Pets sofrem com o mosquito da dengue, que pode transmitir doença cardíaca

O aumento de casos de dengue no Distrito Federal não atinge somente os seres humanos. Os pets, principalmente cães e gatos, também sofrem com o mosquito Aedes aegypti, que é vetor de transmissão da Dirofilaria immitis, parasita que causa a dirofilariose, mais conhecida como verme do coração. Entre os principais sintomas, os animais apresentam moleza no corpo, anemia, problemas cardiológicos, apatia, cansaço ou tosse. Segundo o Serviço Veterinário Público (Hvep), no Parque Lago do Cortado, em Taguatinga Norte, foram confirmados sete casos em janeiro deste ano em animais de estimação.
A veterinária Micaela Albuquerque reconhece a falta de conhecimento por parte da maioria dos tutores, que acabam ficando mal instruídos a essas possibilidades. “É uma doença para a qual precisamos dar mais importância para podermos controlar, prevenir e evitar que vire uma epidemia”, alerta. De acordo com a especialista, uma das alternativas de prevenção é usar medicação via oral própria para pets (vermífugo), mas apenas com indicação de médico veterinário.

Superbactérias x pets: precisamos falar sobre o problema

Acompanho atento as discussões e o temor mundial envolvendo as chamadas superbactérias ou bactérias multirresistentes, que são aquelas que se tornaram resistentes a vários antibióticos. A preocupação é tanta que a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera que a resistência aos antibióticos é hoje uma das maiores ameaças globais, podendo afetar qualquer pessoa, de qualquer idade, em qualquer país, representando um risco para saúde humana e animal, já que dentre as bactérias temos várias que causam infecções em pets e seres humanos.

Nutrição: uma aliada no tratamento dos pets contra o câncer


Nas últimas décadas, os casos de câncer em cães e gatos têm aumentado. Esse crescimento está relacionado a questões multifatoriais, dentre elas o aumento da expectativa de vida associado à predisposição genética
O tratamento para os mais diversos tipos de neoplasias envolve quimioterapia, radioterapia e cirurgia. O cuidado com a nutrição dos pets durante esse período deve ser redobrado para auxiliar na manutenção do bem-estar dos animais. Os pacientes oncológicos precisam de uma ingestão de nutrientes adequados para esta fase, que não favoreçam o crescimento do tumor, que contribuam para uma sobrevida maior, promovendo também mais qualidade de vida.
Algumas alterações metabólicas ocorrem com os pets que apresentam neoplasias, que tendem a alterar a sua condição corporal e, quase sempre, levam a uma perda de massa muscular exagerada, conhecida como caquexia. Em adição à esta condição, alguns dos tratamentos quimioterápicos contribuem com as náuseas e falta de apetite, o que compromete a ingestão alimentar adequada do pet e sua capacidade de realizar suas funções diárias.
“A caquexia é a síndrome mais comum entre os pacientes com câncer, e adequar a nutrição é uma ação fundamental para prevenir ou corrigir as deficiências, minimizar os efeitos adversos do tratamento e auxiliar na recuperação da condição corporal do pet para que ele tenha uma melhora na qualidade de vida durante este período”, explica Tais Motta Fernandes, médica-veterinária.
O processo quimioterápico é debilitante e a alimentação adequada tem uma enorme importância no auxílio para a reabilitação do pet. Nesta fase, algumas adaptações na dieta precisam ser feitas, visto que alguns estudos apontam que as células tumorais utilizam preferencialmente a glicose vinda dos carboidratos para o seu metabolismo – algo que deve ser reduzido durante o tratamento do paciente.
“Normalmente a indicação dietética para os animais que estão em tratamento contra o câncer é de alimentos ricos em gorduras, por possuir uma boa digestibilidade e fornecer elevado teor energético em menor volume, e uma elevação dos níveis de ingestão de proteína, seja para a manutenção da massa muscular ou para reforçar o sistema imunológico do animal”, Tais conta.
De acordo com a profissional, os alimentos úmidos (sachês) podem ser uma importante estratégia para aumentar o interesse do pet para a alimentação por terem boa palatabilidade, especialmente para aqueles que estão apresentando pouco apetite. Porém são ricos em água e, portanto, com menor concentração de energia e nutrientes. Já os animais que mantém o peso ideal e não sofrem grandes mudanças no apetite, as refeições com a alimentação habitual devem ser mantidas, desde que alinhadas com as suas necessidades nutricionais normais.
Os médicos-veterinários responsáveis pelo caso podem investir em estratégias de suplementação alimentar, adicionando Ômega-3 e compostos proteicos com aminoácidos de alto valor biológico, de alta digestibilidade e qualidade, para auxiliar na manutenção nutricional.
A suplementação nutricional é um pilar importante para o tratamento e a manutenção da qualidade de vida dos pets, principalmente nos momentos desafiadores. Atualmente existe uma gama de opções de suplementos que podem ser incorporados como auxiliares no tratamento contra o câncer para os pets mais debilitados, reforçando o aporte de nutrientes essenciais e/ou benéficos ao paciente neoplásico que colaboram para que o organismo do pet tenha condições de superar estes desafios.
“A nutrição é uma aliada na qualidade de vida dos pets, independente da fase pela qual eles estão passando. Em momentos de fragilidade, como um tratamento contra o câncer, poder contar com os nutrientes adequados para nutrir e fortalecer o organismo é essencial para que obstáculo seja superado com êxito e que os tutores possam usufruir da companhia do pet, com saúde e qualidade de vida, por mais um bom tempo”, finaliza.
Toda e qualquer suplementação alimentar deve ser indicada especificamente para cada animal pelo médico-veterinário responsável pelo caso.

