Carrapato no dente do cachorro


Pode parecer estranho, mas sim, os carrapatos podem se alojar também na boca dos cães. Geralmente eles são encontrados no sulco gengival, espaço entre o dente e a gengiva. O caso acomete animais mais distraídos, que não percebem o carrapato entrando na boca, ou quando o bicho morde alguma parte do corpo na qual o parasita estava alojado.
Segundo a médica-veterinária Beatriz Helena Pereira Pinheiro, o correto é retirar o parasita com uma pinça. “O procedimento pode ser feito em casa, mas com cuidado para não deixar a boca do carrapato ainda grudada no animal, pois pode dar inflamação e infeccionar. Com ajuda de uma gaze, deve-se passar álcool 70% no local onde estava o parasita. Depois, escovar os dentes do animal com pasta veterinária”, orienta. Porém, se houver dificuldade no procedimento, o mais indicado é procurar a ajuda de um médico-veterinário.
O carrapato é um parasita externo que se alimenta de sangue e acomete animais silvestres, domésticos e até mesmo humanos. Segundo a médica-veterinária Isabella do Espirito Santo Martins, a preocupação não é só com a infestação no animal ou no ambiente, mas sim com a transmissão da “doença do carrapato”, provocada por quatro tipos de micro-organismos que causam as seguintes enfermidades: babesiose, rangeliose, erliquiose e anaplasmose. Todos podem causar anemia, plaquetas baixas, sangramentos e uma série de outras complicações muito sérias que podem levar ao óbito.
“A hemoparasitose pode causar anemia nos animais, podendo levar a níveis de hematócritos bem baixos, o que leva o bicho a precisar de transfusão sanguínea”, conta a médica-veterinária Bruna Assolini Cardoso.
Para o tratamento do pet, existem medicações orais, sprays e pitetas para serem aplicados na pele, além das coleiras que agem como repelente contra algumas pragas, como pulgas e carrapatos.
“Para evitar infestações no animal, devem ser feitas aplicações periódicas, com o uso adequado de remédios específicos que, dependendo do fabricante, duram em média de 30 dias até 3 meses”, explica Bruna.
“A diferença entre os tratamentos é que uma medicação oral para controle vai matar o carrapato quando ele picar o animal, e, dependendo da carga parasitária, a doença pode ser transmitida já nesse primeiro contato. Os modelos repelentes (líquidos aplicados na pele e coleiras), não deixam o parasita picar”, completa Isabella.

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