Mestre da amizade


Dizem que não há nada mais sincero do que uma amizade entre um animal e um ser humano, e no que depender disto, o carteiro Cristiano da Silva Antunes, é mestre! O paulistano é tão apaixonado por animais, que faz questão de tirar uma selfie com cada animal que conhece devido ao seu trabalho.
Esquece aquele estereótipo de que cães detestam carteiros! Cristiano é amigo de toda a comunidade canina (e de outras raças também, claro!) da região que atende, e os bichinhos costumam ficar ansiosos com a próxima visita.
Conhecido como ‘Carteiro Amigo dos Animais’ em suas redes sociais, tudo começou quando ele decidiu quebrar o estereótipo de que os cães odeiam carteiros. Com o tempo, ele também começou a fazer amizade com gatos, coelhos e todos os tipos de animais que encontra, seja na casa de alguém, seja na rua.
Isto porque, este trabalho que Cristiano tem feito não serve apenas para demonstrar todo o amor que sente pelos bichinhos, mas, sobretudo para salvá-los. O carteiro costuma resgatar todos os animais que encontra pelas ruas de sua cidade e encaminhá-los para abrigos. Seu maior sonho é ter seu próprio refúgio e nós temos certeza que ele vai conseguir realizá-lo!
Mas não se engane! O processo de amizade com os cães costuma ser longo e exige muito respeito e paciência. Primeiro Cristiano os cumprimenta, em seguida deixa que se aproximem e, com o tempo, quando eles se sentem confiança suficiente, os doguinhos começam a lamber seu rosto.
A paixão pelos animais começou desde cedo e hoje Cristiano vive com sua esposa, alguns cachorros e três gatos, em Guaratinguetá, interior de São Paulo. Com mais de 87 mil seguidores no Instagram, o influenciador mostra que o amor que une os animais e os seres humanos, não somente é eterno, como pode ser força motivadora para construírmos um mundo melhor!

A grande aventura de ser tutor

Adotar um cão é uma atitude nobre e felizmente é uma tendência hoje no Brasil. comprar um cão de raça também é, desde que se saiba a sua procedência, por motivos óbvios. O resultado é mesmo. Criar um cão como seu amigo, companheiro, enfim, um ser que não é humano e merece respeito e muito amor. E esse convívio é sempre uma aventura. Uma aventura sem fim, por cada dia é uma nova experiência. então temos que ficar de olho em algumas dicas, por exemplo, nas atitudes que o tutor nunca deve tomar com o seu cão.

1 – Deixar Preso na Corrente

O tutor nunca deve deixar o cachorro preso na corrente, ou a uma coleira o cachorro deve ficar livre.

Infelizmente no Brasil essa é uma atitude vista como normal por parte da população, mas hoje é vista por lei como maus tratos e de fato é um tratamento que coloca o cão em uma situação de muito sofrimento.

Muitos donos se justificam falando que fazem isso, pois o cachorro é bagunceiro, mas isso não é justificativa, o tutor deve educar o seu cão, ensinar com paciência e muito carinho a se comportar. Se você ama o seu cão nunca o deixe preso na corrente.

2 – Isolar o Cão da Família

Não podemos esquecer que os cachorros são animais sociáveis e precisam da companhia dos tutores, sendo assim nunca deixe o seu cão isolado no quintal, terraço ou varanda.

As pessoas têm a falsa impressão que o lugar do cachorro é no quintal e acabam deixando ele isolado, isso é um ato muito prejudicial para o animal, o cachorro fica triste e sozinho. O cão que mora em uma casa com quintal deve ter acesso ao mesmo não “morar nele”.

O cachorro precisa da companhia do tutor, então permita que seu cão fique dentro de casa, enquanto você vê televisão, estuda, conversa com a família e até permita que o seu cachorro durma dentro de casa afinal ele também faz parte da família e precisa se sentir assim.

3 – Deixar de Passear com Seu Cachorro por Falta de Tempo

Todo cão precisa passear pelo menos duas vezes por dia mesmo os que moram em casa e tem acesso a um quintal grande.

É importante dizer que quem tem um cachorro assumiu um compromisso com a vida dele e por mais que a vida esteja muito corrida, o que realmente está para a maioria das pessoas, a responsabilidade do tutor para com o seu cão precisa ser prioridade.

