Para atrair e reter talentos, empresas abrem as portas dos escritórios para os pets

Kleber Prando e seus cães Romanoff e Thor.


Diferencial vem chamando a atenção de profissionais, especialmente os mais jovens, que dizem se sentir mais felizes, confortáveis e calmos com a presença dos bichinhos
A composição da família brasileira mudou. Depois da pandemia de Covid-19, o número de animais de estimação nos lares cresceu cerca de 30%, segundo pesquisa realizada pelo Radar Pet. E o mercado de trabalho já está começando a sentir os efeitos dessa mudança: ao receber os colaboradores de volta ao ambiente corporativo, as empresas perceberam que o bem-estar dos pets, que precisavam ficar em casa, durante o expediente era uma preocupação frequente de muitos profissionais. Para alguns negócios, a solução foi incorporar a presença dos animais no dia a dia do escritório.
“No período crítico da crise sanitária, os pets se acostumaram com a gente em casa. Quando voltamos a frequentar o escritório duas vezes na semana, pensamos em como integrar o home office ao ambiente corporativo. Algumas pessoas pediram autorização para trazer seus pets e começamos a nos acostumar com a presença deles. Depois, foi questão de pouco tempo para oficializarmos essa nova política”, conta Rafiana Rech, gerente de Pessoas & Cultura da NZN, empresa do segmento de publicidade e comunicação online que aderiu ao modelo pet friendly.
De acordo com um levantamento realizado pela Nestlé Purina, companhias que adotam essa postura são bem-vistas pelos millenials, nascidos entre o início da década de 1980 e meados dos anos 1990. 41% dos respondentes afirmaram que estariam dispostos a trabalhar numa empresa pet friendly em detrimento de outra que não lida bem com os animais de estimação. Ainda, para 36%, o benefício de ter o pet por perto seria mais importante do que um seguro saúde.

Convivência saudável exige cuidados importantes – Para evitar qualquer desconforto na convivência com os pets, é indicado que a empresa tenha uma política clara para regulamentar a prática. Ainda, os tutores não podem descuidar de questões importantes, como higiene e alimentação do animal. Para a médica veterinária da marca, Giovana Ferreira, o conforto do pet também não pode ser deixado de lado.
“Antes de levar o bichinho para o trabalho, certifique-se de que ele fica confortável em ambientes fechados por períodos mais longos. Animais com problemas de ansiedade, por exemplo, podem não ficar à vontade e, nesses casos, é melhor evitar”, alerta Giovana.
Na NZN, a vacinação em dia é outro pré-requisito para receber os pets no escritório. Os colaboradores devem fazer um cadastro na plataforma do RH da empresa, com nome, foto, cópia da carteira de vacinação e informações sobre o comportamento do animal. Também foi determinado que cada tutor doe um quilo de ração a ONGs que se dedicam à causa animal. Tutor da Romanoff e do Thor, cães da raça husky siberiano, Kleber Prando, cloud architect da empresa, comenta que poder levar seus pets para o trabalho ajudou em sua concentração e na produtividade.
“Tê-los por perto durante o dia me ajuda a relaxar e a manter a calma. Consequentemente, sinto que aumenta minha produtividade e concentração. Aqui, os colegas de trabalho são muito receptivos com os nossos pets, o que cria um ambiente totalmente positivo, acolhedor, descontraído e saudável, além de aumentar a felicidade e o bem-estar tanto dos funcionários quanto dos animais”, finaliza.

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