Abelhas sem Ferrão

Em janeiro Atibaia promoverá o 2º Encontro sobre Abelhas sem Ferrão, evento que contará com diversas palestras sobre o tema, além da exposição fotográfica “Abelhas Nativas do Brasil”. Realizado pela Prefeitura de Atibaia, o evento gratuito à população acontecerá dia 27 de janeiro, das 8h às 13h, na Estação Atibaia (Av. Jerônimo de Camargo, nº 6308, Vila Santo Antônio). Os interessados em participar devem se inscrever por meio do link: 2º Encontro sobre abelhas sem ferrão .

O Brasil ostenta a maior diversidade no mundo de abelhas sem ferrão, com cerca de mais de 250 espécies pertencentes à tribo Meliponini, classificação que elas recebem no meio científico. O objetivo do encontro em Atibaia é oferecer aos participantes a possibilidade de saber mais sobre esse assunto, seja para interessados em iniciar uma criação em casa ou então explorar comercialmente a atividade de meliponicultura.

A programação do encontro organizado pela Secretaria de Agricultura engloba temas diversificados na área, distribuídos em cinco palestras: “Educação Ambiental e Abelhas sem Ferrão”, com a Profª. Carla Debelak; “Criação e Multiplicação de Abelhas sem Ferrão”, com o Prof. Antonio Carlos Pereira Jr.; “Pasto Meliponícola”, com o Prof. Dr. Rogério Marcos de Oliveira Alves; “Fermentação e Processamento de Mel”, com a Profª. Dra. Ana Carolina Souza Ramos de Carvalho; e “Melhoramento Genético de Abelhas Sem Ferrão”, com o Prof. Dr. Tiago Mauricio Francoy. Já a exposição fotográfica “Abelhas Nativas do Brasil” apresentará o trabalho de Andre Matos, meliponicultor urbano e fotógrafo.

O 2º Encontro sobre Abelhas sem Ferrão tem apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Mbee e projeto Buzz no Jardim. Mais informações na Secretaria de Agricultura pelo telefone (11) 4414-3985.

Os botos estão morrendo!


Em decorrência do calor extremo na floresta amazônica brasileira, o Fundo de Conservação do SeaWorld concedeu uma doação emergencial ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) para apoiar o resgate de botos amazônicos e diminuir os impactos da situação de emergência no Lago Tefé e arredores. Os botos são encontrados apenas nos rios da América do Sul, além de serem uma das poucas espécies de golfinhos de água doce que restam no mundo. Parte da doação ao IDSM será destinada aos esforços de recuperação de carcaças de botos com a finalidade de analisar amostras biológicas para então determinar a causa das mortes. Além disso, o IDSM implementará um plano abrangente para resgatar, tratar e transportar animais vivos para um habitat natural mais adequado.

Desde setembro, os botos amazônicos têm passado por um Evento de Mortalidade Incomum (UME, sigla em inglês). Até o momento, foram relatadas 154 mortes, incluindo botos-cor-de-rosa e tucuxis.

“O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá é um verdadeiro líder nos esforços para prevenir a extinção desta espécie rara e ameaçada, e o nosso fundo tem o privilégio de desempenhar o papel de ajudá-los nessa importante missão”, disse o Dr. Chris Dold, Presidente do Fundo de Conservação do SeaWorld e Diretor Zoológico do SeaWorld.

O IDSM é um grupo de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, e é reconhecido internacionalmente como líder em programas de pesquisa, gestão de recursos naturais e desenvolvimento social na região do Médio Solimões, no Estado do Amazonas.

A Operação Emergência Botos Tefé, criada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com apoio técnico do IDSM, monitora os botos amazônicos. A operação está dividida em três setores distintos. O setor de Monitoramento de Animais Vivos rastreia grupos de botos e tucuxis ao longo do Lago Tefé. Ao encontrar um animal com sinais de anormalidade, a equipe realiza o resgate e o encaminha a um centro de reabilitação flutuante. O setor de Operação de Monitoramento de Animais Mortos tem como objetivo identificar carcaças na região, realizar necropsias para coleta de amostras e encaminhá-las para análises laboratoriais. Já o setor de Operação Ambiental atua no monitoramento da água, peixes e fitoplâncton, organismos compostos por microalgas, além de bactérias fotossintéticas.

