Cabra da Pet


As histórias de abandono de animais são muitas. Os relatos e pedidos de ajuda permeiam a internet, a maioria delas envolvendo cães e gatos. Mas, o fato é que os maus tratos não se restringem a uma ou outra espécie, pelo contrário, são mais comuns do que imaginamos. Uma dessas histórias, por exemplo, é a da cabra Talita, abandonada na Ilha dos Marinheiros, na região do arquipélago, em Porto Alegre (RS), com lesões tão graves que a impediam de andar.

O resgate
Em dezembro de 2020, um morador do local pediu ajuda a uma ONG para efetuar o resgate da cabra, mas como a organização era voltada apenas para cães e gatos, não teve condições de atender o chamado. No entanto, na intenção de minimizar o sofrimento do animal, ofereceu um médico veterinário para realizar a eutanásia, uma vez que o estado era bastante crítico. Mas, o que rumava para um triste final de vida, teve sua primeira reviravolta: um grupo de voluntários conseguiu removê-la do local e a internou em um pet shop. Foi lá onde ela recebeu os primeiros cuidados e suplementos, mas ainda sem conseguir reagir ou mesmo se levantar.


O primeiro encontro
Mesmo internada, Talita não apresentava melhoras. A situação inusitada, no entanto, chegou aos ouvidos da advogada Denise Schiaffino Bronichaki, que quis logo conhecer a cabra. “Pedi para vê-la e percebi seu olhar distante, sua aparência abatida, muito magra. Mas, na mesma época, 30 gatos precisaram ser encaminhados para o mesmo pet shop e eu sabia que ela demandava uma atenção maior. Foi nesse momento que sugeri ao proprietário do local que a deixasse passar um fim de semana comigo para ver não só se ela reagiria, mas também para que ele pudesse se dedicar aos felinos”, conta Denise.
A verdade é que Denise agiu no impulso e confessa que não sabia bem como cuidar de Talita, mas seguiu seu coração e a levou para casa mesmo assim. “Desta forma, no último sábado de janeiro de 2021, a cabra veio para minha casa, de maca. Ela tinha escaras profundas por conta do tempo imóvel deitada, sem nenhum tônus muscular e com pouquíssima disposição para se alimentar”, se emociona a tutora.


Uma longa trajetória
Apesar de não saber muito bem como lidar com as demandas do animal, Denise foi pesquisar sobre a espécie, entender do que se alimentavam, passou a testar vegetais e descobriu algo interessante: Talita ama comer maçãs e cenouras. “Não foi fácil, eu precisava mudar a posição dela a cada duas ou três horas, trocava os curativos duas vezes por dia, higienizava o local onde ela ficava diversas vezes ao dia para que urina e fezes não infectassem as feridas…”, descreve.
Uma das primeiras visitas que Talita recebeu na casa nova foi de um casal de fisioterapeutas, amigos de Denise, que notaram que não havia sinais de dano medular e, por isso, as chances da cabra voltar a andar eram promissoras. “Comecei uma busca intensa por veterinários, mas todos me diziam não atender caprinos. Foram diversas tentativas e um longo processo”.
Denise se dedicou a estudar, pesquisar formas de manter a cabra em pé, mas não conseguia fazer com que ela ficasse em tal posição ou exercitar sua coordenação motora. “Cheguei a fazer algumas tentativas com cordas e espumas, seus períodos em pé começaram a aumentar, mas não bastava, precisava fazer algum exercício”, conta.
Enquanto fazia tentativas e buscava a melhor maneira de ajudar Talita, a nova tutora lembrou de uma ocasião em que salvou uma pomba de um de seus gatos, mas que tinha ficado com problemas neurológicos. “Nessa ocasião, conheci a Dra. Vanessa Kopp e pensei que se ela havia cuidado da pombinha, cuidaria da cabritinha. Não a encontrei nas redes sociais, mas nas buscas conheci a Mundo à Parte”.


O começo da recuperação
Em fevereiro de 2021, Denise colocou Talita no carro e seguiu por 13km com o animal dentro do carro, berrando e gerando curiosidade por quem passava perto do veículo. “Quando chegamos na Mundo à Parte, fomos recepcionados por um grupo de veterinários empolgados com a nova paciente e quando entrei na clínica tive uma grata surpresa: a veterinária era a mesma Dra. Vanessa que havia me ajudado tempos atrás”.
Após fazer alguns testes, a veterinária indicou fisioterapia combinada com outros tratamentos. A recuperação estava cada vez mais próxima, mas ainda havia a questão de como custear todo o processo. Denise, advogada autônoma, em meio à pandemia, não sabia bem como conseguiria arcar com as despesas. “Passados dois dias desse primeiro encontro com a Dra. Vanessa, ela me ligou com uma notícia mais que positiva, os proprietários da clínica ficaram sensibilizados com a história e conseguimos um pacote de 14 sessões para que a Talita pudesse ficar bem”.


Tratamentos combinados
Segundo a Dra. Vanesa, as sessões de fisioterapia pelas quais Talita passou combinavam técnicas de acupuntura, laser, magnetoterapia, esteira aquática e diversos exercícios. “Com as sessões e o cuidado que recebia em casa, depois de seis meses, a Talita começou a dar seus primeiros passos e, hoje, só nos dá alegria”, comenta.


