Zoonoses: Por que vacinar o pet é importante para proteger a saúde dos humanos?


A imunização estratégica dos animais de estimação auxilia na diminuição dos riscos e a transmissão de doenças para a população em geral
O ambiente em que vivemos é naturalmente colonizado por microrganismos diversos, como fungos, bactérias, vírus e protozoários. Muitos destes agentes vivem em harmonia com o ser humano e outros seres vivos, sem trazer malefícios para a saúde, enquanto outros acabam gerando doenças infectocontagiosas que podem ter consequências graves ou até mesmo letais.
Algumas das doenças infectocontagiosas podem ser transmitidas naturalmente de animais para os seres humanos, e vice-versa. Estas doenças recebem o nome de zoonoses e têm importante destaque na medicina veterinária, pois a vacinação dos animais também auxilia na redução da taxa de contágio de outros animais e seres humanos, além de proteger individualmente o animal vacinado contra a doença.
“O contato do ser humano com os animais está se tornando cada vez mais íntimo, principalmente quando falamos de cães e gatos, que muitas das vezes vivem dentro de casa e dividem sofás e camas com seus tutores. A imunização destes animais é de extrema importância para a proteção deles contra doenças infectocontagiosas, mas também traz uma contribuição muito relevante para a saúde pública, porque ajuda diretamente na prevenção de zoonoses, ou seja, a proteção do pet reflete na proteção dos humanos de sua convivência”, explica a médica-veterinária Nathalia Fleming, gerente de produtos Pets da Ceva Saúde Animal.
Nathalia alerta que algumas zoonoses demoram algum tempo para serem diagnosticadas nos animais, o que deve ser um ponto de atenção já que eles podem atuar como fonte de contaminação. “Isso vale principalmente para as doenças que precisam de um vetor, como o mosquito, para a sua disseminação. Dois exemplos importantes são a Leishmaniose e a Dirofilariose”, reforça.
Para entender melhor sobre a importância de manter a carteirinha de vacinação do pet em dia, veja as quatro principais zoonoses que podem afetar pets e humanos, e que podem ser prevenidas com as visitas regulares ao médico-veterinário:
1 – Raiva:
A Raiva é uma doença incurável, letal, causada por um vírus que atinge o sistema nervoso central (cérebro) e pode acometer todas as espécies de mamíferos. O vírus causador da doença se aloja nas glândulas salivares do mamífero contaminado e ali se prolifera, promovendo o sintoma mais conhecido da doença: a salivação excessiva.
Posteriormente o vírus migra para o sistema nervoso central, ocasionando os outros sintomas da doença: medo de água, incômodos com a claridade (fotofobia), depressão, perda de apetite e comportamento agressivo.
Os animais de companhia podem ser contaminados pelo contato com a saliva dos morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) ou de outros animais que tenham a doença (equinos, bovinos, suínos, caprinos, raposas, gambás, primatas…). Já os seres humanos são contaminados em sua maioria pela mordida de gatos e cachorros que possam estar com o vírus.
A doença tem tanta importância que o seu controle acontece por campanhas governamentais de vacinação anual dos pets e de outros animais que convivem diretamente com os seres humanos (equinos, bovinos, pets silvestres…).

2 – Leptospirose:
A Leptospirose é uma zoonose causada principalmente pela bactéria Leptospira interrogans, e afeta diversas espécies de mamíferos domésticos e selvagens. Os principais hospedeiros da bactéria e agentes transmissores da doença são os roedores.
A Leptospira sp. contamina o ambiente através da urina dos ratos e penetra no organismo de outros animais, incluindo cães, gatos e seres humanos, através da água ou urina contaminada em contato com a pele lesionada e/ou mucosas. A bactéria se aloja principalmente no fígado e nos rins, causando diversos problemas de saúde e pode levar ao óbito.
Cães, gatos e outras espécies de animais que são contaminados pela bactéria passam também a eliminá-las pela urina, sendo um fator epidemiológico importante na disseminação da doença.
Em épocas de chuva e alagamentos a incidência da doença aumenta, o que deixa em alerta os órgãos públicos de saúde, especialmente em locais com saneamento básico precário.
A vacinação anual dos animais contra a leptospirose auxilia na proteção do pet uma vez que impede que a bactéria se instale nos rins, fígado ou outros órgãos, e que seja eliminada pela urina, atuando também na ruptura do ciclo de contaminação de outros animais e de humanos.

