Carlos Alberto Marques Júnior

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Médico veterinário, Carlos Alberto Marques Júnior é um dos idealizadores de um trabalho voluntário de castração de animais que tem feito a “diferença” na história de muitos animais abandonados, cuja reprodução implicaria, naturalmente, em mais sofrimento do que já presenciamos. A ideia nasceu para ajudar um abrigo que tem muitos animais vivendo juntos. Animais que tem proprietários estão sendo conscientizados pelo grupo de voluntários para que façam as castrações. Fomos falar com ele e, em nome de todas as pessoas que amam os animais, agradeço pelo nobre gesto de doação de tempo, competência e amor pela causa.

 

“…é um trabalho difícil e demorado”

 

Marcos Moreno– Como foi formado esse grupo que tem feito esse trabalho de castração de animais em Uberaba?
Carlos Alberto Marques Júnior– Em algumas idas ao abrigo para colaborar, surgiu o assunto e daí a Alessandra entrou em contato com Franco que é outro colaborador que se prontificou a iniciar o grupo.

Marcos– Qual o critério de escolha de ONGs para serem beneficiadas com o trabalho?
Carlos Alberto– O critério foi a necessidade que o abrigo necessita, já que o mesmo não tem renda governamental e junção de colaboradores solidários.

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Marcos– Os animais são previamente avaliados para serem então castrados?
Carlos Alberto– Iniciamos a primeira etapa e fizemos a segunda com o critério de castrar os machos, para ter menos custo com medicamentos, pois nós veterinários, doamos bloco cirúrgico, transporte e o procedimento, mas os materiais como agulha, anestésicos, etc, são doados por colaboradores, padrinhos, madrinhas, voluntários e também com a realização de ações, como brechós, pizzas, galinhadas etc. Quem organiza é a Alessandra, para arrecadar renda para esses fins.

Marcos– Você acha que esse trabalho pode crescer e atenuar de forma significativa a questão da população de cães abandonados em Uberaba?
Carlos Alberto– Se todos os amantes de animais se empenharem, sim! Mas é um trabalho difícil e demorado.

Marcos– O trabalho é só voluntário ou recebe alguma ajuda de órgãos públicos?
Carlos Alberto– Somente voluntário.

Marcos– O trabalho voluntário de castração é espetacular. Fazem algum trabalho mais abrangente?
Carlos Alberto– Além do projeto, cada pessoa ajuda como pode, pois o abrigo passa por muitas necessidades. São organizados brechós em praças, galinhadas, pizzas e também a Alessandra, que criou o Abrigo dos Anjos, pede ajuda sempre que necessita de ração, medicamentos usando as redes sociais.

Marcos– E o pós- cirúrgico, as ONGs têm capacidade para acompanhar bem?
Carlos Alberto– Os cães após os procedimentos retornam ao abrigo para sua vida normal, mas com o cuidado em curativos e medicações corretas.

Marcos– Há risco de morte no procedimento de castração?
Carlos Alberto– Todo ato cirúrgico envolve risco, tanto para os humanos como para os animais, mas estamos com resultados satisfatórios e sem complicações em nossas duas etapas até o momento.

Marcos– Como ajudar o grupo?
Carlos Alberto– Bem pessoal o abrigo precisa de muita ração. Muitas lojas tem feito campanhas. Para o projeto de castração podem ser feitas doações direto com a Alessandra do Abrigo (34) 991378936

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