Um “quase final” feliz
Depois de tanto sofrimento e abandono, Talita agora tem um lar junto à Denise e seus outros bichinhos de estimação. Ela caminha com dificuldade e consegue se deitar sozinha, mas ainda requer ajuda para levantar. “Na cama dela, além do tatame, travesseiro e cobertores, também ficam tapetes higiênicos durante à noite. Ela sente bastante frio e, por isso, no inverno ganha roupinhas. Ela já não é bicho do campo faz tempo. Ela é um pet”.
A história da Talita ainda não se encerrou, ela precisa continuar o tratamento, já que ela também desenvolveu alguns problemas nos cascos por conta do piso em cerâmica. “Ela precisa de um local com piso natural. Penso que um dia ela poderá ser adotada por alguém que a cuide e ame muito, mas em um local menos urbano. Para isso, ela precisa ser independente para deitar e levantar quando quiser”, diz a tutora.
Pensar numa possível despedida não é fácil, mas Denise acredita que apesar de todo o amor que as uniu, é melhor que a cabritinha viva em um local maior, com mais verde. “Ela merece morar num sítio ou algo semelhante. Eu guardarei minha dor de separação, mas sei que será para o bem dela e vou comemorar que ela terá marcado o ponto final no placar da vitória”, finaliza emocionada.

Nem todo passeio pode fazer bem para o pet


Caso os tutores não sejam cautelosos, o passeio pode se tornar uma verdadeira cilada


Não há dúvidas, o passeio diário é fundamental para a saúde física e emocional do animal de estimação, porém, alguns locais ou simples caminhadas podem esconder alguns perigos para animais mais vulneráveis.
As médicas veterinárias da rede de hospitais WeVets – Giovanna Jurado e Luísa Rocchi, listaram os principais perigos e como garantir que todos divirtam-se em segurança.

  • Altas temperaturas proliferam parasitas;
    Já é sabido que o calor contribuiu com a proliferação de ectoparasitas (pulgas e carrapatos). Por essa razão, para garantir a saúde do animal é muito importante manter a imunização em dia, caso haja algum tipo de contato com bactérias causadoras de zoonoses. De acordo com a dra. Giovana, as principais vacinas são: V10, que protege o animal da Cinomose; Parvovirose; Coronavirose; Hepatite Infecciosa Canina; Adenovirose; Leptospirose Canina, etc. Além da anti-rábica, vacina de giárdia e Leishmaniose.
  • Riscos da exposição ao calor ou frio intenso;
    A dra. Luísa, alerta sobre a exposição ao calor ou frio extremo. Durante as altas temperaturas é muito importante se atentar aos horários dos passeios, uma vez que a temperatura do ambiente e do chão, principalmente asfalto, pode queimar as patinhas, que não são preparadas para resistir a superfícies quentes, além de sofrerem com quedas bruscas de pressão por conta do calor. “As patinhas dos cães não são resistentes ao calor e em contato com solos quentes sofrem com queimaduras. O ideal é programar os passeios para início da manhã ou fim de tarde e noite” – alerta a veterinária.
    Já as temperaturas mais baixas provocam mudanças fisiológicas importantes no animal e ao contrário do calor, o ideal é optar por passeios no período da tarde, entre 10h e 15h, quando a o frio dá uma trégua. A exposição em horários de queda de temperatura pode causar gripes, resfriados, entre outros problemas de saúde de animais com pré-disposição.
  • Atenção aos itens de Segurança;
    Todo tutor adora ver seu pet livre para correr e brincar, porém, existem lugares apropriados para isso. Em grandes cidades, é extremamente importante que o animal ande sempre com coleiras de identificação, guias e em alguns casos focinheiras para proteção dele e dos demais. “Sugerimos sempre os peitorais, que devem ser resistentes e confortáveis, e sempre com a placa de identificação” – indica Giovanna.
    Já Luíza alerta sobre os riscos externos, como carros, bicicletas e até o convívio com outros animais. “É natural que o animal disperse durante o passeio. Nestes casos é comum que outras coisas tirem sua atenção, por isso, estar preso ao tutor evita escapadas que podem ser fatais” – comenta.
    Além disso, os animais que não são tão sociaiveis assim, também precisam do seu momento de descontração e nestes casos o mais indicado é que o animal use focinheira, garantindo a segurança dele e dos demais.
    Por fim, as veterinárias afirmam que os passeios são de extrema importância e devem ser feitos regularmente. Com todos os cuidados, a prática só tornará o animal mais feliz e mais saudável, além de estreitar a relação com seu dono. E reforçam que nem todo lugar é apropriado para levar o cão, alguns ambientes com som alto, aglomerações e muito fechados, podem estressar o animal. “É obrigação do tutor preocupar-se com a higiene do animal, oferecer água fresca em todos os passeios e respeitar os limites do animal’ – finalizam.

Novembro Azul Pet Orienta Sobre Câncer De Próstata Em Cães


O mês de Outubro ficou todo pintado de rosa para a conscientização do câncer de mama em mulheres e, também, nas cadelas e gatas, no chamado Outubro Rosa Pet. Já em novembro, muda-se a cor e o personagem, mas a orientação se mantém a mesma, conscientizar os homens sobre os riscos e prevenção do câncer de próstata, estimulando o autoexame e autocuidado na população masculina.