3 – Leishmaniose Visceral Canina (ou Calazar):
A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por um protozoário que vive e se multiplica no interior dos macrófagos, células que fazem parte do sistema de defesa do organismo. Diferente das zoonoses citadas anteriormente, ela não é uma doença contagiosa, ou seja, para que aconteça a transmissão do protozoário para um animal doméstico, silvestre ou ser humano, é necessário que exista um vetor, e no caso da leishmaniose os vetores são os mosquitos flebotomíneos (que se alimentam de sangue).
O mosquito-palha, também conhecido como birigui, ingere o protozoário Leishmania sp. junto com o sangue do animal ou pessoa contaminada e, ao picar outro animal ou pessoa que não tenha a doença, deposita o protozoário na corrente sanguínea.
“A Leishmaniose é uma doença sistêmica, ela acomete vários órgãos como o fígado, baço e medula óssea. É uma doença de evolução longa, que pode durar meses ou anos, não existe cura para a Leishmaniose em cães e o pet contaminado vai precisar de um acompanhamento veterinário constante pelo resto da vida”, explica Nathalia.
Devido a essa característica de evolução longa da doença, muitos animais são contaminados com o protozoário, mas demoram até 1 ano para manifestar sinais clínicos da doença. Durante este período, o protozoário permanece se multiplicando no organismo do animal, que serve como um reservatório e acaba facilitando a proliferação da doença pela região em que vive.
O vilão e transmissor da doença é o mosquito, mas nem sempre é fácil combater a existência destes insetos no ambiente, especialmente nas épocas de maior calor e umidade.
“Nos dias de hoje nós conhecemos mais sobre a doença, e os animais com diagnostico positivo para a Leishmaniose passam por tratamento que ajudam a reduzir o número de protozoários no cão, mas não existe cura definitiva. Por isso, prevenir a doença através da vacinação continua sendo a melhor forma de garantir que os cães não contraiam o protozoário e possam ter uma vida longeva, protegidos e mais saudáveis, sem gerar preocupações ou riscos para os humanos que os cercam”, Nathalia elucida.

4 – Dirofilariose:
A Dirofilariose também é conhecida como doença do verme do coração, causada por um parasita nematóide que lembra a lombriga chamado Dirofilaria immitis. Da mesma forma que a Leishmaniose, a Dirofilariose é transmitida através da picada de mosquito, como o Aedes aegypti, que ingere as microfilárias de um animal previamente infectado. Essas microfilárias se desenvolvem dentro do mosquito e, a cada nova picada, ele as elimina em um novo hospedeiro.
Quando a pessoa ou animal é picado pelo mosquito que contém as larvas da Dirofilaria immitis, essas larvas migram pela corrente sanguínea até o tecido subcutâneo ou muscular, onde se tornam jovens adultas. Após cerca de 100 dias, elas chegam ao coração e se alojam no ventrículo direito e nas artérias pulmonares, ali elas crescem e se proliferam, liberando novas larvas na corrente sanguínea.
“A presença dos vermes no coração e nas artérias pulmonares promovem lesões nestes dois tecidos, promovendo sintomas cardiorrespiratórios como tosse, dificuldade em respirar, intolerância ao exercício e desmaios. Quando os vermes estão em grande concentração eles podem promover a insuficiência cardíaca congestiva”, Nathalia conta.
A médica-veterinária elucida que, nos cães e gatos, a morte do parasita pode ocasionar a obstrução dos vasos sanguíneos e ter consequências graves. Já nos seres humanos, por se encontrarem em maior concentração nos pulmões, a morte dos vermes acarreta lesões com intensa reação inflamatória pulmonar.
A dirofilariose é a única das zoonoses citadas que pode ser prevenida por meio de vacina ou vermífugos de uso recorrente, indicado especialmente para os pets que moram ou frequentam áreas litorâneas e com alta incidência de mosquitos.

