Tráfico de animais chega à internet

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Traficantes de animais silvestres ultrapassaram os limites da Feira de Caxias, conhecida por abrigar esse tipo de crime, e, agora, negociam aves pela internet. Para chegar até uma das quadrilhas, um policial da área ambiental da PM se passou, por quase um mês, por comprador. Ele combinou um encontro na quarta-feira com o traficante, perto de um shopping em São João de Meriti, na Baixada. No local, Jonathan de Souza Tavares, foi preso em flagrante com 12 pássaros silvestres, que pretendia vender por R$ 500, cada, de acordo com o tenente Diego Vasconcelos, porta-voz da operação.
A venda de animais silvestres pela internet vem sendo monitorada há três meses por uma comissão especial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) conhecida como “Cumpra-se”. Para o deputado estadual Carlos Minc, presidente da comissão, o uso da internet é uma novidade nesse tipo de tráfico:
– Recebi denúncias de três pessoas diferentes falando de site de venda de animais – diz o deputado estadual, que agora pedirá ajuda à Polícia Federal. – Já fizemos a ação com a PM, e a investigação continua. Se esse tráfico está acontecendo no Rio, deve estar ocorrendo em vários outros estados também.
O Comando de Polícia Ambiental tem acompanhado a prática do crime para realizar novas prisões. O relatório da Alerj cita, além do “Rolo de pássaros de Caxias”, um grupo aberto no Facebook que movimenta anualmente cerca de dez mil animais silvestres, outras três páginas – “Recanto dos Pássaros”, “Criatório Reserva do Curio Santos” e Pássaros de Canto” – e o site “Criadores de pássaro”.
A página “Rolo de pássaros de Caxias” tem mais de 5.100 membros. Diariamente, são anunciadas cerca de 30 espécies de pássaros da fauna silvestre. As principais comercializadas são araras, papagaios, tucanos, azulões, canários-chapinha, trinca-ferros, sabiás e coleiros.

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