Organize os seus horários e a sua agenda, acorde um pouquinho mais cedo e/ou durma um pouco mais tarde, mas não deixe de passear com o seu cão. Lembre que o bem estar dele depende disso.

4 – Deixar seu Cão Sozinho no Carro

Muitos cachorros morrem por causa da imprudência de alguns tutores, nunca deixe seu cachorro sozinho dentro do carro mesmo que seja para ir a um lugar muito rápido, dentro de um curto espaço de tempo pode acontecer uma tragédia.

No calor do dia o carro fica muito quente e o cachorro pode passar mal, a noite também é perigoso, pois com o carro fechado haverá pouca circulação de ar ou nenhuma com isso o cachorro pode vim a óbito. Então todo cuidado é pouco, nunca deixe seu cão sozinho dentro do carro.

5 – Oferecer Alimentos Tóxicos

O tutor deve ter muita atenção com o que oferece para o seu cachorro, existem alimentos que são tóxicos para eles como, por exemplo, o chocolate.

Existem muitos alimentos que as pessoas podem comer, mas que os cães não podem, então fique muito atento com os alimentos que você oferece para o seu cachorro. Consulte o médico veterinário do seu cão e verifique o que você pode ou não oferecer.

6 – Passear com o Cão no Sol Quente

Muita gente não sabe dessa informação, mas os cachorros queimam as patas no chão quente, eles não usam sapatos ou chinelos como as pessoas.

O tutor deve passear com o seu cão no período da manhã e do fim da tarde e sempre procurando sombra. Esse cuidado é importante para evitar as queimaduras nas patas e também um possível mal estar pelo excesso de calor.

E não adianta colocar sapatos nas patas dos cachorros os sapatos para pets não vão proteger o animal do calor. O tutor precisa levar o cão para passear nos horários indicados pela manhã e no fim da tarde quando o sol está mais ameno.

7 – Bater no seu Cachorro

Se você quer ensinar algo para o seu cão peça conselhos para o médico veterinário e ensine com muita paciência e carinho, nunca bata no seu cachorro.

Tenha muita paciência e sempre o trate com amor e respeito é o que ele merece, diga não a violência contra animais.

Achei que fosse um cachorro’, diz morador que filmou onça-parda no interior de SP

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Por Carlos Dias e Airton Salles Jr., G1 Itapetininga e Região

Animal foi capturado, sedado e solto à natureza depois de uma força-tarefa em Cerqueira César.
Um dos primeiros moradores que viram a onça-parda que “passeou” pelas ruas de Cerqueira César (SP) relembra o susto que levou ao encontrar o felino. Ninguém foi atacado pelo animal, que acabou sendo capturado, na terça-feira (1º).
“No que eu endireitei o carro na rua, eu vi um animal grande atravessando a rua. No primeiro momento, achei que fosse um cachorro grande. Você vai imaginar uma onça dentro da cidade?”, disse ao Fantástico o eletricista Wagner Basílio.
O Corpo de Bombeiros foi chamado e começou uma operação para imobilizar a onça por trás do muro. O plano era passar um sedativo por uma fresta entre os tijolos, mas o animal se assustou e fugiu pelo outro lado. A onça, então, tentou entrar em várias casas.
O cabo da PM Adriano Bassetto gravou o vídeo de dentro do carro dele. “Eu estava numa velocidade de mais ou menos uns 40 quilômetros por hora, tive até uma certa dificuldade de acompanhar ela, porque o animal é muito rápido”, disse.

Desorientada, a onça buscou abrigo no porão de uma casa, que está em obras. Ela cruzou uma passagem na parede e ficou presa.
“Na hora que eu estava subindo, mais ou menos no meio da escada, eu vi ela. Subi rasgando a escada. Subi correndo. Ela passou por debaixo da escada”, contou o pedreiro Reinaldo Silva.
“A gente recebeu a mensagem de que tinha uma onça nas redondezas. A gente fechou a casa, mas a gente já escutou o barulho aqui no fundo. Abri a janela para ver o que tava acontecendo e já tinha bombeiro, pessoal da cidade, e aí eles me avisaram que tinha uma onça no meu porão”, lembrou Ronaldo Alves da Silva.

