Animais podem ajudar a lidar com transtornos psicológicos

Você sabia que o Brasil é o terceiro país com mais animais de estimação no mundo? Atrás apenas de Estados Unidos e Reino Unido, o país tem mais 139 milhões de pets, de acordo com um censo realizado em 2019 pelo Instituto Pet Brasil, que também levou em conta dados do IBGE. Presentes em quase metade dos lares brasileiros, os animais podem ajudar — e muito — quem sofre com transtornos psicológicos, como a depressão e a ansiedade.
O Instituto Brasileiro de Educação e Terapia Assistida por Animais (IBETAA) é um centro de tratamento psicológico de Londrina, no Paraná, que utiliza cães e gatos dentro do método terapêutico. A psicóloga Karoline Emídio é uma das profissionais da instituição e atua com a terapia cognitiva comportamental (TCC) aliada à Terapia Assistida por Animais (TAA). Ela conta que os pacientes primeiro conhecem os animais do centro para escolherem os que mais se identificam, e a partir daí começam o processo terapêutico.
— Utilizamos o cão como um elemento facilitador e motivacional no processo da terapia, e conseguimos acessar o emocional do paciente de maneira mais rápida do que no método tradicional, em que participam somente o psicólogo e o paciente. Por exemplo, uma criança que poderia demorar a começar a falar sobre suas questões pode desenvolver um vínculo com o cachorro e aí já começar a falar nas primeiras sessões. Com adultos, não é diferente, ainda mais se eles estiverem passando por um processo de depressão e de ideações suicidas, em que é difícil levar essas demandas para o profissional — explica Karoline.
O IBETAA trabalha também com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, que vivem em abrigos. Por estarem em condições de fragilidade emocional, o apoio do animal durante as sessões, especialmente para os mais novos, pode facilitar o processo terapêutico.
Animais de assistência emocional
Outra modalidade em que os pets podem ajudar as pessoas é especificamente nos casos em que um paciente sofre de transtornos como depressão, bipolaridade e ansiedade. São os chamados animais de assistência emocional. No Rio de Janeiro, há uma legislação em vigor que permite que os pets certificados por um laudo de um psicólogo ou psiquiatra acessem locais públicos ou privados de uso coletivo, como os transportes. A nível federal, hoje tramita um Projeto de Lei que expande o benefício para abranger animais de pequeno porte, não apenas cachorros.
A adestradora e diretora de bem-estar e comportamento animal do IBETAA, Luciane Sobral Bordini, dá mais detalhes sobre como obter o certificado para acessar os espaços com os animais:
— O cão de assistência emocional é considerado um cão de serviço e precisa passar por um teste de avaliação de perfil aplicado por um adestrador comportamentalista ou um zootecnista. Eles precisam responder a comandos de obediência e saber se portar nos lugares perante pessoas e objetos diferentes, situações adversas que vão encontrar, então, precisam de um adestramento básico.
A especialista também explica de que modo os animais podem ajudar quem tem quadros graves de transtornos psicológicos.
— Os benefícios são inúmeros. Para pessoas que sofrem com síndrome do pânico, depressão ou que se isolam socialmente, esses animais acabam fazendo com que seus tutores tenham uma interação social maior, quando precisam levá-los para passear, para ir ao pet shop, para comprar ração, então, acabam sendo forçadas a conviver socialmente e praticar alguma atividade física — avalia.

Formiga na urina dos pets pode ser sinal de diabetes

Esse indicativo deve acender o sinal de alerta, explica o médico veterinário Rogério Fonseca

Assim como nos humanos, a diabetes em cachorros é uma doença perigosa e que precisa de vários cuidados ao longo da vida do animal. Um dos primeiros indícios que possam indicar que o cão está doente é a presença de formigas na urina, que indicam uma grande quantidade de açúcar encontrada no líquido.