O Novembro Azul Pet, em paralelo à campanha de conscientização do câncer de próstata nos homens, traz a conscientização dos tutores em relação ao câncer de próstata e a importância dos exames em cães. De acordo com Doutor Carlos Eduardo Rocha, especialista em Oncologia e professor do Instituto Qualittas, a próstata pode sofrer alterações, devido aos hormônios, e acarretar em câncer. Não há estudos que indiquem a idade mais comum para o desenvolvimento do câncer nos cães, porém observa-se que animais maduros, com idade superior aos 8 anos, podem já apresentar o câncer de próstata.

Um primeiro passo para diagnosticar a doença ainda é a partir de exames de rotina e, embora não seja ainda muito comum na medicina veterinária, segundo o especialista Carlos Eduardo, o exame de toque retal deve ser realizado com frequência, a partir dos 5 anos de idade do animal, mesmo ele sendo castrado. Mas também é possível desconfiar que há algo errado quando notar tenesmo (esforço improdutivo e repetido de defecação) e disquezia (defecação dolorosa), estrangúria, dor, anormalidade na marcha e perda de peso. “É possível notar, também, durante a palpação, que a próstata se encontra aumentada e irregular, com consistência mais firme que o normal”, diz. Por isso, se o tutor notar algum desses indícios, deve encaminhar o animal até um médico-veterinário.

Professor Carlos Eduardo orienta, ainda, que o diagnóstico destas afecções baseia-se nos sinais clínicos, na palpação retal, nos exames radiográfico e ultrassonográfico, bem como nos exames citológico e histológico. E o tratamento recomendado é a remoção cirúrgica da próstata, associado a quimioterapia e radioterapia.

Entenda a Doença
A próstata é a única glândula sexual acessória do cão e gato e, dentre as prostatopatias, a hiperplasia prostática benigna, as prostatites, os cistos prostáticos, abscessos e as neoplasias podem estar presentes.
Ao contrário da hiperplasia prostática, os tumores prostáticos não são hormônios-dependentes, pois cães castrados têm o mesmo risco de desenvolvimento das neoplasias prostáticas quando comparados com cães não castrados.
Tumores prostáticos podem se originar do tecido epitelial, do tecido muscular liso ou de estruturas vasculares, sendo alterações incomuns em cães e raras em gatos. Já o adenocarcinoma é a neoplasia mais comum na próstata de cães, que acometem os animais com média de 10 anos de idade. São localmente invasivos, com capacidade de fazer metástase rápida, principalmente para linfonodos regionais, pulmões e ossos.

Copa do Mundo e fogos: o que fazer com seu cão na hora do barulho?


Geneticista e consultora em bem-estar e comportamento canino explica como melhorar a situação para animais que sofrem com fobia

Novembro, mês de Copa do Mundo em 2022. Junto às comemorações, vêm, também, os fogos de artifício – e quem sofre, muitas vezes, são os cães.

Segundo Camilli Chamone, geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino, editora de todas as mídias sociais “Seu Buldogue Francês” e criadora da metodologia neuro compatível de educação para cães no Brasil, assim como os humanos, os cachorros também podem sofrer de fobias por vários motivos, como som de fogos.

“No cão, o quadro fóbico equivale a uma crise de síndrome do pânico em humanos. Ou seja, ele se vê em uma situação de risco de morte eminente e sua segurança ameaçada. Com isso, ocorre um disparo muito intenso de adrenalina em seu corpo, pela sensação de estar em perigo”, explica.

Neste quadro, começam os comportamentos compensatórios – e até perigosos. “É comum ficar embaixo da cama ou outro lugar para se sentir seguro. Também pode se automutilar, machucar alguma parte do corpo, e destruir a casa, para amenizar a intensa ansiedade. A adrenalina também o faz querer fugir, e aí vem um perigo ainda maior: arranhar portas, a ponto de perder as unhas com isso; ou quebrar vidros e pular janelas, causando fugas e acidentes – até fatais”, exemplifica Chamone.

Camilli Chamone

Habituação
Se o seu cãozinho ainda é filhote, ou mesmo adulto, e não tem medo de fogos de artifício, é importante, mesmo assim, prepará-lo para lidar com esses barulhos. Assim, a chance de se tornar fóbico diminui, pois o medo de fogos é aprendido e pode surgir a qualquer momento na vida do cachorro.

Por isso, uma ideia é habituar o animal a estes barulhos com antecedência. “É possível colocar som de fogos, por exemplo, encontrados na Internet, e fazer companhia a ele. Se permanecer tranquilo, aumente o som e vá fazendo suas atividades normalmente. Se ele ficar desconfortável, abaixe o som e depois aumente gradativamente, fazendo o treino por vários dias. Isso ajuda a naturalizar o barulho”, enfatiza Chamone.

E, quando o som dos fogos começar para valer, em dia de jogo, a geneticista recomenda pegá-lo no colo (se possível e se ele gostar), além de fazer carinho, brincar ou dar comida. “A ideia é redirecionar a atenção dele para algo bom, para que não ocorra uma associação negativa com o barulho. Assim, aquela experiência é transformada em algo positivo”, sugere a geneticista.

Amenizando a fobia
Porém, se o seu cachorro já é fóbico ao barulho de fogos, tenha em mente que ele já está em um alto grau de sofrimento. “Os comportamentos inadequados, diante de um quadro de fobia, não acontecem porque ele é mau ou por birra; por isso, brigar, dar broncas ou deixá-lo sozinho só vai piorar o pânico, exacerbando ainda mais a crise. Em situações como essa, é sempre importante acolher, em vez de brigar”.

