Pets em casa? Como deve ser feita a limpeza!

Especialistas listam dicas para manter segurança e bem-estar dos animais
Uma casa com animais é sempre cercada de amor e alegria, mas alguns cuidados são essenciais para manter o bem-estar dos bichinhos e a limpeza do ambiente é um deles. A maioria dos animais é extremamente sensível e ao mesmo tempo curiosa e brincalhona. Por isso a atenção aos produtos de limpeza e ao que está ao alcance deles deve ser redobrada para que acidentes sejam evitados. Considerados os melhores amigos do homem, cuidar desses bichinhos requer cuidados e um ambiente preparado para eles.


Atenção aos produtos
Substâncias neutras são as mais recomendadas para a higienização, como explica o responsável técnico da Maria Brasileira, maior rede de limpeza residencial e empresarial do país, João Pedro Fidelis Lucio. “O álcool é uma solução versátil e eficiente para desinfetar áreas de maior contato. Use-o para limpar pisos, maçanetas, brinquedos e outros objetos que ele tenha acesso. No entanto, é importante diluir o álcool em água antes de usá-lo, pois ele puro pode ser tóxico. Sabão e detergente neutro também são excelentes aliados na limpeza diária de pisos, azulejos e outros locais que o animal frequenta. Esses produtos são suaves e não contêm ingredientes agressivos que possam prejudicar a saúde do seu pet. Certifique-se de enxaguar bem as superfícies após a limpeza para evitar qualquer resíduo que possa ser prejudicial. Atualmente existem linhas específicas de desinfetantes para pets, que são recomendadas e seguras”, destaca. Além disso, o técnico destaca que aspirador de pó é um item quase obrigatório para quem tem animais, principalmente para carpetes e sofás.
Assim como existem produtos seguros, alguns não são recomendados. De acordo com João, existem substâncias muito fortes e que podem afetar diretamente a saúde e o bem-estar dos animais. “Substâncias à base de cloro são um perigo para os pets. O cloro pode causar irritação na pele e nas vias respiratórias, além de ser prejudicial se ingerido acidentalmente. Também podem causar esses sintomas produtos com ácido, amônia e com cheiro muito forte”, completa o especialista.


Os móveis também precisam de cuidados
Ter pets é sempre uma caixinha de surpresas e alguns pequenos incidentes fazem parte da rotina, como o xixi no sofá. A limpeza correta do móvel é indispensável para evitar o acúmulo de odor e manchas e, principalmente, faz toda a diferença para manter a vida útil do estofado. Fritz Paixão, CEO da CleanNew, rede especializada em limpeza e blindagem de estofados, destaca algumas dicas de ouro na hora dessa higienização. “O acúmulo de xixi pode deixar manchas difíceis de sair apenas com um paninho molhado. Com o tempo e a recorrência desses pequenos acidentes, o tecido vai ficando cada vez mais manchado e perdendo a cor, além do cheiro que pode não sair. Uma limpeza especializada é a melhor opção para quem quer mantê-lo sempre novo e prolongar sua vida útil”, afirma Fritz.
Para garantir a limpeza e a vida útil dos móveis por mais tempo, o CEO recomenda a blindagem. “A blindagem facilita a manutenção diária e evita o acúmulo de sujeiras, protegendo contra líquidos e evitando os odores, ideal para animais”, conclui.

Extrema sensibilidade!



Os primeiros estágios de vida dos filhotes de cães representam um período de extrema sensibilidade, onde seus sistemas imunológicos estão em desenvolvimento e seus corpos ainda não possuem as defesas plenamente preparadas para enfrentar doenças.
Nesse contexto, é natural que os tutores se sintam preocupados com as possíveis afecções que podem afetar seus amiguinhos peludos nessa fase. Dentro desse cenário, é importante conhecer quais são as doenças mais comuns que acometem os filhotes de quatro patas, como elas se manifestam e se existe a possibilidade de tratamento e recuperação.
Pensando nisso, hoje nós decidimos trazer aqui as 10 doenças que mais afetam os filhotes, e que algumas delas são super perigosas, sendo preciso extremo cuidado e atenção, além de manter o caderno de vacinação rigorosamente em dia!