Saiba como evitar a intermação em cães, condição grave provocada pelo calor intenso


As ondas de calor intenso afetam a todos nós, humanos, mas é preciso ter uma atenção especial com os cães pois eles podem sofrer com uma condição chamada intermação ou insolação, termo usado para caracterizar o aumento excessivo da temperatura corporal, podendo ultrapassar 40oC.
“Embora os cães tenham glândulas sudoríparas nas patas, elas pouco auxiliam a regular a temperatura e, por isso, é importante lembrar que os cães, diferentemente das pessoas, não transpiram para dissipar o calor excessivo. Eles dissipam o calor por meio da respiração, ficando ofegantes. No entanto, isso pode não ser o suficiente para controlar o superaquecimento e baixar a temperatura”, explica Tatiana L. R. Pavan, médica veterinária de uma empresa referência no desenvolvimento e para a saúde e bem-estar de animais de companhia e de produção.


Entre os principais sintomas da intermação estão o batimento cardíaco acelerado, cansaço, fraqueza, indisposição, inquietude, hipersalivação, respiração mais ofegante que o normal e, em casos mais graves, vômitos, urina com coloração mais escura, edema pulmonar, parada cardíaca e até coma e morte.

Dicas da empresa para o bem-estar dos animais nesse calor extremo:

  1. Mantenha o animal em local com sombra e circulação de ar constante;
  2. Nunca deixe o animal sozinho dentro do carro;
  3. Evite atividades físicas nos horários mais quentes e para os passeios, escolha períodos mais frescos do dia;
  4. Forneça água fresca à vontade: coloque diversos potes de água para que o pet tenha mais estímulo para se hidratar. Em caso de passeio, leve água com você.
  5. Troque a água das vasilhas com frequência para garantir que esteja sempre fresca e limpa (vale colocar alguns cubos de gelo nos potes)
  6. Ofereça frutas, como melancia e banana congeladas
  7. Ofereça brinquedos e petiscos gelados para que o cão possa se refrescar e se divertir ao mesmo tempo
  8. Permita que seu pet se refresque com um banho frio, deixe que ele brinque na água para espantar o calor.
  9. Redobre a atenção com cães de raças que tem subpelos como Akita, Pequinês, Collie, Chow Chow, Husky Siberiano, Samoieda e Lulu da Pomerânia. Eles têm mais dificuldade em dissipar o calor e ficam mais suscetíveis à insolação.
    Segundo Tatiana, a intermação é menos frequente em gatos, mas não devido a uma condição fisiológica privilegiada, mas por não passearem tanto nas ruas. “Os gatos são menos predispostos à insolação, mas é importante fornecer água fresca à vontade e se certificar de que o animal está em local de sombra e bem arejado”, pontua.
    A profissional destaca ainda que é fundamental levar o pet para consultas regulares com um médico-veterinário de confiança e, caso o tutor note alguma alteração no comportamento do animal ou um dos sintomas acima descritos, ele deve buscar o atendimento veterinário o quanto antes.
    Outro alerta que Tatiana faz é sobre a prevenção aos parasitas mais comuns do calor, como os carrapatos e pulgas. “Além do desconforto provocado pela coceira intensa, os carrapatos e pulgas podem transmitir doenças graves e potencialmente fatais, inclusive aos humanos”, frisa.

Banhos excessivos no calor fazem mal para a pele dos cães?

