cinto de segurança. Uma vez ele teve que fazer uma cirurgia de risco, ficamos muito tristes. Ficamos do lado de fora aguardando acabar a cirurgia dela. Não tem confusão quando o animal sabe quando você não esta legal, sempre vem te fazer um carinho. Esse tipo de animal não mente, não te passa raiva, não cobra nada. Pelo contrário, está sempre te recebendo com muita alegria.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Sérgio– Claro que entendem tudo que falamos, ou através de nossos comandos. Um animal de estimação aprende tudo que você ensina, e aprende mais rápido do que um ser humano. Sabe também quando faz arte. Tem animal que só falta falar, mais sabe perfeitamente agradecer com carinhos surpreendentes.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Sérgio– O leão, pois ele sempre sabe o que quer, e na hora certa e todos o respeitam.

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Sérgio– A capivara, pois ela transmite muita doença, seu corpo é coberto de carrapatos que transmitem muitas doenças. Apesar de ser um bichinho muito bonito.

Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Sérgio– Totalmente não gosto de ver animal sofrendo para alegria dos seres humanos. Acho isso uma covardia, já imaginou pessoas nos lugares deles.

Marcos -Um filme com animal.
Sérgio –“Sempre ao seu lado”
Marcos- Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Sérgio– Ame os animais como você gostaria de ser amado, pois eles não têm culpa das nossas grosserias.

Olinda Maria Moreira dos Santos

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Ela é profissional da área de Recursos Humanos. Jovem, super competente, focada no trabalho, um exemplo bacana dessa geração que encara desafios e investe num futuro brilhante. Em relação à conscientização dos direitos dos animais e ao respeito que merecem, também dá show. Faz parte de um grupo de pessoas que entende melhor os animais. Não apenas por causa da sua Lola, mas por todos eles, domésticos ou não. Sabe que o investimento em um animal é muito mais que financeiro. É uma questão de tempo e amor.

 

“Seu animal de estimação só tem você na vida dele, enquanto você tem diversos amigos e várias pessoas da família para conversar e se distrair”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Olinda Maria Moreira dos Santos– Sempre fui apaixonada por animais, em especial os cachorros. Sempre tive cachorrinhos em casa desde pequena. Apesar dos meus pais não gostarem muito, sabiam da necessidade da presença deles para o meu desenvolvimento e de meu irmão. E olha! Que bom que eles fizeram isso por nós dois!

Marcos- Já teve algum especial ou todos são?
Olinda– Todos são ou foram especiais. Mas a Lola tem cumprido um papel de companheira fiel e isso a torna ainda mais especial.

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Olinda– Quando decidi ter a Lola, fiquei em dúvida com vários nomes. Passei por Amora, Mona… dentre outros… até que meu namorado falou: Pq não Lola? Amei o nome e assim escolhi.

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Olinda- Não acho que tenha que ter nenhum limite. São seres que merecem todo o respeito que os humanos merecem. Lola dorme comigo, deita no sofá, pula para a poltrona. Onde eu posso ficar, ela também pode!

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Marcos- Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Olinda– Entendem muito mais do que imaginamos! Sabe, ás vezes fico impressionada com o que a Lola é capaz de fazer. Sempre que me perguntam se ela faz muita bagunça, respondo: Ela faz até o limite que dou para ela. Ela é tão inteligente que não preciso de muito para que ela obedeça uma simples fala minha. Quando digo “não”, ela não insiste. Sei que nem todos são assim, mas isso depende do limite imposto para eles. Só de saber disso, já podemos imaginar a inteligência que tem esses bichinhos.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Olinda– Selvagens?! Não, não… esse eu passo! Rs… não sou muito fã de animais selvagens. Não maltrato, mas não chego perto, rs…

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Olinda– Não teria nenhum tipo de animal selvagem e/ou nenhum tipo de inseto.

Marcos- Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Olinda– Sim. Sou contra todo tipo de cultura que utiliza dos animais para uso de trabalho ou de diversão. Não precisamos ir tão longe… Ainda é comum vermos os cavalos ou burros sendo usados para puxar carroça, e isso me entristece. Temos diversos outros meios que podemos utilizar para esses fins.

Marcos– Um filme com animal.
Olinda– Quatro vidas de um cachorro. EMOCIONANTE!