O médico veterinário Rogério Fonseca, do Hospital Veterinário Amparo, afirma que esse é um relato comum de tutores de animais que estão com suspeita da doença. O especialista explica que os animais diabéticos têm níveis muito altos de glicose no sangue e acabam eliminando parte dessa glicose na urina

“Isso acontece porque com diabetes, o nível de glicose no sangue do pet fica elevado. E como sabemos bem, as formigas gostam de açúcar. Esse indicativo deve acender o sinal de alerta”, explica.

Os principais sintomas que o animal pode apresentar são: urina mais frequente; fome fora do normal; sedentarismo; sono excessivo; comer muito e mesmo assim perder peso.

O veterinário conta que é fundamental conhecer bem seu cão para identificar mudanças, pois a doença pode mudar completamente as atitudes e a rotina do pet e que é preciso estar sempre de olho. Segundo ele, a mudança de comportamento pode ser observada em pequenas ações do dia a dia do pet que antes não eram comuns.

“A diabetes em pets pode debilitá-los bastante, comprometendo a saúde e alegria deles. A falta de diagnóstico e tratamento leva a um quadro mais crítico e muitas vezes irreversível. As mudanças no humor e nos hábitos deles devem ser levadas a sério”, esclarece Rogério.

De acordo com o especialista, o diagnóstico mais preciso é feito por meio de exames mais detalhados, o que pode ajudar o animal a ter o tratamento adequado e uma vida saudável e de qualidade.

“Caso tenha notado formigas na urina e mudanças de hábitos citados acima, é hora de fazer uma visitinha ao veterinário.”

Setembro Lilás: mês de combate ao câncer em cães e gatos

Especialistas alertam sobre a importância do diagnóstico precoce

O câncer é uma doença que preocupa a todos, inclusive pode comprometer a saúde dos cães e gatos. Por isso, a campanha Setembro Lilás é dedicada ao combate do problema nos pets. Assim como os humanos, os bichinhos também correm o risco de serem diagnosticados com a doença multifatorial.

A médica veterinária Joana Barros, da Gaia Medicina veterinária Integrativa, explica que, por muitas vezes, os sinais que os animais doentes apresentam são inespecíficos e alguns sintomas também são relativos a outras complicações. Joana conta que são necessários diversos exames e o diagnóstico preciso só ocorre por meio de biópsia.

“O câncer é uma doença multifatorial que se inicia pela multiplicação descontrolada e desordenada de células anormais, e seu desenvolvimento depende de muitos fatores que incluem fatores genéticos e ambientais. Algumas raças são mais propensas a desenvolvê-la do que outras, e os idosos têm maior prevalência, apesar de filhotes também desenvolverem esse tipo de doença”, explica Barros.

O médico veterinário Rogério Fonseca, da Amparo Medicina Veterinária, relata que o câncer não atinge apenas os animais domésticos como cães e gatos, mas animais de grande porte também podem ser acometidos pela doença. Rogério conta que existem diversos tipos de câncer e explica quais são os mais comuns.

“Entre cães e gatos, os tipos mais comuns são o câncer de pele (principalmente nos animais de pelo curto e claro), câncer de mama e de próstata. A leucemia felina, conhecida como Felv, também atinge muitos gatos e o Tumor Venéreo Transmissível (TVT) é um tipo de câncer comum entre os cães”, destaca o veterinário.

O desenvolvimento de doenças como o câncer pode estar relacionado a questões hereditárias, hormonais, com a idade e até fatores ambientais/externos. Dentre os fatores carcinógenos mais conhecidos estão os compostos alimentares (conservantes, corantes), poluição, medicamentos, agentes químicos (agrotóxicos, amianto), agentes físicos (radiação).

Existem diversas formas de tratamento para o câncer: o cirúrgico, que pode ser o único tratamento ou pode ser feito a associação com tratamentos quimioterápicos e eletroquimioterapia, e também outras terapias menos invasivas. Todas visam o controle da doença e uma maior sobrevivência do pet. O importante é explicar que a quimioterapia em animais é menos agressiva do que nos humanos.

