Diabetes Mellitus — Saiba como essa doença afeta o seu pet

Para não comprometer o bem-estar e longevidade dos animais de estimação, é preciso se atentar aos cuidados com a saúde dos pets. Assim como nós, humanos, nossos amigos de quatro patas também podem desenvolver diabetes. Conhecida como diabetes mellitus, a doença atinge cerca de 5% dos cães, comum na espécie, e rara em gatos. É uma doença endócrina, sem cura, que consiste em uma desordem no pâncreas em que suas células produtoras do hormônio insulina, por alguma razão, deixam de secretá-lo ou diminuem sua secreção, ou ainda ocorre a chamada resistência à insulina.

A insulina é o hormônio responsável por controlar o açúcar do sangue e, sua falta, ou a incapacidade desse hormônio de exercer a sua função, leva ao aumento dos níveis de glicose na corrente sanguínea (acima de 120 mg/dL). As causas principais no surgimento da diabetes ocorrem devido a fatores genéticos, inflamatórios, hormonais, imunológicos ou nutricionais, tanto em cães ou gatos, normalmente de meia-idade a idosos.

É muito importante observar se o seu animal apresenta aumento na ingestão de água, urina em excesso, perda de peso e aumento do apetite. Caso apresente esses sinais, um veterinário deverá ser consultado. O diagnóstico da doença requer uma avaliação minuciosa com exames complementares, associado ao histórico do animal. Uma completa avaliação na saúde do paciente diagnosticado com diabetes é recomendada para identificar qualquer doença que possa estar causando ou colaborando com a diabetes.

A doença é classificada em dois tipos, o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é mais comum em cães, e está relacionada com a perda ou disfunção da secreção de insulina, já o tipo 2, é mais frequente em felinos. Este tipo está relacionado com a diminuição da sensibilidade à insulina nos tecidos.

O tratamento da diabetes requer muita dedicação do responsável pelo animal. Isto acontece, pois, são necessários monitoramentos constantes no nível de glicemia, dose da insulina, nutrição adequada e ingestão de água, que deverá ocorrer durante todo o tratamento. A diabetes é uma doença que não tem cura, mas com o tratamento adequado, acompanhamento veterinário e dedicação do seu responsável, é possível que o animal tenha qualidade e expectativa de vida similar à de um animal não diabético.

Tatiana Harumi Saito é Médica Veterinária e Endocrinóloga de Pequenos Animais.

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