“Sem o apoio do Fundo de Conservação do SeaWorld, não teríamos a capacidade de conduzir os esforços de pesquisa e resgate que são cruciais para proteger os botos amazônicos”, disse a Dra. Miriam Marmontel, pesquisadora e oceanógrafa do Instituto Mamirauá. “Esta doação fará uma enorme diferença em nosso trabalho e não poderíamos estar mais gratos ao SeaWorld por ter o mesmo amor pelo cuidado e preservação de espécies que nós temos.”

Desde o início da crise, 154 mortes de botos amazônicos foram registradas, sendo 131 botos cor-de-rosa e 23 tucuxis. Desse total, 122 animais passaram por necropsia e amostras de tecidos e órgãos foram enviadas para laboratórios especializados em todo o Brasil. Dezessete botos foram avaliados com análises histológicas e, até o momento, não há indicação de agente infeccioso como causa primária de morte. O diagnóstico molecular de 18 botos também teve resultado negativo para agentes infecciosos, como vírus e bactérias, associados a mortes em massa. De todas as variáveis analisadas até o momento por especialistas, o que tem apresentado alterações discrepantes é a temperatura da água. A temperatura do Lago Tefé atingiu números recordes, variando de 29°C a 40°C.

O Fundo de Conservação do SeaWorld concedeu mais de R$400 mil para apoiar o IDSM em uma série de esforços, como viagens para coleta de amostras, avaliações de saúde, controle de qualidade da água e recursos essenciais, incluindo barracas, piscinas, ferramentas e suprimentos médicos. A doação cobrirá também despesas relacionadas ao gerenciamento de amostras, análises laboratoriais, monitoramento ambiental e custos de transporte de animais.

Desde a sua criação em 2003, o Fundo de Conservação do SeaWorld forneceu mais de U$20 milhões em doações além de apoio científico a 1.391 diferentes projetos de conservação de animais e ecossistemas em todos os continentes.

Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM)
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá foi criado em abril de 1999. É uma Organização Social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil. Desde o início, o Instituto Mamirauá desenvolve suas atividades por meio de programas de pesquisa, gestão de recursos naturais e desenvolvimento social, principalmente na região do Médio Solimões, estado do Amazonas. Os objetivos do Instituto Mamirauá incluem a aplicação de ciência, tecnologia e inovação na adoção de estratégias e políticas públicas para a conservação e uso sustentável da biodiversidade na Amazônia. Abrangem também a construção e consolidação de modelos de desenvolvimento econômico e social de pequenas comunidades ribeirinhas por meio do desenvolvimento de tecnologias social e ambientalmente adequadas.

Sobre o Fundo de Conservação do SeaWorld
Estabelecido em 2003, o Fundo de Conservação do SeaWorld é uma fundação privada sem fins lucrativos que fornece subsídios para projetos de conservação em todo o mundo que apoiam a pesquisa, proteção de habitats, educação ambiental, resgates e reabilitação de animais. O Fundo já forneceu mais de U$ 20 milhões em apoio financeiro e científico a 1.391 projetos de conservação de espécies marinhas e terrestres e de ecossistemas em todos os continentes. Mais de 100 espécies diferentes foram ajudadas por meio destas doações. O financiamento do Fundo provém de uma variedade de fontes, incluindo contribuições da entidade corporativa do SeaWorld, SeaWorld Entertainment e dos parques por meio de produtos e eventos especiais. Empresas parceiras também contribuem com o Fundo e os consumidores podem apoiar a causa ao fazer doações nos parques o online. SeaWorld Entertainemnt, Inc. cobre todas as despesas gerais do Fundo e cada centavo é doado diretamente aos projetos apoiados. As solicitações para receber o financiamento são feitas anualmente, porém, em 2022 e 2023 as aplicações foram apenas por meio de convite. As organizações podem receber doações pontuais ou por vários anos.

Visita importante!