  1. Diarreia do desmame
    A diarreia que ocorre durante o período de desmame dos filhotes de cães é uma condição complexa com diversas origens, podendo impactar significativamente a saúde e o desenvolvimento dos pequenos animais. As raízes desse problema podem ser variadas, envolvendo fatores infecciosos e não infecciosos, que por vezes atuam em conjunto, comprometendo a saúde do sistema gastrointestinal dos filhotes caninos.
    Dentre os principais agentes associados à diarreia do desmame, o parvovírus canino tipo-2 assume um papel de destaque, podendo levar a filhotes afetados a apresentarem sintomas sistêmicos graves ou não.
    A diarreia, além de causar desconforto, pode resultar em desidratação severa nos animais. Nos filhotes, esse quadro pode se agravar mais rapidamente devido ao metabolismo acelerado e à imunidade ainda em desenvolvimento, que pode ser influenciada pela idade, histórico de vacinação e outros fatores individuais. Por esse motivo, é crucial tratar a diarreia de maneira adequada, considerando as necessidades únicas de cada caso.
    Para evitar esse problema, é possível implementar medidas de prevenção por meio da adoção de protocolos profiláticos e práticas de manejo que visem a manutenção da saúde dos filhotes durante o delicado período de desmame.
  2. Giardíase
    A giardíase, uma enfermidade com elevado potencial zoonótico, destaca-se como uma das principais parasitoses que afetam o sistema gastrointestinal dos filhotes de cães. Esta doença também se caracteriza por sua alta taxa de contágio, sendo a transmissão decorrente da via oral-fecal, quando cistos do protozoário unicelular e flagelado Giardia spp., pertencente à família Hexamitidae, são ingeridos por meio de água e alimentos contaminados. Atualmente, estima-se que o gênero Giardia englobe cerca de nove espécies, as quais parasitam não somente cães, mas também outros mamíferos, aves, répteis e diversos outros organismos (MORAES et al, 2019).
    A incidência da doença é mais prevalente em filhotes, animais jovens, indivíduos imunossuprimidos e em ambientes caracterizados por superpopulação de animais e deficiências na higiene. Esses animais podem exibir sintomas clínicos em formas agudas ou crônicas, ou então permanecer assintomáticos, variando a intensidade dos sinais apresentados.
    Mesmo após o diagnóstico e tratamento adequados, os cistos podem persistir e reinfectar o animal, devido à sua notável resistência ambiental. Assim, é de suma importância implementar práticas preventivas por meio de manejos adequados, a fim de controlar a disseminação da doença.
  3. Parvovirose
    A parvovirose canina é uma enfermidade séria provocada por vírus pertencentes à família Parvoviridae, que afeta o sistema gastrointestinal dos filhotes. Essa doença é notória por sua alta capacidade de contágio, sendo disseminada tanto por meio da via oronasal como por fezes contaminadas e objetos infectados no ambiente.
    Após o período de desmame, na fase neonatal, os cãezinhos ficam particularmente vulneráveis à infecção pelo CPV-2, requerendo um manejo nutricional adequado para suprir as suas necessidades energéticas e nutricionais, possibilitando o desenvolvimento de uma imunidade eficaz.
    Ainda que todos os cães estejam suscetíveis à doença, certas raças podem apresentar predisposição genética mais acentuada, como o Pastor Alemão e o Labrador Retriever, entre outras. Portanto, seguir de forma rigorosa o protocolo de vacinação é a maneira mais eficiente de prevenir a parvovirose canina. As vacinas V8 e V10 são recomendadas para a imunização de filhotes contra essa enfermidade, além de outras.
    Ajustar adequadamente o manejo nutricional de acordo com cada estágio de vida do animal é fundamental para atender às suas demandas energéticas e nutricionais.
    Em casos em que o tratamento não é realizado apropriadamente, a doença pode evoluir para quadros mais graves, acarretando em complicações severas, como desequilíbrios hidroeletrolíticos, desidratação grave, desnutrição, infecções secundárias, sepse e, em último caso, o óbito do paciente.
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  4. Cinomose
    A cinomose, uma ameaça significativa para os cãezinhos filhotes, torna-se ainda mais perigosa após o desmame, quando ocorre a diminuição dos anticorpos maternos adquiridos. Apesar disso, é importante ressaltar que a doença pode afetar cães de todas as idades.
    De alta contagiabilidade, essa patologia é instigada por um vírus pertencente à família Paramyxovirus. A infecção ocorre por meio do contato com um cão contaminado ou pela exposição a fezes, urina e outras secreções.
    Inicialmente, o vírus ataca as células de defesa e, posteriormente, se dissemina para os órgãos do animal. Os sistemas digestório, motor, respiratório e urogenital são os mais afetados, induzindo febre, apatia e redução do apetite. O sistema nervoso também pode ser impactado, e os sintomas clínicos costumam se manifestar após 21 dias da variação sistêmica.
    Além disso, a doença se manifesta por meio de outros indícios, como problemas oculares, distúrbios gastrointestinais – resultando em diarreia e vômitos –, pneumonia, lesões cutâneas, entre outros.
    A vacinação contra a cinomose reduz substancialmente o risco de infecção, e medidas preventivas incluem higienização do ambiente com desinfetantes ou alvejantes, bem como a separação de cães contaminados. De evolução rápida e complexa, a cinomose não possui cura.
    Quando os sintomas neurológicos atingem certo nível de lesão, não há retrocesso possível. Logo, independentemente do tratamento adotado ou da capacidade do corpo do animal em conter a propagação do vírus, as lesões resultantes são irreversíveis.
    Além disso, mesmo que o tratamento seja eficaz, cães que tiveram cinomose podem apresentar novos sintomas anos após o episódio. Isso depende da linhagem do vírus, da idade do cão e de sua resposta imunológica. Portanto, o acompanhamento veterinário contínuo é essencial.
  5. Erliquiose
    Conhecida como a “doença do carrapato”, essa enfermidade frequente em cães filhotes é ocasionada por uma bactéria chamada Ehrlichia e é transmitida pelo carrapato marrom, além de poder ser transmitida por meio de transfusão de sangue de um cão infectado para outro saudável.
    Os sintomas principais da doença abarcam apatia, perda de apetite, febre, vômitos, diarreia, sangramento pelo nariz, respiração acelerada, palidez nas mucosas (sinal de anemia) e diversas outras complicações graves que, se não tratadas adequadamente, podem resultar em óbito.
    Felizmente, existe tratamento e ele se baseia na administração oral de medicamentos por, no mínimo, 28 dias. Comprimidos, pipetas e coleiras são ferramentas que auxiliam no controle da doença nos animais, enquanto remédios específicos aplicados regularmente podem prevenir a infecção.
    Em seus estágios iniciais ou na fase subclínica, sintomas inespecíficos podem surgir – daí a importância de acompanhamento regular e realização de exames, a fim de protegê-los das sérias consequências dessa enfermidade.
  6. Dermatite
    A dermatite é uma inflamação na pele que se manifesta por meio de sintomas como coceira intensa, lambedura excessiva, vermelhidão cutânea, descamação, presença de feridas com ou sem pus e até mesmo falhas no pelo, podendo também emitir um odor desagradável.
    As causas desse desconforto podem ser variadas, sendo as dermatites ectoparasitárias, provenientes de infestações por pulgas e carrapatos, e as dermatites atópicas as mais comuns nos consultórios veterinários. Além disso, existem as dermatites causadas por fatores hormonais e alérgicos, como a síndrome de Cushing e as alergias alimentares.
    O tratamento adotado depende do tipo de dermatite identificado e pode envolver ajustes na alimentação, eliminação de substâncias alergênicas, atenção à hidratação do animal e aprimoramento da higiene do ambiente em que vive.
  7. Otite
    A otite é uma condição que afeta as orelhas, tanto a parte externa quanto interna, podendo envolver inflamação e infecção das estruturas auriculares. Em geral, cães e gatos são mais propensos a desenvolver a otite externa, que pode ser desencadeada por fungos, bactérias, alergias e até mesmo pela presença de corpos estranhos.
    Alguns indícios que sinalizam a presença da otite incluem o comportamento incomum de balançar a cabeça, a tendência de coçar repetidamente as orelhas e a relutância em permitir que o tutor toque a região próxima à cabeça ou às orelhas. Além disso, é possível observar sinais de dor, vermelhidão e, frequentemente, secreção ou acúmulo excessivo de cera. Não é incomum também detectar mau odor e lesões, resultantes da tentativa do animal de aliviar o desconforto através do ato de coçar.
    Animais com orelhas grandes, pendulares e revestidas de pelos podem apresentar maior suscetibilidade a essa condição, sendo que a prevenção pode ser realizada por meio da higienização adequada da área. Para o tratamento, são administradas medicações tópicas, aplicadas diretamente no ouvido do animal.
  8. Infecção bacteriana
    Devido à constante exposição a diversos micro-organismos, os animais estão suscetíveis a uma ampla gama de infecções bacterianas. Caso essas infecções não sejam adequadamente diagnosticadas e tratadas, a principal complicação é a disseminação das bactérias pelo corpo, resultando em septicemia, um estado de infecção generalizada que pode levar os órgãos à falência e, consequentemente, resultar na morte do animal.
    Os sintomas clínicos de uma infecção sistêmica tendem a ser abrangentes e inespecíficos, como apatia, perda de apetite, desinteresse por atividades que antes eram agradáveis e sonolência.
    O tratamento de uma infecção bacteriana varia de acordo com sua causa e gravidade, além dos sintomas apresentados. Em geral, envolve a administração de antibióticos e, em alguns casos, pode requerer transfusão de sangue, hospitalização e procedimentos cirúrgicos.
    Alguns casos podem ser prevenidos através de práticas alimentares adequadas, castração ou uso de produtos recomendados pelo veterinário. Em todos os casos, é essencial manter um acompanhamento periódico com profissionais especializados.
    Cuide da saúde do seu filhote
    Seguir rigorosamente o protocolo de vacinação é uma das estratégias mais eficazes para prevenir uma variedade de doenças infecciosas, incluindo importantes zoonoses. Além de oferecer proteção, a vacinação adequada contribui para uma vida longa, saúde e qualidade de vida do animal.
    Além da imunização, existem outros aspectos fundamentais que desempenham um papel crucial na prevenção de doenças em filhotes. Entre eles, destacam-se: o manejo nutricional apropriado; a organização do ambiente para evitar superpopulação de animais e contato com indivíduos não vacinados; a implementação do protocolo de vermifugação conforme orientação do Médico-Veterinário; o controle do acesso do animal à rua; entre outras medidas.

