Hérnia de disco em cães

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Num dos meus passeios do final de semana com o meu cão Chien, encontrei com colegas de atividade. No caso, claro, conhecidos que também saem para passear com seus cães. Um deles estava com certa dificuldade de caminhar e a sua tutora me contou que ele está com hérnia de disco.
A hérnia de disco é a afecção mais comum na coluna de cães. A hérnia de disco em cães por ser classificada em dois tipos. Os animais podem apresentar sinais clínicos dos mais variados, como dor, alterações dos reflexos espinhais, alteração do tônus muscular, atrofias ou hipotrofias musculares, ataxias, paresias ou até mesmo paralisias, além de alterações em micção e defecação. Os sinais clínicos apresentados podem variar conforme a localização e grau de compressão medular. O Raio-X, associado ao exame clínico e neurológico, pode sugerir o local da lesão, porém exames de tomografia e ressonância magnética são o ideal para a confirmação deste diagnóstico.
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. No tratamento cirúrgico as técnicas mais comuns são as descompressivas e fenestração. Já o tratamento conservador envolve medicação (anti-inflamatórios e analgésicos) e repouso. As técnicas complementares nestes casos tornam-se essenciais. A acupuntura é a primeira opção a este paciente, podendo atuar liberando endorfinas, controlando a dor e no reestabelecimento de funções neurológicas perdidas.
A fisioterapia tem um papel essencial em todas as fases. Inicialmente pode ajudar na analgesia com uso de eletroterapia (TENS e Corrente Interferencial) e a laserterapia tem papel fundamental no controle da inflamação.
Já nas funções neurológicas, os estímulos proprioceptivos como a escovação dos membros é indicado desde as fases iniciais. Neste período, técnicas de movimentos e exercícios passivos (realizados pelo terapeuta) estimulam o retorno precoce de movimentos e previnem contraturas e atrofias musculares.
Em animais em que já não há mais dor e inflamação, pode-se passar a exercícios ativos e ativos assistidos, onde se procura o restabelecimento do caminhar, desenvolvimento de coordenação e retorno de massa muscular. Para isso utilizam – se pranchas, caminhadas assistidas (em esteira seca ou hidroesteira), pistas proprioceptivas, sempre desafinado o animal a se superar. Muitas vezes este é o caminho para, em paralisias irreversíveis, o desenvolvimento de caminhar medular.
No animal que teve apenas o quadro de dor, e foi controlada com medi- cação, a fisioterapia é essencial para que este animal não tenha uma recidiva do quadro, que pode ser muito pior.

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