Resgate

Com a onça encurralada, foi preciso chamar a polícia ambiental e uma equipe de veterinários da universidade estadual.
“A gente precisou fazer mais de um dardo. Foram 3 dardos na musculatura do animal para que ele realmente caísse e ele não causasse um risco pra gente na manipulação”, explicou a veterinária da Unesp de Botucatu, Heloísa Coppini de Lima médica-veterinária.

Monitoramento

Sandra Cavalcanti é pesquisadora do Instituto Pró-Carnívoros, que monitora onças-pardas no interior do estado de São Paulo.
“As onças-pardas são um indivíduo solitário e elas têm um determinado território. Quando eles são jovens, os machos jovens, eles saem atrás de novas áreas para estabelecer seus territórios. Pode ser que ele eventualmente venha topar com uma área mais próxima de um centro urbano e acaba por curiosidade entrando na cidade”, afirma.
“A gente captura essas onças, anestesia, põe um colar no pescoço que tem o GPS e ele é comunicado com o satélite. Então, a gente consegue monitorar essas onças de hora em hora. Ela pode andar até 15, 20, até 40 km por dia”, detalha.

Humanização: exagero ou realidade

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Trago aqui um assunto sério, de nome científico e tão corriqueiro: Antropromorfismo. Ou a popular humanização de cães e gatos, o mesmo que atribuir forma humana ao bicho.

Explico urgentemente isso, porque isso pode atrapalhar muita coisa quando se fala em comportamento do animal.Quando o tutor impede o cachorro de ser sociável com outros bichos ou com outras pessoas, ou quando o dono não permite que o cãozinho de pequeno porte, pise no chão… é humanização.

Outro ponto fugaz, é não compreender a linguagem do bicho. Os cães são altamente instintivo, por sua bagagem genética herdada em DNA e muitos tutores, se atrapalham na comunicação com eles.

Em meus anos de atendimento, ouvi inúmeras vezes comentários como: “Ah meu cachorro tá com culpa hoje, porque ele acordou de manhã e derrubou o vaso. Até agora ele está quietinho, se sentindo culpado, envergonhado” . Entendo que histórias como essa, sejam comuns e mais ainda, explicarmos esses atos, pelas emoções humanas.

Cientificamente, a mente de um cachorro é mais ou menos igual a de uma criança de 2 anos de idade. Os mesmos, possuem basicamente as mesmas estruturas cerebrais e funções hormonais, e passam por semelhantes mudanças químicas, nessa fase da vida.

Porém, os mesmos estudos, afirmam que uma criança de 2 anos ainda não é capaz de expressar emoções complexas. Em resumo, significa que, elas passam realmente a sentir vergonha ou desprezo por alguém, a partir dos 4 anos de idade.

Sendo os cães comparados nesses estudos, a crianças de 2 anos, eles possuem oficialmente, apenas as emoções básicas ligadas ao extinto como medo, alegria, empatia, raiva, nojo. Sentimentos complexos como culpa, rancor, ciúmes, vergonha … eles não acessam.

Assim como eu ouço em alguns lares ” Ah o meu cachorro tá querendo se vingar de mim, porque ele começa a me morder muito na hora de brincar. E ele sabe que eu não gosto disso. Eu acho que ele faz de propósito”, compreendam que eles estão apenas agindo por impulso, naquele instante e não compare tanto as emoções!

Aprender a se comunicar é entender os sinais que o cão transmite ao estar sempre atento a você e saber como falar com ele de forma mais eficiente.
Os cães se pautam pela postura dos donos ao lidar com o mundo a sua volta, assimilando seus hábitos e se espelhando em suas atitudes. Isso porque a sensibilidade canina é maior do que supomos. Eles são excelentes leitores de gestos e sinais. Calma e assertividade para traduzir a comunicação com seu cachorro irá garantir que ele não ocupe o seu lugar nesse relacionamento. Afinal eles amam seguir o mestre.

Laís Cauner é comportamentalista canina e adestradora. Ela também é Consteladora Familiar de Pets, proprietária da Eu & Meu Bicho e tutora de 5 cães adultos.

Um médico, um cachorro e um desafio: percorrer 300km do Rio Cipó a remo

 

20200721173206639636uUm médico, um cachorro, um caiaque e um desafio: percorrer 300 quilômetros do Rio Cipó a remo. Entre pedras, cachoeiras e corredeiras, foram 12 dias de aventura rio abaixo, numa viagem que rendeu a Guilherme Benfica Duarte e ao fiel escudeiro, Bono, um feito inédito e boas história para contar.

