Urgente!


“Quando o homem aprender a respeitar até o
menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a
amar seu semelhante.”
– Albert Schwweitzer (Nobel da Paz – 1952)

Urgente!!!
Já falei várias vezes aqui na coluna, que não sou
protetor de animais. Gosto, respeito, amo muito o meu cão e uso da oportunidade
que a vida me deu de gostar de escrever e do espaço que o Jornal de Uberaba tem
colocado à minha disposição, para dar um pouquinho mais de voz aos nossos
amigos que “só podem nos amar”. Gostaria de ser protetor, fazer mais pelos
animais, mas por enquanto, só posso dispor desse tempo e espaço. Eles não podem
falar, não têm a estrutura humana física para socorrer uns aos outros em
situações de abandono e acidentes em que se envolvem porque chegaram até aqui,
à vida urbana. Então precisamos fazer isto por eles. 

ONGs têm conseguido que se
achava impossível. A ciência tem provado a todo o instante que eles não apenas
são inteligentes côo sensíveis a sentimentos que muitos humanos pensar ser
apenas humanos. Algumas administrações públicas têm feito um bom trabalho no
sentido de ajudá-los. Felizmente hoje há uma conscientização maior sobre as
necessidades deles, dos seus sofrimentos e, especialmente, torno a dizer, dos
seus sentimentos. O que acontece muitas vezes é que pessoas que, como eu, não
podem e/ou não estão preparadas para resgatar animais em situações complicadas,
de atropelamento seguido de abandono, por exemplo, se vêm diante dessa situação
e ficam totalmente impotentes para tomar uma atitude.  Ai está a questão onde quero chegar. Essas
situações de se deparar com um animal atropelado e abandonado à própria sorte,
para essas pessoas, surgem em momentos em que elas estão indo para o trabalho
(e o chefe ou patrão não querem saber) ou impossibilitadas por qualquer tipo de
coisa “maior” que sua vontade de socorrer, de resgatar aquele animal. A maioria
também não dispõe de aparatos materiais para fazer o resgate. O animal pode
estar agressivo, o que é uma reação natural da dor que estão sentindo ou dos
maus tratos de que foram vítimas. Não sei quais instrumentos seriam
necessários, mas sei que existem, que pessoas preparadas conseguem, claro,
fazer o resgate. Felizmente temos tantos casos de boas almas fazendo isto. Por
isto acho importantíssimo que a Administração Pública de todas as cidades
deveria manter em ótimo funcionamento, um serviço de socorro urgente a animais,
com um número de telefone que as pessoas poderiam usar para fazer a narração ou
denúncia do ocorrido. Órgão de funcionamento 24 horas, com profissionais
preparados para esse tipo de resgate a qualquer momento. Já não basta a
impotência que nos aflige diante de conhecimento de maus tratos que denúncia
alguma resolve, por questões até de leis. 
Minha voz então, mais uma vez se une a milhares que pedem socorro e
respeito pelos bichos.  Sempre haverá
protetores para minimizar o sofrimento deles. Mas um órgão legal, instituído e
amparado por lei municipal por todas as outras esferas é uma responsabilidade
da qual não se poderá fugir por mais muito tempo.

Adestramento- arte

 A
arte do adestramento

Sim, claro que seu cão entende você. Mas claro
também que, se ele passar por um adestramento profissional,vai facilitar muito a
convivência. Os cães de pequeno porte não dispensam adestramento, mas podem ser
naturalmente mais fáceis de manusear. Pelo menos no que diz respeito a
segurá-los fisicamente. Isto não significa que um cão pequeno não possa ser mal
educado. Nem que não morda e possa causar sérios danos. Aos próprios donos,
certamente. Sem contar aqueles que espantam visitas e fazem, por capricho, xixi
e outras coisas em lugares inadequados.

 Latidos excessivos, agressividade,
medo…tudo isto pode ser controlado, desde que o cão seja educado. Educação
que um bom profissional pode conseguir. Mas há aqueles que não podem ser
segurados. São os cães de grande porte e que, naturalmente, oferecem um perigo
maior. Nestes casos, a força aliada a agressividade se transformam em uma arma
letal. No caso dos cães de pequeno porte, uma consultoria sobre comportamento
pode ser muito significativa.  Já os cães
de grande porte, geralmente são adquiridos para que sejam um “vigia”, um cão
que “trabalha” como guarda. Existem também os cães treinados para pastorar
rebanhos, para guiar pessoas com problemas de visão, farejadores, etc. Os cães
que “trabalham” como vigias, residenciais, patrimoniais ou mesmo para defesa
pessoal, precisam de um adestramento muito sério.  Não é qualquer profissional que tem
capacidade e conhecimento para fazê-lo. O adestrador Adriano dos Santos tem acumulado
conhecimento e experiência em seu trabalho, capazes de alcançar ótimos
resultados, em todos esses casos. Sua última investida em aperfeiçoamento foi
justamente no segmento para cães vigias. Esses animais nunca devem ser
subestimados. Ao contrário, devem sim ser bem treinados, para que o dono
conheça e possa prevenir mais suas reações e elaborar comandos. Mas os donos
também não podem “dar mole”. Existem pessoas que não são capazes de dar fortes
comandos. Trata-se mesmo de personalidades, tanto humanas, quanto caninas.
Portanto, antes de ter uma “fera” de qualquer tamanho em casa, consulte um
profissional para saber qual delas é mais apropriada para você. Minha dica é:
procure o Adriano.