A médica veterinária Camila Maximiano, oncologista e paliativista da Gaia Medicina Veterinária Integrativa explica que o tratamento para o câncer em animais pode ser feito com base na necessidade de cada animal. Camila destaca que todo tratamento é feito para que a qualidade de vida do animal possa ser melhorada e para que ele possa ser curado.

“Neste sentido, a intenção do tratamento oncológico no cachorro, gato ou outro animal de pequeno porte é possibilitar a cura ou aumentar o tempo de vida, sempre pensando em proporcionar maior conforto e qualidade, mas, para isso, o tipo de terapia vai depender do câncer”, conta a médica veterinária .

A veterinária Joana Barros destaca que a alimentação tem papel importantíssimo na prevenção do câncer. A médica explica que as rações que são alimento ultraprocessado, com teor elevado de carboidratos, corantes e conservantes e não estão no topo da lista dos alimentos mais indicados para prevenir câncer.

“A dica para prevenir que seu pet tenha câncer e viva o mais saudável possível é: deixe ele ter contato com a natureza, fazer exercício físico, comer comidas naturais (e balanceadas), usar o mínimo de químicos possível e ser feliz com ele”, destaca Joana.

Além disso, quando aparecem, alguns sintomas de câncer em animais podem ser facilmente confundidos com os sintomas de outras doenças. É recomendado que, caso o tutor perceba qualquer comportamento diferente em seu pet procure o veterinário para que exames sejam feitos e que tenha um diagnóstico precoce para um melhor tratamento.

Petisco para cachorro: opções naturais e o que evitar

Em tempos sinistros que envolvem a questão de petiscos para cães, sugerimos dar uma olhada nessa matéria e fazer uma boa opção para agradar seu amigo.
O petisco para cachorro é um grande aliado de mães e pais de cachorro em várias atividades cotidianas. Ele pode ser uma recompensa que ajuda a ensinar um novo truque durante o adestramento, agradar o filhote ou distraí-lo. Mas é necessário ter cuidado com o snack escolhido: alguns petiscos para cães podem não fazer bem ao pet.
Assim como os humanos, cachorros são diferentes um do outro e têm necessidades individuais. Para entender melhor quais são as do seu peludo em relação à alimentação, o ideal é levá-lo a um veterinário nutrólogo. Esse profissional pode te orientar sobre quais alimentos, além da ração, podem trazer benefícios ao pet e se ele tem restrições a algum petisco para cachorro.
Mas alguns petiscos naturais para cães não apresentam riscos e, se usados sem exagero, ajudam na saúde do peludo. Se você não quer economizar nos agrados, confira essa lista de snacks naturais – e saudáveis! – para o pet:
Opções de petisco para cachorro naturais
As opções de petisco para cachorro disponíveis no mercado são, muitas vezes, industrializadas e não fazem bem à saúde do peludo. Em alguns casos, principalmente se usados em excesso, podem até mesmo prejudicar seu organismo. Para não deixar de agradar o pet, listamos as melhores opções naturais de petisco para cachorro. Olha só!
Frutas, legumes e sementes
Você sabia que há uma grande variedade de frutas e legumes que podem ser usadas como petisco para cachorro? Sim, é isso mesmo! Mas sempre tome cuidado para não exagerar na dose e consultar um veterinário para garantir que o pet não tem intolerância a nenhuma delas.
Ótimas opções
• Caqui
• Batata doce (sempre cozida)
• Maçã
• Banana
• Melancia
• Cenoura
• Manga
• Abóbora
• Nabo

Atenção: sempre retire cascas e todas as sementes, pois muitas são tóxicas e podem fazer com que o cachorro se engasgue. Lembre-se também de que nada pode ser dado em excesso: pequenas quantidades desses alimentos são suficientes para dar nutrientes ao seu peludo e deixá-lo feliz!
O não usar como petisco para cachorro
Por outro lado, assim como há opções naturais de petisco para cachorro, há também aquelas que devem ser evitadas. São frutas e outros produtos que não fazem bem ao pet. Veja quais são e mantenha o peludo longe delas.
Proibidos
• Carambola
• Cebola
• Pimenta
• Uva
• Abacate
• Chocolate
• Macadâmia