Eles remaram da nascente do rio, dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó, em Santana do Riacho, até o encontro das águas com o Rio das Velhas, em Presidente Juscelino. A expedição virou documentário e um livro de fotografias. O lançamento está previsto para a segunda quinzena de agosto.

Guilherme é médico de família na região da Serra do Cipó desde 2014, quando se formou em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi lá que conheceu Bono, um beagle muito teimoso que virou seu amigo e parceiro inseparável de aventura.
‘Como vida de cachorro é muito curta, eu queria dar um significado para a vida do meu filho e viver uma aventura que marcasse a nossa história’

A viagem foi um presente para os dois. “Amo canoagem e tinha muita vontade de remar o rio inteiro. E, como vida de cachorro é muito curta, eu queria dar um significado para a vida do meu filho e viver uma aventura que marcasse a nossa história”, conta Guilherme, ao explicar como surgiu a ideia da expedição.
Era outubro de 2019. Sem férias programadas para a época, Guilherme definiu que o roteiro seria feito em etapas, aos fins de semanas. Arrumou a mochila com os itens básicos de sobrevivência, separou os equipamentos para registro audiovisual, pegou o caiaque e foi fazer o convite ao amigo.

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Sim, era preciso saber se Bono realmente queria viver aquela aventura um tanto quanto arriscada com o dono. “Fiz um acordo. O Bono só iria se ele quisesse. E aí, quando eu pegava o caiaque, ele começava a pular. Eu abria a porta do carro, ele já entrava e não saia mais. E quando eu descia o caiaque, ele pulava pra fora e já ia nadando no rio. Aí, pensei: ‘Ah, esse cachorro está curtindo o rolê’”, conta, aos risos.

O Rio Cipó nasce do encontro dos córregos Mascates e Bocaina, dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó. E foi nesse ponto que a viagem começou. A região é famosa por cachoeiras e formações rochosas de beleza peculiar. Características que deram à expedição as doses de emoção e obstáculos necessárias para se tornar a celebração de uma grande amizade. “Era uma cachoeira atrás da outra. Algumas eu conseguia descer remando, outras eu tinha de descer do caiaque, amarrar ele numa corda e deixar descer aos poucos. Era complicado”, lembra Guilherme.

Foram necessários quatro fins de semana para completar o percurso de 252 quilômetros do rio até o encontro com o Paraúna, em Presidente Juscelino, e mais cerca de 50 quilômetros até a junção com o Rio das Velhas. Nesse período, a dupla experimentou todas as nuances que uma aventura na natureza pode proporcionar.

Do contato mais íntimo com a beleza da biodiversidade, dentro e ao redor do rio, sem conforto e estrutura de apoio. “Nós dormíamos no chão mesmo, em qualquer lugar que fosse mais ou menos plano, de preferência numa prainha ou numa pedra no meio do rio”, conta o aventureiro. O conforto de passar as noites na proteção de uma barraca foi dispensado em solidariedade ao amigo de patas que não suporta dormir coberto por uma lona.

 
A compensação dos percalços também era diária e vinha em doses revigorantes, como relata o médico. “A quantidade de animais que eu vi foi surpreendente. Nadei com cardume de 20, 30 dourados. Mergulhei com cardumes gigantescos de pacú e curimba, de curimatãs, que são peixes bem comuns na região”.

E a cada percurso, novas descobertas . “Entre o encontro do Rio Cipó com o Parauninha, em Santana do Riacho, até o Rio de Pedras, eu vi uma mata ciliar muito maravilhosa. Parecia que eu estava remando na Amazônia”. Nos trechos ermos, de mata virgem, a companhia dos moradores locais também era certa. “Remávamos ao lado de lontras, com capivaras. Tucanos toda cruzando o rio. Alguns passarinhos que são mais raros de ver como o curió e o azulão. Foi muito gratificante”, define o médico.

ATRAÇÃO RIBEIRINHA

Não demorou muito para a expedição ganhar fama. “As pessoas ficaram sabendo que eu estava descendo o rio com um cachorro. E aí, algumas me esperavam nas prainhas pra me dar comida, lanche, suco, cerveja. Eu achei isso muito legal, a população foi muito carismática comigo”, comenta.