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Olinda- Ter um animal de estimação não é nada fácil! Não mesmo! Os investimentos são altos. NÃO! Não falo só de investimento financeiro! Falo de todos os tipos… inclusive, o investimento de TEMPO! Esse é o principal! Seu animal de estimação só tem você na vida dele, enquanto você tem diversos amigos e várias pessoas da família para conversar e se distrair. Seu animal só tem sua casa e ás vezes uma “voltinha” na rua quando você o leva, enquanto você pode ir e vir a qualquer lugar que desejar. Quando chegar em casa, deixe seu celular de lado, deixe seu computador, deixe suas preocupações pra depois. Esse “serzinho” que está ali, “banando” a calda pra você, só quer 10 minutos da sua atenção. A vida deles é curta demais para deixarmos o carinho pra depois.

Heloísa Maria Fatureto Boaretto

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Psicóloga, amante das artes, Heloísa faz da pintura um hobby que lhe proporciona um trabalho terapêutico. Quando criança teve o Petí. Depois de adulta, foi presenteada por uma amigo com um cãozinho, o Lorenzo, que foi achado em um saco com mais dois cãezinhos, provavelmente irmãos. Esses outros pequeninos logo ganharam um lar. Ficou o Lorenzo. Esse foi o começo da história dele. E ele foi feliz pra sempre… Ainda é, porque faz parte da família e é muito amado por todos. Heloísa sabe que quem ama, entende. E tem certeza que os animais são de uma sabedoria enorme. Além de serem sinceros, resolvidos e comunicativos.

 

E o que é muito interessante, eles nos “falam” com o olhar, com as atitudes o que compreenderam, são muito sensíveis.

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais?
Heloísa Boaretto– Sim.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Heloísa– Sim, tive um cão, Petí, na infância. Ele foi muito importante na minha infância, era muito alegre e brincalhão. Todos os animais tem a sua importância no ciclo da vida mas, nem todos são de fácil convivência.

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Heloísa– Com relação aos meus pets os nomes foram escolhidos em homenagem a outros cães que fizeram história , que lembram figuras importantes de algum país e da mitologia. Tendo cada um uma origem e interessante significado.

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Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Heloísa- Em tudo existe limite. E como quero conviver bem com os pets, eles precisam entender que existe um líder que os ama muito, mas que não está a toda hora com disponibilidade para brincar. Precisam entender e respeitar as pessoas que não gostam ou não sabem interagir com eles ,não podem estar em qualquer lugar e a qualquer hora. Aprendi que é importante saber que existem pessoas que não gostam de animais e que não podem ser obrigadas a gostar, pois assim tanto o pet quanto o ser humano será respeitado, não deixando que um maltrate o outro. Eles têm o seu lugar na casa, seu horário de alimenta, os dias de passeio e entendem bem isso. Eles são como filhos, isso mesmo, filhos, são amados, mas precisam obedecer as regra, sabem como isso tem importância pois , são respeitados e gratificados com carinho e algum petisco. Os animais tem inteligência, querem ser recompensados, querem viver bem e amados, então, entendem que é necessário colaborar.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Heloísa– Tenho certeza que entendem o que falamos. E o que é muito interessante, eles nos “falam” com o olhar, com as atitudes o que compreenderam, são muito sensíveis.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Heloísa– Gosto muito das aves . Elas me encantam com seu canto e voo, são mais livres, elas têm uma visão ampliada sobre o mundo.

Marcos– Que animal você jamais teria como pet, e por quê?
Heloísa- Qualquer animal peçonhento. Ele está sempre armado para o ataque, não demonstra nada de afetividade , não é confiável, assusta e sempre causa algum dano.

Marcos– Você acha que o respeito aos animais tem evoluído e pode fazer alguma comparação com o passado?
Heloísa– Sim. Hoje existem leis que protegem os animais, existem estudos e profissionais que se dedicam para que os animais sejam respeitados pela sua sobrevivência ,como também pela sua importância ao ser humano. O cão, por exemplo, auxilia na recuperação de enfermos com câncer, são guia de pessoas com deficiência, a convivência faz com que o estado emocional tenha muitos benefícios. O cavalo é outro animal com inúmeros benefícios como na reabilitação física e nas deficiências neuromotoras, assim como no tratamento de crianças autistas .

Marcos– Um filme com animal.
Heloísa– “Sempre ao seu lado”. Um filme lindo, que todos deveriam assistir para entender sobre amor, respeito , confiança, fidelidade e carinho entre um cão e um ser humano.

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Heloísa– Tenha respeito pelos animais. Você não precisa ter um em casa mas, precisa respeitá-lo. Saiba que a companhia de um animal torna a sua vida muito melhor e mais alegre.