“Estas zoonoses são muito importantes para a saúde pública, por afetarem os seres humanos e o alto índice de consequências sérias. Vacinar e proteger os pets contra essas zoonoses é um compromisso com a saúde animal e com a sociedade como um todo, pois ajuda a limitar os riscos e a transmissão das doenças para a população. Manter a carteirinha de vacinação e a rotina de vermifugação dos pets em dia é também uma forma de se proteger contra estes agentes”, finaliza.

Cuidado durante a Páscoa: chocolate pode matar seu pet


Um pedacinho de 50g já pode ser fatal para os animais, por conta da teobromina, substância encontrada no cacau
Antes, durante e após a Páscoa é o período do ano em que a casa se enche de chocolate, especialmente quando se tem criança. O que muita gente desconhece, porém, são os perigos desse tipo de alimento para cães e gatos. Desde pequenas porções, que causam vômito, diarreia e desidratação, até grandes quantidades, que podem resultar na morte dos animais.
A grande maioria dos chocolates é produzida com cacau, que tem substâncias que os pets não conseguem metabolizar, como a cafeína e a teobromina, conforme explica a doutora em Clínica Veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo (UP), Thais Casagrande. “Mesmo sentindo-se atraídos pelo cheiro doce do chocolate, eles não conseguem tolerar o consumo, pois é extremamente tóxico, principalmente por conta da teobromina”, detalha Thais, ressaltando que, por conta disso, quanto maior a concentração de cacau no chocolate, mais tóxico é para os cães.
A intoxicação causada pela teobromina apresenta sintomas relacionados ao sistema gastrointestinal, como vômito, diarreia, maior quantidade de urina (para tentar eliminar essa substância), aumento de volume abdominal, gases, taquicardia e taquipneia. Além disso, dependendo da intensidade deles, podem provocar problemas neurológicos, como convulsão, resultando na morte do animal, aponta Thais. “A teobromina pode ficar até 17,5 horas no organismo e, conforme vai sendo absorvida, vai aparecendo e intensificando os sintomas clínicos que os pets podem apresentar”, conta.
A médica-veterinária explica que a letalidade do ingrediente depende diretamente da quantidade de concentração de cacau no chocolate ingerido em relação ao peso do animal. “50g de um chocolate ao leite, que normalmente tem uma concentração mais baixa de teobromina, pode conter até 100 mg da substância, que já é uma dose fatal para os animais. A intensidade dos sintomas pode variar de acordo com a sensibilidade do animal, mas os estudos mostram que essa quantidade já é o suficiente para causar a morte”, alerta.
Caso haja a ingestão, é importantíssimo levar o pet imediatamente ao médico-veterinário, pois os sinais clínicos podem demorar a aparecer, por conta da demora do sistema em metabolizar essas substâncias. “Até quatro horas após a ingestão é o tempo de maior eficiência do tratamento para evitar consequências mais graves, pois o médico-veterinário pode fazer com que o pet elimine as substâncias tóxicas antes mesmo de serem absorvidas pelo corpo”, salienta a professora.
Thais revela que, no período da Páscoa, é perceptível o aumento dos casos de ingestão de chocolate nas clínicas veterinárias, seja acidentalmente ou por falta de conhecimento das pessoas, pois há casos em que o doce é dado pelos próprios tutores como forma de agrado para o animal. “Existem chocolates próprios para os pets que não contêm essas substâncias tóxicas para eles, mas que não devem ser consumidos com frequência, pois possuem muitas calorias”, finaliza a médica-veterinária, que recomenda alimentos doces que sejam mais naturais e não tóxicos para os bichinhos, como algumas frutas, que também são atrativas, como maçã, banana e morango.

Afinal, faz bem dividir a cama com os pets?