Os encontros eram sempre permeados de muita curiosidade e uma boa dose de espanto. “Quando eu via alguém nadando no rio, eu já sabia que seria um grande alvoroço a minha chegada. O povo me fazia várias perguntas, pedia para tirar foto, saia correndo atrás de mim, me seguia um tempo pela margem do rio. Era bem engraçado”, relembra.

Ao fim de cada etapa, era hora de voltar para casa. “Como era difícil retornar. No primeiro trecho, quando terminei, eu andei oito quilômetros com um caiaque de 20 kg na cabeça, com uma mochila de 20kg nas costas, remo e um monte de coisas. Esta parte era sempre angustiante, e quase sempre na base da carona”, relembra.

Antes das chuvas de novembro, Guilherme e Bono alcançaram o encontro das águas límpidas do cipó com as turvas do Rio das Velhas. Aquela foi a última grande aventura da dupla antes da pandemia. Não que o passeio tenha sido um roteiro que incluía aglomerações. Muito pelo contrário. “Isolamento social maior do que foi o nosso, é impossível. Era eu e um cachorro. Tinha vários dias que não víamos nenhum ser humano. Eu acho que esse é um ótimo esporte para o mundo pós-pandemia”, indica Guilherme.

 

Maria Irenilda Pereira

Cães reconhecem palavras, mesmo pronunciadas por estranhos

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Estudo da Universidade de Sussex revela que cachorros conseguem generalizar fonemas, sem que eles precisem ser falados pela mesma pessoa
Só faltam falar. Os cães podem reconhecer certas palavras, mesmo que pronunciadas por desconhecidos, uma pré-disposição para a compreensão da linguagem que se acreditava era exclusiva dos humanos, revela um estudo divulgado nesta quarta-feira na Royal Society.
Se sabia que os cães domésticos compreendem ordens simples, e que são capazes de reconhecer vozes humanas familiares que pronunciam frases conhecidas, mas não que percebem a palavra humana e sua fonética.
Uma equipe da universidade britânica de Sussex realizou uma experiência com 70 cães domésticos, de diferentes raças, que escutaram sílabas, sem sentido para eles, pronunciadas por desconhecidos: 13 homens e 14 mulheres.
Ao observar a reação dos cães a diferentes estímulos sonoros (pelo método conhecido como “habituação-desabituação”), os pesquisadores descobriram que os animais reconhecem termos pronunciados por diferentes pessoas.
Isto revela que conseguem “generalizar os fonemas, independentemente das pessoas que os pronunciam”, explicou à AFP David Reby, professor de etologia da universidade francesa de Lyon Saint-Etienne e um dos autores do estudo.
“Até o momento se pensava que esta capacidade de categorizar as palavras, sem treinamento prévio, era exclusiva dos humanos. Mas achamos que não é o caso”, acrescentou Holly Root-Gutteridge, da Universidade de Sussex, outra autora do estudo.
“Este tipo de reconhecimento de fonemas é um pré-requisito do idioma, já que para se falar é preciso ser capaz de identificar uma mesma palavra através de diferentes locutores”, destaca Root-Gutteridge.
Outros animais, como as chinchilas ou os ratos, já haviam apresentado capacidades semelhantes, mas com um treinamento prévio.

Cão-guia: você sabe o que é preciso para ter um?