Cristina Ferraz

Foto de Thais

Cristina Ferraz é uberabense casada e tem dois filhos. Mas também considera como filhos seus “meninos” de 4 patas, que são Marley e Laika, dois lindos cães SRD. Ambos foram adotados pois estavam abandonados. Marley desenvolveu alguns problemas de saúde e teve que se submeter a fisioterapia e acupuntura. Mas o problema exigiu cirurgia porque era, na verdade, uma ruptura do ligamento no joelho. Infelizmente, em Uberaba não se faz essa cirurgia, que teve então que ser feita em Taquaritinga. Mas ele está bem agora e, o blog fica torcendo para que continue feliz e dando felicidade para essa família incrível.

 

“…eles não nasceram para ficarem presos”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Cristina Ferraz– Sempre gostei.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Cristina– Todos são especiais, embora tivemos uma que foi nossa companheira por quase 14 anos chamada Tila que jamais será esquecida.

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Cristina– No caso do Marley, achamos que sua personalidade era realmente parecida com a do Marley do filme “Marley e eu”, sempre foi brincalhão e comia tudo que via. Quanto a Laika, foi tirado do primeiro ser vivo a ser mandado ao espaço, uma cadela russa com esse nome, embora não concorde com essa ideia, achamos o nome legal.

MarleyMarcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)   Cristina– Com relação a sentimentos, creio que não haja limites, pois os amamos como membros da família e faríamos qualquer coisa por eles.

Marcos- Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Cristina– Com certeza entendem o que falamos e até mesmo respondem com olhares e gestos.
Marcos- No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Cristina– Os elefantes, pois, quando pertencentes a um bando, eles cuidam uns dos outros. Quando acontece de um deles estar em uma situação de risco, todos se juntam para ajudar, e quando um membro do bando morre, todos demonstram sua tristeza e compaixão pelo companheiro.

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Cristina– Na verdade não teria nenhum animal selvagem, pois não nasceram para serem domesticados, mas, em particular, jamais teria qualquer tipo de ave, ainda mais em gaiolas. Eles não nasceram para ficarem presos.

Marcos -Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Cristina– Totalmente contra. Entendo que muitas pessoas justificam esses eventos como parte da cultura, porém, creio que somos evoluídos o suficiente para abolir esse tipo de prática como já abolimos várias coisas que hoje são consideradas arcaicas e fora da realidade.

Marcos– Um filme com animal.
Cristina– “Sempre ao seu lado”.

Marcos- Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Cristina– Gostaria que as pessoas enxergassem o bem que os animais fazem a nós e, cuidassem deles com mais responsabilidade, carinho e amor, pois eles são os seres mais leais e sinceros, nos amam incondicionalmente sem pedir nada em troca, alem de atenção e carinho.

Carlos Marcos Perez Andrade- Cacá Sankari

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Foto: Ramon Magela

Músico, escritor, produtor cultural, artista visual, designer e publicitário. Portanto, as atividades desse homem multimídia são muitas e intensas. E suas responsabilidades como representante de varias classes, idem. Na área ambiental, é coordenador do portal “Voz do Cerrado”, do “Ponto de Cultura Cordas do Cerrado”- que une arte e consciência ambiental e também do “Movimento Marcadas para Morrer ou Viver- Depende de Nós”. Participou ativamente do movimento “Abraço ao Bosque”, em defesa do Bosque Jacarandá e animais do zoológico, originando a proposta do Hospital Municipal Veterinário. Presidente do TEU, coordenador de vários projetos, membro do Conselho Municipal de Políticas Culturais, voluntário do CONPHAU, representante regional da Câmara de Comércio Índia Brasil – BH, entre tantas coisas. Daí a pergunta: sobra tempo para ter animais de estimação? Quem sabe faz a hora, quem ama acha o tempo.