Indústria de Santa Cruz do Rio Pardo recebeu mais de 150 alunos de universidades durante o ano de 2023
A indústria realizou durante todo ano de 2023 o Special Day Universitário, evento que recebeu mais de 150 alunos de medicina-veterinária e zootecnia para dias de aprendizado. Ao todo, foram cinco edições da ação.
Os estudantes passaram por uma experiência imersiva com um tour pelas fábricas de alimentos secos e úmidos, palestra institucional, visitas ao centro de pesquisa e laboratório, além de um passeio no espaço histórico da empresa. O objetivo é fortalecer o relacionamento e dar apoio no desenvolvimento dos alunos, que atuarão nas mais diversas áreas relacionadas à saúde animal, desenvolvendo o setor como um todo.
“A qualidade do processo de fabricação dos alimentos interfere diretamente no produto, e essa é uma das mensagens principais do nosso encontro, para que os futuros profissionais saiam daqui e tenham a gente como um espelho de boas práticas, multiplicando esse conhecimento ao longo de sua vida profissional. Para isso, promovemos um momento de aprendizado para os universitários, apresentando também como funciona o mercado de trabalho, onde eles podem atuar dentro da indústria e reforçando a excelência com que os itens do nosso portfólio são desenvolvidos”, conta Viviane Priscila Moura, analista de parcerias educacionais da empresa.
Além disso, a especialista explica que é muito comum os estudantes de medicina veterinária terem dificuldades em enxergar oportunidades no mercado de trabalho que fujam da atuação clínica, bem como os formandos de zootecnia que acreditam que só poderão trabalhar com animais de produção. Nessa empresa é possível que esses profissionais atuem nas mais diversas áreas. Do marketing à área de pesquisa e desenvolvimento.
“Ao fim das visitas, muitos querem deixar seus currículos para trabalhar conosco, pois passam a entender as oportunidades que a indústria pode oferecer para os veterinários. Temos, inclusive, colaboradores que conheceram a empresa por meio do Special Day Universitário”, complementa Viviane.
Para 2024, mais cinco edições do Special Day Universitário estão previstas e a fila de espera para novas inscrições já está fechada até o primeiro semestre de 2025.

Grupo de Resgate Animal do UniBH ajuda vítimas das enchentes em Santa Catarina


Pela segunda vez, equipes viajaram de Belo Horizonte para resgatar cães e gatos nas áreas atingidas por fortes chuvas no estado de Santa Catarina.
Na última sexta-feira, 17 de novembro, o Grupo de Resgate Animal do UniBH desembarcou no município catarinense do Rio do Sul para salvar os animais das áreas atingidas pelas fortes enchentes que colocaram a cidade em situação de emergência. Esta é a segunda vez que o corpo técnico viaja ao local para ajudar em resgates. Em outubro, devido a outro período de chuva intensa, foram salvos mais de 50 animais em 5 dias.
Divididos entre médicos veterinários, acadêmicos de medicina veterinária do UniBH e voluntários, oito membros do grupo viajaram até Santa Catarina para ajudar na tragédia. Desta vez, em apenas três dias as equipes já tinham conseguido salvar mais de 48 vidas, entre cães gatos e humanos – número que deve ser atualizado quando o grupo encerrar suas atividades no local.


Esta é a segunda maior enchente da história no local, na qual o rio que corta a cidade atingiu seu maior nível já registrado desde 1983. No momento, praticamente todo o município segue embaixo d’água e 32 cidades do estado decretaram situação de emergência por causa das chuvas.
Trabalhos como este já foram desenvolvidos dentro e fora do Brasil pelo Grupo de Resgate Animal, que há quatro anos é uma das grandes referências no trabalho voluntário. Para Aldair Pinto, coordenador das equipes e professor da instituição, tal projeção em outros territórios deve-se à expertise técnica do grupo em primeiros socorros a cães e gatos nas áreas de vulnerabilidade.
“Hoje somos o único grupo no Brasil com aplicabilidade em nível técnico nos territórios nacional e internacional. Não é comum que isso seja feito com toda a estrutura que desenvolvemos ao longo do tempo, e é muito importante ter quem o faça para garantir a dignidade aos animais perante situações de desastre. Muitas vezes as pessoas saem de casa no desespero para se salvarem e esquecem dos seus bichinhos, por isso existe o nosso trabalho, que é parecido com o dos bombeiros, mas focado na preservação da vida animal”, destaca.

Feira de negócios Pet movimenta o Centro de Convenções de Pernambuco de 27 a 29 de novembro


Evento é gratuito para profissionais do setor e traz 160 expositores, entre distribuidores, equipamentos, laboratórios, fabricantes e representantes. Serão realizados eventos paralelos com foco em empreendedorismo e um congresso científico de especialidades veterinárias

A Feira Petnor, a mais importante feira de negócios pet do Norte e Nordeste, será realizada de 27 a 29 de novembro no Centro de Convenções de Pernambuco com uma expectativa de público de 20 mil pessoas nos três dias de evento. A sexta edição do evento apresenta uma série de lançamentos dos setores de saúde, nutrição, tecnologia, equipamentos, acessórios, serviços e muito mais. Em paralelo, será realizado o Congresso Nordestino de Especialidades Veterinárias de Pequenos Animais (Conevepa), o Degrau Pet – Palco de Empreendedorismo e o Petnor Groomer Show com campeonato de tosa e estética.

