Doença do carrapato- cuidados redobrados no inverno!

O inverno está instalado no Brasil e com a mudança de clima e a redução das chuvas, a incidência de carrapatos fica maior. Os dias mais secos favorecem a reprodução desses parasitas que, quando picam um animal, transmitem a temida “Doença do Carrapato”. Essa enfermidade é uma infecção grave causada por hemoparasitas que atacam o sangue do animal, podendo levá-lo à morte.

A doença do carrapato é apresentada em duas formas: a erliquiose — uma bactéria, e babesiose — um protozoário. Ambas acontecem de formas muito similares: os agentes atacam as células de defesa do corpo e afetam órgãos importantes como pulmão, rins e fígado. Além disso, essa doença não tem vacina, mas há cura e formas de prevenção como aplicação de medicamentos anti-pulgas e anti-carrapatos.

Quanto mais cedo os sintomas forem observados e o diagnóstico for determinado, maiores são as chances de cura. É de suma importância agir rapidamente e procurar por um veterinário. Com exames laboratoriais, o médico do seu cãozinho vai poder distinguir os micro-organismos, além de verificar a fase da doença e indicar o tratamento adequado.

Vale lembrar que a doença do carrapato é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida aos seres humanos. Os cachorros domésticos, tal como os gatos, podem ser reservatórios dos micro-organismos causadores da doença e, eventualmente, transmitirem aos seres humanos através de um vetor. Embora a doença do carrapato seja rara em felinos, existem vários casos relatados por médicos veterinários no Brasil.

Dra. Monique Rodrigues, médica veterinária especializada em animais de pequeno porte e CEO de uma grande clínica.

Intoxicação! Veja que alimentos são perigosos


Chocolate, alho, cebola, abacate, açúcar, adoçante e outros alimentos podem causar intoxicação nos pets
Procurar o veterinário rapidamente após a ingestão acidental minimiza danos e reduz chances de óbito
O olhar de “pedinte” do bichinho enquanto você come algo gostoso é praticamente irresistível. Não raro, os tutores cedem à “chantagem emocional” e compartilham o petisco. Porém, alguns alimentos podem ser muito tóxicos para eles, podendo provocar desordens gastrointestinais e envenenamento em curto espaço de tempo e provocar doenças a longo prazo.
“Entre eles, o mais perigoso conhecido é o chocolate, devido à presença da substância teobromina, extremamente tóxica para o fígado de cães e gatos. A ingestão de 20 mg, o equivalente a 4g de cacau, já pode levar a óbito, a depender do tamanho do animal”, cita Simone Cordeiro, diretora comercial de um plano de saúde para pets.
A lista temerária também inclui açúcar, adoçantes, especialmente o xilitol; produtos que contenham cafeína, temperos como cebola e alho, uvas (incluindo uva-passa), batata, abacate, castanhas e nozes e, claro, qualquer alimento que leve álcool. “O abacate, por exemplo, contém a substância persina, que é tóxica para os animais. Já a batata não contém riscos imediatos, mas o elemento solanina, que pode causar depressão nos animais”, informa Simone.
Alguns alimentos são tóxicos especificamente para cães; outros para gatos. Os felinos, por exemplo, devem ficar bem longe de azeitona e alimentos muito salgados, pois podem causar hipertensão e problemas renais a longo prazo. Já os cachorros não devem ingerir leite e derivados, pois a maioria deles é intolerante à lactose. “Os bichanos até podem tomar um leitinho e comer queijo e iogurte de vez em quando, mas não com tanta frequência, devido ao alto teor de gordura”, orienta Simone. Ah, alimentos gordurosos, em geral, também não saudáveis. Portanto, esconda de seu pet pizzas e hambúrgueres.
Os gatos também adoram uma carne crua. Tudo bem quanto ao frango e à carne bovina, eventualmente. Mas nada de salmão cru, devido à alta presença de parasitas. O peixe pode ser consumido por eles, mas apenas com a carne cozida. “Certifique-se de que a porção esteja limpa de espinhas, para não correr o risco de engasgo”, lembra Simone. O mesmo vale para os ossos, em relação às demais carnes.
É fundamental acionar o veterinário de sua confiança caso o bichinho apresente sintomas como vômito, diarreia e fraqueza. “Ser ágil é muito importante para que o especialista tente reverter o quadro de intoxicação alimentar aguda sem danos mais críticos ou mesmo o óbito. Um dos procedimentos que pode ser usado é a lavagem gástrica. Mas não tente eliminar a substância tóxica fazendo o bichinho vomitar: feito por um leigo, este procedimento pode até agravar a situação”, assinala Simone.

