Diagnóstico precoce é essencial na oftalmologia veterinária


Conheça os tratamentos que têm impactado positivamente a detecção precoce e o tratamento de problemas oculares

A visão é um sentido crucial para a maioria dos animais, assim como é para os seres humanos. Portanto, a oftalmologia veterinária desempenha um papel fundamental no cuidado geral da saúde dos animais de estimação. Um diagnóstico precoce de problemas oculares em animais é essencial para garantir uma visão clara e saudável ao longo de suas vidas.

Para garantir uma visão clara e saudável em animais de estimação, é recomendado que os proprietários estejam atentos a quaisquer mudanças no comportamento ou na aparência dos olhos de seus animais. Se houver suspeita de problemas oculares, é importante consultar um veterinário oftalmologista o mais rápido possível. A detecção precoce e o tratamento adequado podem fazer a diferença na qualidade de vida e no bem-estar dos companheiros de quatro patas. “Todo diagnóstico precoce possibilita a recuperação, ou, a não perda da visão. Vale lembrar que nossos pacientes não vão reportar para seu tutor que está perdendo a visão ou até que está com dor ou algum incômodo nos olhos”, destaca o médico veterinário, Dr. Luiz Fernando.

O veterinário alerta sobre os sintomas que os proprietários devem observar em seus animais de estimação que podem indicar problemas oculares. “Secreção ocular em excesso, falta de lubrificação dos olhos, olhos vermelhos, coçar muito os olhos e olhos com tamanho diferentes”, ressalta.

Além dos exames regulares, existem medidas preventivas que os proprietários podem tomar para manter a saúde ocular de seus animais de estimação. Estar sempre atento à saúde do coração e dos rins. A hipertensão arterial é uma causa comum de lesões nas retinas.

Tratamentos na oftalmologia veterinária que têm impactado positivamente a detecção precoce e o tratamento de problemas oculares

• Ultrassonografia ocular;
• Eletrorretinografia;
• Exames de reflexo pupilar com luz monocromática vermelha e azul;
• Tratamento de lesões graves da córnea com terapia fotodinâmica;
• Tratamento cirúrgico à laser do glaucoma.

Fonte: Luiz Fernando, médico veterinário na Clínica Veterinária Professor

Qual é a relação entre a pele e o intestino dos pets?


Importantes estudos comprovam que pele é o reflexo da saúde intestinal, e isso vale para humanos e para os pets


A pele é o maior órgão dos mamíferos e é a primeira barreira protetora do organismo. Muitas pessoas nem imaginam a ligação direta que existe entre a saúde intestinal e problemas de pele, mas um estudo de 2022 sugere que a baixa diversidade bacteriana na microbiota intestinal pode estar intimamente relacionado com dermatite atópica em cães.
“No sistema gastrointestinal, assim como em toda a pele, existe uma gama de microrganismos que variam entre fungos, vírus, protozoários e bactérias, vivendo de forma harmônica e com papeis importantíssimos na proteção e, no caso do intestino, fermentação das partículas de alimentos. Este ecossistema invisível a olho nu é chamado de microbioma e é fundamental para a saúde como um todo”, explica Mariana Raposo, médica-veterinária gerente de produtos de importante empresa do segmento de Saúde Animal.
A semelhança entre os dois órgãos não para por aí. Tanto a pele quanto o intestino são altamente vascularizados e são responsáveis por separar e proteger o corpo (organismo) de possíveis agentes agressores provenientes do ambiente, seja por meio da barreira física (celular) ou biológica (microbioma).
Há muito tempo o desequilíbrio no microbioma (disbiose) intestinal já é correlacionado com quadros dermatológicos, principalmente porque a disbiose intestinal aumenta a permeabilidade celular e, como consequência, promove um aumento da absorção de toxinas e ativação de substâncias pró-inflamatórias. Algumas situações como o estresse, consumo de medicamentos (especialmente antibióticos), uma má nutrição, alterações na dieta, presença de parasitas intestinais ou até mesmo reações vacinais podem desencadear problemas muito além de desarranjos intestinais.
“Qualquer situação que possa promover desequilíbrio do microbioma, que é quando a população de microrganismos patogênicos fica maior do que a de microrganismos benéficos, tem capacidade de interferir no organismo como um todo. Isso quer dizer que um intestino não saudável pode promover reações de inflamação na pele, por exemplo, ocasionando problemas dermatológicos como dermatite atópica, dermatite seborreica, pústulas ou mesmo interferir negativamente na cicatrização de feridas”, a médica-veterinária elucida.
Essa relação íntima da pele com o intestino é reconhecida na medicina como Eixo Intestino-Pele, da mesma forma que existe o Eixo Cérebro-Intestino-Microbiota, e tem sido alvo de diversos estudos nos últimos anos. A ciência já demonstra que uma má saúde intestinal, com uma microbiota desequilibrada, além de estimular a produção de substâncias pró-inflamatórias pode atuar suprimindo o sistema imunológico, deixando o organismo mais suscetível a infecções.
“O organismo é inteiro interligado, todo conectado, e isso está cada vez mais evidente. Cada indivíduo possui um microbioma intestinal único e altamente dinâmico, mas a composição básica dos microrganismos presentes neste microbioma tende a ser semelhante em animais saudáveis, o que sugere a existência de um balanço harmônico entre todos os vírus, bactérias, fungos e protozoários para a saúde como um todo”, Mariana reforça.