Com o excesso de calor, é comum aumentar a frequência de banhos nos Pets. Mas, será que esse excesso faz mal para a pele dos cães?

Segundo a Dra. Fernanda Binati, médica veterinária, os banhos excessivos nos cães podem ser prejudiciais, pois podem causar alguns efeitos como alteração na produção de sebo, e descamação exacerbada que são benéficos para a saúde da pele e pelagem do animal.

O banho é indicado para limpeza da pele e pelagem do animal, quando ele se apresenta com muitas sujidades. A limpeza é então necessária para saúde do pet. A melhor frequência de banhos é 1x ao mês, não sendo influenciado pelo porte e tamanho da pelagem.

“O excesso de calor pode causar algumas alterações. Se o clima estiver muito úmido favorece a proliferação de fungos e ácaros. Porém, o tamanho dos pelos não influencia no calor, ele favorece na proteção da pele nesta época do ano, quando principalmente os raios solares são prejudiciais e mais intensos”, explica a médica veterinária.

Para o banho em casa, a dica é apostar sempre em produtos de uso veterinário, de marcas mais conceituadas no mercado, e com menos aditivos químicos em sua composição.

A Dra. Fernanda Binati ainda alerta que o uso do secador muito quente pode causar danos na pele do seu pet, e favorece o aparecimento de dermatites. Recomenda-se retirar o excesso de água com uma toalha e finalizar no secador em temperatura morna.

“Procure oferecer água constantemente em dias muito quentes, além de um ambiente com ventiladores que deixam o ar menos quente. Uma dica é colocar água gelada nos coxins (almofadinhas) dos pets, pois é um local de termorregulação, além de oferecer petiscos congelados. Isso irá ajudar bastante seu pet nestes dias de calor extremo”, sugere.

Mais comum do que se imagina


Desmistificando a quimioterapia em pets: conheça 9 mitos e verdades sobre a quimioterapia em pets.


Quando a palavra “quimioterapia” surge, é comum associá-la a um tratamento agressivo e doloroso. No entanto, quando se trata de pets, essa terapia pode ser menos invasiva do que se imagina. A quimioterapia para pets tem se mostrado uma opção eficaz e segura no combate ao câncer, oferecendo esperança renovada aos tutores que enfrentam essa difícil jornada.
A Oncologista Veterinária do grupo hospitalar Pet Support, Raquel Michaelsen, esclarece: “Nossos protocolos são cuidadosamente elaborados para garantir eficácia no tratamento e bem-estar ao animal. Levamos em consideração a idade, raça e condição física do pet, proporcionando uma terapia menos agressiva e mais tolerável.”
Com a abordagem adequada e o cuidado especializado, é possível desmistificar o tratamento e proporcionar qualidade de vida aos pets durante todo o processo. “Hoje todos os esforços são para manter a qualidade de vida dos animais de estimação”, afirma a médica veterinária oncologista Raquel Michaelsen.


1: A quimioterapia em pets é dolorosa para o animal?
Resposta: Mito. A quimioterapia em animais é geralmente bem tolerada e não causa dor significativa. Os veterinários utilizam protocolos específicos para minimizar os efeitos colaterais.


2: A quimioterapia em pets é igual à quimioterapia em humanos? Resposta: Mito. Embora existam semelhanças, os protocolos de quimioterapia em animais são adaptados às suas necessidades e são frequentemente menos agressivos do que os utilizados em humanos.


3: Animais de estimação perdem o pelo durante a quimioterapia? Resposta: Nem sempre. A perda de pelo é um efeito colateral comum mas nos animais em menor escala.


4: Animais de estimação podem ter uma boa qualidade de vida durante a quimioterapia?
Resposta: Verdade. Muitos animais continuam a ter uma boa qualidade de vida durante o tratamento e podem manter suas atividades normais.


5: Quimioterapia em pets é sempre curativa?
Resposta: Mito. A quimioterapia em animais pode ser curativa em alguns casos, mas em outros, é usada para controlar o câncer e melhorar a qualidade de vida.


6: Animais de estimação com câncer não podem receber quimioterapia se forem idosos?
Resposta: Mito. A idade avançada por si só não é uma contraindicação para a quimioterapia em pets. O estado geral de saúde do animal é mais importante.


7: Todos os tipos de câncer em animais de estimação podem ser tratados com quimioterapia?
Resposta: Mito. A eficácia da quimioterapia depende do tipo e estágio do câncer. Alguns tipos de câncer respondem melhor do que outros.


8: A quimioterapia em pets causa náuseas e vômitos? Resposta: Verdade. Alguns animais podem experimentar náuseas e vômitos, mas os veterinários podem prescrever medicamentos para controlar esses efeitos colaterais.