Dormir com animais de estimação pode ter efeitos positivos e negativos sobre a saúde, tanto dos donos quanto dos pets.
Pets adoram tomar conta de todos os espaços da casa. E a cama do dono certamente é um dos seus locais preferidos. Mas, compartilhar nosso leito com os animaizinhos é uma boa alternativa? Quais os prós e contras de ter amigos de quatro patas na cama? Há efeitos em nossa saúde, sejam eles bons ou ruins?
Pensando nessas questões, Theresa Schnorbach, especialista em sono de uma empresa de Colchões, traz importantes informações e respostas sobre ter os pets dormindo com seus tutores.
Vantagens
Quando estamos sem parceiros, dormir com animais de estimação diminui a insônia e melhora a qualidade do sono. A título de exemplo, um estudo de 2018 sobre o sono das mulheres comprovou que cães pouco ou nada perturbavam seus sonos e ainda despertava uma forte sensação de segurança e conforto.
Um outro estudo, conduzido pela National Library of Medicine, descobriu que dormir com animais de estimação ou interagir regularmente com eles pode aumentar a interação social de uma pessoa, além de melhorar sua saúde mental. Não é por acaso que animais são usados em várias técnicas de terapia, constituindo-se num grande apoio para pessoas solitárias ou que sofrem de certas condições de saúde mental.
Por outro lado, dormir com o dono também beneficia os cachorros, porque os ajuda a se sentirem amados e seguros. O cão considera seu tutor como parte da matilha, o que lhes traz fortes benefícios emocionais. Assim, dormir com o animal permite que ele crie um forte apego ao dono, beneficiando seu sono.
O mesmo vale para os gatos que experimentam o mesmo sentimento territorial dos cães. Se decidem dormir com o dono, é porque confiam nele e o sentem como um deles. Portanto, esta é uma boa forma de demonstrarem seu carinho e amor.
Desvantagens
Apesar disso, dormir com pets pode não ser benéfico para os humanos. Animais como gatos, que são mais ativos durante a noite, podem, em consequência, prejudicar a qualidade do sono de seus donos.
Por outro lado, os pelos desses animais também podem causar incômodo, ao provocar reações alérgicas em pessoas suscetíveis ou ao agravar a saúde de quem sofre de febre do feno. Animais de estimação podem, ainda, espalhar germes ao lamber o rosto ou o corpo de seu dono, aumentando, mesmo que em pequena proporção, o risco de doenças.
Dicas para dormir com animais de estimação
Se você planeja permitir que seu animal de estimação passe a dormir em sua cama, existem várias providências a serem tomadas, garantindo-se, assim, o sono mais seguro e tranquilo possível. Abaixo, algumas orientações do time de pesquisadores dessa empresa.
• Leve seu cachorro para passear à noite, para deixá-lo cansado.
• Estabeleça limites e domínios com o pet na hora de dormir.
• Treine os animais para esperar que o deixem na cama.
• Se o animal de estimação se comportar mal ou de forma agressiva, tire da cama imediatamente.
• Certifique-se de que seu animal de estimação esteja limpo.
• Mude regularmente a roupa de cama, para ficar livre dos pelos dos animais.
• Leve seu pet para visitas regulares ao veterinário para que sejam examinados e vacinados, evitando, assim, a transmissão de germes e doenças.
• Escolha um colchão com tecnologia que bloqueia o movimento e garante uma noite de paz para quem dorme em casal ou, no caso, com o pet. Além de
• Utilize um bom protetor de colchão, lavável, altamente respirável, com toque macio, tecnologia AllergyShield, contra os ácaros da poeira e as alergias a pelos de cães e gatos, e é 100% impermeável protegendo o colchão de comidas, bebidas, animais de estimação, e qualquer outro imprevisto!

Queda de pelos: mudança de estação ou problemas dermatológicos?