 

“Não somos a única espécie que raciocina, como geralmente se diz”

 

Marcos Moreno -Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Cacá Sankari– Sempre gostei de animais. Minha infância foi marcada pelo contato com a natureza, principalmente nas fazendas de meus parentes e Fazenda Modelo, que meus pais, Vivaldi e Gina, sempre me levavam.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Cacá– Todos são especiais, mas impossível esquecer o primeiro animal da família, Banzé, um fox paulistinha, muito alegre, carinhoso e temperamental. Me lembro que meu pai o levou para a zona rural, por causa de seu temperamento, e chorei tanto que meu pai teve de buscá-lo. A Titinha, uma galinha amorosa, xodó de minha irmã Denise, e o índio, um galo forte e genioso. A Fane foi muito especial, livre e carinhosa. Visitava os vizinhos, onde muitos tinham até uma vasilha de água a esperando. O Bilu era também muito carinhoso e brincalhão. O Bingo, muito especial, foi meu grande companheiro, e presenciou a produção de vários CDs, livros, pinturas, ficando no estúdio comigo o dia todo, se preciso fosse, deixando uma herdeira querida, a Nala, muito amorosa. Hoje, em casa moram comigo a Nina, que morava nas ruas, e seus filhos Nino e Lindinha, onde formamos uma família feliz, graças a Deus, junto com os passarinhos, pardais, bem-te-vis, maritacas, rolinhas.

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Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Cacá– Cada animal tem uma história diferente. A maioria dos nomes foi procurando sentir a personalidade de cada um e qual melhor nome se identificava mais. Outras vezes alguém próximo sugeriu um nome e já ficou assim, batizado.

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Cacá– Acredito que principalmente na questão de higiene, onde o pet deve ter uma área externa, de preferência com grama, e passeios diários, o que é benéfico também para seu bem estar e relaxamento. No mais, que haja bom senso.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Cacá– Acredito que os pets sentem e pensam. Não somos a única espécie que raciocina, como geralmente se diz. Aos poucos a ciência irá investigar mais sobre o assunto e ter um novo olhar sobre os pets, todos os animais, plantas e seres vivos.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Cacá– Tenho amor e respeito por todos eles, no entanto o lobo guará, o tamanduá, as araras e maritacas, garças, jaguatiricas, o tatu, entre outros, me chamam a atenção, entendendo “selvagem” no sentido de habitats mais nativos e que podem conviver também com o “doméstico”, com destaque para o pavão, vaca e cavalo que também aprecio demais. Um dos principais objetivos do portal “Voz do Cerrado”, que idealizei e coordeno, é a defesa e preservação dos animais silvestres, os corredores ecológicos para que possam transitar entre as propriedades rurais, as passarelas ecológicas, para que possam atravessar as rodovias, e o resgate em caso de atropelamento e queimadas, encaminhados para um Hospital Veterinário do Município. Infelizmente “o que os olhos não veem o coração não sente”, e por isso muitos animais silvestres são maltratados e mortos sem que a maioria de nós saiba, e ficamos impotentes na maioria das vezes.

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Cacá– Em tese acredito que qualquer animal eu poderia ajudar a cuidar, se preciso fosse, ainda que temporariamente, desde que a área de manejo fosse adequada para o habitat natural dele, e eu tivesse a orientação para tal, onde um dia pudesse retornar para uma reserva animal, por exemplo.

Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Cacá– Sou totalmente contra. Acredito que a vida e o bem estar animal, seja de qual espécie seja, devem estar acima dos costumes culturais regionais, que com o tempo irão mudar, diante da nova consciência do terceiro milênio.

Marcos– Um filme com animal.
Cacá– “Sempre ao seu lado”, baseado em uma história real entre o cachorro Hachiko (da raça Akita) e o professor Parker (Eisaburo no original japonês), interpretado por Richard Gere. Uma história de lealdade, amor, amizade, que transcende a morte. “Em 21 de abril de 1934, foi erguida uma estátua de bronze de Hachiko, esculpida pelo escultor Teru Ando, e atualmente se encontra no portão de bilheteria da estação de Shibuya”, no Japão

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Cacá– Estamos aqui há apenas alguns “segundos”, se comparado com os bilhões de anos do Planeta Terra. Somos todos filhos da Mãe Terra, filhos de Deus, homens, animais, seres vivos, filhos do mesmo ventre, que deve ser respeitado e louvado com amor e sabedoria. Não somos “donos de nada”, nem da terra, nem dos bichos, nem de ninguém. Os nossos irmãos são bênçãos da vida e do Criador para que saibamos que existe o amor incondicional, a bondade, a pureza, a inocência, o amor fraternal, a mensagem divina presente e materializada, tão próxima de nós, para que lembremos quem somos, de onde viemos e quais os verdadeiros valores devemos preservar e desenvolver, para nossa evolução moral e espiritual. Infelizmente perdemos o “paraíso perdido” da inocência, da pureza, da bondade, vivendo em um mundo de egoísmo, depravação e maldade, tendo porém o dever de através da inteligência buscarmos minimizar esses efeitos, tanto para o próprio ser humano quanto para todos os seres vivos, que sofrem a consequência de nossas irresponsabilidade, das quais contraímos as dívidas, no livro da vida, na lei da ação e reação. Quando era criança acreditava que se alguma espécie animal fosse extinta pelas mãos humanas, o ser humano também seria extinto. Hoje, adulto, sei que milhares de espécies da fauna e flora já foram extintas pela “civilização”. Que Deus tenha piedade de nós e busquemos lutar para que outras espécies ameaçadas não tenham o mesmo triste fim da existência, e abençoe todos os animais e seres vivos do planeta, dos quais somos humilde parte.