Petisco para cachorro pronto
Outra opção é procurar por petisco para cachorro feito de produtos naturais vendidos em petshops. Hoje em dia existem diversas marcas que produzem “ossinhos” feitos apenas de partes animais desidratadas ou ossos mesmo, materiais que não prejudicam a saúde do peludo.
Esses ossinhos naturais são seguros e substituem os ossos brancos de couro bovino (que soltam pedaços e têm alvejantes químicos perigosos). Além de estarem se popularizando em petshops físicas, também são facilmente encontrados em lojas online.
Se preferir, você mesmo pode fazer petiscos para o seu cachorro! Existem opções de snacks naturais para fazer em casa mesmo. Aliás, várias dessas receitas você pode até mesmo provar – muitas parecem deliciosas! – e substituem os petiscos industrializados.
Lembre-se de que o petisco para cachorro deve ser dados com moderação e que é indispensável levar o peludo ao veterinário nutrólogo antes de alimentá-lo com algo diferente da ração. Se tudo for feito com cuidado, seu cão vai ficar muito mais feliz na hora do petisco – e você bem mais tranquilo!

Musicoterapia melhora bem-estar dos pets


A melodia pode ser implementada em diversos momentos da rotina do bichinho
A música é parte da rotina de muitas pessoas, seja para treinar, passar o tempo ou para relaxar. A musicoterapia é a utilização da música com o objetivo de promover a comunicação e alcançar necessidades físicas, mentais, emocionais e cognitivas. Mas o que muita gente não sabe é que ela também é benéfica para os animais de estimação em diferentes momentos da vida do pet.
Para os animais, ela funciona como um fator anti-estresse é uma forma de oferecer enriquecimento auditivo. Para cada sistema de comunicação há estilos musicais semelhantes que acalmam o pet. Um exemplo é a música clássica para os felinos e também pode ser utilizada com cães para melhorar a qualidade de vida, prevenir doenças e auxiliar em reabilitações e tratamentos
Juliana Mendes é médica veterinária de uma clínica de Medicina Veterinária Integrativa e conta que a música pode ser implementada em diversos momentos. A veterinária afirma que para os cachorros as melodias podem ser incluídas desde passeios, momentos em casa para descanso ou brincadeiras com o tutor, além de consultas de rotina dos animais.
“A musicoterapia pode ser utilizada nos consultórios veterinários para ajudar a diminuir o medo e o trauma dos procedimentos. Existem também aqueles mais bravos que não gostam muito da hora do banho. Nesse caso é possível colocar uma música mais tranquila para acalmar o pet e dessa forma proporcionar um melhor momento para ele”, ressalta Juliana.
A médica veterinária Joana Barros também da mesma clínica explica que, assim como os humanos, os diferentes estilos musicais podem provocar reações distintas nos pets. De acordo com a especialista, os animais gostam de música, mas é preciso perceber qual o estilo preferido de cada bichinho para proporcionar conforto a eles.
“Já é comprovado que a música nos afeta através da energia que ela move, por isso mesmo que os cães não entendem, eles sentem a música. Músicas agitadas com mais energia tendem a deixá-los mais agitados ou estressados e o mesmo para músicas calmas como com base em piano ou músicas para dormir”, explica Barros.
A clínica de Medicina Veterinária Integrativa criou uma playlist com diversas músicas para que os animais de estimação possam aproveitar os momentos.