Vitrine do setor de pet e veterinário, a Petnor traz 160 expositores e 210 marcas de todo o Brasil. Entre os segmentos abrangidos, estão fábricas, laboratórios, clínicas, hospitais, pet shops, distribuidores, redes varejistas e atacadistas, pet food, cosméticos, higiene e estética, máquinas e equipamentos.

“A feira é um ambiente de negócios que favorece o fortalecimento de relacionamentos, proporciona o encontro entre fornecedores e compradores de variadas marcas, incentiva o empreendedorismo e impulsiona o desenvolvimento de novas parcerias. Estamos ocupando 10 mil m² do pavilhão e nossa expectativa para este ano é da geração de R$ 12 milhões em negócios”, afirma o realizador da Petnor, Paulo André Moura.

Ainda de acordo com o organizador, a sustentabilidade é um dos compromissos da feira este ano. “Queremos apresentar cada vez mais produtos e serviços fundamentados nos princípios da sustentabilidade como ingredientes orgânicos, alimentos e cosméticos naturais, bem-estar animal e que reafirmem o compromisso com embalagens recicláveis”, pontua.

Um dos destaques deste ano da feira será o Degrau Pet – Palco de Empreendedorismo. Será um ciclo de 16 palestras para empreendedores da área com foco em gestão, estratégia e administração de negócios do setor pet com palestrantes renomados e cases de sucesso.

Já o Congresso Nordestino de Especialidades Veterinárias de Pequenos Animais (Conevepa) mobiliza os acadêmicos, pesquisadores e estudantes durante os três dias de evento. Serão 60 palestras e três mesas redondas com a participação de mais de 30 palestrantes, uma oportunidade única para atualização e qualificação técnico-científica. A programação do Conevepa está disponível no site www.feirapetnor.com.br/conevepa e no Instagram https://www.instagram.com/conevepa

A Petnor inova ainda este ano com um campeonato próprio de tosa e estética animal com o Petnor Groomer Show. A expectativa é de que a competição tenha a participação de 150 profissionais, que se apresentam nas seguintes categorias: pomeranea class, tosa BB, poodle class, control c control v – espelho, tosa do dia a dia, golden class, asiática pelo liso, Spitz padrão da raça e penteado.

FEIRA – O evento é uma realização da AgênciaPE, tem patrocínio do Sebrae/PE, apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PE) e da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa-PE). A entrada é gratuita para profissionais do setor (com CNPJ, CRMV ativo ou inscrito nos cursos de graduação de Medicina Veterinária e de Zootecnia). Informações pelo site https://www.feirapetnor.com.br

Serviço:
6ª edição da Petnor, mais importante feira de negócios Pet do Norte e Nordeste
Data: 27 a 29 de novembro
Horário: 14h às 22h
Local: Centro de Convenções de Pernambuco
Entrada: Gratuito para profissionais do setor (com CNPJ, CRMV ativo ou inscrito nos cursos de graduação de Medicina Veterinária e de Zootecnia)
www.feirapetnor.com.br

Links para inscrição:
PETNOR GROOMER SHOW: https://eventos.agenciape.com.br/petnor_groomer_show/
CONEVEPA: https://eventos.agenciape.com.br/conevepa2023/
DEGRAU PET: https://eventos.agenciape.com.br/degraupet_feirapetnor/

Atendimento à imprensa:
Rachel Motta
(81) 99924-5344
motta.rachel@gmail.com

Como eliminar os ratos da minha casa sem colocar a saúde do meu pet em risco?