É possível distinguir se a queda de pelos é troca natural intensificada pela mudança de estação ou se o pet está com algum problema dermatológico.
Muitos pelos por toda a casa é uma reclamação constante dos tutores, e tende a se intensificar nas estações de transição (primavera e outono). Isso acontece porque é durante estas estações que a pelagem natural dos pets se prepara para o clima que está por vir, ou seja, calor no verão e frio no inverno, a fim de proporcionar um melhor conforto térmico para o animal.
Além disso, o pelo tem um ciclo de vida bem definido. Isso quer dizer que periodicamente o pelo morre, se desprende da pele do pet, e é substituído por um pelo novo.
“Essas trocas de pelos são chamadas de trocas fisiológicas, um processo natural pelo qual todos os mamíferos passam, em maior ou menor escala. Quem ter um pet precisa ter consciência de que em um momento ou outro vai ter alguns bolinhos de pelos rolando pelo chão, e que isso é normal”, explica Mariana Raposo, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.
Mas alguns problemas de pele podem desencadear quedas de pelos repentina e, para que os tutores consigam diferenciar uma troca natural de pelos e uma perda de pelos por problemas de pele, é preciso ficar atento a alguns sinais.
“Uma troca natural de pelos acontece no corpo todo do pet, então neste caso não ficam falhas no preenchimento de pelos, o animal não tem coceira e nem feridas na pele. Caso algum destes sintomas esteja presente, é provável que a queda de pelos seja patológica e o animal esteja com algum problema dermatológico, sendo recomendado passar assim que possível em uma consulta veterinária”, alerta.

De acordo com Mariana, as causas de quedas de pelo patológica são diversas e podem ser divididas em grandes grupos:

  • Deficiências nutricionais
  • Alergias diversas
  • Infestações de ectoparasitas (ácaros, pulgas ou carrapatos)
  • Doenças endócrinas (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo)
  • Fungos e Bactérias

“Saber a causa da queda de pelos é muito importante para realizar o tratamento adequado. Tratando a causa é possível frear a queda de pelos e fortalecer a barreira cutânea, que é uma proteção natural do organismo contra agentes lesivos, proporcionando mais saúde e bem-estar para o pet”, a médica-veterinária reforça.

Como cuidar da pele do pet?
Os cuidados com a pele e os pelos são importantes durante toda a vida, não devendo ser o foco apenas quando o pet apresenta algum problema dermatológico. Alguns destes cuidados podem e devem ser feitos pelo próprio tutor, como por exemplo escovar rotineiramente os pelos do pet.
“A escovação estimula as glândulas sebáceas da pele, que são responsáveis pela hidratação natural dos pelos, além da ação mecânica da escovação facilitar o destacamento dos pelos mortos e abrir caminho para os pelos novos nascerem de maneira saudável. Este procedimento que é simples e estreita os laços do pet com o tutor também ajuda na prevenção da inflamação dos folículos que deixam a pele suscetível a infecções bacterianas”, Mariana conta.
A profissional também recomenda manter o controle regular de ectoparasitas e a limpeza adequada dos ambientes que o pet frequenta, prevenindo as infestações por pulgas, carrapatos e até mesmo de ácaros.
“Outro ponto importante é hidratar e nutrir a pele do pet de maneira adequada. Fornecer nutrientes essenciais na dieta do animal, como suplementos com betaglucanas, os ácidos graxos essenciais, vitaminas, aminoácidos e minerais, ajuda a fortalecer a barreira cutânea de dentro para fora. Utilizar shampoos e hidratantes com formulações que nutrem e fortalecem a microbiota da pele a torna mais resistente às alterações ambientais e agressões do dia a dia. Essas ações em conjunto fortalecem a pele do animal com uma abordagem 360, cuidando do pet como um todo”, finaliza.

Hospital em Ribeirão Preto, SP, promove reencontro entre animais e tutores internados: ‘Impagável’

A foto é apenas ilustrativa e não corresponde aos personagens reais dessa história.

Para participar da iniciativa, famílias precisam pedir aprovação a médicos e apresentar laudo veterinário. ‘Vai ajudar na recuperação’, diz filha de aposentado internado desde janeiro.