Nutrição e suplementação para problemas dermatológicos nos pets
Não existe segredos que uma nutrição adequada é benéfica para os pets de todas as idades, mas o foco não deve ser apenas em evitar ganho exagerado de peso ou diminuir as chances de problemas metabólicos como diabetes, colesterol e triglicérides elevados, gastrites e úlceras.
“Bem nutrir e estimular as atividades das bactérias boas que fazem parte do sistema digestivo é de extrema importância, em todas as idades dos pets, mas traz melhores resultados quando iniciada ainda na fase de filhote, fortalecendo a imunidade do animal e proporcionando um desenvolvimento mais saudável. Este cuidado com a saúde intestinal pode ser feito com uma dieta balanceada e a utilização de simbióticos capazes de potencializar o equilíbrio e bom funcionamento do microbioma intestinal”, Mariana conta.
Simbióticos são suplementos que combinam prebióticos, compostos responsáveis por nutrir e estimular de maneira saudável os microrganismos benéficos presentes no sistema digestivo, e probióticos, que são compostos por pequenos grupos de fungos e bactérias do bem capazes de melhorar o balanço do microbioma intestinal dos pets. Um simbiótico bem equilibrado, por exemplo, vai apresentar agentes biológicos como Saccharomyces cerevisiae, Bifidobacterium bifidum, Enterococcus faecium e Lactobacillus acidophilus, que fazem parte de um microbioma saudável e funcional, além de vitaminas e minerais.
“O olhar para a saúde do pet precisa ser 360º, considerando o organismo como um todo, onde todos os detalhes importam. Se o pet apresenta um problema de pele, esse olhar precisa ser ainda mais criterioso, especialmente para a saúde gastrointestinal. É muito mais benéfico para o pet prevenir um desequilíbrio do microbioma intestinal do que tratar das suas consequências, por isso a adoção de simbióticos na rotina alimentar desde filhote deve passar a ser considerado tanto pelo tutor quanto pelo médico-veterinário. Cuidar da saúde gastrointestinal do peludo traz benefícios além dos óbvios, para toda a vida!”, finaliza.

Ozonioterapia em animais ganha destaque no cenário terapêutico

A ozonioterapia em animais ganha destaque no cenário terapêutico veterinário, após o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) regulamentar, por meio da RESOLUÇÃO Nº 1364 em outubro de 2020, a indicação, a prescrição e a aplicação dessa técnica, considerando-a como atividade clínica privativa do médico-veterinário. A recente liberação da ozonioterapia para uso em pessoas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também trouxe à tona a importância dessa prática para a saúde animal, a qual já vem sendo aplicada desde 2020.

“A ozonioterapia em animais representa um avanço significativo na medicina veterinária, proporcionando tratamentos complementares associados a outras terapias, que são eficazes para diversas condições de saúde. A regulamentação do CFMV demonstra o reconhecimento da segurança e eficácia dessa terapia para nossos amigos de quatro patas”, afirma a Médica Veterinária, Gisele Barreto.

A ozonioterapia é um procedimento terapêutico que se baseia na aplicação de ozônio medicinal, uma mistura gasosa composta por oxigênio e ozônio, devidamente regulada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa técnica tem sido utilizada para tratamentos complementares em humanos e, com a regulamentação do CFMV, ganhou respaldo para aplicação em animais de estimação e outros animais, oferecendo uma nova abordagem terapêutica para diversos problemas de saúde.

De acordo com a Anvisa, o ozônio possui propriedades bactericidas e poder oxidante, podendo ser utilizado para desinfecção de objetos, tratamento de reservatórios de água e, na área da Odontologia, no tratamento de cáries, periodontite, canais dentários e recuperação de tecidos após cirurgias na boca.

Em animais, a ozonioterapia tem demonstrado resultados positivos em diversas situações clínicas, como redução da agregação plaquetária, melhora da circulação local, efeito anti-inflamatório, antálgico e imunomodulador, além de atuar como bactericida, fungicida e virucida. Essa terapia complementar pode ser indicada para tratar doenças do disco intervertebral, osteoartrites, tendinopatias, infecções, feridas contaminadas, doenças inflamatórias crônicas, diabetes, doenças isquêmicas, entre outras.

