Adriana Amélia Sarkis Palis

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Ela é administradora de empresas atuante no mercado de trabalho. Casada e mãe de dois filhos, compartilha com a família o amor pelos cinco cachorros. Esse amor pelos animais vem desde pequena. Adriana, ainda menina, convivia com cães da raça Doberman, que sempre foram dóceis com ela. Quando ainda eram inexistentes campanhas para adoção de cães de rua, ela já fazia isso, intuitivamente e por amor. De forte personalidade, ela fala nesta entrevista, de amor à hipocrisia, temas muito bem colocados e adequados às perguntas.

OFERECIMENTO:

 

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“Tenham o privilégio de se deixar amar por um amigo leal, sem preconceito, sem crítica, sem segundas intenções”

 

Marcos Moreno– Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Adriana Amélia Sarkis Palis– Sempre gostei. Morávamos em Brasília DF, tinha meus 11anos e o papai tinha um canil enorme nos fundos, onde eram criadas Dobermans para cruza com o canil da presidência. Eram todas maravilhosas conosco que éramos crianças, instinto protetor. Nessa época não havia movimento pelos cães de rua e me lembro como se fosse hoje, peguei dois cachorrinhos de rua muito judiados e um estava com o olhinho furado. Acredito que eram mestiços com pequinês. Levei-os para casa e foi um alvoroço, mamãe não queria que eles ficassem, com medo dos grandes matá-los. Mas foi admirável a convivência de todos. Foi um imenso prazer ver aqueles dois pequenos em um lar e com tantas amigas grandes. Daquele momento em diante percebi que os cães só sabem provocar o melhor de nós.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Adriana- Todos tem uma passagem especial por nossas vidas, durante 10 anos pude conviver com a doçura de uma Boxer chamada Agatha. Ela tinha uma delicadeza no olhar que me emocionava, foi minha grande companheira todos esses anos. Teve um infarto e não resistiu, me faz uma grande falta. Diria que o meu bebe é o Frejat um Shitzu de 11 anos, cego de um olho, com reumatismo, temperamental e que eu amo demais. Quando estou em casa, ele me acompanha onde for, ele me olha com um olhar de gratidão. Costumo brincar que ele só falta falar comigo.

Marcos– A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Adriana– Não sou nem um pouco criativa, bati o olho e achei o nome de primeira. Tive a Aghata que foi uma verdadeira dama, Frejat que na juventude era rock roll, Tyson o grande guardião preparado pra luta, Maria Bethânia alma de artista, temperamental como uma estrela, Sheik, moleque irreverente, brincalhão e amoroso e Ralph que é a simpatia em forma de cão. É incrível como se parecem com os nomes.

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Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Adriana– Não acredito que exista confusão, eles são amorosos, solidários e fieis. Não vejo necessidade de limites quando se fala em emoção, sentimento, amor.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Adriana– Acredito que eles não entendem a nossa língua, mas sim nossa emoção, dificuldade, esperança, alegria, compaixão. Não tenho dúvidas que eles entendem tudo, absolutamente tudo que sentimos, até porque eles estão sempre atentos aos nossos olhares, movimentos e sons.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Adriana– Urso, elefante, coala, preguiça, coruja e tantos mais.

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Adriana– Cobra, lagarto e mais alguns.

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Marcos– Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?
Adriana– Claro que sim, não faz sentido algum usar um ser vivo em barbáries. Se pensarmos em rentabilidade a custa de sofrimento podemos então liberar venda de drogas em porta de escolas, prostituição infantil e etc…, é uma hipocrisia a sociedade querer definir que tipo de ser pode render dividendos com sofrimento. O ser humano está mais cruel e bate no peito para se mostrar como semi-deus, querendo definir o que vive e o que morre.

Marcos– Um filme com animal.
Adriana– Os clássicos Rim-Tim-Tim e Lassie, um olhar puro da amizade de um cão com sua criança. Se todos os pais observassem o recado de cada uma dessas lindas histórias, veriam que o cocô e o xixi do cachorro são uma bobagem perto do bem que eles fazem aos seus filhos em um mundo que está se tornando cada dia mais cruel, sem respeito, sem amor, sem solidariedade, sem compaixão… Estamos precisando de amor, cor, poesia, alegria, crianças e cachorros nas praças, uma boa musica no violão, uma bela troca de olhares com cordialidade, tantos outros valores que estão sendo perdidos.

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Adriana– Eles não querem nada do que você possui, eles só querem o que você sente. Tenham o privilégio de se deixar amar por um amigo leal, sem preconceito, sem crítica, sem segundas intenções. Permitam-se amar puramente, sorrir de uma graça que eles estão fazendo só pra você. Agradeço imensamente a Deus por me permitir ter tão bons amigos puros ao meu lado. Obrigada Marcos Moreno por me presentear com esse espaço.

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