Bastou a cocker  se aproximar para que um senhor de 70 anos, matar a saudade que o afligia havia mais de um mês. É que o aposentado está internado desde janeiro em um hospital de Ribeirão Preto- SP, devido a complicações causadas pela Covid-19.

Nesta semana, como recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) depois de 36 dias, ele pôde ver novamente Maia através de uma terapia com cães e gatos promovida pela unidade.

A visita contou várias medidas de precaução: a família teve que pedir autorização à equipe médica com 72 horas de antecedência e precisou apresentar laudo médico veterinário e comprovante vacinal da cachorra.

Além disso, o reencontro ocorreu em um espaço aberto do hospital filantrópico.

“Como a gente conversava sobre o que ele tinha vontade, ele falava da Maia. É um paciente que ficou entubado, e vem vencendo etapas importantes na vida. Essa humanização que esse hospital  conseguiu promover tem sido essencial para o paciente dar um passo adiante”, diz a médica intensivista que atendeu o aposentado.

O médico infectologista destaca que a iniciativa ultrapassa os limites da medicina e diz que a ação pode trazer inúmeros benefícios ao paciente.

“Isso transcende muita coisa que a gente tem na teoria da medicina. Traz alívio da dor e da angústia. Cria um grau muito grande de esperança na reabilitação e está comprovado por vários estudos que diminui o tempo de recuperação. O grau de satisfação é impagável”, pondera.

E a família?

A Filha desse senhor, que é auxiliar administrativa foi uma das responsáveis pela visita. A irmã dela, também participou da ação. Ela conta que o aposentado considera ser pai de três filhas: ela, Patrícia e Maia.

“Meu pai ama a Maia, é uma das filhas dele. Ficou na UTI e está indo para o quarto. Acho que, por conta da visita, ele vai para casa ainda essa semana (risos)”, brinca.

Já a irmã diz que o reencontro não foi bom apenas para a cachorra e pai, mas também para toda a família.

“Estou emocionada por ter a oportunidade de o meu pai poder ver a cachorrinha que ele tanto ama. Tenho certeza que ela vai ajudar na recuperação dele”, conta Patrícia.

Aspecto psicológico

A psicóloga que trabalha no Hospital ressalta que, durante a internação, o paciente costuma ficar privado da vida que tinha. Segundo ela, possibilitar esses reencontros significa resgatar vínculos e levar esperança durante um momento tão complicado.

“É muito importante pensar no cuidado com o paciente de forma integral. Quando o paciente vem a uma UTI, ele fica privado da vida que tinha lá fora. Dos amigos, da família. Então, promover reencontros é uma forma de restabelecer esses vínculos. É uma emoção muito grande, um cuidado além do essencial”, conclui.

Você conhece as principais doenças causadas por pulgas e carrapatos?


Pulgas e carrapatos provocam nos pets problemas que vão muito além da coceira motivada pela sua picada


É quase raro encontrar um cachorro ou gato que não tenha tido, nem uma vez na vida, contato com pulgas e/ou carrapatos. Um dos motivos principais é o fato de que as pulgas e os carrapatos viverem no ambiente, como jardins e parques, tapetes, assoalhos, na cama dos pets, em frestas e buracos, o que dificulta seu controle e eliminação total. Outro motivo é o clima tropical do Brasil na maior parte do ano, que favorece a proliferação destes parasitos.
“As pulgas e os carrapatos interferem no bem-estar a na saúde dos pets, sendo agentes transmissores de bactérias e protozoários, que atingem principalmente as células sanguíneas dos pets, além de causar verminoses. Por isso, o combate e a prevenção às infestações de pulgas e carrapatos são muito importantes”, alerta Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos da linha Pets de destacada indústria do segmento de saúde animal.

