Ricardo de Assis Madruga Júnior

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Ricardo de Assis Madruga Júnior,é médico veterinário há 14 anos. Além do conhecimento tem uma característica que é fundamental no profissional desse segmento: gosta dos bichinhos e a eles dispensa mais do que cuidados veterinários, o amor. A medicina veterinária não foi a sua primeira opção. Queria se médico de humanos, mas depois que optou por esse caminho, não se arrependeu. Esse é o nosso entrevistado da semana.

 

“Você tem que saber lidar com o limite de continuar tentando salvar uma vida ou saber quando você deve interferir e abreviar o sofrimento das mesmas”

 

 
Marcos Moreno– Há quantos anos exerce a MV?
Ricardo de Assis Madruga Júnior– Sou formado em medicina Veterinária a 14 anos pela pelo convênio firmado pela universidade de Uberaba (UNIUBE), FAZU e ABCZ.

 
Marcos– Você tem alguma especialidade?
Ricardo– Hoje atuo como medico veterinário na cidade como clinico geral e faço algumas cirurgias, limpezas dentárias, etc.
Marcos- O que é mais desafiador no seu dia-a-dia?

 
Ricardo– O mais desafiador do dia-dia em primeiro lugar o próprio mercado, depois seria os desafios clínicos do dia-dia, enfrentar os problemas da área não são muito fáceis, conflitos éticos como praticar ou não a eutanásia, pois você tem que saber lidar com o limite de continuar tentando salvar uma vida ou saber quando você deve interferir e abreviar o sofrimento das mesmas.

 
Marcos-  Você tem que praticar eutanásia algumas vezes? É difícil pra você?
Ricardo- Eu pessoalmente não gosto e fico muito ruim no dia que sou obrigado a tomar esse tipo de decisão. Já consegui algumas vezes onde colegas chegaram a pedir para fazer eutanásia em animais e o proprietário se negou e foi tentado reverter o problemas e foi conseguido com um certo tempo melhorar as condições clinicas desse paciente.

 
Marcos- Já conseguiu recuperar um caso praticamente perdido?
Ricardo– Já consegui algumas vezes onde colegas chegaram a pedir para fazer eutanásia em animais e o proprietário se negou e foi tentado reverter o problemas e foi conseguido com um certo tempo melhorar as condições clinicas desse paciente.

 
Marcos- A expectativa de vida dos animais também aumentou?
Ricardo– Atualmente com o desenvolvimento de tecnologias, melhoramento genético, alimentação, medicamentos, etc, estamos sim aumentando a expectativa de vida desse companheiros de quatro e duas patas

 
Marcos– É contra o uso de animais para experiências científicas?                                                                                                                                       Ricardo- Não sou contra o uso de animais em algumas pesquisas, mas sou contra a utilização dos mesmo em pesquisas sem nenhuma finalidade a não ser de teste mesmo, causando dor, sofrimento, mutilação ou algo desse gênero. Tem que ter um controle mais rigoroso para esses eventos.

 
Marcos– Acha que as pessoas estão mais responsáveis e mais conscientes em relação a eles atualmente?                                                           Ricardo- Os meu clientes estão mais conscientes sim, mas ainda temos uma longa estrada para percorre, atendo todo tipo de cliente aqueles que cuidam exageradamente até aqueles que olham o animal como um objeto que não sente dor e só come faz coco, xixi e late. mas a grande maioria sim já tem sua consciência pelos animais que adquirem que seja por alguns dias até 15,16, 17 anos.

 

Marcos- É verdade que os vira-latas são mais resistentes?
Ricardo– Me perguntam muito se vira lata fica menos doente, resposta sim pois quanto mais pura for a raça ela é mais sensível para algumas doenças, seja ela própria da raça ou adquirida devido a exposição em ambientes que possam ter agentes patógenos (virais, bacterianos e parasitários).

 
Marcos-Você tem animais em casa?
Ricardo– Eu possuo em meu apartamento 2 animais sento uma gatinha de 3 anos retirada da rua quando filhotinha e um maltês de 10 anos os dois parecem até irmãos um não fica longe do outro e na casa de minha mãe temos um maltês de 7 anos, uma vira lata retirada da rua por maus tratos 5 gatos todos retirados da rua sendo uma abanada na porta de um pet aqui da cidade dentro de uma caixa de papelão infelizmente devido aos problemas ela é paraplégica não conseguiu se adaptar a cadeirinha mas vive super bem como os outros gatos brincando e até mesmo “correndo” atrás dos outros animais.

 
Marcos- Quer deixar uma mensagem, por favor?
Ricardo– Espero que um dia possamos ter menos animais abandonados nas ruas das cidades, mais consciência ao adquirir animais de companhias sabendo o real valor da vida desses verdadeiros companheiros.

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