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O Instituto Magnus é uma entidade de assistência social voltada para promover a inclusão, convivência familiar, comunitária e a cidadania às pessoas com deficiência visual. Para isso, desde novembro de 2015 possui, dentre outros programas, o “Programa Cão-Guia”, que tem o intuito de promover a autonomia das pessoas com deficiência visual, através da utilização do cão-guia.
A disparidade entre o número de pessoas com deficiência visual e cães-guias no Brasil é alarmante: segundo dados o IBGE, existem cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiências visuais para apenas menos de 200 cães em serviço. E esta é uma realidade que o programa do Instituto Magnus visa mudar.
E como posso ser tutor de um cão-guia do Instituto Magnus?
A primeira etapa do processo para fazer o pedido do cão-guia é a inscrição online, com o preenchimento do formulário com informações pessoais, interesses e informações sobre a rotina do interessado, disponível no site do Instituto Magnus (https://www.institutomagnus.org/programas/cao-guia/como-ter-um-cao-guia). Esse cadastro é avaliado em diversas etapas para que, quando aprovado, o Instituto Magnus encontre um cão compatível com o perfil do interessado.
O cão-guia é um elemento essencial na vida da pessoa com deficiência visual, é uma extensão do corpo, através de seus olhos. Para conseguir fazer parte do processo, o interessado precisa ser diagnosticado com cegueira ou deficiência visual severa de acordo com o Art. 2o , inciso I, do Decreto Federal nº 5.904, de 21 de setembro de 2006; ser residente e domiciliado, preferencialmente, em uma cidade de até 150 km de distância do Instituto Magnus; ser maior de 18 anos de idade e ter OM (orientação e mobilidade), sendo capaz de se integrar socialmente com facilidade.
Do nascimento a cães-guias treinados: como é o processo no Instituto Magnus
O treinamento dos cães começa bem cedo, após os dois meses de vida. Depois de desmamar, eles passam por um período de dessensibilização, no qual são estimulados a algumas situações, de maneira lúdica, que vivenciarão no futuro. Também já começam a aprender sobre comportamento até irem para a casa de uma família socializadora, que tem um papel essencial no primeiro ano de vida dos filhotes. A família, durante esse ano, será responsável por apresentar o filhote à sociedade. Isto é, ambientá-lo nos mais diversos espaços, inclusive, conviver socialmente com outras pessoas e animais. O papel da família é essencial para o sucesso do animal como cão-guia, e quem quer fazer parte desse trabalho deve se inscrever no link: https://www.institutomagnus.org/programas/cao-guia/familia-voluntaria. Após o período de socialização, os cães retornam ao Instituto Magnus para receber o treinamento específico para ser cão-guia. O processo todo dura cerca de 18 meses, até que o animal possa ser destinado a pessoa com deficiência visual, que participa da última etapa de treinamento para se adaptar ao novo companheiro. Nesta etapa, os usuários ficam hospedados 15 dias em um hotel no Instituto Magnus, construído exclusivamente para receber as pessoas com seus cães. Após esse período, a equipe técnica passa mais 15 dias com a pessoa com deficiência visual e o cão-guia, realizando a adaptação da rotina real do usuário(a), concluindo o treinamento.
Murilo, 25 anos, usuário de cão-guia, conheceu o Instituto Magnus por meio de um amigo e desde agosto de 2018 trabalha na área de relacionamento da instituição, afirma que o cão mudou completamente sua vida:
“Ajuda demais, tanto em relação à mobilidade e segurança para andar na rua e a confiança, como em relação à autoestima também, a gente se sente confiante. As pessoas passam a nos ver de outro jeito, quebra alguns preconceitos e paradigmas que às vezes acontecem. Além da mobilidade, a gente se sente seguro sabendo que o cão vai desviar de qualquer obstáculo, e toda essa questão social gera muito mais interação, as pessoas vem muito mais conversar comigo hoje, querem saber do cão, e aí gera toda uma conversa, né. Nasce ali uma amizade só por causa do cão-guia.”
Os cães-guias exercem sua função por, em média,8 anos e, após esse tempo, o animal se aposenta, podendo se tornar um cão de companhia do próprio usuário, caso a pessoa não o queira ou possa, o cão é doado para uma outra família. Os interessados em adotar podem se inscrever no site do Instituto para adotar um cão que foi desligado do programa ou foi aposentado. O cadastro pode ser realizado a partir deste link: https://www.institutomagnus.org/programas/cao-guia/familia-voluntaria, caso a família de adoção resida na região metropolitana de Sorocaba, ou para quem reside fora desta região e tem interesse, pode enviar um e-mail para: contato@institutomagnus.org.
Mais informações sobre o Instituto Magnus disponíveis no site: https://www.institutomagnus.org/
Endereço: Estrada vicinal Antônio Militão, 122 – Parque Pirapora, Salto de Pirapora (SP)
Acesso pela Rodovia João Leme dos Santos, km 116, sentido Sorocaba a Salto de Pirapora. 900 metros de estrada de terra à direita após a passarela de pedestres.

Sobre o Instituto Magnus
Localizado em Salto de Pirapora, interior de São Paulo, o Instituto Magnus é uma iniciativa sem fins lucrativos, gerido pela empresa Adimax Pet. O trabalho do Instituto é contribuir para a inclusão social através do cão-guia em diversas esferas da sociedade, por isso, além do treinamento e entrega dos cães, possui atividades como palestras informativas e educativas, vivências, dinâmicas de grupos e ações de divulgação para conscientização e engajamento de pessoas para a causa.