 

Ubiratan Carneiro de Souza

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Conceituado advogado em Uberaba, Ubiratan, é pais de dois filhos, Vinicius e Vítor e também se considera pai de três “meninas”, só que essas são três cadelinhas muito amadas por todos da família. A Flôr foi adotada, resgatada de maus tratos e exige cuidados especiais porque é diabética (toma insulina 2 vezes ao dia), está ficando ceguinha, entre outros problemas de saúde. É super agradecida, dócil e carinhosa; a Kika, segundo alguns, a predileta da família, muito inteligente e sensitiva (espiritualmente falando); e a Belinha, filha da Kika, de uma ninhada de 4 filhotes e que transformou a casa com suas molequices e doçura!!! O advogado é o convidado para a entrevista do Moreno Pet Blog desta semana.

 

“Não podemos aceitar maus tratos de espécie nenhuma”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Ubiratan Carneiro de Souza– Sempre gostei e respeitei os animais e trato os meus como verdadeiros filhos, tanto na educação quanto no carinho!

Marcos- Já teve algum especial ou todos são?
Ubiratan– Todos sempre foram e são especiais em minha vida!

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Ubiratan– A escolha normalmente ocorre igual quando esperamos um filho humano. Primeiro, temos que gostar dos nomes sugeridos, depois ver se há unanimidade da família e consenso do casal e, em caso de empate, o voto da Mãe tem um peso maior, pois Mãe é sempre Mãe!!! Rsrsrs

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Ubiratan– No meu caso especialmente, as tenho como filhas e muito pouco as diferenciam de “gente”, inclusive, muitas das vezes são mais sábias, sensíveis, higiênicas, obedientes e fieis que pessoas.
Logicamente que devemos respeitar e considerar regras sociais e situações que envolvam terceiros, desde que fora da “casa” delas, pois em casa, quem manda, somos nós, ou melhor, elas!!! rsrsrs
Hoje eu faria apenas uma coisa diferente na criação que demos às nossas. Não as deixariam acostumar a dormir na mesma cama do casal, pois esse costume, embora gostoso por um lado, distancia o casal em sua intimidade, mas neste caso, os culpados não são os pets.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Ubiratan– Já tive apenas um gato, mas sempre tive cachorros e dentre os cachorros que tive, duas delas se destacam nesse aspecto, complementando a segunda pergunta acima. A “Branca” (já estrelinha) e a “Kika”, ainda entre nós, graças à Deus! Ambas da raça “Shih Tzu” e delas posso afirmar que não só entendem como também conversam (com os olhos) com a gente. É impressionante e muito gratificante essa troca. A Kika, por exemplo, sabe, inclusive, o que estamos sentindo (triste, alegre, doente, cansado, chateado….) ou mesmo se ela vai sair com a gente ou não, se vai para o banho ou passear na praça, conhece seus brinquedos pelo nomes e cores, assiste TV super concentrada e tem manias e personalidade própria.
Quando alguém da família está com algum problema de saúde ela pressente e a situação e além de vômitos, fica amuadinha e cheirando a vítima o tempo todo.
Tive três passagens marcantes com a Kika. A primeira foi quando peguei uma dengue severa que me derrubou na cama por mais de uma semana e ela não saiu de perto de mim pra nada, até minha pronta recuperação. Na segunda oportunidade, foi quando tive um AVC Isquêmico em janeiro/2014 e que, da mesma forma, ficou o tempo todo em volta de mim, por mais de 30 (trinta) dias seguidos que fiquei em casa me recuperando, e, finalmente, a terceira e mais triste e que ainda transita, que é a recente separação entre Eu e a Clau (Claudiene), onde decidimos sabiamente pela guarda compartilhada das 3 filhas, (Flôr; Kika e Belinha), e que as 3 devam estar sempre juntas, ora com ela, ora comigo, mas que é uma situação muitíssimo dolorida para todos nós, pois a Kika, sensitiva que é, já vinha sentindo essa mudança em nossas vidas e estamos aos poucos, tentando nos adaptar à essa nova situação.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Ubiratan– Respeito a todos, mas eles lá e eu cá, e não tenho atração especial por nenhum, mas gosto e aprecio cada espécie com suas respectivas peculiaridades, táticas de sobrevivência natural e predações! Faz parte do ciclo deles também.