Setembro Vermelho Pet!

Você presta atenção no seu coração do seu amigo de quatro patas? O órgão responsável por bombear sangue é um dos mais importantes do organismo, por isso é imprescindível cuidar da saúde dele. Pensando nisso, foi criado o Setembro Vermelho, uma campanha internacional para conscientizar cada vez mais tutores sobre o assunto.


Assim como nós, os bichinhos precisam desse tipo de cuidado. Afinal, eles também podem desenvolver problemas graves no coração. Você sabia que, de acordo com pesquisas, esse tipo de doença é mais comum em cachorros na fase idosa?
Além disso, dados mostram que problemas cardiovasculares não costumam apresentar muitos sinais clínicos nos gatinhos, ou seja, os sintomas não são visíveis — mais um motivo para prestar atenção nesse assunto, não é mesmo?
Então, continue lendo para saber mais sobre a campanha Setembro Vermelho, conhecendo informações sobre as doenças, os sintomas e os cuidados necessários em relação aos pets.
Quais são as doenças cardíacas mais comuns nos pets?
É importante que todos os tutores busquem conhecimento sobre os principais problemas de saúde que podem afetar os bichinhos. Por isso, vamos compartilhar quais são as doenças cardiovasculares que costumam ser diagnosticadas em cães e gatos.
Garantir uma rotina saudável, com boa alimentação e exercícios físicos, é essencial em todos os sentidos. No entanto, algumas doenças são transmitidas por meio de genes familiares, ou seja, são hereditárias.
Portanto, é muito importante procurar informações sobre o histórico do animal para saber se existe alguma propensão ao desenvolvimento de doenças cardíacas. A campanha Setembro Vermelho existe para cada vez mais tutores adotarem esse tipo de cuidado.
Confira quais são as doenças do coração mais comuns nos pets e conheça os sintomas de cada uma. Veja quais são as formas de preveni-las e entenda como o diagnóstico precoce é importante para o tratamento ser bem-sucedido.
Doenças cardiovasculares em cachorros
Pesquisas indicam que o organismo dos cachorros de pequeno porte é mais propenso à insuficiência da valva mitral. A doença é conhecida por tosse e dificuldade respiratória. A princípio, pode parecer um problema pulmonar, mas, na verdade, está ligada ao coração.
Já nos cães de porte grande, o Setembro Vermelho adverte para a cardiomiopatia. Com este problema, os cachorros ficam com fraqueza e podem desmaiar. Em casos mais graves, a doença pode causar arritmia e provocar o falecimento súbito do animal.
Outra doença sobre a qual você já deve ter ouvido falar é a dirofilariose, mais conhecida como verme do coração. Os principais sintomas são tosse, fraqueza e respiração curta e acelerada. A contração acontece por meio da picada de um mosquito. O tratamento é feito com antiparasitários.
Doenças cardiovasculares em gatos
No caso dos gatinhos, uma das doenças cardiovasculares mais comuns é a Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH). O diagnóstico desse problema no coração pode ser bem difícil, já que os bichanos permanecem sem sintomas por bastante tempo.
Pouco se sabe sobre as causas das doenças, mas especialistas acreditam que a hereditariedade seja uma das principais origens. No geral, todas as raças e idades estão vulneráveis, mas os machos de meia-idade têm mais chances de desencadear o problema.
Como diagnosticar doenças cardiovasculares nos pets?
Como vimos, enquanto algumas doenças geram sintomas perceptíveis, outras não ocasionam sinais clínicos. Por isso, a visita periódica ao veterinário é tão importante para o amigo de quatro patas.
De maneira geral, podemos dizer que, ao identificar sintomas como dificuldade de respirar, apatia, tosse seca e crônica, muito cansaço e desmaios, é hora de levar o animal para uma consulta com um profissional.
Afinal, somente em uma clínica veterinária, é possível realizar os exames que auxiliam no diagnóstico da doença. No caso do coração, a investigação envolve um ecocardiograma, que detecta qualquer problema com agilidade e rapidez.
Como fazer a prevenção de problemas cardíacos nos animais
Em primeiro lugar, realizar consultas de rotina ao veterinário sempre é uma prática recomendada aos tutores. Dessa forma, caso ocorra o desenvolvimento de qualquer tipo de doença, as chances de fazer o diagnóstico precoce são maiores, e o tratamento também possui maior probabilidade de ser bem-sucedido.
Além disso, a campanha Setembro Vermelho recomenda oferecer uma ração de qualidade para a alimentação dos bichinhos, garantindo a absorção dos nutrientes e das vitaminas necessárias para o bom funcionamento do organismo.
Estimular atividades físicas também é imprescindível. Uma rotina sedentária, com poucos exercícios que movimentam o corpo, é prejudicial à saúde de qualquer animal, tanto para gatos quanto para cachorros. Nesse sentido, levar o cãozinho para passear todos os dias faz toda a diferença e beneficia os tutores também.
Para os felinos, vale a pena pensar em inserir algumas prateleiras na decoração da casa ou do apartamento para eles escalarem e exercitarem o corpo diariamente. Com certeza, o investimento vai deixar os bichanos mais entretidos e menos estressados.
Cuidados importantes
Todos os cuidados citados acima são amplamente divulgados pela campanha. Aliás, se seu amigo de quatro patas é idoso, é importante redobrar a atenção. Além da genética, a idade é um fator de risco para doenças cardíacas.
Agora que você já conhece as principais doenças do coração que acometem os pets, preste atenção nos sintomas, faça a prevenção e contribua para a disseminação da campanha Setembro Vermelho. Quanto mais tutores tiverem conhecimento dessas informações, melhor para os bichinhos!