Contudo, o CFMV alerta para algumas contraindicações, como o cuidado com animais senis, debilitados ou com elevado estresse oxidativo, onde a ozonioterapia deve ser aplicada de forma cuidadosa para não agravar o quadro clínico do animal.

“A ozonioterapia em animais requer acompanhamento e avaliação cuidadosa por profissionais qualificados para garantir sua segurança e eficácia nos diferentes casos clínicos”, reforça Gisele Barreto, que também é professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Excelência – Unex, em Feira de Santana.

A liberação da ozonioterapia pelo governo Lula e a regulamentação do CFMV demonstram o crescente interesse e reconhecimento da eficácia dessa prática terapêutica, tanto em humanos quanto em animais. A adoção dessa técnica oferece novas possibilidades de tratamento e cuidados com a saúde dos animais, proporcionando melhor qualidade de vida e recuperação mais rápida em muitos casos.

Leishmaniose: uma zoonose com poucas chances de cura e que requer cuidados diários


A Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, instituída pela Lei nº 12.604/2012, é realizada, anualmente, na semana que inclui o dia 10 de agosto (Dia Nacional de Combate e Controle da Leishmaniose), com a finalidade de conscientizar sobre essa zoonose, que acomete mais de 12 milhões de pessoas em nível mundial.

Endêmica em mais de 76 países, esta zoonose afeta vários animais, inclusive gatos


Lesões ulcerativas, emagrecimento, crescimento exagerado das unhas e febre. Em pets, estes podem ser sinais de leishmaniose visceral, uma das zoonoses – doenças infecciosas naturalmente transmissíveis entre animais e seres humanos – mais significativas do nosso dia a dia, com mais de 12 milhões de pessoas infectadas em nível mundial.
Estudos recentes mostram que, além dos cachorros, gatos e outros animais podem ser reservatórios do protozoário causador da leishmaniose. “Os cães são considerados os principais reservatórios da doença para o ser humano, mas não são os únicos: a doença também pode se instalar em animais silvestres, como quati, gambá; roedores, como capivara; mamíferos, equinos e, inclusive em gatos, os quais eram considerados refratários, mas estudos recentes mostram o contrário”, conta o médico-veterinário, professor de doenças parasitárias dos animais domésticos da Universidade de Franca Dr. Rafael Paranhos de Mendonça.
A leishmaniose visceral é endêmica em 76 países e, no continente americano, está descrita em pelo menos 12. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil. E mais: está entre as dez principais doenças tropicais negligenciadas, uma vez que nem sempre sua notificação – que é obrigatória – é devidamente realizada pelo médico-veterinário à Vigilância Sanitária local.
“Assim, a leishmaniose tem se alastrado e o impacto é muito grande, tanto nos animais, quanto nos seres humanos”, alerta o médico-veterinário, lembrando que a doença pode ser fatal e, na maioria dos casos, o tratamento tem efeito sobre os sinais clínicos, podendo não acontecer a eliminação do parasito do corpo.


Esperança e controle em animais
Os sintomas da leishmaniose podem ser confundidos com os de outras doenças, como a dermatite. É o que contam William da Silva Rocha e Brena Querzia Ferreira dos Santos, tutores do Bethoven, um cachorro da raça Golden Retriever, de 3 anos e 2 meses de idade: “Descobrimos o diagnóstico de leishmaniose em fevereiro deste ano. Num primeiro momento, os sinais clínicos foram manchas mais escuras na pele, muita caspa e queda de pelos. Acreditávamos que era uma dermatite e estávamos tratando como tal. Mas, depois de algum tempo, começou a remelar os olhos, abrir feridas nas extremidades e cair pelo das pontas das orelhas. Ele parecia bem, pois comia e brincava normalmente, mas, como não estávamos vendo melhora dos sintomas, levamos novamente à clínica veterinária e foi aí que tivemos nosso susto, com a confirmação da doença. Na nossa ignorância, pensávamos que teria que fazer eutanásia”.
Após as médicas-veterinárias explicarem que a leishmaniose tem tratamento e Bethoven tem grande chance de ficar bem, vieram o conforto e a esperança. “Logo que ele foi diagnosticado, começamos o tratamento com medicamento manipulado e vitaminas para ajudar o fígado e os rins. No segundo mês, voltamos para refazer os exames e pesá-lo novamente. Como temos outro cão [Tody] em casa, fizemos todos os exames e descartamos a possibilidade de ele também estar infectado. Bethoven ganhou peso, a pelagem começou a crescer novamente e as feridas começaram a cicatrizar. E, então, no terceiro mês, utilizamos uma nova fórmula manipulada. Já estamos no começo do quarto mês de tratamento, sempre na esperança de uma cura completa da doença”, completa o tutor. O medicamento é manipulado na DrogaVET em forma de biscoitos e com sabor constantemente variado, para Bethoven não enjoar.
O casal de tutores deixa um recado para os pais de pets: “Nunca desistam de seus filhos de quatro patas. Por mais difícil que seja o problema, foquem na solução. Eles são seres especiais, que foram enviados por Deus para nos dar amor e alegria.”