Referência no tratamento do câncer de animais

Dra. Ana Catarina Valle


A relação com os bichinhos de estimação mudou ao longo dos anos, hoje eles são vistos como mais um membro da família. Portanto, um diagnóstico de câncer, causa muita comoção e medo nos tutores desses pets. Entretanto, o câncer não é mais uma sentença de morte, mas uma doença que tem tratamento.
“Tenho trabalhado arduamente para que essa notícia ganhe força: essa sentença de morte está com os dias contados para certos casos. Graças ao avanço da ciência, temos doses de esperança, assinadas pelo Viscum album injetável”, conta a Doutora em Genética e Biotecnologia, a veterinária Dra. Ana Catarina Valle.
Como suporte ao tratamento complementar de câncer em animais, o Viscum album é uma opção de terapia integrativa, que tem como objetivo aumentar a expectativa de vida e bem-estar dos pacientes.
Alice Sibata, farmacêutica homeopata do Injectcenter, laboratório referência na produção do Viscum album injetável, explica que muitos animais de estimação, apresentam uma melhora significativa com o Viscum album, como um aumento do sono e melhora no apetite. “As dores causadas pelo tumor podem ser reduzidas, o sistema imunológico é reforçado e os efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia podem ser diminuídos”, afirma.
Por ser um imunomodulador, o Viscum album é indicado para ser utilizado em qualquer fase do tratamento oncológico, como no caso em que o animal tem um câncer inoperável, ou tem uma metástase, já que ele não interfere de forma alguma na quimioterapia. Segundo a médica veterinária e homeopata, Dra. Ana Catarina Valle, o quanto antes o tratamento for iniciado no paciente, melhores serão os resultados, pois ele vai auxiliar na melhora da imunidade.
“Vejo todos os dias no meu consultório chegarem pacientes que já fazem quimioterapia sem resposta e os resultados que obtenho com o tratamento do Viscum album injetável, por exemplo, são tão incríveis que não há o que contestar quanto a sua eficácia”, comenta a Dra. Ana.
Ela aproveita para contar sobre um caso de um de seus pacientes: “A Lola é uma cachorrra Llhasa com 16 e parece jovem. Ela tem leucemia e já tirou o baço. Não se adaptou ao medicamento convencional. Já está com a gente há um bom tempo, realizando o tratamento com Viscum album injetável e está reagindo super bem”, explica.
Atualmente, o desafio dos médicos veterinários homeopatas tem sido transmitir aos donos de animais a esperança de que é possível prover dias melhores, com dignidade, longevidade e qualidade de vida aos bichinhos de estimação.
Sobre o Injectcenter
A INJECTCENTER é uma farmácia especializada em injetáveis e produtos estéreis com instalação adequada e regulamentada segundo as Boas Práticas de Manipulação em Farmácia (BPMF) e as normas exigidas pela ANVISA.

Pets internados precisam de cuidados especiais na alimentação


O suporte nutricional é determinante para a recuperação dos pets durante e após a internação


Quando cães e gatos precisam de tratamento hospitalar por algum problema de saúde, seja ele crônico ou emergencial, a internação pode ser uma etapa importante para garantir um cuidado adequado para a recuperação e qualidade de vida do pet.

Em sintonia com todas as outras medidas durante a hospitalização, uma alimentação adequada e na quantidade correta pode favorecer muito o tratamento e até diminuir significativamente o tempo de internação.

“Durante a internação, o alimento pode ser oferecido por sonda ou consumido voluntariamente pelo animal. O ideal é que seja uma alimentação de alta digestibilidade, com altos teores de proteína e gordura, além de vitaminas e minerais”, esclarece Flavio Silva, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica de empresa do segmento de alimentação para pets.

Todo o manejo alimentar durante essa fase vai depender da doença que está sendo tratada. “O período de recuperação é muito delicado e, mais do que nunca, cães e gatos precisam de um suporte nutricional especializado, como os alimentos coadjuvantes. É uma importante modalidade terapêutica, comprovadamente capaz de ajudar na recuperação e na qualidade de vida dos animais de estimação”, explica Flavio.


Durante o período de pós-internação, o tutor deve manter a rotina de alimentação do animal, oferecendo quantidades calculadas de acordo com a necessidade de cada indivíduo, sempre acompanhado de água fresca e limpa em abundância.

“Os alimentos úmidos também são ótimos aliados no processo de recuperação, já que são altamente palatáveis, o que os torna muito atraente para os cães e gatos com falta de apetite. Sua textura macia também facilita a mastigação”, ressalta Flavio.

