Júlio Oliveira

Sobre lealdade e outros valores

Publicitário, Júlio Oliveira é Gerente de Marketing da Uniube. Ele é uma unanimidade quando se pensa em uma pessoa muito querida. Competência é outro atributo direcionado ao Júlio por todas as pessoas que com ele convivem profissionalmente. Uma pessoa carismática e competente só podia ser simpatizante da causa animal. Júlio tem uma simpatia especial por elefantes, animal selvagem cujas características remetem a valores como lealdade, proteção, espiritualidade. Está se organizando para ir à Índia com o propósito de ter um contato mais direto e aprofundar o olhar e o conhecimento sobre esse grande e doce paquiderme. Por aqui, concilia seu tempo entre o trabalho, amigos e, especialmente seus pets, com os quais e pelos quais vive experiências únicas de amor e dedicação.

“O elefante ele traz consigo valores como lealdade, proteção, longevidade, boa sorte, espiritualidade e prosperidade…”

Marcos Moreno– Júlio, todo mundo que conhece você sabe de sua paixão por animais. De 20 anos para trás essa convivência era bem diferente. Você viveu a experiência de “cachorro lá fora”?
Júlio Oliveira– Com certeza, meus pais eram super reticentes em ter animal em casa quando eu era menor, até que em uma certa idade tive o meu primeiro cachorro, mas quando se é mais novo, você não cuida dele de fato. Vc apenas brinca e se diverte, ele viveu intensos 13 anos com família e até hoje é lembrado em conversas.

Marcos-Que bichos foram especiais em sua vida. Algum mais que outros?
Júlio– Todo animal que passa pela minha vida tem algum significado, cada um tem uma história, um carinho e uma lembrança específica, então acaba que todos são especiais de alguma forma.

Marcos– Sem dúvida o atual comportamento humano em relação aos animais é absolutamente complexo. Você enxerga alguma coisa que tenha especialmente “virado a chave”?
Júlio– Vivemos uma época doentia, em que ansiedade e a fome de smartphones consome o ser humano pouco a pouco, animais hoje são sinônimos de terapia, acabam sendo um refúgio dessa loucura que se tornou o nosso dia a dia.

Marcos– Você acompanha os movimentos mundiais das ONGs em favor de criações de animais para abates com maior dignidade? Acha que isso é possível?
Júlio– Eu tenho pensado bastante sobre essa questão e inclusive me questionado sobre o consumo de carne justamente por essa ótica, mas acredito que já é um começo as pessoas se preocuparem de alguma forma com o tratamento desse animal, o ideal seria não consumir, mas é algo tão complexo que impacta tanto que é preciso muita discussão e sabedoria.

Marcos– Você trabalha em uma empresa do segmento de educação de nível superior, a UNIUBE, que mantem cursos variados e inclusive de Medicina Veterinária. Percebe-se que hoje existe uma procura bem maior por esse curso superior. Dá para traçar um parâmetro desse crescimento nos últimos anos?
Júlio– Nosso curso de Medicina Veterinária é um dos mais procurados em todos os Vestibulares, temos o HVU – Hospital Veterinário da Uniube que hoje é referência na região. Houve um crescimento, mas sempre foi um curso muito procurado, e hoje temos além de pequenos animais, os grandes animais e silvestres que são também o foco da formação do nosso curso.

Marcos- Você recentemente perdeu uma cachorrinha. Essa é uma experiência dolorosa. Dá pra falar um pouco sobre isso?
Júlio- Sim. Perder um cãozinho é como perder alguém da família, é dolorido, é revoltante, os primeiros dias foram muito difíceis, a gente se apega e cria um sentimento único. Tentei transformar toda essa dor em gratidão por ter vivido com ela durante esse tempo, lembrar dos bons momentos e saber que fiz tudo que estava ao meu alcance pra ela ter uma boa vida junto a mim. Mas sempre vejo fotos e dá aquele apertinho no peito, acho que isso não muda.

Marcos- Também é claro para quem te conhece sua paixão por elefantes. Por acaso eu também tenho essa paixão. O que te fascina exatamente nesses grandes animais?
Júlio- Desde pequeno adorava elefantes, são animais grandes, que também simbolizam o mundo selvagem. Mas a minha ligação com elefantes ficou um pouco mais intensa, quando comecei a conhecê-los melhor, e estudar de fato o arquétipo desse animal. Para quem não sabe, arquétipo é um conceito da psicologia utilizado para representar padrões de comportamento associados a um personagem ou papel social. O elefante ele traz consigo valores como lealdade, proteção, longevidade, boa sorte, espiritualidade e prosperidade e é um ótimo arquétipo para pessoas ansiosas, pois seus passos lentos fazem com que possamos desacelerar nossa rotina.

Marcos– Já passou pela sua cabeça de alguma maneira viver perto deles, dos elefantes, como fazem aquelas pessoas que se dedicam a cuidar desses animais na África?
Júlio- Estou me organizando para conhecer a Índia e o principal motivo é justamente os elefantes e todas as visões e respeito que aquela região tem sobre esse animal. Como ainda estou em organização, participo da ONG – Santuário de Elefantes do Brasil, uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que resgata elefantes cativos em situação de risco e oferece a eles o espaço, as condições e os cuidados necessários para que possam se recuperar física e emocionalmente dos anos passados em cativeiro. Dentro de nossas atividades estão a busca pela preservação das espécies, o resgate e a reabilitação de elefantes, a defesa, preservação e conservação do meio ambiente, promoção do desenvolvimento sustentável, educação ambiental, voluntariado, estudos e pesquisas técnicas e científicas e projetos culturais.

Marcos– Que animal você considera o pior dos predadores?
Júlio– Apesar de saber quer existe uma lei na selva e instinto por sobrevivência, eu ainda me assusto com os leões atacando suas presas.

Marcos– Você poderia deixar uma mensagem para os seguidores do blog?
Júlio– Moreno, eu acompanho seu trabalho e acho fantástico a forma com que você fala sobre o assunto e a importância de sempre trazer a tona assuntos referentes a isso. O meu recado é para as pessoas se apegarem mais aos animais, eles são fontes de energia, amor e carinho. Pessoas que tem ligação ou animais em casa são muito mais felizes. Costumo dizer um ditado que prefiro um sofá cheio de pelo do que um coração amargurado. Obrigado pelo convite.

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