Carrapato no dente do cachorro


Pode parecer estranho, mas sim, os carrapatos podem se alojar também na boca dos cães. Geralmente eles são encontrados no sulco gengival, espaço entre o dente e a gengiva. O caso acomete animais mais distraídos, que não percebem o carrapato entrando na boca, ou quando o bicho morde alguma parte do corpo na qual o parasita estava alojado.
Segundo a médica-veterinária Beatriz Helena Pereira Pinheiro, o correto é retirar o parasita com uma pinça. “O procedimento pode ser feito em casa, mas com cuidado para não deixar a boca do carrapato ainda grudada no animal, pois pode dar inflamação e infeccionar. Com ajuda de uma gaze, deve-se passar álcool 70% no local onde estava o parasita. Depois, escovar os dentes do animal com pasta veterinária”, orienta. Porém, se houver dificuldade no procedimento, o mais indicado é procurar a ajuda de um médico-veterinário.
O carrapato é um parasita externo que se alimenta de sangue e acomete animais silvestres, domésticos e até mesmo humanos. Segundo a médica-veterinária Isabella do Espirito Santo Martins, a preocupação não é só com a infestação no animal ou no ambiente, mas sim com a transmissão da “doença do carrapato”, provocada por quatro tipos de micro-organismos que causam as seguintes enfermidades: babesiose, rangeliose, erliquiose e anaplasmose. Todos podem causar anemia, plaquetas baixas, sangramentos e uma série de outras complicações muito sérias que podem levar ao óbito.
“A hemoparasitose pode causar anemia nos animais, podendo levar a níveis de hematócritos bem baixos, o que leva o bicho a precisar de transfusão sanguínea”, conta a médica-veterinária Bruna Assolini Cardoso.
Para o tratamento do pet, existem medicações orais, sprays e pitetas para serem aplicados na pele, além das coleiras que agem como repelente contra algumas pragas, como pulgas e carrapatos.
“Para evitar infestações no animal, devem ser feitas aplicações periódicas, com o uso adequado de remédios específicos que, dependendo do fabricante, duram em média de 30 dias até 3 meses”, explica Bruna.
“A diferença entre os tratamentos é que uma medicação oral para controle vai matar o carrapato quando ele picar o animal, e, dependendo da carga parasitária, a doença pode ser transmitida já nesse primeiro contato. Os modelos repelentes (líquidos aplicados na pele e coleiras), não deixam o parasita picar”, completa Isabella.

Esclarecendo

Algumas pessoas ainda questionam sobre o aumento de casos de câncer em pets. Aqui está uma análise excelente do

Promover a saúde de cães e gatos com a utilização de um alimento de qualidade faz parte do processo de guarda responsável. Tutores procuram, por meio de alimentos e consultas regulares com médicos-veterinários, au-mentar a longevidade e qualidade de vida de seus pets. Nesse processo, vale o questionamento: como tutores de pets, o que estamos fazendo há anos é, realmente, a melhor opção?

A relação entre humanos e animais de estimação mudou, e segue mudando, ao longo do tempo. Hoje, cães e gatos são considerados membros da família, melhores amigos dos humanos e, em alguns casos, são até tratados como filhos. Com a evolução e o estreitamento dessa relação, os conhecimentos sobre a medicina veterinária também evoluíram, principalmente em relação à nutrição de cães e gatos e ao diagnóstico precoce de doenças.

Alimentar nossos melhores amigos com restos de comida não era mais suficiente, nem do ponto de vista afetivo e, muito menos, do ponto de vista da saúde. Perder nossos pets por doenças desconhecidas também passou a ser quase inaceitável. Nesse contexto, os alimentos comerciais extrusados (ou “rações”) surgiram para preencher essa lacuna, já que passamos a entender mais sobre os nutrientes que cães e gatos precisam para viver mais e melhor. Além disso, métodos diagnósticos, medicamentos e profissionais capacitados passaram a fazer cada vez mais parte da rotina de nossos pets.

Graças a todo esse avanço, cães de pequeno porte, por exemplo, que antigamente viviam, em média, até os 9 anos, hoje podem viver muito mais, com relatos corriqueiros de animais que atingem os 17 ou 18 anos. Toda essa evolução, portanto, teve impacto muito positivo na longevidade e qualidade de vida de nossos pets.