Cada pet é único, bem como sua recuperação. É importante ter sempre o acompanhamento de um médico-veterinário e seguir as indicações medicamentosas e alimentares prescritas de acordo com o histórico de saúde.

Assim como os humanos, pets também gostam de ambiente agradável


Quem, em sã consciência, gosta de um calor de 45º ou de um frio de -5º? Pois da mesma forma que os seres humanos não são simpáticos a temperaturas extremas, cães e gatos também não. E isso exige que todo o cuidado com os bichinhos inclua também mantê-los confortáveis em relação ao clima, protegendo-os de temperaturas adversas.
Para isso, é necessário entender como funciona a temperatura corporal dos doguinhos e dos felinos, que são bem semelhantes. Se para os humanos a temperatura média saudável oscila entre 36,1º e 37,2º, para os cães é um pouco maior: 37,5º a 39,5º; enquanto para os gatos varia entre 38º e 39,2º. Ou seja, o que para nós já seria febre, para eles ainda é o normal.
“Isto significa que cães e gatos tendem a sentir mais frio do que calor, o que não significa que as temperaturas mais altas não os incomodem. Na verdade, eles são mais sensíveis às variações térmicas porque não suam como os seres humanos, para fazer a troca de calor com o ambiente externo. Essa regulação térmica neles ocorre pela língua”, explica Simone Cordeiro, diretora comercial de uma empresa de plano de saúde específico para pets.
A orientação, segundo ela, serve para quem utiliza com frequência aparelhos de ar condicionado ou aquecedores em casa. “A climatização interfere diretamente no bem-estar desses animais, e eles costumam ficar inquietos, incomodados, se a temperatura não estiver agradável. Por isso, convém observá-los quando o aparelho estiver em funcionamento”, pontua Simone.


Além disso, acrescenta, os pets se incomodam mais com fontes quentes, e buscam evitá-las. É comum, nessas circunstâncias, que eles tentem encontrar ambientes da casa mais adequados. “Para nós, é gostoso deixar o ambiente bem friozinho e se enfiar debaixo do lençol para assistir à TV. Mas para quem tem um pet, é bom pensar duas vezes se ele estiver no mesmo local”, sugere a diretora.
Simone orienta que os cuidados com os pets, tanto nos dias frios quanto nos mais quentes, são os mesmos dos seres humanos. “No calor, precisamos nos hidratar mais, evitar o sol nos períodos mais quentes do dia, tomar banhos mais frescos. No frio, nos agasalhamos, diminuímos a quantidade de banhos, apreciamos refeições mais calóricas. Com eles não é muito diferente. A fórmula para entendê-los é aquela que todo dono de pet já conhece: misturar sensibilidade, empatia e muito amor”, conclui.

De volta à polêmica

Mas, afinal, os bichos de estimação podem mesmo pegar covid? A resposta é sim, e há diversos estudos que confirmam essa possibilidade.
Porém, pelo que se sabe até agora, esses casos são raros e a infecção tende a ser bem mais leve neles.