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Ubiratan– Os pássaros, por mais domesticados que possam ser, não me atraem como criação, em momento algum! Penso que Deus deu asas para quem realmente precisa e tem que voar!!!

Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Ubiratan- Não sou conhecedor das causas, justamente por não gostar, mas se tratando de “culturas”, devem sim, serem respeitadas, desde que evoluídas no tempo e modo, como tudo e todos. Não podemos aceitar maus tratos de espécie nenhuma.
Não assisto nem apoio touradas, nem vaquejadas, nem MMAs (humanos), etc.., mas respeito quem aprecia, pratica e curte.

Marcos– Um filme com animal.
Ubiratan– Sou da época do “Rin-Tim-Tim” kkkk, mas um filme marcante e comovente, sem dúvidas é: “Sempre ao seu lado”, com Richard Gere.

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Ubiratan– Não é apenas em relação aos animais, mas ao próximo de um modo geral. Eu pediria e me incluo, que: “Aprendamos a olhar para o próximo e tratá-lo, exatamente igual gostaríamos de ser olhados e tratados por todos”, seria o suficiente!!!!

Dr. Carlos Valera

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Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, coordenador regional das Promotorias de Meio Ambiente, Dr. Carlos Valera é figura de grande destaque em movimentos em torno da proteção animal. O Moreno Pet Blog esteve sempre atento à sua relevante e fundamental contribuição para a causa e tem grande satisfação em poder contar com sua entrevista.

 

“Não é porque nossos antepassados praticavam maus tratos que nossa geração tem que continuar praticando. Temos que evoluir.”

 

Marcos Moreno– Percebo um movimento significativo da sua parte em relação às conquistas de diretos dos animais. Particularmente, o senhor gosta de animais?
Carlos Valera– Gosto sim. Só não tenho porque em razão dos compromissos profissionais fico pouco no meu apartamento e viajo muito.

Marcos– Preferência por algum em especial?
Carlos Valera– Não. Gosto de todos.

Marcos– O que o senhor considera como um grande avanço dos últimos anos em relação ao direito deles?
Carlos Valera– A mudança de consciência. Em termos legislativos temos Lei Mineira 21.970/2016.

Marcos– A enorme população de animais abandonados pode realmente ser uma questão de saúde pública?
Carlos Valera– Não tenho dúvida que é. Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso sabe que animais errantes, em especial, cães e gatos se reproduzem com muita facilidade e em grande velocidade e a falta de cuidados, inerentes a própria condição de viveram nas ruas, faz com que tais animais sejam suscetíveis a contraírem doenças, algumas graves que podem atingir os humanos, como a raiva.

Marcos- Notamos que a maioria dos abrigos improvisados por voluntários têm condições muito precárias. Seria possível que essas “ONGs” tivessem um padrão de qualidade a ser levado em consideração para existirem?
Carlos Valera– A questão dos abrigos é complexa. As ONGs fazem o papel que é do poder público municipal, isto é, das prefeituras municipais e ainda há grande dissenso sobre a efetividade e até sensibilidade de tal abrigamento. Todavia, é um fato que existem milhares de cães e gatos errantes e alguém deve cuidar, dar proteção e amor para tais animais. Assim, como há uma situação de fato posta os abrigos das ONGs, ainda de que forma não ideal em alguns casos, possibilitam um mínimo de carinho e atenção para os animais. Mas esses abrigos, por imposição de lei, devem estar aptos a praticarem tais atividades, quer na questão ambiental quer na questão sanitária e administrativa, ou seja, é preciso que o local possua condições ambientais adequadas, que os cães e gatos sejam tratados e cumpram as questões sanitárias e de saúde pública e, ainda, se cumpra as normas editadas pelo poder público municipal, dentre elas a localização do local.