Dia Nacional do Voluntariado: conheça o trabalho do INATAA, que tem os cães e seus tutores como voluntários


Asilos, abrigos, empresas e hospitais estão entre os locais atendidos pelo Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais.


Celebrado em 28 de agosto, o Dia Nacional do Voluntariado tem como objetivo homenagear e incentivar o trabalho altruísta, desenvolvido por inúmeras pessoas que doam seu tempo e habilidades, atuando pelo bem de uma causa escolhida. Diante da relevância da data, empresa brasileira do setor veterinário e parceira de quem cuida, aproveita a ocasião para destacar o relevante trabalho do INATAA – Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais – e o papel do voluntário no projeto.
Atuando em asilos, abrigos, casas de passagem, empresas e hospitais, o INATAA traz em seu corpo de voluntários diversos cães, protagonistas das ações que visam a melhoria da saúde física, emocional e mental das crianças, adultos e idosos presentes nos locais atendidos pelo projeto.
“O apoio a projetos e iniciativas, como as desenvolvidas pelo INATAA, faz parte de nossa filosofia de parceria com instituições que atuam diretamente para a causa animal ou contem com estes animais para o desenvolvimento de trabalhos de grande valor social, como as terapias assistidas. Contribuímos mensalmente com a doação de medicamentos e suplementos que ajudem nos cuidados desses cães, para que estejam saudáveis e aptos ao desenvolvimento das inúmeras ações programadas pelo Instituto”, comenta Cristiano Sá, diretor de marketing e novos negócios da empresa.
De acordo com Cristiane Fraga, médica-veterinária do INATAA, as pessoas dispostas a contribuir com o trabalho voluntário podem desempenhar diferentes atividades, seja auxiliando nas práticas de terapias – tenha o interessado um cão ou não -, ou ainda, na parte administrativa, na formação de novos voluntários, ou como profissional terapeuta. Aos tutores que desejam participar do projeto junto aos seus cães, Cristiane evidencia a necessidade de passar por um processo de seleção, avaliações e treinamentos.
“Os cães que atuarão como coterapeutas passam por um rigoroso processo de seleção e avaliações, pertinentes ao desempenho físico, psicológico e comportamental. Eles precisam ser dóceis, gostar de pessoas e outros cães, afinal, o grande pilar do nosso trabalho é promover o amor incondicional. Da mesma maneira, os tutores desses cães também passam por um processo de formação que os preparam para frequentar os ambientes e lidar com os assistidos que, muitas vezes, estão em estado de fragilidade física e emocional. O acompanhamento por adestradores e profissionais da saúde é contínuo, em cada intervenção”, explica a veterinária.


Cursos e treinamentos
Voltado a profissionais, estudantes e voluntários, o INATAA ministra treinamentos como o Curso Básico de Intervenções Assistidas por Animais, onde são abordados procedimentos, técnicas e prática para o trabalho terapêutico com animais para públicos diversos, para que os interessados se capacitem no desenvolvimento de projetos em educação, atividades e terapias assistidas por animais. O próximo encontro acontecerá em caráter presencial, entre os dias 7 e 10 de setembro, no Hospital Itaci, em São Paulo. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo próprio site do Instituto.
Com sua sede localizada na capital paulista, o INATAA conta com uma série de profissionais e voluntários para os trabalhos de Intervenção Assistida por Animais (IAA), em diferentes modalidades, por exemplo:
• Atividade Assistida por Animais (AAA): uma interação informal planejada, com finalidade motivacional, educacional e recreativa;
• Terapia Assistida por Animais (TAA): um procedimento terapêutico conduzido por profissionais de saúde, para melhora da saúde física, emocional e cognitiva;
• Educação Assistida por Animais (EAA): intervenção planejada, estruturada e com objetivos claros, dirigida ou conduzida por profissionais de educação nas escolas.

Para os interessados em contribuir com o trabalho do INATAA, além do voluntariado, a instituição aceita doações de quantias e de forma automática pelas Notas Fiscais Paulistas, assim como a possibilidade de contribuir adquirindo os produtos Bicho é Terapia, loja online do Instituto. Para mais informações e sobre como ajudar, acesse: www.inataa.org.br .

