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Essas duas letras juntas são muito conhecidas de quem gosta de animais. São as iniciais da expressão “Lar Temporário”. O que significa isso? Significa que os animais encontrados em estado de abandono, filhotes, velhos, machucados (via de regra, pelo ser “humano”), foram resgatados, cuidados, encaminhados para clínicas veterinárias, mas não têm pra onde voltar. Pras as ruas novamente? Precisam ser adotados, mas até isto acontecer, precisam de um “lar temporário”. Nas ruas, vão ser novamente agredidos, vão passar fome, sede, frio e vão, naturalmente, procriar e gerar mais animais nas ruas. A todo instante são postados nas redes sociais, pedidos de lar temporário, pedido de socorro para um resgate, oferta de filhotes para adoção RESPONSÁVEL. A origem do problema vai muito além do próprio animal abandonado.
Empobrecimento geral                                                                                                                                                                                                                    O Brasil empobreceu geral no que diz respeito à educação. Não há mais um serviço público prestado com decência, como saúde, por exemplo. O IDH (índice de desenvolvimento humano) não caiu, parece que despencou. O que se pode esperar de um país que no maior evento internacional (só para citar um exemplo recente) como a Fórmula 1, tem duas equipes assaltadas. Claro que assalto e violência faz parte do nosso cotidiano. Praça de guerra. Pior que países e regiões verdadeiramente em guerra. Se as pessoas não recebem mais educação, desconhecem totalmente o que significa respeito. E a violência só aumenta, a cultura só despenca, a inversão de valores fica cada vez mais absurda e os políticos são cada vez mais corruptos. Se é assim nas grandes cidades de um país de proporções continentais, o que dizer de seus municípios?                                                                                                Políticas públicas                                                                                                                                                                                                                                            Não há políticas públicas para animais. Para proteção dos animais, controle de população. Saúde pública. Poucos são os municípios que dão exemplo de bom funcionamento de seus Centros de Zoonoses. Mas até hoje, esse tipo de conversa é coisa para palanque. Aparece um ou outro que efetivamente quer fazer alguma coisa pelos animais. E, claro, na mesma esteira, outros tantos (em maior número, naturalmente) que fazem o mesmo discurso no palanque, mas que fica apenas como plataforma de eleição. E muitos de nós, a maioria dos que gostam e respeitam os bichos, se sente culpada cada vez que vê um desses pedidos de socorro ou mesmo o próprio animal em situação periclitante. Imagina você passando de carro na Univerdecidade à meia noite e se depara com cão bem grande atropelado, ou machucado. Você sozinho. Você tem condição de pegar o cachorro sozinho? Você pode levar uma mordida feia, porque o cão normalmente estará estressado e com medo. Seu carro tem condições de receber o cachorro? Você conhece um lugar para levá-lo? Mas se tivesse um serviço público capacitado e com profissionais preparados para esse tipo de resgate…Não há! Se muito mal tem para os próprios humanos… O que acontece com o Brasil? Não foi da noite para o dia. Já tem alguns anos…

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