Adote a Mimi!

 

Imagem1Uma cachorrinha resgatada das ruas é a grande estrela do lançamento de uma grande marca de rações: o alimento para Ambientes Internos Porte Médio – Adulto. A dócil Mimi, que aguarda por adoção na ONG APATA, representa milhares de cães que estão à procura de um lar no Brasil. Além de estampar a embalagem, Mimi dá ainda mais significado para a campanha de lançamento do produto, que funciona na dinâmica Compre & Doe: a cada embalagem vendida, uma refeição será doada para cães abandonados.
Alimento ideal para SRDs
O Instituto da empresa já tem um olhar direcionado para animais que vivem em ONGs e mantém um programa permanente de alimentação subsidiada para instituições cadastradas. Agora esse olhar se estende até depois da adoção para que os cães continuem recebendo uma alimentação super premium, completa e balanceada em seus novos lares. O produto tem formulação e tamanho de grãos sob medida para atender também a esses cães, que em sua maioria são de porte médio, sem raça definida e vivem dentro de casa, bem próximos de seus tutores.

Assim como os demais produtos super premium da linha Ambientes Internos – a primeira no mundo com alimentos específicos para cães que vivem dentro de casa –, este lançamento contém somente ingredientes nobres. “Trata-se de um produto completo, balanceado e rico em nutrientes, que atende até aos paladares mais exigentes”, destaca Cristiana F. Ferreira Pontieri, doutora em nutrição de cães e gatos e diretora de desenvolvimento de produtos da marca.

Segundo Cristiana, a fórmula contém proteínas de frango e salmão, que conferem excelente sabor, e as melhores fontes de ômegas 3 e 6, que propiciam a saúde da pele e uma pelagem mais bonita. Também é enriquecida com vitaminas e minerais que beneficiam a saúde e a vitalidade dos pets, sem qualquer necessidade de suplementação. “Além disso, promove a redução do odor e volume das fezes graças à combinação de ingredientes de alto aproveitamento, fibras especiais, prebióticos e extrato de yucca”, explica.

A Campanha Compre & Doe
Além da embalagem estrelada por Mimi, uma cachorrinha sem raça definida que está à procura de um lar adotivo, o lançamento traz ainda outro importante diferencial: a Campanha Compre & Doe, que pode ser identificada pelo selo promocional e um QR Code.

A dinâmica é a seguinte: a cada embalagem vendida com o selo Compre & Doe, o Instituto  destinará uma refeição para os cães que vivem nas ONGs cadastradas em seu programa de alimentação subsidiada. Dessa forma, o consumidor poderá contribuir para que muitos cães que aguardam a chance de um lar sejam tão bem nutridos quanto o seu melhor amigo.

Atualmente, o Instituto  tem cerca de 45 ONGs cadastradas para apoio regular em diversos projetos, desde o subsídio de alimentos até ações de medicina veterinária do coletivo, com suporte para a implementação de melhorias em suas atividades. São iniciativas que visam apoiar as ONGs para que tenham mais sucesso em sua missão, multiplicando os finais felizes.

A campanha Compre & Doe é válida ao longo de 2020, até o término dos estoques da embalagem com o selo.

Doces sonhos!

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Quando estão dormindo os cães sonham com os seus donos, diz cientista

Quem tem um animalzinho de estimação com certeza já teve curiosidade em saber o que eles sonham. Muitos deles costumam ter espasmos e mexer as patas rapidamente como se estivessem correndo. Alguns cães fazem barulhos esquisitos e acabam indo para a cama dos donos para se sentirem seguros.
Para desvendar esse mistério e descobrir o que os cães sonham o pesquisador Deirdre Barrett buscou respostas fazendo comparações com os sonhos dos humanos:
“As pessoas sonham com o que mais as preocupa durante o dia, mas num formato vago e ilógico. Não temos motivos para acreditar que os animais sejam diferentes. Tendo em conta que os cães podem ficar extremamente apegados às pessoas, é muito provável que está sonhando com seu rosto, seu cheiro e como deixar o seu dono feliz . Em algumas ocasiões, seu cachorro pode sonhar com algo que o incomoda”, revela Barrett.
Os seus cães, quando estão dormindo, sonham que estão se divertindo com vocês, e mesmo sonhando ficam tentando fazer algo divertido que os alegrem ou que os deixem aliviados das tensões do dia a dia.
Saber que os nossos amigos estão pensando em nós mesmo quando dormem é muito emocionante, nos diz muito sobre a intensidade do amor que sentem por nós.