9: Animais de estimação podem viver por muitos anos após a quimioterapia?
Resposta: Verdade. Em muitos casos, animais que passam pela quimioterapia têm uma sobrevida significativa e uma boa qualidade de vida por vários anos.


Outubro Rosa
Aderindo a campanha Outubro Rosa, a Onco Support está realizando atendimentos ao longo do mês de outubro, alertando sobre o câncer de mama. A atividade gratuita, que realiza check-up nas mamas dos pets, acontece na Rua Vítor Hugo, 137, Petrópolis, em Porto Alegre – RS.

Posso dar calmante para o meu pet?

Dar calmante para cachorro pode ser essencial em certas situações, seja em viagens, procedimentos médicos, ou para lidar com ansiedade e estresse do animal. No entanto, como qualquer medicamento, os calmantes possuem potenciais riscos.
Toda e qualquer medicação só deve ser dada aos animais de estimação com prescrição médica de um veterinário, e com o calmante não é diferente. Uma dose errada pode acabar dopando o pet, gerar graves problemas de saúde e até levar à morte.
“Dar medicamentos a pets, principalmente calmantes, requer muito cuidado e conhecimento de um profissional. Caso seu animal vá passar por alguma situação de estresse ou que precise de qualquer tipo de ajuda, é importante que, antes de tudo, o tutor procure um médico veterinário para obter a melhor orientação sobre a medicação”, aconselha Simone Cordeiro, diretora-comercial de operadora de plano de saúde para pets, pioneira no país.
Simone explica, ainda, que a administração errada do medicamento e da dosagem pode causar algumas alterações clínicas no animal como mudanças de comportamento, falta de coordenação, hipotensão, sonolência excessiva e, em alguns casos, reações gastrointestinais, como vômito ou diarreia.
Em todas as situações, o médico-veterinário irá avaliar a necessidade de dar ou não medicação ao pet. Porém, dependendo do caso, também podem existir outras maneiras de lidar com o problema apresentado, sem que seja preciso usar medicamento.
“Atualmente, já existem opções menos fortes para o organismo, mas ainda eficazes, que podem ser oferecidas a animais ansiosos. O uso de fitoterápico, feromônio, homeopatia e floral podem ser boas opções, caso seja recomendado pelo profissional”, conta Simone.

Fique atento aos sinais: como identificar que o cão está ficando cego


Especialista alerta que a consulta anual com o médico veterinário oftalmologista pode reduzir o risco da perda de visão nos pets

É muito comum ouvir falar que um cachorro idoso está ficando cego. Isso porque, infelizmente, cães e gatos frequentemente estão sujeitos a sofrer com diversos problemas de saúde que também afetam os seres humanos. E no caso da cegueira em cachorro não é diferente.

A diferença é que os pets com problemas na visão possuem o olfato e a audição mais aguçados. Entretanto, esses fatores não diminuem o tamanho da complicação no companheiro, por isso, é importante conhecer as principais causas e sintomas da cegueira, já que, em muitos casos, ela pode ter cura, garantindo maior qualidade de vida aos bichinhos.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a melhorar a qualidade de vida do cão e minimizar os impactos da perda de visão. Com o tempo, muitos cães se adaptam bem à cegueira e podem continuar a levar uma vida feliz e ativa com o apoio e os cuidados adequados do dono. O médico veterinário, Dr. Luiz Fernando, disserta sobre os tratamentos disponíveis para esses casos. “O glaucoma e a catarata têm tratamento cirúrgico, já o olho seco e uveítes têm tratamento com colírios”, afirma.

Luiz Fernando ainda pontua dizendo sobre os exames e testes realizados para confirmar a perda de visão no pet. “Realizamos testes simples na consulta com seguir objetos e teste de ameaça com a mão em direção ao olhos. Em seguida efetuamos exames de fundo de olho com oftalmoscópio e se necessário exames mais apurados como a eletrorretinografia e ultrassom ocular”, completa.

Relação entre a genética e a cegueira canina

É importante salientar que nem todos os casos de perda de visão em cães são de natureza genética. A cegueira também pode ser causada por lesões, infecções, envelhecimento e outras condições não genéticas

Mas, a questão genética é muito importante pois doenças como glaucoma e atrofia de retina são de caráter genérico. “O exame oftalmológico de rotina anual ainda é a melhor opção. Infelizmente ainda não temos testes laboratoriais no Brasil para detectar essas doenças”, explica o médico veterinário.