Para isso, Chamone traz recomendações para ajudá-lo a passar por esse momento de forma menos traumática:

1- Nunca deixe o cão sozinho diante dessa situação. “Ter a companhia do dono reduz o sofrimento, pois estará com alguém de confiança por perto. Fique com ele até os fogos passarem e ele demonstrar estar mais tranquilo”, afirma.

2- Gaste a energia do peludo antes de os fogos começarem. “Nos dias de jogo do Brasil, busque fazer um super passeio com até ele cansar, preferencialmente em lugares mais vazios, com bastante natureza e que ele explore bastante o olfato; esse estímulo produz relaxamento do sistema nervoso central. Assim, diminui naturalmente a ansiedade, pois o cão drenou sua energia”.

3- Quando chegar o momento, abafe o som o máximo possível, fechando portas e janelas. “Além disso, é essencial conhecer o seu cachorro. Alguns preferem ficar em ambientes mais fechados, dentro do quarto. Outros escolhem a liberdade para se movimentar e encontrar um cantinho seguro. Perceba o seu cão, como ele se sente melhor, e o respeite”, enfatiza Chamone.

4- Ligue uma música para despistar o som externo. “Uma melodia mais calma é uma boa opção”.

5- Cuidado ao seguir dicas rápidas de Internet, como enrolar ou enfaixar o animal. “Não há comprovação científica robusta de que isso irá acalmá-lo. O principal é ele não estar sozinho e você conhecê-lo para entender o que melhor irá acolhê-lo naquele momento difícil”.

6- Em casos graves de fobia, busque orientação com o médico veterinário, que poderá prescrever um medicamento para ajudá-lo a acalmar. Também é ideal ter acompanhamento de um comportamentalista, para amenizar o problema. “Com o tratamento, conseguimos aumentar a tolerância do cão aos barulhos. A fobia não tem cura, mas é possível ensinar o cachorro a lidar com os fogos sem tanto sofrimento e, claro, tornar esse período de Copa mais tranquilo – para ele e, consequentemente, para toda a família”, finaliza a geneticista.

Guia do medicamento manipulado para pets: 7 vantagens em aderir a esse tipo de tratamento


Personalização da dose exata, do formato e do sabor estão entre os benefícios em investir nessa terapêutica

O setor pet está em constante evolução para atender às necessidades das famílias que são tutoras de cães e gatos, entre outros bichinhos. No entanto, muitas pessoas só tomam conhecimento de algumas soluções inovadoras em caso de necessidade. A manipulação de medicamentos veterinários figura neste cenário. Certamente, todo tutor já passou por dificuldades na hora de oferecer medicação aos seus bichinhos e buscou alternativas de camuflagem ― como esconder o remédio na ração ou adicionar o comprimido em um pedaço de pão ―, sem ter conhecimento das vantagens em optar pela produção personalizada do medicamento.
De acordo com Renata Piazera, farmacêutica e CEO da Fórmula Animal ― rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que produz medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada ― a eficácia de qualquer tratamento passa pelo uso regular e adequado dos medicamentos. “A personalização dos produtos é fundamental para a garantia de uma boa administração do remédio e a veiculação mais adequada para cada substância. Isso porque, a escolha da forma farmacêutica e do sabor que mais agradam o animal, deixam o momento mais leve, divertido e gostoso, evitando o estresse tanto dos pets, quanto dos tutores”, afirma Renata.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema e orientar os tutores na hora de conversar com os médicos veterinários sobre as possibilidades de tratamento dos pets, a CEO da Fórmula Animal preparou um guia sobre manipulação de medicamentos veterinários. Confira!