Saiba mais sobre a doença
A leishmaniose é causada pelo protozoário do gênero Leishmania, transmitido pela picada da fêmea flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis) infectada, popularmente conhecida por mosquito-palha, tatuquira, cangalhinha ou birigui. Como o mosquito – de 2mm de tamanho – não é identificável a olho nu, é importante que se faça uso de tela mosqueteira, como proteção nos ambientes em áreas endêmicas.
“O mosquito-palha começa a picar ao entardecer. Então, nas regiões conhecidamente endêmicas, é interessante que cães fiquem em canis telados, após esse horário, além de colocar tela em toda a casa, para a proteção dos animais que compartilham o espaço com os humanos. Coleiras inseticidas e repelentes próprios para animais também são boas formas de prevenção”, indica Dr. Rafael.
O diagnóstico definitivo da leishmaniose é confirmado com a punção de linfonodo, fígado, baço ou líquor da medula espinhal. “Também temos a opção de teste rápido, para fazer a triagem, além da sorologia e do PCR real time. Mas o mais importante é, em casos suspeitos da doença, fazer o diagnóstico confirmatório o quanto antes”.
O susto que os tutores William e Brena tomaram tem fundamento: antigamente, não havia tratamento para a leishmaniose, sendo o mais indicado o sacrifício do animal. “Os medicamentos começaram a surgir em 2017. Atualmente, o que se tem de mais efetivo é o artesunato e a miltefosina, os quais, aliados ao acompanhamento do médico-veterinário a cada quatro meses e às medidas preventivas, têm sido as melhores soluções. Além disso, é possível manipular o medicamento em formas farmacêuticas flavorizadas, que facilitam a adesão do pet ao tratamento, como molho sabor picanha, calda sabor leite condensado, entre outras diversas opções”, orienta Dr. Rafael.
Apesar da evolução no tratamento, não existe garantia da eliminação do parasita. A cura é clínica; os sintomas diminuem, somem, mas podem voltar. O importante é fazer o diagnóstico e seguir rigorosamente o tratamento e as orientações do médico-veterinário.

Saúde intestinal é a principal responsável pela imunidade dos pets

O papel do intestino vai muito além da absorção dos alimentos

Na atualidade, o intestino deixou de ser considerado um órgão responsável apenas pela absorção de nutrientes e vem ganhando destaque também por seu papel fundamental na proteção do organismo, tanto participando da modulação da resposta imunológica quanto da proteção física contra agentes ou substâncias nocivas à saúde. Essa função sobre o sistema de defesa é ligada a três fatores: integridade da barreira intestinal, funcionamento de um tecido chamado tecido linfóide associado ao intestino, bem como de sua interação com a microbiota. Por isso, sua saúde é de extrema importância para saúde como um todo e também para a imunidade dos pets, e não deve ser negligenciada.

A alimentação é um dos principais fatores para manter a boa saúde deste órgão e, consequentemente, boa imunidade dos animais de companhia. Por isso, os tutores devem ficar atentos na hora de escolher o alimento que será oferecido a seus companheiros. “Cães e gatos se beneficiam de um alimento que contenha boas fontes de fibras e prebióticos em sua composição. Os prebióticos colaboram para o equilíbrio da microbiota intestinal, pois promovem condições de vida desfavoráveis para as bactérias ruins e, ao mesmo tempo, favoráveis para as boas”, orienta Mariana Fragoso Rentas, médica-veterinária  e doutora em nutrição de cães e gatos. “Manter o equilíbrio entre as quantidades de micro-organismos bons e ruins auxilia na digestão dos alimentos, na absorção dos nutrientes e na manutenção da barreira intestinal. Desta forma, contribui para um intestino saudável e para a imunidade dos pets”, explica a veterinária.

Além dos prebióticos na alimentação, as fibras exercem um papel importante, contribuindo também para o trânsito intestinal, equilíbrio da microbiota e para fezes firmes, bem formadas e com menos odor. 

Devido a importância da saúde deste órgão, Mariana orienta os tutores a ficarem bem atentos aos principais sinais de que algo não vai bem: “Sempre avalie a frequência, coloração, odor e consistências das fezes, estas são informações valiosas para o médico-veterinário durante as consultas. Nos casos em que o tutor identificar fezes pastosas, amolecidas, totalmente líquidas ou muito ressecadas, a recomendação é que leve seu pet para uma avaliação com o médico-veterinário de confiança. Também em caso de necessidade de troca do alimento habitual, o recomendado é consultar o profissional”, finaliza Mariana.