Professor do curso de Biomedicina da Universidade Cruzeiro do Sul explica qual o melhor caminho para acabar de vez com a presença dos roedores
Para muitas pessoas, ao mencionar a palavra “rato”, a primeira sensação é o pavor. Isso ocorre devido às diversas doenças que o animal pode transmitir e também ao seu comportamento. Os ratos raramente são vistos com bons olhos, especialmente quando estão presentes no quintal ou dentro dos cômodos da casa, o que representa um sério perigo, tanto para os seres humanos quanto para os animais de estimação, que podem sofrer muito com a necessidade de dedetização. Mas afinal, qual é a melhor maneira de eliminar esses roedores sem prejudicar a saúde dos outros animais?
O professor do curso de Biomedicina da Universidade Cruzeiro do Sul, Flávio Cesar Viani, destaca que os roedores nunca devem ser encontrados dentro de casa. Se isso estiver ocorrendo, é porque há fácil acesso aos alimentos armazenados. “Esses animais normalmente não atacam seres humanos ou animais de estimação, mas quando confrontados, especialmente as ratazanas, podem se tornar agressivos. Portanto, devemos deixar essa tarefa para os profissionais. A desratização é um procedimento altamente técnico, e o uso inadequado de raticidas e armadilhas pode ter o efeito oposto ao desejado. A abordagem mais recomendada é contratar uma empresa com licença sanitária e um responsável técnico para realizar o serviço”, explica.
“Os rodenticidas (raticidas) permitidos por lei são produtos que causam hemorragia e possuem um antídoto conhecido. Este veneno possui efeito cumulativo, ou seja, o roedor deve consumir o veneno várias vezes para morrer de hemorragia, o que ocorre em sua toca. No caso de animais de estimação, como cachorros ou gatos, se ingerirem um rodenticida legal, apresentarão sangramento em diversos tecidos, mas isso pode ser facilmente revertido por um veterinário. O problema reside nos venenos clandestinos oferecidos no mercado paralelo, que alegam matar os ratos de forma aguda (ou seja, as pessoas veem os animais mortos). O mais conhecido é o chumbinho, que nada mais é do que agrotóxicos extremamente tóxicos para os pets, assim como para os seres humanos. Devido à variedade de formulações desses produtos, a intoxicação pode resultar em sintomas que variam desde salivação intensa até convulsões”, afirma.
“Há várias doenças que os roedores sinantrópicos podem transmitir aos seres humanos, incluindo a leptospirose, peste bubônica (transmitida por pulgas), salmonelose e febre da mordida do rato. A leptospirose é a mais provável, transmitida através da urina dos ratos. As pessoas podem adquirir leptospirose quando a pele entra em contato com água contaminada com a bactéria, principalmente durante enchentes, e quando animais de estimação bebem água em locais onde os roedores costumam urinar”, comenta o especialista.
As ratazanas e os ratos de telhado são difíceis de serem capturados em armadilhas e não costumam ingerir iscas envenenadas. O especialista enfatiza que eles são neofóbicos, ou seja, qualquer alteração no ambiente os forçará a mudar seus hábitos. Uma vez capturados em armadilhas, o odor do sangue e os feromônios do medo sinalizarão o perigo. A partir desse momento, nenhum outro animal será capturado. Isso ocorre porque nas colônias de ratazanas existe um controle social, onde o tamanho da colônia é proporcional à disponibilidade de alimentos. Isso significa que, se alguns indivíduos forem mortos, haverá mais alimentos disponíveis, levando a uma super reprodução na colônia, resultando em um aumento significativo do número de indivíduos. Isso é conhecido como o ‘efeito bumerangue’, onde a eliminação de alguns ratos provoca um aumento significativo na população.