ONG de Proteção Animal promove campanha para inauguração de nova clínica


Dados de 2018 indicam que São Paulo tem o maior número de favelas do Brasil, com 1.715 ocupações cadastradas pela Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB). Estima-se que elas comportam 391 mil domicílios e mais de dois milhões de moradores, o equivalente a 11% da população da cidade.
Entre 2019 e 2022, a capital paulista ganhou 6.000 domicílios em favelas, segundo o sistema de monitoramento da Prefeitura, sendo que 5.100 dessas residências foram construídas apenas entre 2021 e 2022. São hoje, no total, 1.739 comunidades e 397.054 lares. Não existem dados atualizados sobre a presença de pets nas favelas, mas considerando a proporção do último censo pet do IBGE, em 2019, podemos estimar que o número seja de cerca de 182.000 animais.
A Confraria dos Miados e Latidos, ONG de Proteção Animal certificada como Entidade Ambientalista pela Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo, atua desde 2007 no controle populacional ético de gatos de vida livre – e agora está angariando fundos para a conclusão de uma clínica que oferecerá atendimento clínico e cirúrgico, com manejo catfriendly, de forma gratuita para esses animais que vivem em favelas e ocupações.
“A pressão das doenças zoonóticas sobre a população mais vulnerável é proporcional à quantidade de animais nascendo descontroladamente e sem a prática da posse responsável. Quanto mais animais errantes, sem acesso a programas de castração e vacinação, maior o impacto negativo para a comunidade, que fica mais suscetível a zoonoses, e para os animais, que nascem apenas para conhecer o abandono e sofrimento. Nossa nova clínica pretende minimizar isso”, explica Tatiana Sales, presidente e fundadora da ONG.
A clínica de 100 m2 localizada no bairro da Vila Prudente, Zona Leste da cidade, terá capacidade para realizar procedimentos de esterilização em até 30 gatos por dia. A Presidente da ONG conta mais sobre como será a mecânica de atendimento: “Em um primeiro momento mapearemos as comunidades, avaliando o número e a quantidade de espécies que lá vivem, tanto sob responsabilidade de tutores, em lares, quanto nas ruas e vielas. Após esse cadastramento, nossa equipe investirá na educação humanitária, trabalhando na conscientização das famílias, explicando sobre os procedimentos que serão realizados nos animais e colhendo seu consentimento. No dia agendado, os animais são recolhidos em caixa de transporte apropriada e levados pela equipe da ONG até nosso Centro Cirúrgico. Lá, médicos veterinários especializados farão a castração, com técnica minimamente invasiva que dispensa cuidados pós-operatórios intensivos, e protocolo anestésico moderno e seguro, garantindo que os animais não sentirão dor nem desconforto durante e depois da cirurgia. Após seu retorno da anestesia, monitorados os seus sinais clínicos, plenamente acordados e liberados pela equipe de médicos veterinários, serão devolvidos a suas famílias e comunidades – castrados e vacinados, encerrando assim o ciclo de abandono e impactando positivamente no controle de zoonoses”.
Para colocar em prática o projeto, a instituição está com uma campanha de crowdfunding, com recompensas para pessoas físicas e jurídicas que desejem participar. “A responsabilidade socioambiental é, hoje, pauta prioritária dentro das empresas e até mesmo para pessoas físicas” explica Adriana Tschernev, Diretora Executiva da ONG e responsável pela captação de recursos. “Doando para nossa campanha, os apoiadores farão parte de um projeto com impacto mensurável na Saúde Única das comunidades, abarcando o meio ambiente, as pessoas e os animais. Empresas que contribuírem com a cota MASTER, que cobre as despesas de castração de 30 animais, poderão inserir sua comunicação visual no ambiente da clínica e receber relatório detalhado de Impacto Ambiental”, conclui.

Fazer mudanças com seu Pet: Dicas valiosas para uma transição suave


Ceres Faraco, médica veterinária e especialista em comportamento animal, desenvolveu um passo-a-passo para fazer essa transição de moradias de forma mais harmoniosa


Mudanças podem ser emocionantes, mas também podem ser estressantes, especialmente quando você tem um amigo peludo de quatro patas para cuidar. Para ajudar os amantes de animais a garantir uma transição suave durante uma mudança, Ceres Faraco, médica veterinária e especialista em psicologia e comportamento animal, reuniu algumas dicas valiosas para garantir que seus pets também estejam confortáveis e felizes durante o processo. Confira abaixo:

Planejamento Prévio é Essencial: Assim como você planeja sua mudança com antecedência, reserve um tempo para planejar também a mudança do seu pet. Certifique-se de ter todos os suprimentos essenciais, como ração, água, brinquedos, medicamentos e itens de higiene, à mão.

Introduza a Mudança Gradualmente: Os animais de estimação podem ser sensíveis a mudanças em sua rotina e ambiente. Comece a introduzir caixas, malas e movimentação gradualmente, para que eles se acostumem com os novos elementos.

Mantenha a Rotina: Durante a mudança, tente manter a rotina diária do seu pet o mais consistente possível. Isso inclui horários de alimentação, passeios e brincadeiras. A consistência ajudará a diminuir o estresse.

Crie um Espaço Seguro: Ao chegar ao novo local, crie um espaço seguro e confortável para o seu pet. Coloque sua cama, brinquedos e itens familiares em um canto tranquilo para que ele se sinta em casa mais rapidamente.

Explore o Novo Ambiente Juntos: Assim que se instalarem, explore o novo ambiente junto com o seu pet. Deixe-o explorar cada cômodo com calma e em seu próprio ritmo, recompensando-o com elogios e petiscos.

Atenção e Afeto: Durante a fase de adaptação, seu pet pode precisar de atenção e afeto extras. Reserve tempo para interagir com ele, brincar e acariciar para ajudar a fortalecer os laços e aumentar a sensação de segurança.

Visitas ao Veterinário: Se a mudança envolver viagens longas ou grandes mudanças de clima, considere agendar uma visita ao veterinário para garantir que seu pet esteja saudável e preparado para a transição.

Rotina de Passeios e Exercícios: Continue a manter uma rotina regular de passeios e exercícios para seu pet. Isso não apenas ajuda a liberar energia, mas também mantém a mente do seu pet estimulada.

Atualize Informações de Contato: Não se esqueça de atualizar as informações de contato do seu pet, como microchip e identificação na coleira, para garantir que ele possa ser encontrado caso se perca durante a mudança.

Tenha Paciência: Lembre-se de que a adaptação pode levar tempo e que seu pet pode reagir de maneira diferente à mudança. Tenha paciência e continue a oferecer amor e apoio.

“Mudar com um pet pode ser uma experiência gratificante, desde que seja feito com cuidado e atenção. Ao seguir essas dicas valiosas, você estará no caminho certo para garantir que a transição seja suave tanto para você quanto para seu companheiro peludo. Se possível faça uma consulta com um especialista em comportamento animal que ele poderá te orientar mais individualmente também”, finaliza a Dra. Ceres Faraco.

Para além das capivaras

Juliana Vargas e o gato Farah


Cães e gatos abandonados nas margens do Rio Pinheiros contam com projeto de adoção

Muito se tem falado sobre as capivaras nas margens do Rio Pinheiros e da importância do manejo adequado desses animais silvestres.

Uma empresa do segmento de alimentação pet tem olhado para essa problemática com atenção, atuando em parceria com o Projeto CAPA (Centro de Apoio e Proteção Animal), com especial foco em uma situação alarmante que corre em paralelo: cães e gatos abandonados nas margens do Pinheiros!