Cuidar da saúde intestinal dos pets, portanto, vai além de cuidar de seu sistema digestivo: contribui para sua saúde e bem-estar geral em todas as fases da vida.

Gripe em cães e gatos: saiba o que pode causar e como tratar


O tratamento e os sintomas são semelhantes aos que acometem os humanos. Boa alimentação, um sistema imunológico fortalecido e o acompanhamento veterinário são grandes aliados na luta contra o vírus
O cuidado e o carinho com os pets é parte da vida de qualquer tutor, que deve estar sempre atento ao comportamento do seu bichinho para garantir o seu bem-estar. E com a pandemia, as pessoas passaram a prestar ainda mais atenção nos sintomas respiratórios, que se manifestam mais comumente por meio das gripes e resfriados. Cães e gatos também são acometidos por essas doenças e, caso o tratamento não seja seguido, uma simples gripe pode virar pneumonia, colocando o bem-estar e a saúde do animalzinho em risco.
Gabrielle Miodutzki, médica veterinária de uma rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que produz medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada ― reafirma a importância de estar sempre de olho no comportamento dos pets. Ela explica que, “por mais que seres humanos não possam contrair gripe de cães e gatos, é preciso tratar os bichinhos gripados para que não haja evolução para pneumonia, que é uma das complicações possíveis do não tratamento da gripe”.
Sintomas
Os sintomas de gripe em cães e gatos são extremamente semelhantes aos sinais clínicos apresentados por pessoas. Tosse, coriza, apatia e perda de apetite estão entre os principais indícios, mas o maior sinal que o pet pode dar ao seu tutor de que está doente é a mudança no comportamento. “A gripe se manifesta de forma diferente em cada animalzinho, mas é certo que ele terá alguma mudança no comportamento. Pode ser uma carência excessiva ou mesmo um isolamento incomum’, afirma Gabrielle.
Diagnóstico
É importante lembrar que somente o médico veterinário pode diagnosticar o animal, e o fará por meio de uma análise dos sinais clínicos apresentados, anamnese (conversa para entender a rotina do seu pet) detalhada, exame clínico e, em alguns casos, exames complementares. Com a realização destes procedimentos, será possível fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento, com a intenção de atenuar os sinais apresentados e impedir a ação de bactérias oportunistas.
Prevenção
Uma boa alimentação e um sistema imunológico fortalecido são os principais aliados dos pets na prevenção, não somente de gripes, como de diversas outras doenças que podem acometê-los. Outra opção é a vacina, que está disponível no mercado, mas dependerá da investigação do médico veterinário, que analisará a viabilidade da vacina de acordo com o quadro clínico do animalzinho.
Gabrielle Miodutzki resume e alerta: “Com uma alimentação balanceada, exercícios físicos, vacinação em dia e acompanhamento veterinário, o seu pet estará seguro da gripe. Contudo é fundamental que o tratamento seja feito por um veterinário. As ‘receitas milagrosas’ e caseiras encontradas na internet podem trazer riscos à saúde do seu animal”, enfatiza a veterinária.
Riscos e Tratamento
Exceto quando são desenvolvidas complicações, como a “rinite crônica”, que acomete gatos quando estes têm seu revestimento nasal danificado, o prognóstico é muito bom e os sinais tendem a desaparecer em poucos dias. Por isso, os riscos não são severos.
É essencial que o tratamento seja realizado adequadamente: repouso, hidratação e boa alimentação são as recomendações básicas. Mas, no caso de tratamento medicamentoso, antibióticos, anti-inflamatórios e muco líticos podem ser administrados para minimizar os sinais clínicos e trazer mais conforto ao animal.