  1. O tratamento é mais eficaz e funcional
    Como o produto é personalizado para cada animal, com a dose exata, no sabor e formato que ele preferir, a adesão ao tratamento é muito mais assertiva e facilita o manejo terapêutico para o tutor, que dará um retorno positivo ao médico veterinário. Em outras palavras: o animal gosta da forma farmacêutica, adere ao tratamento e o resultado aparece. Além disso, a personalização também permite que sejam associados medicamentos dentro de uma mesma forma farmacêutica, de acordo com a necessidade e disponibilidade. Outro ponto é que a dose correta, de acordo com o peso do animal, propicia um melhor efeito terapêutico quando comparado com produtos comerciais que precisam ter a dose partida ao meio ― a exemplo dos comprimidos.
  2. Variedade de formas farmacêuticas e possibilidade de associações
    Primeiro é preciso deixar claro que a principal diferença entre os dois tipos de medicamento está na dosagem. Como já foi dito, a manipulação permite que o remédio seja feito na dose exata que o animal necessita, de acordo com seu peso. Além disso, algumas opções de medicamentos e/ou associações só estão disponíveis na forma manipulada. Outra vantagem são as opções de formas de administração que são disponibilizadas na manipulação ― as chamadas formas farmacêuticas ―, como os biscoitos, a pasta oral, a suspensão e o gel transdérmico, entre outras.
  3. Mais facilidade no manejo terapêutico para o tutor
    Por facilitar a administração, o medicamento manipulado melhora a aceitação do pet aos medicamentos e, assim, facilita muito a rotina dos tutores, que levam menos tempo tentando administrar um medicamento que dificilmente o animal iria ingerir sozinho.
  4. Excelente alternativa para pets com alergia a um determinado composto
    Como o medicamento é formulado de acordo com a necessidade do animal, na manipulação há possibilidade de preparar, por exemplo, biscoitos sem a presença de proteína animal em sua composição ― importante para animais com esse tipo de alergia. Além disso, também é possível manipular biscoitos com a própria ração do animal, evitando alterações na dieta de animais sensíveis.
  5. Solução ideal para animais que não aceitam cápsulas e/ou comprimidos
    A opção de manipular medicamentos na forma de solução oral pode facilitar o manejo terapêutico, já que o medicamento líquido se torna mais fácil para alguns animais. Além disso, outra opção farmacêutica ― especialmente para gatos ― é o gel transdérmico, que é aplicado diretamente sobre a pele do animal em regiões sem pelo, sendo absorvido diretamente para a circulação sistêmica. O gel transdérmico apresenta, ainda, menor irritação e toxidade sistêmica, sendo uma opção para alguns medicamentos.
  6. Controle de qualidade rigoroso
    Em todas as etapas da manipulação há um controle de qualidade: desde a qualificação dos fornecedores; controle de qualidade da matéria-prima; escolha dos veículos; controle ambiental; manipulação; avaliação de qualidade do produto acabado; e dispensação. É importante ressaltar que a manipulação veterinária conta com Controle de Qualidade Interno de seus ativos e produtos manipulados. Além disso, também possui parcerias para controles de qualidade em laboratório credenciado pelo MAPA e ANVISA, garantindo a qualidade e segurança de todos os produtos.
  7. Preço mais em conta
    Os remédios manipulados acabam saindo entre 20% e 30% mais baratos que os industrializados, o que acaba pesando bastante no bolso do tutor, principalmente nos casos de animais que farão tratamento contínuo.

Maior encontro de pets especiais do país

ENPE Brasil, o maior encontro de pets especiais do país, promove conscientização contra o preconceito e incentiva a adoção


Realizado desde 2019, evento tem entre seus objetivos trazer visibilidade aos animais com deficiência e extinguir o abandono e as eutanásias desnecessárias
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil contabiliza cerca de 30 milhões de animais abandonados (sendo aproximadamente 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos). Nas grandes metrópoles, para cada cinco habitantes há um cachorro (destes, 10% estão abandonados). Embora o abandono seja considerado uma das formas de maus-tratos a animais, e pode render pena de dois a cinco anos de detenção e proibição da guarda, muitos tutores desistem dos pets com necessidades especiais, sobretudo pela falta de informação sobre os cuidados necessários a esses bichinhos. Para trazer visibilidade aos animais com deficiência, ajudar seus tutores a trocarem experiências, produzir mais conscientização sobre a adoção especial, diminuir o preconceito e extinguir o abandono e as eutanásias desnecessárias, acontece desde 2019 o Encontro Nacional de Pets Especiais (ENPE Brasil), que chega à sua quarta edição com os objetivos de inclusão, disseminação de informações e incentivo à adoção dos pets com deficiência, que podem ter qualidade de vida. O evento acontece no dia 12 de novembro, a partir das 10h, no Cachorródromo, em São Paulo/SP. O valor de entrada por cão é de R$ 30,00 (incluso 2 pessoas) ou R$ 10,00 (pessoa sem cão ou acompanhante extra de um cão), e os bilhetes podem ser comprados no SYMPLA.

De acordo com Mariana Oliveira, tutora de Olívia (uma golden retriever deficiente) e uma das criadoras do ENPE Brasil, o evento surgiu devido a uma necessidade comum. “O ENPE surgiu em 2019, num grupo de WhatsApp de amigas, todas tutoras de pets deficientes. Sentíamos a necessidade de divulgar informações sobre esses animais, que podem ter qualidade de vida e viver muito bem! Infelizmente, a maioria das pessoas ainda opta pela eutanásia quando o pet entra nessa condição e, muitas vezes, ela não é necessária. Por isso, buscamos fazer um evento que mostre a toda a sociedade que os pets com deficiência podem ser excelentes companheiros, trazendo alegria e amor aos lares que os adotarem”, afirma.

O ENPE Brasil 2022 contará com o apoio dos projetos Rodinhas Para Todos, liderado por Mariana e que já doou 140 cadeirinhas de rodas para cães e gatos que precisam, e Cão de Rodinhas, que espalha informações com sua cartilha para os tutores, além de auxiliar os afilhados com as doações de fraldas que são arrecadadas durante o ano todo. “Esse ano finalmente estamos mais tranquilos diante da pandemia que vivemos, e queremos receber todos com carinho para poder levar nosso trabalho cada vez mais longe, inclusive ensinando àqueles que não têm pets com deficiência, já que qualquer um de nós pode passar por isso um dia”, afirma Mariana.

Evento terá atividades de lazer para os pets
A organização do evento espera receber este ano 500 participantes e mais de 200 cães. Os pets poderão participar de uma série de atividades, como desfile de fantasias (cujo tema será a Amazônia), Corrida Maluca e Caça ao Tesouro, além de se refrescar na piscina – o local conta com a maior piscina indoor do Brasil projetada especialmente para o lazer canino. Para os humanos, haverá um circuito de lojinhas com produtos para os pets e distribuição de brindes da Fórmula Natural.