“Atuamos para viabilizar o resgate e os cuidados desses cães e gatos errantes, que são tratados, alimentados e encaminhados para adoção responsável”, conta Madalena Spinazzola, presidente do Instituto que é o braço social da empresa, especialista em nutrição de alta qualidade para cães e gatos.

O objetivo da parceria é justamente estender o ótimo trabalho do CAPA para além das capivaras, promovendo o acolhimento de animais abandonados que são achados próximos ao rio em situação de risco e desamparo. “Queremos que eles se recuperem, fiquem saudáveis e ganhem um lar amoroso, por isso garantimos nutrição de alta qualidade até que encontrem tutores por meio da divulgação no perfil do @projeto.capa nas redes sociais”, explica Madalena.

Só este ano já foram destinadas mais de 5 toneladas de alimentos da marca para os cuidados com esses animais, pois uma alimentação de alta qualidade é essencial para a reabilitação da saúde dos resgatados, que muitas vezes são encontrados em estado de desnutrição.

Desde janeiro, 7 gatos e 5 cães foram adotados e ganharam um lar amoroso. E ainda há 43 cães e 16 gatos que aguardam por uma família. “Infelizmente as adoções caíram muito, temos visto isso não só conosco, mas em diversas ONGs amigas”, afirma Mariana Aidar, presidente do CAPA.

Márcio Tomimura e a chow chow Patinha

A chow chow Patinha foi um dos resgates deste ano. Ela estava em estado gravíssimo, mas com os devidos cuidados clínicos e nutricionais resistiu após a amputação de uma pata dianteira. Ainda na clínica, recebeu a visita do Márcio Tomimura, que conheceu sua história através da noiva e se interessou pela cachorrinha guerreira. “Eu disse que se ela demonstrasse algo por mim me candidataria a adotá-la, pois falam que são eles que escolhem o dono e não a gente que escolhe, né? E assim que Patinha me viu, ela latiu. Encarei como um bom sinal, pois disseram que ainda não haviam escutado o latido dela ali”, relata.

Em 1º. de maio Patinha teve alta e ganhou um lar. “Em tão pouco tempo posso falar que foi a melhor decisão da minha vida. Chegar em casa e ser recebido por ela com alegria e bastante carinho não tem preço. É o amor mais verdadeiro que existe, sem dúvida”, diz Márcio, emocionado. Hoje ele segue apoiando o projeto CAPA e recomenda a adoção: “Dê a eles amor, carinho e respeito e terá o retorno em dobro. Eles são incríveis!”, conclui.

Outra história inspiradora é a do gato Farah, adotado por Juliana Vargas e seu marido André Lemes, que costumam pedalar pela ciclofaixa da Marginal Pinheiros. “Sempre víamos aquele grande gato rajado próximo da lanchonete, algumas vezes deitado nas cadeiras, dormindo. Muita gente parava para agradá-lo, pois ele é muito bonzinho, mas a gente pensava na solidão dele ali nas margens do rio à noite”, recorda.

Farah foi internado com sérios problemas respiratórios e, diante desse quadro, viver nas margens do rio sem abrigo já não era uma opção. Juliana ficou sabendo e manifestou interesse em adotá-lo, caso não houvesse outro candidato até a alta. “Tive dúvida se seria o melhor para ele, pois já tínhamos outros quatro gatos e moramos em apartamento, fiquei com receio de ele não se adaptar”, conta. Após quase um mês internado para tratamento respiratório, período em que precisou receber nutrição por sonda, Farah passou a ser o quinto integrante felino no apartamento do casal. Ambientado, saudável e com o peso recuperado, o gato de aparência selvagem – que Juliana descreve como “gato raiz” – agora tem uma vida feliz, sossegada e cheia de amor.

Como gatos se transformaram em animais domésticos ao longo da evolução


Estudos recentes de DNA demonstram que os gatos domésticos de hoje surgiram do gato selvagem africano – especificamente, uma subespécie do norte da África


Por que o gato selvagem africano?
Grandes felinos – como leões, tigres e pumas – são as celebridades que chamam a atenção do mundo felino. Mas, das 41 espécies de felinos selvagens, a maioria tem o tamanho de um gato doméstico.
Poucas pessoas já ouviram falar do gato-depatas-pretas ou do gato-da-baía-de-Bornéu, muito menos do kodkod, oncilla ou gato marmorizado. Claramente, o lado felino da família felina precisa de um agente de relações públicas melhor.
Em teoria, qualquer uma dessas espécies poderia ter sido a progenitora do gato doméstico, mas estudos recentes de DNA demonstram inequivocamente que os gatos domésticos de hoje surgiram do gato selvagem africano – especificamente, a subespécie do norte da África, Felis silvestris lybica.
Dada a profusão de bichinhos, por que foi o gato selvagem norte-africano que deu origem aos nossos companheiros domésticos?
Em suma, era a espécie certa no lugar certo na hora certa. A civilização começou no Crescente Fértil há cerca de 10 mil anos, quando as pessoas se estabeleceram em aldeias e começaram a cultivar alimentos.
Essa área — abrangendo partes do atual Egito, Turquia, Síria, Irã e muito mais — é o lar de inúmeros pequenos felinos, incluindo caracal, serval, gato selvagem e gato-de-areia. Mas, desses, o gato selvagem africano é o que até hoje entra nas aldeias e pode ser encontrado perto dos humanos.
Os gatos selvagens africanos estão entre as espécies felinas mais amigáveis; criados com cuidado, eles podem ser companheiros afetuosos. Em contraste, apesar da atenção mais terna, seu parente próximo, o gato selvagem europeu, torna-se terrivelmente mesquinho.
Dadas essas tendências, é fácil imaginar o que provavelmente aconteceu. As pessoas se acomodaram e começaram a cultivar, armazenando o excesso para os tempos de escassez. Esses celeiros levaram a explosões populacionais de roedores.
Alguns gatos selvagens africanos – aqueles com menos medo de humanos – aproveitaram essa recompensa e começaram a rondar. As pessoas viram o benefício de sua presença e trataram os gatos com gentileza, talvez dando-lhes abrigo ou comida. Os gatos mais ousados entravam em cabanas e talvez se permitissem ser acariciados – os gatinhos são adoráveis! – e, voilà, nasceu o gato doméstico.
Onde exatamente ocorreu a domesticação – se foi um único lugar e não simultaneamente em toda a região – não está claro. Mas pinturas e esculturas de túmulos mostram que, há 3.500 anos, gatos domésticos viviam no Egito.
Análises genéticas – incluindo DNA de múmias de gatos egípcios – e dados arqueológicos mapeiam a diáspora felina. Eles se moveram para o norte através da Europa (e finalmente para a América do Norte), para o sul mais profundamente na África e para o leste até a Ásia. O DNA antigo até demonstra que os vikings desempenharam um papel na disseminação dos felinos por toda parte.