Como tratar doenças oncológicas em pets com empatia com os tutores


A cada dia os avanços da medicina surpreendem a todos através de pesquisas e tecnologias aplicadas aos tratamentos oncológicos, tanto para os humanos, quanto para os pets. E ao contrário do que muitos imaginam, os tratamentos aplicados não são tão diferentes do utilizado em pessoas. É de extrema importância tratar o paciente em uma unidade hospitalar que tenha infraestrutura e profissionais especializados para cuidar do câncer e suas complexidades
A equipe da WeVets compartilha que os pacientes oncológicos, frequentemente, necessitam de cuidados coadjuvantes com suporte de demais especialidades, como: cardiologista, nutricionistas, além da internação, unidade de terapia intensiva e exames de imagem.
Atualmente, o câncer já é considerado a principal causa de óbito em cães e gatos. A boa notícia é que nos últimos 10 anos, com a evolução dos exames mais complexos na Medicina Veterinária, foi possível realizar diagnósticos mais precoces, viabilizando melhores resultados no tratamento, além de melhora na qualidade de vida desses pacientes.
Considerando a proporção de pets por habitante, o Brasil também ocupa a terceira colocação – 76% da população tem pelo menos um animal em casa, contra 82% da Argentina e 81% do México. Os cachorros seguem como a preferência nacional e estão presentes em 58% dos lares brasileiros, bem acima da média mundial de 33%. Os gatos residem em 28% das casas, enquanto os percentuais são de 11% para aves e 7% para peixes, o levantamento é da consultoria alemã GFK, a partir de entrevistas com 27 mil pessoas em 22 países.
Os tumores mais frequentes nos pets, de forma geral, são os de mama, pele (cutâneo) e os hematopoiéticos (linfomas e leucemias), mas há algumas diferenças entre as espécies. Nos felinos, o mais frequente é o linfoma na sua forma de apresentação gastrointestinal, o tumor de mamas (principalmente em fêmeas não castradas) e o tumor de células escamosas – que acomete a pele e, muitas vezes, se assemelha a feridas que “não cicatrizam”, já nos cães, o mais comum é o de mama (principalmente em cadelas não castradas precocemente), os linfomas (na sua forma de apresentação multicêntrica) e as neoplasias cutâneas (como, por exemplo, o mastocitoma).
“O tratamento oncológico que provemos para pets na WeVets é espelhado nas melhores práticas da saúde humana, onde o paciente geralmente recebe o encaminhamento de algum outro profissional que identificou a neoplasia mas precisa de ajuda para tratar, geralmente envolvendo cirurgias e, nos casos mais graves, uma posterior quimioterapia ou eletroquimioterapia”, explica a Dra. Gislaine Souza, médica-veterinária especialista em oncologia do Grupo WeVets, que já realizou centenas de atendimentos a pets com câncer.
O câncer é uma doença multifatorial e diversas causas externas podem estar relacionadas ao seu aparecimento nos pets, além das causas genéticas. Por isso, vale algumas orientações: evitar o sobrepeso e a obesidade nos animais, a castração precoce pode prevenir o desenvolvimento dos tumores de mama, uma alimentação equilibrada e a prevenção da inflamação sistêmica crônica por diferentes causas.
O tutor deve observar possíveis indicativos de que algo pode estar errado e procurar o veterinário quando notar: mudanças de comportamento; perda de peso (emagrecimento); perda de apetite; dificuldades para urinar; tosse; vômitos; diarréia; lesões em boca e na pele que não cicatrizam.


Prevenir é o melhor remédio

A máxima serve também para os pets, exames de check-up frequentes são os melhores e maiores aliados para um diagnóstico em fase inicial. Exames clínicos, laboratoriais, ultrassom abdominal, radiografias torácicas, tomografias são exames que sempre mostram se há algo errado com o pet.
Cada tipo de tumor terá que ser abordado de forma individual, alguns são bem responsivos à quimioterapia e outros tumores podem ser curados com o tratamento cirúrgico e em alguns casos o conjunto das duas terapias será indicado. No caso do tratamento cirúrgico, existe um planejamento a ser conduzido sobre a técnica cirúrgica a ser utilizada para a remoção completa do tumor
Em casos de sessões de quimioterapia, assim como em humanos, o paciente, na maioria das vezes, faz uso de medicamentos injetáveis (quimioterápicos) que devem ser manipulados e aplicados em salas especiais de quimioterapia com total segurança.
Mas e os tutores? É de extrema importância os médicos acolherem os tutores neste momento delicado de diagnóstico e passar segurança. O uso correto das palavras, a entonação utilizada, demonstram empatia, carinho e solidariedade com aquela família frente àquele diagnóstico. Acompanhamento agendado, envio de fotos e vídeos do pet durante o tratamento, todo o carinho e empatia com os tutores neste momento de tratamento.
“Além do compromisso total com a qualidade técnica do procedimento, nós estamos aqui para honrar a relação de amor que há entre pet e tutor. Quanto mais o tutor estiver confortável com o procedimento, melhor o seu pet reagirá. Acreditamos nessa conexão. Por isso, temos como mantra a ampla comunicação e transparência com o tutor em todas as etapas do tratamento”, reitera a Dra. Gislaine.

Cirurgia oftálmica veterinária: restaurando a visão e o bem-estar dos pet


Já falamos aqui sobre a importância da prevenção de doenças oftalmológicas nos animais. Hoje vamos falar de cirurgia. Saiba quais são os cuidados pré e pós operatórios

Assim como os seres humanos, os cães e gatos também necessitam de procedimentos cirúrgicos nos olhos em algumas situações. Existem inúmeras indicações nessas espécies. Pelo fato de serem animais não significa que os procedimentos cirúrgicos são realizados de maneira menos cautelosa e precisa. Os cuidados pré-operatórios e trans-operatórios são os mesmos quando comparados aos usados em seres humanos.