O caso da Tailândia
O episódio aconteceu em agosto de 2021 na cidade de Bangcoc, capital da Tailândia. O relatório completo sobre o caso foi publicado no final de junho deste ano no periódico científico especializado Emerging Infectious Diseases.
Um pai e um filho, cujas identidades foram preservadas, receberam diagnóstico positivo para covid e, seguindo a recomendação local, foram transferidos para uma unidade de isolamento na cidade de Songkhla, localizada no sul do país.
Na mudança temporária, eles levaram um gato, que ficou no mesmo quarto deles por alguns dias.
Depois, o animal foi transferido para um hospital veterinário, onde passou por uma avaliação e alguns exames, que depois comprovaram que o bichano também estava com covid.
Durante a consulta, na hora em que a veterinária passou o swab (haste flexível) no nariz do gato, ele espirrou.
A profissional usava máscara e luvas, mas estava com os olhos desprotegidos — e foi provavelmente nesse momento que a transmissão do coronavírus para ela aconteceu.
Três dias após a consulta, a veterinária estava com febre, tosse e espirros. Um teste confirmou o diagnóstico de covid nela também.
Mas como os cientistas sabem que o patógeno veio mesmo do gato? Ao analisar o histórico da paciente, eles viram que nenhum contato próximo dela estava com covid naqueles dias (o que diminui a probabilidade de a infecção ter ocorrido a partir de outro indivíduo).
Para completar, os autores do trabalho realizaram análises genéticas de amostras colhidas do pai, do filho, da veterinária e do gato. Todos apresentavam a mesma variante do vírus, com sequências genéticas idênticas. Isso, por sua vez, reforçou a possibilidade de a transmissão ter acontecido por meio do gato.
Um ‘retorno’ à natureza?
A história do gato na Tailândia está longe de ser única.
Ao longo dos últimos dois anos, cientistas de várias partes do mundo descreveram outros episódios de animais que também se infectaram com o coronavírus e até desenvolveram alguns sintomas.
Foi o caso de diversas espécies que vivem em zoológicos e santuários, como leões, tigres, leopardos, lontras, gorilas, hienas, quatis, hipopótamos e até peixes-boi.
O Sars-CoV-2, coronavírus responsável pela pandemia atual, também foi encontrado em bichos de estimação, como gatos, cachorros, hamsters e furões.


Muito provavelmente, todos esses animais tiveram contato com cuidadores e tutores que estavam com covid.
Algumas espécies, porém, não apenas se infectaram, como também há evidências de que tenham transmitido o patógeno de volta para outros seres humanos.
Por ora, são quatro os episódios que se encaixam nessa categoria: os visons (ou minks, animais usados pela indústria de casacos de pele) na Europa, os hamsters em Hong Kong, os veados de cauda branca no Canadá e, mais recentemente, o gato na Tailândia.
Esse fenômeno é descrito entre os especialistas com o termo spillback (algo como “retorno”, em tradução livre para o português).
Ele é um processo contrário ao spillover (algo como “transbordamento”), que acontece quando um patógeno que circula numa espécie passa a afetar algumas outras.
O spillover foi o que provavelmente aconteceu com o Sars-CoV-2: a tese mais aceita é a de que ele infectava apenas morcegos no Sudeste Asiático quando sofreu uma série de mutações genéticas que permitiram que ele “pulasse”, ou “transbordasse”, para seres humanos e começasse a ser transmitido de pessoa para pessoa.
“Cerca de 75% das doenças infecciosas que nos afetam surgiram a partir de outros animais. Os vírus, bactérias, fungos e protozoários estão lá, no hospedeiro natural, como um animal silvestre, sofrem mutações e adquirem uma afinidade por um novo hospedeiro”, detalha a bióloga molecular Ana Gorini da Veiga, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).


A pesquisadora lembra que essa não foi a primeira vez que um coronavírus “pula” para os seres humanos nas últimas duas décadas. Em 2002, o Sars-CoV passou por morcegos e civetas até chegar a nós. Já em 2011, o Mers-CoV, antes restrito a morcegos, camelos e dromedários, ganhou a habilidade de circular entre as pessoas.
Em paralelo ao spillover, o spillback também aconteceu com o causador da covid, o Sars-CoV-2: várias espécies de animais, que antes não eram afetadas por esse patógeno, também começaram a ser infectadas de 2020 para cá.
Devo me preocupar?
Apesar dos casos documentados, os especialistas entendem que a infecção pelo Sars-CoV-2 é muito rara em outros animais.

E nada indica que o patógeno esteja evoluindo para infectar com mais voracidade outros seres além dos próprios humanos.