Conheça abaixo os três tipos de roedores que podem invadir as residências:
A Ratazana (Rattus norvegicus): Este vive em tocas onde formam grandes colônias, próximo à presença de água (esgoto/córregos/rios), é um animal grande, chegando a até 500g. Chega em casa pelo sistema de esgoto, pode vir diretamente da rua, se houver acesso fácil, às vezes pelo muro, principalmente quando existe terreno abandonado ao lado da casa. Este animal não forma colônias nas casas, mas frequenta as casas em busca de alimentos. Esses animais são neofóbicos (não gostam de mudanças no ambiente).
O rato de telhado (Rattus rattus): Este vive naturalmente na copa das árvores, nas cidades circula pela fiação elétrica das ruas e costuma formar colônias nos telhados das casas. É um animal menor que a ratazana, atingindo até 230g. Em muitas cidades, já é o principal roedor sinantrópico (que se adapta à vida próxima ao homem). Também são animais neofóbicos.
O Camundongo (Mus musculus): São pequenos roedores de até 30g. Diferentemente dos outros roedores, não formam colônias, costumam invadir ambientes com disponibilidade de alimentos e se alojam em abrigos dentro das casas, formando pequenas famílias. Frequentemente se alojam onde existem materiais inservíveis (sem serventia), como em gavetas de roupas, fogões e qualquer outro local onde se sintam protegidos. Outra diferença, agora comportamental, é que esta espécie é altamente curiosa, sendo atraída por qualquer mudança no ambiente.
As três espécies possuem hábitos noturnos e raramente são visualizadas durante o dia. Se isso acontecer, é possível considerar que o dono está diante de uma infestação muito alta. Colocadas estas informações iniciais, qualquer uma das três espécies busca nas casas abrigo, alimento e água.
Abaixo, o professor de Biomedicina da Universidade Cruzeiro do Sul, lista as principais dicas para impedir a presença de roedores no lar. Confira:
Bloquear os acessos: Promova o bloqueio do esgoto por ralos e tampas, fechando frestas sob as portas que dão acesso à rua, construindo muros lisos que dificultem a escalada pelos roedores, bem como vários métodos que dificultam a passagem dos ratos do ambiente externo para o interno.
Manter alimentos protegidos: Se não existe alimento disponível, não existirão roedores. Tanto nossos alimentos como os alimentos dos pets devem estar bem abrigados, em locais fechados que os roedores não consigam atingir. Os comedouros dos pets não devem ficar disponíveis em ambientes onde roedores possam ter acesso. Uma tática (vale principalmente para cães) é oferecer o alimento, aguardar o animal comer, e descartar e lavar as vasilhas assim que o animal terminar. Vasilhas com alimento nas áreas externas das casas constituem chamariz para roedores. Para gatos, que costumam se alimentar ao longo do dia, manter as vasilhas em ambientes internos e protegidos. O mesmo vale para água. Disponibilizar água em ambiente de fácil acesso para roedores também irá atraí-los.
Não manter prováveis abrigos: Rato de telha chega em nossas casas pelo teto; manter o forro bem fechado e vedado dificulta a instalação desses animais. O camundongo vai se alojar principalmente naqueles ambientes onde existem papelão, caixas de madeira ou qualquer outra forma de materiais inservíveis estocados. Manter garagens e depósitos livres desses materiais também previne sua chegada. Da mesma forma, terrenos em casa ou próximo de casa devem estar sempre limpos, livres de entulhos e capinados. Isso vai prevenir tanto roedores como várias outras pragas.
Por fim, o professor finaliza dizendo que: “se o seu animal atacar um rato, a recomendação é levar o pet ao veterinário para exame clínico e início do tratamento preventivo para as diversas doenças. Além disso, devemos prevenir a entrada de roedores nos ambientes onde moramos e mantemos nossos pets”.

Projetos de professora da Medicina Veterinária são aprovados com financiamento de quase R$4 milhões

Joely Bittar


Cinco projetos de pesquisa coordenados pela professora do curso de Medicina Veterinária da Uniube e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Sanidade e Produção Animal nos Trópicos (PPGSPAT), Joely Bittar, foram aprovados no Compete Minas, Fapemig, Finep e MSD entre 2022 e 2023. As pesquisas visam o diagnóstico e controle de enfermidades como tripanossomíase ou tripanosomose, neosporose, criptosporidiose, além de um projeto com o objetivo de controlar o carrapato bovino com fungo entomopatogênico.
O curso de Medicina Veterinária e o Mestrado em Sanidade e Produção Animal nos Trópicos enviam projetos a órgãos de fomento, e no último ano, diversos deles foram aprovados. “Tivemos dois projetos aprovados na Fapemig: um no edital universal e outro no Compete Minas, e recentemente, aprovamos outros dois projetos, um da Finep e outro da MSD. Com isso, aprovamos cerca de R$ 3 milhões e 800 mil no último ano. Isso vem de um crescimento, a medicina veterinária começou a desenvolver pesquisas desde a implementação da iniciação científica na Universidade, nos anos 2000. Sempre temos projetos aprovados na Fapemig, mas entre 2022 e 2023 conseguimos maior aprovação, e todos os projetos envolvem bovinos. Isso mostra a importância da medicina veterinária, da pesquisa com o desenvolvimento da bovinocultura que é tão importante aqui para a região. Esses projetos são relacionados, por exemplo, à pesquisa para controle de carrapatos ou para algumas doenças da reprodução, como neosporose e tripanosomíase bovina, que trabalhamos há muitos anos”, comenta a pesquisadora.
Ao todo, cinco projetos foram aprovados, com aproximadamente 3 milhões e 800 mil reais em verbas. “Nós trabalhamos em equipe, temos vários profissionais envolvidos, vários pesquisadores da veterinária, mas ao mesmo tempo é muito gratificante para a equipe da Uniube essa aprovação. É diferente quando estamos em uma escola particular onde a pesquisa está iniciando, em comparação com uma federal, que tem pesquisa arraigada no sangue. Isso é muito engrandecedor para nós, ver a Universidade ser reconhecida como um centro de pesquisas, não só da graduação. Nossos alunos de iniciação científica começam a participar dessas pesquisas mais tecnológicas, com proteína recombinante, com ensaio vacinal, o que proporciona condições de aprender metodologias mais modernas, que talvez só na graduação não teriam oportunidade”, finaliza a pesquisadora.