Confira a programação completa do ENPE Brasil 2022:
• 10h: Abertura do evento
• 12h: Corrida Maluca
• 14h: Desfile de Fantasias – tema Amazônia
• 15h30: Caça ao Tesouro

Além das atividades programadas, os participantes do ENPE Brasil 2022 poderão conhecer os Embaixadores do projeto, que estarão presentes para incentivar a adoção dos pets deficientes e mostrar que cães com essa condição podem viver uma vida plena e feliz.

Quem não puder participar do evento presencialmente poderá enviar uma mensagem para o perfil do Instagram @enpebrasil e fazer a sua doação em forma de fraldas, tapetes higiênicos, lenços umedecidos, ração e outros produtos para pets, que serão destinados aos afilhados do ENPE Brasil.

ANOTE NA AGENDA!
ENCONTRO NACIONAL DE PETS ESPECIAIS – ENPE BRASIL 2022
Data: 12 de novembro, sábado, a partir das 10h
Local: Cachorródromo – Rua Francisco Duarte, 33 – Vila Guilherme – São Paulo/SP
Entrada: R$ 30 por cão (incluso 2 pessoas) ou R$ 10,00 (pessoa sem cão ou acompanhante extra de um cão)
Onde comprar: SYMPLA

Como lidar com a ansiedade de separação dos cães?


A condição gera desconfortos para o tutor e problemas para o pet, mas pode ser controlada e até mesmo evitada


Os cães são conhecidos por seu companheirismo e vínculo estreito com o tutor, mas quando estas características passam a ser excessivas elas se tornam um problema no momento em que estes pets precisam ficar em casa sozinhos, sem sua família humana. Comportamentos destrutivos, latidos ou uivos constantes, assim como o ato de fazer suas necessidades fisiológicas (xixi e cocô) pela casa quando estão sozinhos são sinais de que o pet sofre de ansiedade de separação.
“Ansiedade de separação é uma condição importante, que gera desconforto para o tutor, que precisa lidar com reclamações de vizinhos devido ao barulho, limpar sujeira em locais impróprios e arcar com reparo ou substituição de objetos destruídos, e traz problemas para o pet, que podem se machucar em portas, portões, ou até mesmo com os objetos da casa”, explica Nathalia Fleming, médica-veterinária médica-veterinária gerente de produto de pets da Ceva Saúde Animal.
A profissional conta que estas crises também podem acontecer quando o pet precisa ficar apenas poucos minutos sozinho, como quando o tutor precisa retirar o lixo, ou quando o pet precisa esperá-lo do lado de fora de algum comércio ou dentro do carro, mesmo acompanhado de outros humanos.
Os sinais da ansiedade de separação variam dos mais óbvios aos menos aparentes: “Uivar, chorar, andar em círculos, latir por períodos prolongados, babar excessivamente, ficar ofegante sem esforço físico, destruir móveis, arranhar as portas ou paredes, arrancar o próprio pelo… Todos estes são sinais claros da ansiedade de separação, mas existem outros que passam despercebidos, como por exemplo o pet que segue o tutor o tempo todo e em todos os cômodos, que pede muito contato físico e atenção, e que fica triste e retraído quando o tutor se prepara para sair…”, Nathalia elucida.

É possível evitar essa condição?
De acordo com Nathalia, incentivar a independência do pet é a melhor maneira de evitar a ansiedade de separação, e deve começar desde filhote. Não estar disponível para o pet o tempo todo, demonstrando estar concentrado em outras tarefas quando o cão traz algum brinquedo e estimular que ele brinque sozinho é uma estratégia válida para que ele construa essa independência. Da mesma forma em que não prolongar as despedidas e nem comemorar demais os retornos ao lar faz com que o pet entenda que aquilo não é um evento especial e sim parte de sua rotina.
Nas ausências prolongadas, garanta que o pet passará o dia em um ambiente que o mantenha entretido, com objetos e brinquedos que ele goste. Alguns brinquedos interativos que “recompensem” com ração ou petiscos são excelentes para estes momentos.
“Criar uma rotina diária de passeios e brincadeiras com o pet também traz mais segurança para o animal, que tem uma certa previsibilidade das coisas que irão acontecer ao longo do dia”, explica.

E quando o pet já sofre com a ansiedade de separação, é possível resolver?
Certas ferramentas podem auxiliar o pet e o tutor a lidarem melhor com a ansiedade de separação. Promover atividades que cansem o cão momentos antes da ausência do tutor pode colaborar para que o pet se sinta cansado e durma quando ficar sozinho. O adestramento também ajuda a condicionar os cães a lidarem melhor com a separação do tutor.
“Hoje, no mercado, existe uma gama de produtos que auxiliam no bem-estar do pet nestes momentos. Um exemplo são os análogos sintéticos do odor materno canino, que simulam os feromônios emitidos pelas cadelas durante a amamentação e ajudam o cão, independente de sua idade, a se sentir calmo e confortável, capaz de se adaptar às situações estressantes do dia a dia”, Nathalia conta. “Além de serem ótimos para os cães e realmente mostrarem um ótimo resultado nos cães que passam por essa questão da ansiedade, são muito práticos para os tutores, principalmente os que funcionam como difusores de tomada”.
Se nada disso ajuda o seu cão à superar este problema, o auxílio de um médico-veterinário especializado em comportamento animal é recomendado.