O médico veterinário, Dr Luiz Fernando destaca que os principais sintomas de problema de visão nos pets são olhos vermelhos ou opacos, trombar em objetos e não achar os donos ou as vasilhas de água e ração. “Geralmente começa com a dificuldade de subir e descer escadas, porque ele começa a perder o cálculo de profundidade e depois evolui por trombar os objetos”, diz.

As principais causas da dificuldade de enxergar dos pets são glaucoma, catarata e olho seco, usualmente, eles têm origem genética e tendem a manifestar com o avançar da idade. Mas podem ocorrer em animais jovens. “O olho seco é uma deficiência na produção ou na qualidade da lágrima, que gera uma córnea com perda de transparência, com perda de brilho. Também gera perda da visão e incomoda bastante, pois o olho seco leva ao ardor e consequentemente o animal começa a se coçar e pode machucar o olho”, explica o veterinário.

A cirurgia é indicada, no caso do glaucoma, quando os colírios não conseguem diminuir a pressão ocular de forma desejada. Já no caso da catarata, quando ao exame clínico dos olhos a opacidade do cristalino impede a passagem de luz até a retina.

Cuidados pré e pós operatórios

É indicado o uso de colírios, antibiótico, e anti-inflamatório. Além de exames de risco cirúrgico, exames de olhos como ultrassom e testes de saúde da retina. No pós cirúrgico, uso do colar elizabetano, uso dos colírios e repouso por cerca de 15 até 30 dias. “Graças à evolução da tecnologia e dos medicamentos que utilizamos, hoje a taxa de sucesso em recuperar a visão está acima de 90%”, conclui o Dr. Luiz.

Fonte: Luiz Fernando, médico veterinário na Clínica Veterinária Professor Israel.

A importância da prevenção de doenças oftalmológicas em cães e gatos


As doenças mais frequentes são o olho seco, catarata, leishmaniose, doença do carrapato e glaucoma

Os animais de companhia estão presentes em quase metade dos lares brasileiros.De acordo com o IBGE, são mais de 22 milhões de gatos e 52 milhões de cachorros nos lares brasileiros. Igual os humanos, os pets precisam de cuidados com a sua saúde desde o nascimento. Nutrição adequada, companhia constante e regular, limpeza do local em que vivem, visitas ao médico-veterinário e vacinação regular são apenas alguns meios de prevenção às doenças mais comuns em cães e gatos.

O médico veterinário, Dr. Luiz Fernando, ressalta a importância das consultas regulares ao médico veterinário-oftalmologista. “A melhor forma de prevenção é uma consulta anual com o médico veterinário oftalmologista. Somente ele possui os equipamentos adequados para poder fazer o exame completo dos olhos do seu cão ou do seu gato. Algumas delas podem ser corrigidas com colírios, com medicamentos, e outras serão necessárias intervenções cirúrgicas”, diz.

As doenças mais frequentes são o olho seco, catarata, leishmaniose, doença do carrapato e glaucoma. O olho seco é uma deficiência na produção ou na qualidade da lágrima, que gera uma córnea com perda de transparência, com perda de brilho. Além de gerar perda da visão, incomoda bastante, porque o olho seco leva ao ardor e consequentemente o animal começa a se coçar e pode machucar o olho. “Logo após, são os processos inflamatórios, eles podem ser secundários a doenças primárias. Em Belo Horizonte e região metropolitana, o mais comum seria a leishmaniose e a doença do carrapato. Seja ela a babésia ou a erlíquia. Babésiose e erlíquiose, além da leishmaniose”, explica Luiz Fernando.

A catarata é uma doença característica do cão idoso, mas que pode ocorrer também na forma juvenil e principalmente no cão diabético. 99% dos cães diabéticos vão desenvolver catarata. A catarata leva à cegueira e quanto mais cedo ela for diagnosticada e operada melhor são os resultados.

Cuidados

O principal cuidado com a saúde ocular do PET é manter os olhos sempre limpos, preventivamente, fazer limpeza ocular pelo menos uma vez ao dia. Para prevenção de olho seco ou de lesões de córnea, colírios lubrificantes que protegem a córnea.

Tratamentos

Os principais tratamentos consistem na utilização de colírios, em alguns casos a cirurgia. “Nós fazemos cirurgias de catarata, cirurgias para glaucoma, cirurgias para correção de defeitos das pálpebras, que podem acontecer de modo que quando o animal pisca ao invés da pálpebra percorrer o olho sem machucá-lo devido à presença de cílios anormais. Isso vai causar danos na conjuntiva e também na córnea”, conclui o médico veterinário.