Projetos aprovados:
Compete Minas 2022: Controle do Carrapato – Desenvolvimento de bioativo granular à base do fungo Purpureocillium lilacinus BIC 0119 (Paecilomyces lilacinum) para o controle do Rhipicephalus microplus. Uniube e Biota: R$ 389.746,00
Universal FAPEMIG 2022: Vacina contra T. vivax – Avaliação de uma proteína recombinante quimérica utilizada como imunizante contra infecção experimental pelo Trypanosoma vivax em bovinos doadores de sêmen. Uniube e UFV: R$ 72.744,00
Universal FAPEMIG 2023: Sêmen – Efeito da adição de proteína recombinante sobre os parâmetros espermáticos de suínos e bovinos pós-descongelamento selecionados por proteômica comparativa do plasma seminal. Uniube, ABS e UFV: R$ 246.930,60
FINEP 2023: Vacina contra Neospora – Formulação vacinal com proteína recombinante para neosporose bovina. Uniube, UFV, Animal Nutri e Ouro Fino: R$ 2.800.000,00
MSD 2023: Criptosporidiose bovina – Perfil soroparasitológico de Cryptosporidium em vacas Nelore submetidas a IATF e suas respectivas crias. Uniube, MSD e UFTM: R$ 240.000,00

Crianças aprendem sobre como os cães-guia podem melhorar a qualidade de vida de pessoas com a mobilidade reduzida

Palestra da Maria Cristina Lozano, proprietária do cão “Caju”, e responsável pela Ong Bocato, que realiza projetos voluntários em escolas, casas de repouso e outros, além de capacitação em treinamentos para cães de ajuda social


Os cães são chamados de os “melhores amigos do homem”. Eles propiciam momentos de companheirismo, que podem contribuir para a melhora da qualidade de vida, desde a infância.

Além de todos os benefícios como animais de estimação, os cachorros também podem ajudar de diferentes maneiras e, assim, tornar a vida das pessoas mais independente e autônoma.

No Brasil, mais de 7 milhões de pessoas apresentam alguma deficiência visual, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Deste total, cerca de 580 mil são completamente cegas e mais de 6,5 milhões apresentam baixa visão, seja por consequências congênitas ou adquiridas ao longo da vida.

Sob supervisão das professoras Luciana Espinosa, Roberta Vieira e da coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli, alunos do 2º e 3º anos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, do Colégio Marista Arquidiocesano, um dos mais tradicionais da capital paulista e que completa 165 anos de sua fundação em 2023, estão produzindo projetos que tratam sobre a importância dos cães de serviço para pessoas com mobilidade reduzida.

O cão-guia é um facilitador no processo de inclusão da pessoa com deficiência visual. Ele é responsável por oferecer confiança, segurança e promover a autonomia e independência, além disso, promove a interação social e, consequentemente, eleva a autoestima do seu tutor.

Denominados “Deficiência visual: um olhar diferente!” e “Cães de assistência”, os estudos fazem parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) das turmas, uma prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.

Os alunos do 2° e 3º anos discutiram sobre a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade e situações que envolvem o respeito ao próximo e momentos de amor pela vida. Conheceram a Maria Cristina Lozano proprietária do cão “Caju”, e responsável pela Ong Bocato, que realiza projetos voluntários em escolas, casas de repouso e outros, além de capacitação em treinamentos para cães de ajuda social.

Para a turma do 3° ano, o tema do PIS estuda a importância dos cães na vida das pessoas, além da questão socioafetiva. Por isso, as crianças tiveram um bate-papo com o Maurício Almeida, deficiente visual e ex-aluno do Arquidiocesano, que falou sobre sua experiência pessoal de explorar o mundo e de viver momentos únicos, apesar das dificuldades encontradas no dia a dia. Os estudantes também conheceram Harley, o seu cão-guia que foi treinado nos Estados Unidos.