Contudo, como consequência desse aumento de expectativa de vida, os médicos-veterinários passaram a diagnosticar doenças que antes poderiam passar despercebidas. Logo, os pets começaram a ter suas doenças detectadas com mais frequência, principalmente as mais comuns em idosos, como o câncer.

Vale reforçar que não há nenhuma comprovação científica que aponte o alimento comercial extrusado (ração) como causador do desenvolvimento de tumores. Esse é, inclusive, um dos grandes mitos sobre esse tipo de alimentação, que faz com que tutores muito bem-intencionados procurem alternativas nada saudáveis para seus pets como, por exemplo, dietas caseiras desbalanceadas, dietas cruas, entre outras. As evidências científicas indicam que uma dieta completa e balanceada está diretamente relacionada à saúde e longevidade do animal.

A causa do desenvolvimento de tumores em cães e gatos é extremamente multifatorial, o que significa que muitas coisas podem influenciar o pet a ter ou não a doença. São alguns exemplos: predisposição genética, exposição constante à poluição ou tabaco, obesidade, consumo de substâncias tóxicas, entre outros.

Muitos alimentos de alta qualidade disponíveis no mercado buscam sanar ou minimizar predisposições a doenças que o animal possa apresentar. A nutrição de alta qualidade, comprovadamente, oferece mais qualidade de vida aos cães e gatos, saudáveis ou não. Para escolher o alimento ideal para o seu pet, busque a recomendação de um médico-veterinário de confiança e, junto com ele, opte por empresas especialistas no assunto, com transparência e ética em seu processo produtivo, além de produtos de alta qualidade.

Fonte: Correio Online

Brenda Valéria dos Santos Oliveira

Participante do 1º Simpósio de Terapia com Células-Tronco

Graduação na Universidade de Uberaba (2019)

Estágio com ênfase em clínica e cirurgia de equinos na Universidade de La Republica (Uruguai)

Pós graduação em clínica e cirurgia de equinos pela Universidade de São Paulo (USP-FZEA)

Mestranda em clínica e cirurgia de equinos pela Universidade de São Paulo (USP-FZEA)

Diabetes Mellitus — Saiba como essa doença afeta o seu pet

Para não comprometer o bem-estar e longevidade dos animais de estimação, é preciso se atentar aos cuidados com a saúde dos pets. Assim como nós, humanos, nossos amigos de quatro patas também podem desenvolver diabetes. Conhecida como diabetes mellitus, a doença atinge cerca de 5% dos cães, comum na espécie, e rara em gatos. É uma doença endócrina, sem cura, que consiste em uma desordem no pâncreas em que suas células produtoras do hormônio insulina, por alguma razão, deixam de secretá-lo ou diminuem sua secreção, ou ainda ocorre a chamada resistência à insulina.

A insulina é o hormônio responsável por controlar o açúcar do sangue e, sua falta, ou a incapacidade desse hormônio de exercer a sua função, leva ao aumento dos níveis de glicose na corrente sanguínea (acima de 120 mg/dL). As causas principais no surgimento da diabetes ocorrem devido a fatores genéticos, inflamatórios, hormonais, imunológicos ou nutricionais, tanto em cães ou gatos, normalmente de meia-idade a idosos.

É muito importante observar se o seu animal apresenta aumento na ingestão de água, urina em excesso, perda de peso e aumento do apetite. Caso apresente esses sinais, um veterinário deverá ser consultado. O diagnóstico da doença requer uma avaliação minuciosa com exames complementares, associado ao histórico do animal. Uma completa avaliação na saúde do paciente diagnosticado com diabetes é recomendada para identificar qualquer doença que possa estar causando ou colaborando com a diabetes.

A doença é classificada em dois tipos, o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é mais comum em cães, e está relacionada com a perda ou disfunção da secreção de insulina, já o tipo 2, é mais frequente em felinos. Este tipo está relacionado com a diminuição da sensibilidade à insulina nos tecidos.

O tratamento da diabetes requer muita dedicação do responsável pelo animal. Isto acontece, pois, são necessários monitoramentos constantes no nível de glicemia, dose da insulina, nutrição adequada e ingestão de água, que deverá ocorrer durante todo o tratamento. A diabetes é uma doença que não tem cura, mas com o tratamento adequado, acompanhamento veterinário e dedicação do seu responsável, é possível que o animal tenha qualidade e expectativa de vida similar à de um animal não diabético.

