Romeu e Julieta!

A escolha do nome de um animalzinho desempenha um papel significativo quando um novo membro da família é recebido, seja ele um cachorro, um gato, um passarinho, um coelho ou outro pet. Nesse contexto, uma plataforma de idiomas que conecta alunos e professores online, realizou uma pesquisa para descobrir os nomes e os apelidos mais populares desses bichinhos no Brasil, além das principais curiosidades e influências na hora de denominá-los.

Segundo o levantamento, os nomes de gênero feminino dominam e, junto com as suas variações, Nina, Mel e Lily são, respectivamente, os mais comuns entre a população. Quanto aos masculinos, os favoritos são, em ordem, Bob, Thor e Fred e as suas demais derivações. Além disso, apareceram na listagem espécies de outros animais para batizar cães e gatos, como Leão e Tigrão. E, claro, não se pode esquecer das menções das alcunhas inspiradas em personagens, como Hulk, Scooby-Doo, Mingau e o famoso casal do romance de William Shakespeare, Romeu e Julieta.


Entre os tipos de apelidos mais comuns no Brasil estão as variações de nomes dos pets, sejam elas no aumentativo ou no diminutivo (33%), ficando em primeiro lugar. Um exemplo que explica bem é Zé, que pode virar Zezinho, Zezão e outros. Em segundo e terceiro colocados, estão os carinhosos “filho” (30%) e “bebê” (28%), sendo que ambos são bastante usados para se referir aos peludinhos como membros da família, seja ela de sangue ou não.


Mas qual a origem de tanta criatividade na hora de escolher o nome de um pet?
Quando se trata de definir como chamá-los, a população tem muitas fontes de inspiração. A plataforma revelou que 17% dos brasileiros escolhem os nomes de seus bichinhos com base em personagens de filmes. Outros 16% afirmam que se baseiam em figuras de desenhos animados para isso. No entanto, 18% dizem que não houve nenhuma inspiração e simplesmente escolheram, porque acreditavam que combinavam com o seu animal. “As pessoas costumam ser muito originais quando batizam os seus mascotes, escolhendo nomes estrangeiros inspirados em filmes, personagens, objetos, alimentos ou bebidas, sendo que essa decisão reflete os seus gostos, interesses e senso de humor. É curioso ainda notar como eles podem variar de acordo com a cultura e as tendências do momento, mas independentemente disso, o aspecto mais importante é garantir sempre que ele seja amado e receba os devidos cuidados”, afirma Sylvia Johnson, Diretora de Metodologia da plataforma.


Para a publicitária Karine Sales, que tem três cachorros, a cultura pop teve uma forte influência e um papel decisivo: todos eles foram nomeados com base em personagens da animação Toy Story.
“Esse é o meu desenho animado favorito da infância e a escolha do nome do meu primeiro cachorro ocorreu de maneira surpreendente e natural. Enquanto eu e meu marido assistiámos ao quarto filme da franquia em casa, a moça da adoção trouxe o Woody nesse exato momento. Não tínhamos decidido nada ainda, mas quando vi ele, senti que tinha que ser algo relacionado a esse universo. Pouco tempo depois, o Buzz e o Bala no Alvo se juntaram à família canina”, conta.


Não é só português não: brasileiros também se comunicam em inglês com os pets
Segundo o levantamento, 35% dos entrevistados preferem utilizar tanto o nome original do seu pet quanto apelidos carinhosos para se referir e conversar com eles no dia a dia, demonstrando o vínculo afetivo, o carinho e a conexão especial que possuem. No entanto, a maioria (60%) ainda opta por chamá-los única e exclusivamente pelos seus nomes.
Ainda nesse contexto, a plataforma descobriu que 15% interagem em outro idioma com os seus peludinhos, sendo que 9% dos brasileiros falam em inglês como língua adicional na hora de se comunicar com eles. Além disso, 4% escolhem o espanhol como alternativa para interagir com seus companheiros e 40% alteram o tom de voz com frequência quando falam com eles.
“Em um mundo cada vez mais globalizado, a escolha de nomes estrangeiros para nossos animais de estimação reflete fortemente a influência da cultura internacional. Essa tendência destaca a nossa conexão com diferentes línguas, ampliando as opções e as inspirações para os nomear os nossos mascotes, destacando também como a linguagem transcende fronteiras e se torna parte da vida cotidiana”, conclui Sylvia Johnson.


Confira os apelidos de pets mais populares no Brasil:

  1. Variações de nomes (aumentativo ou diminutivo) – 33%
  2. Filho – 30%
  3. Bebê – 28%
  4. Nenê – 22%
  5. Príncipe/Princesa – 21%
  6. Amorzinho – 17%
  7. Lindo – 16%
  8. Gordinho – 14%
  9. Gordo – 13%
  10. Fofo – 12%
    Metodologia
    *A pesquisa foi conduzida com 1.009 brasileiros para explorar as curiosidades que giram em torno da escolha de um nome para os seus pets, assim como as influências estrangeiras que permeiam o processo. O questionário foi aplicado em um painel online em outubro de 2023.