“No encontro (que aconteceu em setembro), as crianças puderam conhecer um pouco mais sobre o quanto o cão é capaz de auxiliar na independência e contribuir positivamente no cotidiano da pessoa com deficiência visual”, reforça a coordenadora Lilian Gramorelli.

DNA Pets facilita testes genéticos nos amigos de 4 patas


Startup paulista viabiliza mapeamento genético dos seus animais para revelar as raças e até predisposição a doenças

Os donos de pets buscam cada vez mais recursos para cuidar da saúde de seus animais, garantindo qualidade de vida e longevidade. Pensando nisso, a DNA Pets surgiu no mercado, em 2022, com exames genéticos e moleculares que identificam os principais riscos à saúde do cão ou gato, bem como suas raças, ancestralidade e traços físicos. Hoje, o desafio é tornar os testes mais populares e de fácil acesso a uma quantidade maior de tutores, veterinários e criadores.

A empresa que nasceu em São Carlos, no interior de São Paulo, faz parte do Grupo DNA que tem mais de 25 anos de atuação no segmento de diagnóstico, genética molecular e mapeamento genético. O diferencial da startup é a realização de uma busca completa em bancos de dados de pragas e doenças específicas do Brasil, o que permite resultados com maior precisão, se comparados com outros testes do mercado.

Para o CEO da DNA Pets, Rodrigo Faria, o sonho da empresa é gerar um ecossistema de saúde personalizado para todos os membros da família, incluindo os animais de estimação, que são verdadeiros filhos de quatro patas. “Nosso propósito é trazer saúde, bem-estar e qualidade de vida aos pets através da genética. O objetivo é que cada vez mais tutores possam realizar os testes genéticos para garantir uma vida melhor para seus pets, bem como uma alimentação mais adequada, medicamentos que funcionam melhor, brincadeiras ideais e até mesmo tratamentos específicos para condições de saúde.”

A DNA Pets é agora parte do portfólio da Capri Venture, corporate venture builder que tem como missão transformar o ecossistema pet. A intenção é remodelar o modelo de negócios da startup que tem como expectativa atingir a marca de R$ 100 mil de faturamento até o final do ano, e alcançar 80 clientes em sua carteira, entre tutores, criadores e veterinários.

“A Capri acredita no propósito da DNA Pets e trabalha para ajudar a startup a atingir suas metas de crescimento. Para isso, estamos realizando uma mentoria em que remodelamos o modelo de negócios, antes de pensarmos em captar investidores” compartilha a CEO da Capri Venture, Alaíde Barbosa.

Ingresso de cães e gatos de cidadãos repatriados e refugiados de Israel serão facilitados pelo Mapa

Os passageiros serão orientados pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) quanto aos procedimentos sanitários internos

Considerando a condição peculiar momentânea, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), assim como fez com os repatriados do conflito armado na Ucrânia, irá facilitar o ingresso no território nacional de cães e gatos que acompanhem os cidadãos brasileiros repatriados e cidadãos estrangeiros refugiados de Israel.

A medida implica na dispensa de apresentação de Certificado Veterinário Internacional (CVI) emitido ou endossado pelas autoridades veterinárias dos países de origem desses animais e a apresentação de atestado de vacinação ou qualquer outra certificação sanitária no momento do ingresso no país.

No momento da chegada, os passageiros serão orientados pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) quanto aos procedimentos sanitários internos a serem adotados em relação aos animais.

“Esclarecemos que, neste momento, nenhum cachorro ou gato será impedido de entrar no Brasil por falta de documentação. Entendemos a situação e os médicos veterinários atuantes no Viagro acompanharão os casos para liberação de entrada no país”, reforça o diretor do departamento de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária, José Luis Vargas.

Para cães e gatos de cidadãos repatriados e refugiados que estejam dirigindo-se a outros países, o trânsito de passagem pelo Brasil também está liberado sem qualquer exigência de documentação sanitária, devendo, contudo, os cidadãos verificarem junto às autoridades veterinárias dos países de destino à eventual necessidade de certificação sanitária.

O Mapa alerta que a medida vale apenas para os casos em decorrência dos conflitos armados em Israel. Ou seja, para o ingresso de cães e gatos de cidadãos brasileiros repatriados ou estrangeiros refugiados em quaisquer voos, sejam de ajuda humanitária, militares, cargueiros fretados ou em voos comerciais.

As demais situações para ingresso de animais de estimação ao Brasil deverá ser feita de forma regular, a depender de cada espécie envolvida.