Por Iara Fonseca, originalmente publicado no site Resiliência Humana

Férias! E o seu pet?

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As férias estão chegando e, além de organizar a viagem, é preciso decidir o que fazer com os pets. Dá para levá-los? Ou é melhor deixá-lo sob cuidados de outras pessoas? É importante que os tutores tenham consciência que é necessário se programar e pensar se o pet será parte dos planos ou não – nada de deixar seu cão ou seu gato para trás!
Inclusive, uma pesquisa inédita realizada no Brasil pelo Ibope e o Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal WALTHAM™ revelou que o fato de não ter com quem deixar o pet ao viajar é uma das principais justificativas apontadas para uma pessoa não ter um animal de estimação. Mesmo assim, o número de animais abandonados no Brasil é alto: cerca de 30 milhões, segundo a OMS, e tende a aumentar no período de férias. Prova disso é o índice de abandono que cresce em torno de 30% entre dezembro e fevereiro, segundo dados das ONGs que fazem parte do Programa PEDIGREE® Adotar é Tudo de Bom. As ONGs, que chegam a ficar no limite da capacidade, recebem cerca de 30 pedidos a mais de resgate por mês, enquanto normalmente, em média, costumam receber 15 chamados.
Por isso, é fundamental analisar os prós e os contras de levar o animal junto na viagem. Pense bem no destino, no meio de transporte, nas atividades e na duração da viagem. Para ajudar, veja algumas dicas para quem pretende viajar com seu pet:
• Levar gatos e cães à praia exige cuidados especiais com alguns tipos de parasitas. Informe-se previamente com o médico veterinário de sua confiança e lembre-se que em muitas praias a permanência de animais de estimação é proibida.
• As viagens para lugares quentes pede atenção redobrada com os pets, que também sofrem com o calor e sol forte. O piso quente que pode queimar as patas e os cães de pelos longos, especialmente, possuem baixa tolerância às altas temperaturas, portanto não é indicado que fiquem expostos durante as horas mais quentes do dia. Além disso, é preciso manter sempre à disposição água limpa e fresca.
• Se a viagem for de carro, passeie com o animal antes de entrar no veículo para que ele faça suas necessidades. O ideal é acostumar o animal com o movimento antes de iniciar o percurso. Não é indicado que o animal seja alimentado antes das viagens e durante o trajeto, já que eles podem ficar enjoados. Nunca deixe o pet solto dentro do carro. O recomendado é utilizar caixa de transporte adequada ou, para cães, cinto de segurança próprio. Não é indicado deixá-los com a cabeça para fora da janela, tanto pelo risco de quedas em caso de freadas bruscas quanto por riscos de otite ou mesmo de contato com objetos externos.
• É importante que se altere o mínimo possível a rotina do animal (horários de alimentação, passeios e brincadeiras, por exemplo), para evitar o estresse.
• Vale lembrar que o pet deve estar devidamente identificado com plaquinha na coleira ou microchip, além de estar em dia com vermifugação, vacinações, anti-pulgas/carrapatos.
Se levar o animal para o passeio não está nos planos, é preciso considerar alguns fatores:
• Não se deve deixar um pet sozinho durante muito tempo. Disponibilizar alimento e água não garantirá que ele estará bem durante a ausência dos tutores. O simples fato de ele estar sozinho em casa já gera um grande estresse para o animal, que sentirá falta da rotina da família, da presença física das pessoas, das brincadeiras e carinho.
• O recomendado é buscar um serviço profissional especializado, dentre eles hoteizinhos que estejam prontos para recebê-lo ou, então, pet sitters que visitem a residência diariamente e amenizem a ausência da família, zelando também pelos cuidados de saúde e bem-estar do animal.
• A escolha de um local ou profissional deve envolver uma pesquisa criteriosa e/ou visita no local (no caso de hotéis), além de um período de adaptação com o animal antes de ele ficar sob os cuidados profissionais contratados.