Pesquisa inédita revela perfil da nova geração de tutores de pets


Para a “Geração P”, é comum gostar mais do pet do que da maioria das pessoas; mais da metade dos tutores fazem “vozinha” para falar com os seus pets ;31% dos pets tem perfil nas redes sociais e 25% já ganharam uma festa de aniversário
Uma pesquisa inédita realizada sob encomenda do maior e mais completo ecossistema de produtos e serviços pet no Brasil, traçou um perfil detalhado da relação dos tutores brasileiros com seus pets. A pesquisa ouviu 753 pessoas que possuíam ao menos um animal em casa, revelando dados bastante curiosos que reforçam a tendência de humanização dos pets.
Mais da metade dos tutores fazem “vozinha” para falar com os seus pets, cerca de 31% dos pets tem perfil nas redes sociais e 25% já ganharam uma festa de aniversário. Além disso, demonstram carinho de forma mais intensa – 75% declaram que conversam com seus pets, além de se expressarem com abraços, beijos, e até homenagem ao pet, como tatuagem, por exemplo.
A pesquisa foi encomendada para traduzir em números aquilo que já vinha sendo percebido no dia-dia das famílias brasileiras – a relação das pessoas com seus pets está em transformação, tornando-se mais íntima, mais profunda e adquirindo um grau de complexidade inédito.
“Essa é de fato uma nova geração de tutores, que estamos chamando de ‘Geração P’”, diz Sergio Zimerman, fundador e CEO da empresa que encomendou a pesquisa. “O vínculo entre tutor e pet evoluiu muito ao longo dos últimos anos. Hoje os pets fazem parte da vida do brasileiro, estão mudando hábitos e comportamentos de consumo de famílias inteiras e até ajudando na saúde mental das pessoas”.
A maioria das pessoas da Geração P tem cachorros ou gatos, vivem em casas nas capitais brasileiras e tem pelo menos um pet adotado. Para esse grupo, é comum gostar mais do pet do que da maioria das pessoas, gastar dinheiro com eles e se considerarem pai ou mãe do pet.
Quando convidados a responder sobre as coisas mais importantes da vida, “meu pet” aparece atrás apenas da família e religiosidade e na frente de amigos, trabalho e lazer. Amor foi a palavra escolhida para resumir a relação entre tutores e pets, seguida por amizade e companheirismo.
A pesquisa aponta para o crescimento das adoções. Cerca de 47% dos entrevistados afirmam que têm um pet para dar uma “vida melhor para ele”.
A nova geração de tutores também é mais engajada em iniciativas ligadas à causa do bem-estar animal, e que a doação é o modo mais comum de contribuição. Cerca de 61% têm o hábito de doar alimentos ou insumos e 46% acolhem animais abandonados.
A humanização pet é um fenômeno mundial decorrente de alguns fatores como acesso à internet, vida urbana, necessidade humana de contato, queda no número de filhos e envelhecimento da população.
Para 68% dos tutores da Geração P, o pet influencia nas decisões de lazer, como o destino de férias, os passeios de fim de semana, a escolha do hotel e do restaurante.

O estudo também mostra que os pets ajudam no controle do estresse e da solidão, ampliando o papel do pet para além da diversão e alegria. Para 53% das pessoas, a relação com o pet acalma, 48% responderam que traz sensação de paz, e ainda 36% reconhecem que o pet é um apoio no controle de distúrbios como ansiedade e depressão.

Lobo-guará adotado como cachorro desfruta de habitat e rotina ideal para sua espécie no Bioparque Zoo Pomerode


Para marcar o dia do lobo-guará e também o mês das crianças, outubro terá ações especiais no local
Brincalhão e curioso, o lobo-guará adotado como um cachorro doméstico no estado de Minas Gerais e, posteriormente resgatado pelos órgãos ambientais, desfruta de um ambiente e uma rotina ideais para a sua espécie. Quase um ano depois de chegar ao Bioparque Zoo Pomerode, referência no acolhimento de animais que passam por situação de risco, ele se desenvolve de forma saudável e está em ótimo estado de saúde.
“Já está adaptado ao habitat, à rotina e à fêmea que divide o recinto com ele. Já observamos diversas vezes eles interagindo de forma positiva”, afirma Geórgia Backes, Bióloga do Bioparque Zoo Pomerode. A equipe estima que ele tenha completado seu primeiro ano de vida em agosto de 2023. “Ele ainda não pode ser considerado um adulto. O macho dessa espécie atinge a maturidade sexual com cerca de dois anos”, explica.
Além de viver em um habitat ideal para o seu desenvolvimento e interagir com outra da sua espécie, o lobo-guará conta com uma alimentação essencial para o seu crescimento saudável. “Ele é um animal onívoro, então ofertamos três vezes ao dia carne vermelha, frango, ovo cozido, ração, maçã, manga, banana e mamão”. O lobinho também conta com diversas atividades de interação, chamadas de enriquecimento, onde recebe objetos, caixas e materiais com diferentes texturas e odores, que o fazem estimular seus instintos. Ele também participa do programa de condicionamento, que trabalha técnicas para que o animal coopere com ações de medicina preventiva, através de reforços positivos.

