O cão subiu no telhado!

Todos nós conhecemos a metáfora “o gato subiu no telhado”, que quer dizer que algo está prestes a acontecer. A expressão vem da lenda que conta que um casal tinha um gato ao qual devotava muito cuidado. Um dia tiveram que viajar e deixaram o bichano aos cuidados de uma empregada. Passados alguns dias, a funcionária ligou para o casal e avisou: o gato morreu! O casal ficou desesperado e a mulher mais ainda. Então disseram para a pessoa que estava cuidando do gato que ela deveria dar a notícia aos poucos, para não chocar tanto. Primeiro deveria dizer: “o gato subiu no telhado”. Passado mais um dia diria: “o gato escorregou do telhado”, depois “o gato caiu do telhado” e por fim então contaria que o gato tinha morrido. Mas nunca se falou “o cão subiu no telhado”.

“Marley e eu”?
Pois é, eu presenciei essa semana uma cena parecida com cena da lenda, só que com cachorro. Inimaginável!!! Nunca pensei que fosse ver o que vi, na minha casa. As histórias de meu cão Chien, que morreu ano passado, eu contei em minutos na Rádio Universitária (Minuto Pet). Quando ele morreu jurei pra mim mesmo que não adotaria mais nenhum cachorro ou gato. Só que não. Cachorro e gato cruzaram minha vida nesse período, mas mantive firme meu propósito. Eis que por uma situação inusitada acabei trazendo outro cachorro pra casa, exatamente igual ao falecido, um pouco mais alto e bem mais dócil. SRD. Repetindo: por causa de uma situação emergencial. Bem, o cachorro ficou. Recebeu comida, tratamento, banho e começou a se animar. Em dias começou a mostrar a que veio. Quem assistiu ao filme “Marley e eu”? Pois é, é aquela história.

Pena que não filmei
Já bem acostumado (porque com mordomias é sempre mais fácil de se acostumar) ganhou todos os espaços da casa (além de peso) e se sentiu o rei da cocada. Ele ainda está na fase de destruir coisas, e ficar contrariado de ficar sozinho às vezes. Mas qual não foi o meu susto quando tive que sair uma tarde dessas e o fechei, como estou tentando acostumar (não era assim com o Chien) do lado de fora da casa, no quintal. Depois da porta existe uma varanda de pouco mais de um metro de largura, cercada por um parapeito e no final há uma escada que dá em um quintal com uma parte coberta como um quiosque (área gourmet?) e outra maior não coberta. O telhado é de telhas de barro comum com inclinações, e um lado dele é encostado na varanda. O parapeito separa a varando do telhado. Eis que quando chego da rua, vou diretamente abrir a porta para liberá-lo pra poder entrar dentro de casa. Normalmente ouço o choro dele querendo entrar. Dessa vez não ouvi. Ao abrir a porta me deparei com o cachorro (Nino) em cima do telhado. Ele conseguiu pular o parapeito, mas não dava para voltar. Estava assustado e se não chego naquele momento poderia cair e morrer ou se machucar muito. O meu instinto foi tentar alcançá-lo e puxar para dentro da varanda. Ficamos os dois apavorados, mas conseguimos. Pena que não fotografei ou filmei, porque seria uma cena diferente. Um cachorro enorme, preto, em cima do telhado. Então dessa vez, não foi o gato que subiu no telhado. Agora só me falta encontrar um “gato chupando manga”. Como está tudo mudando muito, não duvido…

3d e respostas

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