Marcos– A pergunta de sempre e de todos: faltam políticas públicas nesse setor?
Carlos Valera– Sem dúvida. No Brasil e em Uberaba e região não é diferente. As pessoas acham que criar uma política pública por lei por si só resolve o problema. É evidente que a legislação é fator importante, porém, de nada adianta termos “políticas públicas de papel”. A implementação de qualquer política pública precisa ter em sua gênese a participação popular e a vontade política do gestor público – eleito pelo povo – de implementá-la, este processo só avança quando o povo é educado para tal situação. A educação é a base e sempre será.

Marcos– O senhor considera práticas como vaquejadas e/ou touradas uma questão cultural que não deveria ser proibida ou é contra esses “esportes”?
Carlos Valera– Sou contra toda forma de violência e maus tratos contra animais. Me perdoe mas acho até doentio alguém ter prazer em assistir um animal ser torturado ou morto. A questão cultural deve ser obtemperada e vista com um olhar contemporâneo. Não é porque nossos antepassados praticavam maus tratos que nossa geração tem que continuar praticando. Temos que evoluir.

Marcos– Há um crescimento de consciência para o cumprimento de leis de proteção ao Meio Ambiente?
Carlos Valera– Sim, embora muito lento e difícil. Infelizmente como o Brasil é um país de grande riqueza natural as pessoas, na maioria, acham que “nunca” irão acabar os bens naturais, sempre haverá água, floresta, animais, etc. Essa percepção produziu um estrago ambiental quase que desastroso basta vermos os noticiários. Felizmente, hoje uma grande parte da população está percebendo que o meio ambiente é finito e que se não houver uma preocupação com a conservação e proteção teremos severas dificuldades, basta lembrar a crise hídrica da cidade de São Paulo e atualmente da cidade de Brasília. Esse cenário está fazendo com que o agronegócio e a própria população urbana tenham mais preocupação com o cumprimento das leis ambientais e por via de consequência com a regularização de seus empreendimentos.

Marcos– Gostaria que o senhor deixasse uma mensagem para os humanos em relação aos animais.
Carlos Valera– Sei que posso ser mal interpretado, mas na minha visão faço uma analogia entre a maternidade e a paternidade e o ato de adotar um animal. Nas duas situações temos o livre arbítrio e exercido este o encargo deve ser para toda a vida. Assim, se você não quer ter encargos e muito trabalho não tenha filhos e tampouco animais de estimação. Mas posso assegurar, pois tenho dois lindos filhos e já tive um cão de estimação que as duas situações trazem muito prazer e felicidades. Sejamos sempre responsáveis!

Sônia Hercos

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Economista, designer e Life coach, nossa entrevistada também trabalhou com TI por 18 anos. Depois dedicou-se ao design em computação gráfica, no qual tem especialização. Criatividade o tempo todo. Sensibilidade tempo integral. E assim ela é também com as pessoas e os animais, especialmente os que têm sorte de ficar sob seus cuidados. É amor e carinho pra ninguém botar defeito. Querida amiga Sônia Hercos é entrevistada deste final pelo Moreno Pet Blog.

 
“Um dia você perceberá que o que eu sinto por você é amor e entenderá que talvez você ainda não tenha gostado de mim, por simplesmente não se permitir ser amado!”

 
Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Sônia Hercos– Animais sempre fizeram parte da minha vida. Por ter crescido em uma chácara, tive todos os tipos de animais de pequeno porte. Cachorros, gatos, carneiros, passarinhos, pintinhos, coelhos e até um sapo boi. Por coincidência todos, ou quase todos se chamavam Fred.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Sônia– Especiais todos são. Uns mais, outros menos … mas a Pipoca superou! Acho que por ser de pequeno porte. Sempre tive cachorros grandes (fila, dog alemão, labrador, srd) e a convivência é completamente diferente. Eu namorei a ideia de ter um maltês durante anos! Até que a Pipoca me escolheu.

pipoca4Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Sônia– Quando fui pegar a Pipoca, cheguei e vi uma bolinha branca pulando feito louca! Pulava muito! Não tinha nome mais propício … Pipoca! A próxima será a Milka, a Chanty e o Mellow. Serão 4. Todos os nomes lembrando algo branco e gostoso.