Algumas precauções básicas
Uma pessoa que está com covid e precisa se isolar em casa deve tomar algum cuidado especial com os animais de estimação?
Os especialistas orientam manter um certo distanciamento do bicho, caso seja possível.
Muitas vezes, durante a quarentena, o animal é uma ótima companhia. Porém, se você for ficar no mesmo ambiente, vale manter um distanciamento, usar máscara e reforçar os cuidados de higiene.
Manter o convívio com o pet não vai representar uma grande ameaça. Não podemos repetir o que aconteceu em 2020, quando vários animais foram abandonados por seus tutores.
Ou seja: se você puder se isolar e outra pessoa cuidar do animal, melhor. Mas se você mora sozinho ou não tem com quem deixar, pode manter a rotina dentro de casa.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos orienta que não se deve colocar máscaras nos animais — isso pode até causar algum mal à saúde deles.
Também não há necessidade de passar álcool em gel, desinfetante ou outros produtos de limpeza nas patas, no pelo ou na pele dos bichinhos.
Por fim, vale sempre conversar com o veterinário se o seu animal de estimação apresentar algum sinal atípico, abandonar a rotina, sentir-se prostrado e parar de comer, beber água ou fazer cocô e xixi.
Esses sintomas podem significar que ele está com alguma doença — e o diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento com rapidez.

Como funciona a memória dos cães?


Leandro Mendes, adestrador e comportamentalista, responde esta dúvida e explica quais são os principais sentidos que aguçam a memória dos cachorros
Os cachorros, apesar de irracionais, são muito inteligentes e vivem surpreendendo seus tutores com seu comportamento, já que são capazes de aprender vários comandos e algumas vezes parecem nos entender melhor do que outras pessoas. Por isso, é muito comum surgir dúvidas sobre como funciona a memória dos cães.
Leandro Mendes, especialista em comportamento canino, explica que realmente a memória dos cachorros é muito boa. “Isso é muito fácil de perceber. Na internet tem muitos vídeos fofos com a reação do pet quando reencontra o seu tutor, geralmente eles fazem festa e choram de felicidade. Essa atitude mostra a habilidade que os cães possuem de recordar as coisas”.
O adestrador ressalta que o primeiro sentido que faz com que o cachorro se lembre, é o olfato. O cão possui um sistema olfativo milhares de vezes melhor do que o dos seres humanos e é capaz de detectar e identificar as moléculas de odor que estão constantemente voando e impregnado em pessoas e objetos. A visão e a audição se revezam como o segundo sentido mais importante para a memória canina.


“Os cães não ficam revivendo o passado ou pensando no futuro, os gatilhos olfativos, auditivos e visuais são o que faz ele lembrar de alguma coisa que é comum, interessante ou até mesmo fatos impactantes de forma positiva ou negativa em sua vida. Um exemplo, é quando ao longo do dia o cachorro destrói algum objeto dentro de casa, ele esquece da informação, mas quando o tutor vê o que aconteceu e fica bravo, o semblante, a expressão corporal e o cheiro tendem a mudar devido ao estresse e o cachorro percebe toda essa mudança e fica com a cara de culpado. No entanto, ele só mudou a reação, porque o seu dono mudou também e não por causa da associação ao ocorrido antes”, declara o adestrador.
Outro ponto importante sobre a memória dos amigos de 4 patas é que o tempo de associação canina é de 15 segundos. “Na fase de aprendizado e educação sanitária, é preciso recompensar o cachorro dentro de 15 segundos, porque ele consegue fazer a associação do que ele fez com a recompensa e o aprendizado é mais eficaz desta maneira. Por isso, existem muitos cães que após aprenderem, vão até os donos para mostrar que fez as necessidades no local correto, eles chamam a atenção para ganhar a recompensa”, finaliza Mendes.


Sobre Leandro Mendes
Adestrador e comportamentalista, Leandro possui mais de 8 anos de experiência na área. Iniciou os estudos sobre psicologia canina em 2008, para conseguir mais controle sobre os seus cães. Com o conhecimento obtido, começou a dar dicas para os meus amigos e os feedbacks recebidos o incentivaram a seguir na profissão. Em 2014 iniciou consultoria via whatsapp e um ano depois, já estava fazendo atendimentos presenciais. É de São Paulo.