Sobre a Ceva Saúde Animal
A Ceva Saúde Animal é uma multinacional francesa, comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores para o mercado de saúde animal. A empresa, que está presente em mais de 110 países, foca sua atuação na produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia e produção.

Quatro dicas para cuidar da higiene oral dos pets


No Dia Nacional da Saúde Bucal- celebrado no dia 25 de outubro- veterinária lembra que cuidados preventivos refletem na saúde geral dos animais
A doença periodontal é uma das enfermidades mais frequentes entre cães e gatos e os danos vão muito além do mau hálito. Assim como nos humanos, a falta de higiene bucal pode causar doenças orais, complicações sistêmicas, comprometimento das funções biológicas e agravamento de outras enfermidades já instaladas. Por isso, o cuidado rotineiro e o acompanhamento veterinário regular são essenciais.
Segundo a médica veterinária da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Franciele Fraiz, estudos de caso da rotina clínica indicam que as doenças periodontais afetam mais de 80% dos pets adultos, impactando dentes, gengiva, osso, cemento e ligamento periodontal.
Escovação sim, preguiça não
A escovação dos dentes deve ser feita diariamente ou, ao menos, três vezes por semana para evitar o acúmulo do biofilme bacteriano, uma placa que se forma na gengiva cerca de 24 a 32 horas após a ingestão de alimentos. São essas bactérias que formarão os cálculos dentários, ou tártaro, como são popularmente conhecidos, e a doença periodontal.
Para que os pets aceitem a escovação dentária com tranquilidade, o ideal é acostumá-los desde filhotes. As primeiras tentativas podem ser feitas com uma gaze umedecida ou com dedeiras, até que o pet se acostume. Depois a escova dental, adequada ao tamanho do pet, pode ser introduzida à rotina. Para os pets que não foram acostumados desde filhotes, a dica é vincular a higienização bucal a recompensas positivas, assim o pet passa a associar o momento da escovação com passeios, brincadeiras, elogios ou carinhos e, consequentemente, consegue tolerar a higienização com mais tranquilidade.
Nem tudo o que é bom para nós, é bom para eles
Os pets devem compartilhar do hábito de escovar os dentes, mas não dos nossos cremes dentais. O flúor e o xilitol na quantidade contida nas pastas de dentes para humanos são tóxicos para os animais e podem provocar dores abdominais, náuseas, vômitos, letargia, danos no fígado e, até mesmo, convulsões. Enxaguantes bucais para humanos e outros produtos como bicarbonato de sódio e peróxido de hidrogênio também são proibidos para os pets. “Existem cremes dentais específicos para pets que, além de serem seguros para eles, podem ser manipulados com sabores atrativos, como frango, bacon, banana, entre outros”, recomenda a veterinária.
Ajudinha extra
Petiscos com componentes que auxiliam na higiene bucal, brinquedos que estimulam a mordedura, spray e espumas bucais com ativos para higiene e prevenção do mau hálito são alguns aliados para o dia a dia.
Tratamento e acompanhamento veterinário
Cuidar da saúde bucal dos animais é tão importante quanto a vacinação e o controle de ectoparasitas. O exame clínico realizado periodicamente é essencial, pois os sinais iniciais da doença periodontal são discretos e o tutor pode demorar a perceber que algo não vai bem.
E vale lembrar que a rotina de higiene bucal não anula a necessidade de visitas regulares ao veterinário e nem a possibilidade de uma nova intervenção, pois alguns pets têm maior tendência à formação de placa bacteriana e doenças periodontais”, finaliza a veterinária.

Focinhos poderosos!

Estudo aponta que cães são capazes de identificar estresse do dono pelo cheiro. Especialista explica que cachorro tem 220 milhões de receptores olfativos e podem reproduzir sentimentos do tutor

Uma pesquisa da Queens´s University, do Reino Unido, indica que os cães podem perceber o estresse dos tutores pelo olfato. Segundo a análise, a precisão é de 93,7%. Ainda de acordo com o estudo, “o cheiro do estresse” é reconhecido pelo suor e pela respiração dos humanos.

No total, dos 700 testes realizados pelos estudiosos, em mais 650 os cães identificaram pelo suor e pela saliva que a pessoa estava estressada. A médica veterinária Joana Barros, da Gaia Medicina Veterinária Integrativa, conta que os cachorros têm 220 milhões de receptores olfativos em comparação com os 50 milhões dos humanos, o que os torna mais eficazes na diferenciação e identificação de odores.

Joana conta que esses animais têm o olfato muito aguçado e que em alguns casos, como os cães dos Batalhões de Polícia, são utilizados para identificar algo suspeito. Ela explica que o focinho do cachorro é tão poderoso que pode até mesmo identificar as emoções de seu dono e perceber coisas que vão além da compreensão humana.

“Um outro estudo mostrou para nós que os cães não só farejam o nosso estresse, mas também sentem o efeito dele e de outras emoções como medo e felicidade. Às vezes o animal pode ficar mais agitado e estressado se o dono também estiver. Como esses bichinhos tem uma capacidade olfativa aguçada, é preciso prestar atenção ao que vamos passar para eles para uma boa relação”, destaca a especialista.

Cães de serviço que ajudam pessoas com problemas de saúde mental, como ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático, podem se beneficiar dessas descobertas. A pesquisa também abre as portas para investigar se os cães podem diferenciar emoções, além de saber por quanto tempo o animal pode detectar os odores.

