
Petgenoma é pioneira na América Latina e a única com laboratório próprio de genotipagem no Brasil dentro da Universidade de São Paulo (USP)
Um cachorro aparentemente saudável pode carregar silenciosamente genes que o predispõem a doenças cardíacas, neurológicas ou renais. Já uma cadela com traços de border collie pode ter necessidades específicas de dieta, comportamento e até de medicação. Em um cenário onde os pets são parte essencial das famílias, entender a genética do animal pode ser a chave para oferecer cuidados mais personalizados, eficazes e duradouros.
Essa é a missão da Petgenoma, startup brasileira que está revolucionando a forma como tutores, veterinários e criadores cuidam da saúde e da longevidade dos cães. A empresa desenvolveu um teste genético simples, a partir de saliva, que mapeia a ancestralidade do animal e mais de 300 predisposições a doenças, além de indicar como ele metaboliza medicamentos e quais cuidados preventivos podem fazer a diferença.
“O foco é o bem-estar do cachorro, sempre. A genética nos dá ferramentas para prever riscos e promover uma vida mais longa e com qualidade para os pets”, afirma Eduardo Lemos, cofundador da Petgenoma.
Com sede no Cietec, polo de inovação da USP, a empresa é a única da América Latina com laboratório próprio de genotipagem pet. Isso significa que todo o processo – da coleta à análise – é feito internamente, com base em um banco genético proprietário, construído a partir da realidade brasileira.
Outro diferencial relevante é a parceria com a Illumina, multinacional americana líder mundial em genotipagem e sequenciamento, fornecedora de instituições como Einstein, Fleury, Rede D’Or e Hospital Moinhos de Vento. “A Petgenoma é um exemplo de como a tecnologia de microarray, para genotipagem de DNA em alta escala, chip de DNA pode ser aplicada de maneira inteligente, impactando diretamente o bem-estar animal e promovendo um novo patamar de cuidado veterinário”, afirma Rodrigo Benevides, Country Lead da Illumina Brasil.
A Petgenoma atua com três públicos principais:
• Veterinários, que usam os testes para prevenção e personalização de tratamentos;
• Tutores, que buscam entender a origem de seus pets e cuidar melhor deles ao longo da vida;
• Criadores, interessados em garantir ninhadas mais saudáveis, com respaldo científico.
Por trás da iniciativa está um time de cientistas com ampla experiência acadêmica e técnica, como:
• Fabiana de Andrade, geneticista-chefe com doutorado em genética canina;
• Paula Rohr, doutora em genética;
• Darilene Tyska, zootecnista especializada em melhoramento genético;
• Douglas Maia, CTO e engenheiro de software formado pela USP.
A empresa também iniciou a internacionalização com um projeto piloto no Chile e quer chegar a outros países da América Latina nos próximos anos. “Nossa meta é transformar a genética em uma aliada cotidiana do bem-estar animal. Queremos que cada cão tenha a chance de viver mais, melhor e com menos sofrimento”, conclui Lemos.