Tatiana Harumi Saito é Médica Veterinária e Endocrinóloga de Pequenos Animais.

Claudia Frare Lameirinha

Participante do 1º Simpósio de Terapia com células -Tronco

Graduação pela Universidade presidente Antônio Carlos 2009. Pós-Graduação em Reabilitação, Fisiatria e Ortopedia pelo IBRAVET( Instituto Brasileiro de Reabilitação Animal de São Paulo),Pós-Graduação em Acupuntura Veterinária pelo Instituto Jackeline Pecker, atuo com células-tronco há 4 anos , proprietária do INSTITUTO VETERINÁRIO ORTOFISIO (IVO) em Uberlândia desde 2011.

Pet idoso exige atenção redobrada com a alimentação


Adequar a dieta nessa fase da vida proporciona mais bem-estar e longevidade a cães e gatos


Assim como os humanos, cães e gatos são impactados fisicamente pelo avanço da idade. Felizmente, eles também já podem contar com o desenvolvimento das especialidades médicas – no caso a veterinária –, uma alimentação de alta qualidade e cuidados que favorecem o aumento de sua expectativa de vida. Adequar especialmente sua alimentação é muito importante para proporcionar bem-estar e longevidade.

“São considerados idosos os cães de portes pequeno e médio a partir de 7 anos, e de porte grande a partir dos 5 anos. No caso dos gatos, a partir dos 12 anos eles entram na senioridade” explica Flavio Silva, médico-veterinário.

Para chegar bem e saudável à “melhor idade”, é importante que o tutor tenha uma atenção especial com a alimentação do pet. “Cães idosos, por exemplo, têm uma tendência à obesidade, por isso, devem ser estimulados a exercícios diários. Já para o gato idoso a tendência natural é o emagrecimento. Nesse caso, a atenção, deve ser focada na quantidade de energia que vai ingerir por dia”, explica Flavio.

Nutrição adequada
Segundo o médico-veterinário, o alimento para o pet idoso deve ser formulado especialmente para atender as necessidades dessa fase da vida, considerando necessidade energética, ingredientes para proporcionar mais vitalidade, saúde articular, equilíbrio intestinal, saúde oral, prevenção de problemas de saúde decorrentes do avanço da idade e o bom funcionamento do organismo como um todo. O formato do grão também tem importância nesta fase, uma vez que precisa facilitar a preensão e mastigação.

Animais idosos também podem ter diminuição da sua integridade cognitiva. Por isso, o tutor deve prestar bastante atenção em mudanças de comportamento e, a qualquer sinal de alteração, é importante levá-los a um especialista para investigação e melhor tratamento para o cão ou gato.

“Os alimentos de alta qualidade, como os super premium, oferecem ao pet mais saúde e longevidade, pois foram formulados de forma equilibrada para minimizar e prevenir as consequências decorrentes do avanço da idade”, afirma Flavio Silva.

Assim como em todas as fases da vida, o tutor deve oferecer apenas a quantidade diária de alimento recomendada pelo médico-veterinário ou no verso da embalagem. A oferta abundante de água limpa e fresca, carinho, atenção, atividades diárias e consultar regulares ao médico-veterinário também são imprescindíveis para a saúde e qualidade de vida dos pets.

Antonieta Lourenia Gomes

Participante do 1º Simpósio de Terapia com Células Tronco

Graduação em medicina veterinária pela universidade de Uberaba (2010)
Mestrado em Sanidade e produção animal nos trópicos com ênfase em fertilização em vitro bovina ( 2014).
Pós graduação em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais pelo instituto Qualittas (2018)
Pós graduação Lato – sensu em Hematologia e Banco de Sangue pela Acadêmia de Ciências e tecnologia (2020).
Atualmente trabalha em laboratório de análise clínica veterinária, com 8 anos experiência na área.

Douglas Gomes Borges

Participante do 1º Simpósio de Terapia com Células Tronco

Médico veterinário pela universidade de Franca -UNIFRAN- Franca/SP Fez estágio com enfase em clínica médica e Neurologia na universidade estadual de Louisiana-Estados Unidos (LSU) Especializado em Neurologia clínica veterinária -BIOETHICUS- Botucatu/SP Aprimorando em Intensivismo pela -UFAPE- SÃO PAULO
Atuante na área de neurologia e Neurointensivismo