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Sônia– Veja bem, eu consigo dormir com a Pipoca, mas jamais conseguiria dormir com o Zac, um labrador. Passear com a Pipoca no carro a qualquer momento é fácil, com um Sultão (um Fila), já seria complicado. Tudo depende do animal, da personalidade dele, da forma que foi criado. A Pipoca é um “cão”. Super brava (pra não dizer chata) com estranhos. O quarteirão todo sabe quando a Pipoca está na rua. Já tentei educar, adestrar, mas conversando com donos de outros cães da mesma raça, descobri que a maioria é assim. O limite que imponho é jamais constranger quem está perto. Ninguém é obrigado a aguentar um bichinho temperamental. Dentro de casa a Pipoca está em meus limites. Fora de casa, o limite é dos outros. No mais, nunca me imaginava tão grudada a um animal! Mas sou. Eles trazem alegria para o lar. Trazem calma, amor. Nos ensinam a transmitir o que muitas vezes fica reprimido.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Sônia– Entendem tudo! A meu ver, comandos são para educar, disciplinar. Eles possuem um enorme entendimento e uma grande percepção do ambiente e das pessoas. Animais sentem e captam mais vibrações energéticas que nós, humanos. Na minha religião, temos a plena consciência de que os animais são nossos irmãos, numa escala evolutiva inferior à nossa, mas que nos ensinam todos os dias a sermos pessoas melhores, auxiliando assim na nossa própria evolução.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Sônia– A águia.

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Sônia– Não gosto de hamsters e nem de gatos. Animais peçonhentos e répteis nem pensar! Fico com os cachorrinhos mesmo!

Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Sônia– Tenho verdadeiro horror a tudo que pode machucar um animal! Qualquer vídeo ou imagem que chegue até mim, relacionado a torturas ou animais machucados eu simplesmente não vejo. Isso me impressiona.

Marcos- Um filme com animal.
Sônia– Sinceramente? Amo desenhos animados com animais. Como designer eu vejo os mínimos detalhes. Dos pelinhos à expressão facial que eles conseguem transmitir. Nos desenhos eles conseguem verbalizar, na linguagem humana, o que gostaríamos de ouvir dos nossos pets.

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Sônia– Não me despreze! Não seja tão duro comigo. Não seja tão agressivo! Um dia você perceberá que o que eu sinto por você é amor e entenderá que talvez você ainda não tenha gostado de mim, por simplesmente não se permitir ser amado!

Magda Mattar Jorge

 

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Ex bancária, hoje aposentada, casada, Magda não tem filhos naturais, mas enteados e netos assumidos com muito amor . E sobrinhos consanguíneos que ama como se filhos fossem. Cuidadosa com todos, tem o privilégio de poder se dedicar integralmente ao marido, família, casa e plantas, especialmente as orquídeas. Ah!, e claro, os super queridos pets. As duas poodles, Teka (que já está com 15 anos)  e Babi, moram na casa da cidade e os outros maiores, Dhara, Marron, Ritinha e Branco moram na aconchegante chácara, onde o casal sempre recebe amigos. A energia do lugar não pode ser melhor. Com muita alegria entrevistamos essa grande amiga para enriquecer o Moreno Pet Blog.

 

“O cachorro, em especial,quase sempre supera o homem em demonstração de carinho, gratidão, companheirismo e fidelidade”

 
Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais?
Magda Mattar Jorge– Eu era indiferente. Só não gostava de vê-los sofrendo.

 

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Magda- Para mim todos são especiais. Apenas exigem maior ou menor atenção, em função da idade, estado de saúde, ou qualquer outra particularidade.

 

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Magda– Cada um tem a sua história particular.

 

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Magda– Não sou a pessoa indicada para definir esse limite.Meus cachorros são como meus filhos.E nem creio que seja necessário definir esse limite. São seres vivos assim como nós e, como tal, merecem todo nosso respeito,atenção e cuidados. Há animais, ditos “irracionais”, que se dedicam mais a nós e nos dão mais conforto e carinho que a maioria dos seres humanos. O cachorro, em especial,quase sempre supera o homem em demonstração de carinho, gratidão, companheirismo e fidelidade.

 

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Magda– Claro que entendem!!! E só não respondem falando, mas o fazem por atitudes!!!

 

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Magda– O Leopardo.

 

Marcos– Que animal você jamais teria como pet, e por quê?
Magda– Eu jamais teria um hamster!!! É da família dos ratos!! Rsrs

 

Marcos- Você acha que o respeito aos animais tem evoluído e pode fazer alguma comparação com o passado?
Magda– Esse respeito tem evoluído muito lentamente. Os animais necessitam de uma maior celeridade nesta evolução.

 

Marcos– Um filme com animal.
Magda– As 4 vidas de um cachorro; Marley e Eu; Sempre ao seu lado… Choro copiosamente!!!

 

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Magda– Trate os animais como você gostaria de ser tratado. Simples assim!!!