*** 

Férias?

Férias! Férias? 

Verão, férias,
viagem! Nessa época do ano todos querem, e tem o direito, de descansar, tomar
um sol e um banho de mar. Mas, proprietários de animais domésticos devem se
preocupar com o que deixam para trás na hora de partir. Afinal de contas,
abandono e maus-tratos são crimes previstos em lei e se houver flagrante, seu
vizinho tem o direito de invadir sua casa, é o que alerta o advogado civil
Leonardo Teles Gasparotto. “Todas as vezes que um animal estiver sendo
espancado ou mesmo maltratado de outra maneira, acorrentado e/ou sem comida
e/ou sem água, sob o frio ou o calor intenso, sendo envenenado ou na iminência
de o ser, por exemplo, dentro de um imóvel privado é constitucional e é também
legal qualquer pessoa invadir o recinto e salvá-lo, independentemente de
autorização judicial ou do respectivo proprietário”, afirma categoricamente o
advogado em artigo para o portal jurídico JusBrasil.
A informação pode cair como uma bomba para muitos donos irresponsáveis com seus
animais, que os deixam, muitas vezes por dias, semanas ou meses sem alimentação
adequada ou suficiente. Não são raros os casos em que denúncias se tornam
escândalos na mídia. Mas, se afinal, é permitida a invasão e obrigatório o
acompanhamento policial em favor do invasor, muitos poderão se perguntar: com
base no quê?
Artigos 150, 301 e 303 do Código de Processo Penal (CPP), prevêem que em caso
de flagrante delito decorrente de prática de crime (e maus-tratos a animais é
um crime previsto no artigo 32 da Lei 9605/1998, que trata de crimes
ambientais) a casa do tutor pode ser, sim, ser invadida a qualquer hora do dia
ou da noite para libertação do animal em aflição.


Segundo Gasparotto, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende até que “a polícia
pode invadir local sem mandado judicial a qualquer hora do dia ou da noite para
coletar provas, desde que haja flagrante delito no local” e “estejam presentes
razões plausíveis para a tomada dessa medida, devendo ser justificada
posteriormente em processo próprio”, afirma.
Nessas situações o invasor que socorreu o animal não poderá sofrer qualquer
retaliação policial ou judicial, pois de acordo com o advogado, “agiu em nome
da lei para proteger uma vida em perigo de morte”. Mas, para resguardar a
segurança jurídica de quem executar o resgate é importante que se filme todo o
processo de invasão, registrando com máximo de detalhes e explicando de que
modo há crime de mau-trato no estabelecimento em questão.
Por fim, alerta o advogado, exija que seja imediatamente lavrado um boletim de
ocorrência policial, “objetivando responsabilizar civil, penal e
administrativamente o agente causador do crime contra o bicho acudido”,
conclui.

Fonte: Olhar Animal

Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal

Fórum Nacional de Proteção e

 Defesa Animal

Pra quem não sabe, existe um órgão
nacional de proteção animal. E, felizmente, essa entidade não está de braços
cruzados em relação aos animais que foram e são vítimas do desastre da barragem
em Minas Gerais.  Não são apenas as
vítimas humanas que estão sofrendo, os animais também estão assustados. Muitos
morreram, muitos se feriram e alguns chegaram a ser “petrificados” pela lama
ressecada de rejeitos de minério.
Um grupo de ONGs e voluntários dos
direitos animais, no entanto, está atuando para tentar resgatar a maior quantidade
de animais possível. Eles se uniram ao Fórum Nacional de Proteção e Defesa
Animal (FNPDA) para tentar arrecadar recursos e organizar melhor esse
atendimento, crucial para a saúde dos animais e também para as famílias
atingidas, que muitas vezes dependem de uma vaquinha e algumas galinhas para
seu sustento. Segundo Vania Nunes, diretora técnica do FNPDA 300 animais já
foram resgatados.
Voluntários da ONG Associação
Ouropretana de Proteção Animal, que é parte do Fórum Nacional de Proteção e
Defesa Animal, foram para lá na noite do acidente, e realmente a situação era
bem crítica. Logo que eles chegaram, não puderam entrar, estava tudo molhado,
sujo, tinha a Defesa Civil…Quando amanheceu, algumas pessoas já vinham com
animais. Esses foram os primeiros a ser atendidos. Tinha cachorro, galinha,
passarinho, gado. Os animais estavam muito assustados, muitos sujos, alguns
feridos. Elas prestaram esses primeiros atendimentos. No começo, os animais
foram para o centro de zoonose de Mariana, que era o local mais próximo que
tinha onde deixar os animais que não tinham donos. Com o passar dos dias, com o
aumento do número de animais, a própria Samarco alugou um galpão. Os que tinham
dono, à medida que as pessoas foram realocadas em casas ou hotéis, os tutores
levaram. Mas como as pessoas levarem todos, porque tinha cavalos, porcos,
galinhas…
Eles estavam muito assustados. Eles são
capazes de perceber que aconteceu uma coisa muito ruim.
Foi criada uma conta para receber
doações. Quem quiser ajudar, basta entrar em contato com FNPDA. Isto foi feito  porque as pessoas ajudam com casinha, ração, o
que é ótimo, mas precisa alguns equipamentos que não se compram em qualquer
loja de produtos de animal. Por exemplo, lá é uma área endêmica de
leishmaniose. Os cachorros precisam de uma coleira específica para evitar ser
picados. Ainda há muito para se fazer para essas vítimas.