Quais características do gato a domesticação enfatizou?
Os gatos domésticos possuem muitas cores, padrões e texturas de pelo não vistos em gatos selvagens. Algumas raças de gatos têm características físicas distintas, como as pernas curtas dos munchkins, os rostos alongados dos siameses ou a falta de focinho dos persas.
No entanto, muitos domésticos parecem basicamente indistinguíveis dos gatos selvagens. Na verdade, apenas 13 genes foram alterados pela seleção natural durante o processo de domesticação. Por outro lado, quase três vezes mais genes mudaram durante a descendência dos cães dos lobos.
Existem apenas duas maneiras de identificar indiscutivelmente um gato selvagem. Você pode medir o tamanho de seu cérebro – gatos domésticos, como outros animais domésticos, desenvolveram reduções nas partes do cérebro associadas a agressão, medo e reatividade geral. Ou você pode medir o comprimento de seu intestino – mais longo em gatos domésticos para digerir alimentos à base de vegetais fornecidos ou pegos de humanos.
As mudanças evolutivas mais significativas durante a domesticação do gato envolvem seu comportamento. A visão comum de que os gatos domésticos são solitários e distantes não poderia estar mais longe da verdade. Quando muitos gatos domésticos vivem juntos – em locais onde os humanos fornecem grandes quantidades de comida – eles formam grupos sociais muito semelhantes aos bandos de leões.
Compostos por fêmeas aparentadas, esses gatos são muito amigáveis — se aninhando, brincando e deitando um em cima do outro, cuidando dos filhotes uns dos outros, até servindo como parteiras durante o parto.
Para sinalizar intenções amigáveis, um gato que se aproxima levanta sua cauda, uma característica compartilhada com leões e nenhuma outra espécie felina. Como sabe quem já conviveu com um gato, eles também usam essa mensagem de “quero ser amigo” para as pessoas, indicando que nos incluem em seu círculo social.


Evolução de um mestre manipulador
Os gatos domésticos são bastante vocais para seus companheiros humanos, usando diferentes miados para comunicar diferentes mensagens. Ao contrário da exibição de cauda para cima, no entanto, esse não é um exemplo de como eles nos tratam como parte de seu clã. Muito pelo contrário, os gatos raramente miam uns para os outros .
O som desses miados evoluiu durante a domesticação para se comunicar de forma mais eficaz conosco. Os ouvintes classificam o chamado do gato selvagem como mais urgente e exigente (“Mee-O-O-O-O-O-W!”) Em comparação com o do gato doméstico mais agradável (“MEE-ow”).
Os cientistas sugerem que esses sons mais curtos e agudos são mais agradáveis ao nosso sistema auditivo, talvez porque os humanos jovens tenham vozes agudas, e os gatos domésticos evoluíram de acordo para bajular os humanos.

“Cães têm donos, gatos têm funcionários”
Os gatos também manipulam as pessoas com seus ronronados. Quando eles querem alguma coisa – imagine um gato se esfregando em suas pernas na cozinha enquanto você abre uma lata de comida úmida – eles ronronam muito alto. E esse ronronar não é o zumbido agradável de um gato contente, mas um br-rr-oom insistente de motosserra exigindo atenção.
Os cientistas compararam digitalmente as qualidades espectrais dos dois tipos de ronronar e descobriram que a principal diferença é que o ronronar insistente inclui um componente muito semelhante ao som do choro de um bebê humano. As pessoas, é claro, estão inatamente sintonizadas com esse som, e os gatos evoluíram para aproveitar essa sensibilidade e chamar nossa atenção.
Claro, isso não surpreenderá ninguém que já tenha vivido com um gato. Embora os gatos sejam muito treináveis – eles são muito motivados por comida –, eles geralmente nos treinam mais do que nós os treinamos. Como diz o velho ditado, “cães têm donos, gatos têm funcionários”.

A companhia de um animalzinho melhora a qualidade de vida na terceira idade

A companhia de um animalzinho pode auxiliar na prevenção de doenças e melhorar a qualidade de vida na terceira idade
Animais de estimação fazem muita diferença na vida de qualquer pessoa e com os idosos isso se potencializa ainda mais. Nessa fase da vida em que a maioria das pessoas se sente muito só, a presença de um pet é benéfica para a saúde emocional, física e social. Além de fofinhos, eles são companheiros e despertam nas pessoas um sentimento de segurança e fidelidade, afastando a tristeza e despertando sensações de prazer, em simples brincadeiras.
Para coordenadora técnica da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas supervisionadas, Janaína Rosa, são inúmeros os benefícios que a presença dos pets pode proporcionar e ela listou algumas:


Prevenção de doenças
A presença de um animalzinho nessa fase da vida afasta a sensação de solidão, além de auxiliar na prevenção e tratamentos de doenças ou transtornos mentais. “Os bichos preenchem momentos de carência e sensação de vazio, auxiliando diretamente na saúde mental. Algumas pequenas demonstrações de carinho são capazes de ajudar doenças como a depressão e aumentar a sensação de bem-estar e felicidade”, explica a coordenadora.


Aumento de interação social
Muitos idosos vivem longe das famílias e isso causa, muitas vezes, um sentimento de solidão. “A companhia de um cuidador para as atividades rotineiras auxilia muito na interação social, mas quando ela vem acompanhada de outro estímulo isso se potencializa ainda mais. Os cuidados com os animais fazem as pessoas se mexerem, já que precisam passear, brincar e alimentar esses amiguinhos. Nesse sentido, é um estímulo para saírem mais de casa e terem contato com outras pessoas, algo extremamente importante para a saúde emocional e cognitiva nessa fase da vida”, afirma.


Melhora do humor
Cuidar e brincar com um animalzinho pode diminuir muito o estresse e promover maior sensação de bem-estar. “Um simples carinho já estimula o relaxamento e desperta nos idosos a ativação de dopamina e serotonina, responsáveis pelo sentimento de tranquilidade. Essa ação age diretamente na diminuição dos níveis de ansiedade e irritação, trazendo conforto e melhorando o ânimo”, completa Janaína.