Fonte: Luiz Fernando, médico veterinário na Clínica Veterinária Professor Israel.

Dermatite nos pets, você já ouviu falar?


A doença é uma das principais queixas na clínica veterinária de pequenos animais e interfere diretamente no bem-estar dos animais e de seus tutores
Se você tem um pet deve saber que o ver se coçar de vez em quando é normal, assim como aquela coçadinha que nós damos em algum lugar da pele que esteja momentaneamente incomodando. Mas, para alguns animais, a coceira é muito mais do que algo simples e pode estar relacionada à problemas de pele mais sérios.
“Um dos principais problemas de pele nos pets atualmente é a dermatite. A dermatite é uma doença crônica e muitas vezes hereditária, caracterizada pela inflamação nas camadas mais superficiais da pele e pode acometer diferentes áreas do corpo do animal. Não é uma doença contagiosa, mas pode ser desencadeada por uma gama de alérgenos distintos presentes no ambiente, como poluição, poeira e pólen”, explica Fernanda Ambrosino, médica-veterinária gerente de produtos de uma linha Pet de de produtos de Saúde Animal.
Embora a coceira seja o principal sintoma de dermatite, outros sinais também podem evidenciar o problema, como por exemplo regiões de inflamação na pele, pústulas em região de dorso ou barriga, vermelhidão ao redor dos olhos e da boca, nas orelhas, nas patas e na região de virilha.
“A coceira é algo que incomoda o pet e o tutor, mas a aquela lambedura excessiva nas patinhas também pode ser sinal de dermatite. Além disso, o odor característico de um animal com problema de pele pode incomodar quem convive com o pet e desencadear um aumento desnecessário de banhos para disfarçar o problema, o que acaba prejudicando ainda mais a saúde da pele do pet”, elucida a médica-veterinária.
A pele é o maior órgão do corpo dos pets, comporta por diferentes barreiras estruturais. Ela é responsável por proteger os órgãos internos, músculos e vasos sanguíneos de agressões provenientes do ambiente, além auxiliar na manutenção do nível de hidratação e da temperatura do organismo.
“Os animais alérgicos, que sofrem com a dermatite, têm algumas falhas estruturais na pele na barreira mecânica, na barreira imunológica ou na barreira microbiológica, o que a deixa mais vulnerável. Por isso, estes animais apresentam uma reação mais exagerada aos agentes ambientais, desencadeando coceiras intensas, feridas de pele, perda de pelos e um odor característico”, Fernanda comenta.
A profissional também relata que aquelas coceirinhas ocasionais são mais brandas e eventuais do que as coceiras causadas pela dermatite. “Estas são bem mais intensas e o pet usa o que estiver disponível para se coçar, as patas, os dentes, móveis, tapetes, e até mesmo o chão áspero pode servir como um auxílio improvisado para o peludo com uma crise de dermatite”.

Dermatite tem cura?
A dermatite é uma doença crônica e não tem cura definitiva, mas é possível adotar estratégias para que as crises não sejam tão frequentes e nem tão intensas.
“Quando o pet está em uma crise e é levado ao veterinário, algumas medicações são utilizadas para frear a progressão da coceira e trazer novamente a qualidade de vida para o pet. Muitos tutores acabam confundindo isso com cura do quadro na ideia de que se parou de coçar é porque está tudo bem e o tratamento não precisa ser continuado. Isso, na verdade, pode prejudicar ainda mais o animal, voltando a fragilizar a pele dele e promovendo novas crises. O tratamento contra a dermatite é para a vida toda”, Fernanda alerta.
Para os animais alérgicos, o fortalecimento das barreiras da pele é parte essencial dos cuidados com a saúde. Por isso, a utilização de produtos naturais durante o banho e no dia a dia do pet deve ser prioridade.
“Adotar o hábito de utilizar shampoos e hidratantes que fortaleçam a barreira mecânica da pele e restabeleçam o equilíbrio da microbiota é essencial para que o pet com dermatite tenha melhor qualidade de vida. Ingredientes naturais, como o Ophytrium, ajudam a deixar a pele macia e hidratada, nutrem o microbioma cutâneo, reduz a irritação e ajuda a acalmar a pele irritada e lesionada”, Fernanda reforça. “Desta forma é possível fortalecer a saúde da pele do animal, espaçando as crises de dermatite e reduzindo as suas intensidades, o que traz mais qualidade de vida para o pet e para o tutor”.
Os cuidados com a pele dos pets precisam fazer parte da rotina diária dos peludos, não apenas no momento do banho, e especialmente para os pets que têm alergias ou maior sensibilidade dermatológica. Além de fortalecer e proteger as defesas naturais da pele, trazer para a rotina diária um momento de cuidado com o pet fortalece os laços entre animal e humano.