Relembre a história do lobo-guará adotado como um cachorro
Dócil e parecido com um filhotinho de cachorro, o lobo-guará foi encontrado sozinho, em uma rua de Monte Santo de Minas (MG). A família ficou encantada com o fofo animalzinho e o adotou. A convivência durou quatro meses, mas ele cresceu e as características físicas predominantes do lobo-guará apareceram. “Como ele foi criado sob cuidados humanos desde muito jovem, ele se adaptou a esses cuidados, tornando arriscado seu retorno para a natureza por não saber como se defender e buscar alimento”, explica a bióloga. Como no Brasil não é permitido manter animais silvestres como pets, em novembro de 2022, ele foi resgatado pelos órgãos ambientais e acolhido pelo Bioparque Zoo Pomerode, que há 91 anos é modelo nacional no tratamento de espécies ameaçadas.

Mês das crianças e dia do lobo-guará
No Bioparque Zoo Pomerode outubro é repleto de celebrações. Além do mês das crianças, também se comemora o dia do lobo-guará (12/10) e, para marcar as datas, serão realizadas ações especiais. Entre os dias 12 e 15 de outubro as crianças poderão fazer uma pintura facial temática do lobinho, além de várias atividades didáticas sobre o tema. No dia 12 de outubro também será realizado enriquecimento ambiental com o lobo-guará, período em que os visitantes poderão conhecer melhor a rotina da espécie.
As famílias que escolherem o Bioparque Zoo Pomerode como destino para o mês das crianças ainda poderão curtir as atividades diárias como assistir o condicionamento com os hipopótamos e elefantas e ver de perto animais como leões, onças-pintadas, girafa, tigres e zebras. Ainda será possível entrar no Viveiro de Imersão Paraíso das Aves, que possui dezenas de espécies, e desfrutar de tudo que o local oferece como lanchonete, cinema 7D, estúdio fotográfico, entre outros.

Sobre o Bioparque Zoo Pomerode
Com 91 anos de história, é considerado o maior zoológico de Santa Catarina, tendo como mantenedora a instituição sem fins lucrativos Fundação Hermann Weege. O local conta com aproximadamente 900 animais de 230 espécies diferentes, sendo que 77% destes foram resgatados de situações de risco e 23% já são nascidos sob cuidados humanos. O Bioparque é referência nacional no acolhimento e tratamento de animais selvagens e também na conservação de espécies ameaçadas de extinção.

Compartilhar a cama com animais de estimação!

Compartilhar a cama com pets é um hábito de muitos tutores de animais de estimação. A prática, apesar de não ter contraindicação médica, pode trazer riscos – tanto para os bichinhos quanto para os tutores.
“A princípio, não há contraindicação do animal dormir com o tutor. Mas há alguns aspectos a se considerar. Existem pessoas com quadro alérgico a pelos de animais. Nestes casos, se uma pessoa tem essa alergia, o animal não poderia nem estar dentro de casa”, afirmou Marcelo Otsuka, vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de SP.
Otsuka explicou ainda que são raras as situações em que os animais transmitem doenças para seus donos e, em quase todos os casos, os transmissores são pets sem acesso a higiene básica. Para ele, alguns cuidados simples são suficientes para se estabelecer uma relação com benefício mútuo.
“Bebês muito pequenos, que não têm uma capacidade de se defender, a gente não recomenda o contato muito próximo. Os animais gostam de ficar perto dos humanos, eles precisam ser vigiados para não causarem sufocamento. Por outro lado, camas muito altas podem ser um risco para animais de pequeno porte. A gente precisa ter cuidados de ambos os lados”, disse Marcelo Otsuka.
A presidente da Comissão de Bem-Estar Animal (Cobea) do CFMV, a médica-veterinária Kellen Oliveira, listou algumas recomendações.
• Higienizar as patas (quando fazem passeios externos).
• Não dormir com o pet ao observar ectoparasitas (pulgas ou carrapatos) e fazer o tratamento imediato. Esses ectoparasitas podem causar doenças nos animais e em humanos.
• Manter esquema vacinal (do tutor e do pet) completo.
• Adaptar – com rampas ou escadas – o acesso à cama para evitar acidentes.
Rosângela Gebara também é membro da Cobea e alertou sobre quais são os cuidados veterinários necessários para o pet não transmitir doenças.
“Principalmente a antirrábica, já que essa doença é uma zoonose; porém recomenda- se que estejam em dia a vacinação polivalente ou múltipla, além de estar com a aplicação de vermífugo e a profilaxia para ectoparasitas atualizadas. E sempre que o pet tiver sinais ou sintomas de doença, o tutor deve buscar auxílio veterinário para o correto diagnóstico e tratamento o mais precoce possível”, afirmou.