Como perceber a perda da visão nos cães

• Começar a topar com objetos da casa que sempre estiveram no mesmo lugar;
• Errar os degraus da escada;
• Estranhar as pessoas da casa;
• Como a visão fica embaçada ele pode começar a esfregar os olhos nos móveis, como se estivesse com coceira nos olhos;
• Presença de secreção nos olhos;
• Mudanças de comportamento;
• Apatia ou relutância em ficar com os outros animais da casa;
• Mudança na cor dos olhos do cachorro;
• Olhos vermelhos;
• Aumento do globo ocular;
• Insegurança em ambientes novos.

Fonte: Luiz Fernando, médico veterinário na Clínica Veterinária Professor Israel.

Médico-veterinário relaciona 10 dicas de cuidados com alimentação e ingestão de água para os pets

Com a chegada da onda de calor, a previsão é que as temperaturas, que já estão bastante elevadas, subam ainda mais. Por isso, alguns cuidados devem ser redobrados pelos tutores quando o assunto é a alimentação e hidratação dos pets. Um desses cuidados consiste no fornecimento adequado de água, levando em conta as particularidades dos cães e dos gatos.

Os cães, por exemplo, regulam a temperatura de seu corpo por meio da ofegação, o que faz com que percam uma considerável quantidade de água. Por isso, seu consumo hídrico deve ser maior nos dias mais quentes. Os gatos, por sua vez, são descendentes de animais que viviam no deserto e como reflexo, ainda hoje bebem pouca água voluntariamente, mesmo no calor. Por isso, os felinos necessitam de estímulo constante para maior ingestão hídrica.

Outro ponto a ser considerado é que o calor pode levar à diminuição do apetite. Além disso, cuidados redobrados devem ser tomados em relação à conservação do alimento, tanto o armazenado quanto o que ficará disponível no comedouro, pois nessa temporada, além da alta temperatura e umidade, ocorre maior proliferação de insetos transmissores de doenças, como moscas, formigas e baratas, e outras pragas que contaminam os alimentos e que são atraídos pela ração.

O médico-veterinário Gustavo Quirino, que atua na capacitação técnica de nutrição de cães e gatos na Adimax, selecionou 10 dicas para cuidados com os pets no calor. Seguindo essas dicas o tutor estará proporcionando saúde, bem-estar e qualidade de vida ao seu pet!

  1. Mantenha o bebedouro e o comedouro em ambiente tranquilo, fresco, livre da luz solar direta e da possibilidade de pegar chuva;
  2. Tenha mais de um bebedouro espalhado pela casa, tanto para os cães quanto para os gatos, pois isso estimula a ingestão de água;
  3. Quando possível, prefira fontes de água (principalmente para gatos), pois eles dão preferência por água fresca e corrente, estimulando, assim, o consumo;
  4. Lave e troque a água do bebedouro do animal pelo menos uma vez ao dia; podem ser adicionadas pedras de gelo no bebedouro;
  5. Procure reorganizar os horários de alimentação para os períodos mais frescos do dia (manhã e noite); se viajar, leve a alimentação que seu pet já está acostumado. Nunca faça trocas bruscas;
  6. Evite deixar sobras de alimentos no pote para evitar atrair insetos e também para evitar que o alimento se deteriore pela exposição prolongada. Além disso, a exposição longa promove perda do aroma, crocância e sabor, diminuindo a aceitação;
  7. Adicione alimentos úmidos na dieta, como os sachês, que colaboram para a ingestão hídrica. Estes alimentos podem ainda ser misturados com água e colocados em formas de gelo, e oferecidos ao pet como “sorvete”;
  8. Sempre que sair para passeios mais longos ou se o pet for te acompanhar na rotina, jamais esqueça de levar seu bebedouro e uma garrafinha com água para ir oferecendo;
  9. Na loja, verifique se o pacote do alimento a ser adquirido não apresenta pequenos furos ou até pequenos rasgos, que podem ter sido porta de entrada para insetos, bem como observe se nas dobras não existem pequenos pontos brancos ou “teias” que podem indicar contaminação do alimento por insetos;
  10. Em casa, se optar por manter o produto na embalagem original, garanta que estará bem fechada e vedada, longe do chão e de paredes. Se for utilizar um recipiente para guardar, ele deve ser bem vedado, limpo, seco e proteger o alimento da luz. Independentemente da escolha, o alimento deve ser sempre guardado em ambiente seco, ao abrigo da luz e longe de produtos químicos. E muito importante: não se esqueça de guardar a embalagem original para uma eventual necessidade de contato com o fabricante.