No Dia Mundial da Obesidade, CFMV alerta para o problema em cães e gatos


A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu, em 1997, o dia 11 de outubro como o Dia Mundial da Obesidade. Atualmente um problema global de saúde pública, a obesidade no Brasil aumentou em 60% nos últimos 10 anos, segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais do país.

Esta questão não afeta apenas humanos. Nos Estados Unidos, o levantamento feito pela Association for Pet Obesity Prevention (Associação de Prevenção de Obesidade em Pets, em tradução livre) apontou que 63% dos cães e 67% dos gatos domésticos estão acima do peso, destes 18% dos cães e 28% dos gatos são obesos.

A médica-veterinária Márcia Jericó, da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária, apontou, em seu artigo-científico “Obesidade em Cães e Gatos”, que no único levantamento brasileiro sobre o assunto, na cidade de São Paulo, em 2002, 17% dos cães estudados eram acometidos pela obesidade. Ainda na pesquisa, dos 50 cães obesos pesquisados, 22% não realizavam atividade física, 46% eram moderadamente preguiçosos e 56% apresentavam comportamentos alimentares vorazes ou gulosos, sendo que destes, 78% consumiam o mesmo tipo de alimento que o seu guardião.

Segundo a médica-veterinária estudiosa do assunto Nohara B. Cardoso, a obesidade pode desencadear diversos processos. “A obesidade pode ser hoje considerada uma das principais condições patológicas observadas em cães e gatos podendo levar a uma redução na longevidade e predispor a muitas outras patologias”, afirma.

“Determinando problemas do sistema locomotor e das articulações, alterações cardiopulmonares e endócrinas, como a diabetes mellitus, maior susceptibilidade às enfermidades infecciosas, além de aumentar os riscos de complicações cirúrgicas, e dificultar a avaliação clínica de um animal”, completa.

Tendo em vista os dados do Ministério da Saúde (que demonstra que uma em cada cinco pessoas no país está acima do peso) e que os principais fatores para esse panorama são a oferta de alimentos e petiscos em excesso e a falta de exercício físico adequado, é possível afirmar que o estilo de vida do tutor está diretamente relacionado aos hábitos dos seus animais de estimação.

O Centro de Nutrição e Bem-estar Animal WALTHAM (WALTHAM Center for Pet Nutrition) realizou uma pesquisa com tutores de animais de estimação do Brasil, China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, e relatou que cerca de 54% deles cede aos apelos dos pets e oferece mais alimento quando eles “pedem” e 22% muitas vezes oferecem em excesso para mantê-los felizes.

Cardoso aponta a prevenção como a melhor estratégia e acrescenta, ainda, a necessidade de “uma rotina diária onde a refeição deve ser oferecida nos mesmos horários, com a quantidade adequada prescrita por um médico-veterinário e com uma rotina de exercícios diários”.

Para animais que já apresentam o quadro, o tratamento é voltado para uma mudança no estilo de vida do pet e do seu protetor. A médica-veterinária indica que cães e gatos devem ser alimentados visando a manutenção de um peso ideal e afirma que a alimentação balanceada deve vir associada a uma rotina de passeios.

“Assim como vacinar o animal e fornecer uma alimentação de qualidade, a manutenção do peso ideal em cães e gatos significa prolongar e aumentar a qualidade de vida, é um ato de consciência e amor com o animal”, finaliza.

Para mais informações, acesse o Livro de bolso do WALTHAM sobre a manutenção do peso saudável em cães e gatos.

Assessoria de Comunicação do CFMV

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