Joana dá algumas dicas de atitudes que o tutor pode ter para aliviar essa carga de estresse e não transferir essas emoções para o pet. “Tomar um bom banho quando chegar em casa para tirar o suor de estresse ou até mesmo trocar de roupa são atitudes que ajudam o seu cãozinho não ficar estressado e que vocês possam passar mais tempo de qualidade juntos”

Pet não é presente


Entenda a importância de planejar antes de comprar ou adotar um animal de estimação para uma criança

Os pets, em especial cães e gatos, se tornaram uma opção de presente nessa época, pois proporcionam muitas alegrias à família. Além de alegrarem o lar, ajudam no desenvolvimento e no processo de responsabilidade do pequeno, que aprenderá a dar comida e cuidar do animalzinho.

No entanto, é bastante comum vermos pais que, por quererem agradar seus filhos, acabam comprando ou adotando um animal sem, antes, pensar em todos os prós e contras dessa atitude. Afinal, ter um pet em casa, é sinônimo de amor e carinho constantes, mas, também, cuidados especiais e gastos extras.

Antes de aumentar a família adotando/comprando um pet, algumas perguntas devem ser respondidas pelos pais da criança, como: a família tem tempo livre para dar atenção ao novo membro? Alguém na casa possui alergia a gatos ou a pelos? Estamos preparados para lidar com xixi e coco fora do lugar e possíveis objetos ou móveis roídos/arranhados pelo pet? Quando formos viajar, o pet tem com quem ficar durante nossa viagem? Estamos em condições financeiras para manter esse animal?

Além dessas perguntas, é importante refletir sobre o animal a ser adquirido, bem como sua idade e suas necessidades específicas. Existem grandes diferenças entre cães e gatos quanto ao cuidado com eles e seu comportamento. Fizemos um guia rápido que pode te ajudar a escolher seu pet, caso você esteja preparado para aumentar a família:

Se o novo membro da minha família for um gato…
Os gatos são animais incríveis! Por não precisarem de tanto espaço para viverem felizes, se adaptam muito bem em apartamentos. Outra vantagem é a higiene dos bichanos: na maioria das vezes, os gatos aprendem logo no primeiro uso da caixinha que é lá o lugar certo para fazerem suas necessidades. Se a caixinha for limpa regularmente, dificilmente eles irão procurar outro local para fazerem xixi e coco. Eles também não precisam de banhos com frequência, pois são bichinhos “auto-limpantes”. Ah, e também não precisam passear – aliás, muitos gatinhos nem gostam de serem expostos a tantos estímulos como carros, pessoas estranhas, cheiros, barulhos, etc.No entanto, é importante ter em mente que os gatinhos sentem a necessidade de arranhar (para afiarem as unhas, se espreguiçarem e marcarem território) e, para algumas pessoas, esse comportamento não é tolerável. É claro que, dando opções para os gatinhos poderem arranhar (como arranhadores, por exemplo) e os treinando para que arranhem apenas ali, tudo se resolve! Mas esteja preparado para algumas arranhadas em locais inapropriados (dica: a vítima é, geralmente, o sofá!), em especial na fase em que ainda estão aprendendo o que pode ou não ser feito.

Se o novo membro da minha família for um cachorro…
Os cachorros também são animais pra lá de especiais! Por serem totalmente domésticos (os gatinhos ainda são considerados selvagens), o adestramento se torna mais fácil, além de ser uma atividade prazerosa tanto para o animal, quanto para quem está adestrando. Eles adoram acompanhar a família em passeios e viagens e, na grande maioria das vezes, adoram fazer novas amizades tanto com pessoas, quanto com outros animais. Porém, para se ter um cachorro em casa, é preciso avaliar o espaço que o animal terá. Diferentemente dos gatos, cães (em especial os de porte grande) precisam de mais espaço, pois são animais mais ativos. Além disso, leva algum tempo até que aprendam completamente o local correto para fazerem suas necessidades, o que pode ser um incômodo para algumas pessoas. Os cães também são animais extremamente sociáveis e que necessitam de interação com seus donos. Portanto, se ele tiver que passar muito tempo sozinho, com certeza irá sofrer por isso. Enquanto os gatos arranham os móveis, os cães podem acabar mordendo móveis e objetos, especialmente quando são filhotes. Cabe aos donos do cachorro ensiná-lo o que é certo e errado, sempre com muita paciência e procurando compreender o que está por trás daqueles comportamentos tidos como indesejáveis.

E falando em comportamento indesejável, é mais provável que filhotes apresentem tais comportamentos do que animais adultos. Portanto, se quer aumentar a família mas não está preparado para lidar com as travessuras dos filhotes, considere adotar um pet adulto! Além de fazer um bem enorme para sua família, você estará dando uma chance a um cão ou gato que dificilmente será adotado, justamente por já ser maiorzinho.

Se nesse Dia das Crianças você deseja presentear seu filho com um bichinho de estimação, tenha a certeza de que você e sua família estão prontos para receberem e cuidarem desse novo ser que viverá com vocês muitos e muitos anos. Lembre-se de que todos os pets possuem sentimentos e desenvolvem uma relação de afeto com os membros da família. Portanto, o abandono jamais deve ser uma opção, ainda mais por ser considerado crime.

Este post é uma contribuição da assessoria da Petlove para o Guia BH Mulher