Mês do cachorro louco? Não, mês da prevenção à raiva!


Agosto é conhecido como o mês do cachorro louco. Mas, por quê? Existe um motivo lógico e válido? Independentemente das razões, essa fama do oitavo mês do ano chama atenção para uma doença terrível: a raiva. Continue a leitura para entender o porquê de agosto receber esse nome e como a raiva pode ser perigosa não só para os pets, como para os seres humanos também.
Por que agosto é o mês do cachorro louco?
O motivo para agosto ser conhecido como o mês do cachorro louco é que, teoricamente, muitas cadelas entram no cio nessa época. Você já deve ter visto uma delas andando pelas ruas com vários cachorros ao seu redor. Isso pode ocasionar brigas, aumentando as chances de espalhar a raiva.
Essa hipótese do cio se dá devido às condições climáticas, porém não existe nada comprovado. No caso de gatas, o cio sofre interferência da duração da exposição à luz solar. No Brasil, a incidência solar é, praticamente, constante durante todo o ano, fazendo com que tenham o ciclo por muitas vezes ao ano, diferentemente das cadelas, que possuem um ciclo monoestrico, ou seja, 1 cio a cada 6 meses, em média. Esse período pode variar em até 8 meses para cadelas de grande porte.
Correta ou não, a teoria não altera o fato de que, sim, cães podem brigar muito para mostrar quem é o líder e deve copular com a fêmea. E foi assim que agosto ficou conhecido como o mês do cachorro louco. O governo passou a fazer campanhas públicas para conscientizar a população sobre o perigo da raiva e disponibilizar vacinas gratuitas aos pets.
Qual a doença do cachorro louco?
A doença do cachorro louco é a raiva, infecciosa, aguda e mortal, causada pelo vírus do gênero Lyssavirus. Aliás, Lyssa significa loucura em grego. Esse vírus é encontrado em morcegos, que podem contaminar animais silvestres, de produção e pets tanto por mordidas quanto por se tornarem presas (cães e gatos podem comer morcegos). Mesmo sendo poucos casos existentes nos últimos anos, é uma doença muito perigosa, pois causa alterações neurológicas, musculares, sistêmicas (febre e salivação) e leva à morte em pouco tempo.
Por estarem em contato direto com os humanos, cães e gatos são os principais transmissores da raiva para tutores e até pessoas que não têm pets em casa, mas entram em contato com animais em situação de rua.
O vírus passa pela replicação no sistema nervoso central, e parte da população migra para as glândulas salivares. A principal fonte de contaminação são mordidas, mas também ocorre por lambeduras em feridas.
Lembre-se: a doença não é transmitida apenas em agosto. Cães, gatos e humanos podem se contaminar durante todo o ano. Por isso, esteja em constante alerta.
Sintomas do cachorro louco: como a raiva de manifesta
Os sintomas e o tempo em que vão aparecer podem variar de acordo com o local da mordida, mas, em média, podem começar a surgir após 15 dias da contaminação do animal. Os principais sinais são:
• Agressividade;
• Anorexia;
• Ansiedade;
• Apatia;
• Convulsões;
• Desmaios;
• Desorientação;
• Espasmos musculares;
• Falta de coordenação motora;
• Febre;
• Náuseas e vômitos;
• Paralisia;
• Salivação em excesso.

O cão pode não apresentar todos esses sintomas, e é bom ressaltar que cada um desses sinais, separadamente, pode ser observado em outras doenças diversas. Portanto, não deixe de levar seu pet ao veterinário periodicamente.
Mês do cachorro louco: a importância da vacinação
Para você que acha que a doença do cachorro louco tem cura, infelizmente a verdade é que ela é letal em quase todos os casos. Tanto cães quanto gatos diagnosticados com raiva são eutanasiados. Ou seja, o destino do cachorro com raiva é a morte.
A letalidade dessa doença é de aproximadamente 100% em humanos, e os casos dos raros que sobreviveram comprovam que a raiva é muito grave, pois as sequelas são paralisia, surdez e cegueira. O tratamento em humanos é para evitar que o vírus chegue ao sistema nervoso central.
Portanto, a melhor e única forma de prevenção é a vacinação de cães e gatos. Ao fazer isso, é criada uma barreira imunológica que protege os seres humanos de forma indireta. Isso significa que, ao vacinar cães e gatos, você está se protegendo, além de sua família e amigos.
Mas sempre vá em um veterinário para realizar a vacinação. Antes, é preciso verificar se o pet está saudável, sem nenhum problema de saúde. O protocolo vacinal em cães pode começar a partir dos 45 dias de idade, com a vacina múltipla (V8, V10 ou V11) em 3 a 4 doses, com intervalo de 3 a 4 semanas. Após 21 a 30 dias da última dose da vacina múltipla, o imunizante contra raiva deve ser aplicado. As duas têm reforço anual.
Lembre-se: a raiva é uma doença grave e letal tanto em seres humanos quanto animais. Invista na saúde do seu cão e vacine! O mês de agosto é usado para a conscientização, mas você deve acompanhar a saúde do seu pet durante todo ano.
Cuidados no mês do cachorro louco
Como já mencionamos, não é só em agosto que você deve ficar atento(a) à saúde do seu bichinho. Aqui vão algumas dicas de cuidados:
• Pensando nas brigas e aglomerações que os cães fazem quando as fêmeas estão no cio, outros problemas podem surgir, como leishmaniose e lesões em pele, músculo, olhos, boca, orelhas e nariz que, dependendo da gravidade e cronicidade da doença, podem levar a óbito.
• Cachorro na rua sofre e ainda gera problemas de saúde pública. Não abandone os animais!
• Se não consegue manter seu cachorro dentro de casa, castre para que não aumente cada vez mais a população que pode não encontrar um lar.
• Cães podem apresentar os sintomas, porém o diagnóstico só é feito após a morte, por meio de exames feitos de amostras de vários órgãos, incluindo o cérebro.
• Evite mexer em animais com paradeiro e histórico desconhecidos. Isso vale para animais silvestres também.
• Se você entrar em contato ou for mordido por um animal que tenha suspeita de raiva, lave o local da ferida e vá imediatamente a um posto de saúde.
• O acompanhamento veterinário é muito importante para manter a saúde do seu cão em dia.
• Não permita que seu amigo de quatro patas contraia a doença do cachorro louco, mantenha as vacinas em dia!
• Fazendo check-ups periodicamente e observando seu cãozinho, será possível perceber com antecedência se tem algo errado.