Dermatite Alérgica à Picada de Ectoparasitas (DAPE)
A doença mais conhecida causada por estes ectoparasitas é a DAPE (Dermatite Alérgica à Picada de Ectoparasitas), uma reação alérgica de hipersensibilidade às proteínas presentes da saliva das pulgas e dos carrapatos, que alguns pets podem desenvolver depois de serem picados.
“O primeiro sintoma da DAPE é a coceira intensa, principalmente na região de costas e base da cauda. O animal pode apresentar lesões avermelhadas e escoriações, e quando a DAPE se torna crônica é comum observar perda de pelos na região, formação de crostas, e pele e pelos com aspecto rugoso. Por ser uma reação alérgica de hipersensibilidade, não existe uma cura pra DAPE, apenas controle dos seus sintomas e ação estratégica de combate aos ectoparasitas”, Nathalia explica.

Dipilidiose (o verme da pulga)
Muitas vezes, ao coçar a região do flanco e as patas, os pets podem acabar engolindo uma pulga ou outra. As pulgas e alguns piolhos atuam como hospedeiros intermediários das formas larvais do Dipylidium caninum, e quando são acidentalmente ingeridas, estas larvas infestam o intestino delgado de cães e gatos.
Os sintomas clínicos da dipilidiose são irritação das mucosas intestinais, o que causa diarreia intermitente e com presença de muco, alteração no apetite e perda de peso. Na maioria das vezes, porém, as infestações são quase assintomáticas, sendo o único sinal perceptível o prurido anal, ocasionado pela migração das proglotes do verme.

Micoplasmose felina
A micoplasmose felina é causada pela bactéria Mycoplasma haemofelis, que é transmitida ao gato através da picada da pulga infectada, e ataca as células vermelhas do sangue (hemácias), provocando quadros de anemia. Os demais sintomas variam de animal para animal e são pouco específicos, como apatia, fraqueza, febre e falta de apetite.
“O tratamento para a microplasmose visa fortalecer o sistema imunológico do animal, para que ele consiga eliminar a bactéria, que permanece no organismo do pet por tempo indeterminado. Em muitos casos, quando existe queda de imunidade, o animal volta a apresentar todos os sintomas e a infecção volta a acontecer, tendo que passar pelo tratamento novamente”, elucida a médica-veterinária.

Hepatozoonose
Esta doença é causada pelos protozoários Hepatozoon canis e Hepatozoon americanum, que se instalam nas células de defesa do organismo, fígado e rins. O Hepatozoon é transmitido aos animais por meio da picada do carrapato marrom dos cães (Rhipicephalus sanguineus), e raramente acomete os gatos.
Os animais infectados pelo protozoário podem apresentar sintomas leves e quase imperceptíveis, e muitas vezes o diagnóstico acontece “por acaso” em exames de sangue de rotina, mas o tratamento precisa ser feito assim que o protozoário é detectado. Quando o número de protozoários é elevado, os animais apresentam anorexia, mucosas pálidas, febre, vômitos, diarreia, fraqueza, depressão e aumento dos linfonodos, podendo evoluir para o óbito.

Babesiose
A Babesiose é outra doença causada pela picada do carrapato marrom dos cães, que transmite hematozoários do gênero Babesia sp., que pode acometer cães e gatos (mais raro). O parasito invade as hemácias, onde se multiplica e a rompe, causando hemólise intravascular e buscando novas células para se multiplicar.
“A babesiose é uma doença bem séria, que começa quase sem sinais e ao evoluir pode ocasionar anemias severas nos animais, em alguns casos sendo necessário até mesmo transfusão sanguínea. Por promover a destruição das hemácias, atrapalha a distribuição de oxigênio pelo organismo, gerando cansaço e apatia. As mucosas (gengiva, olhos e genitais) podem apresentar coloração amarelada ou pálida, que caracterizam anemia”, detalha. “Quando não é tratado de forma correta, ou o tratamento demora a acontecer, os animais podem ter problemas no baço, rins e fígado”.

Erliquiose
Essa talvez seja a doença mais temida ligada ao carrapato dos cães, e é muito comum na clínica de pequenos animais. A bactéria, Ehrlichia canis, é transmitida pela picada do carrapato e, diferente da Babesia sp., as células sanguíneas de defesa (glóbulos brancos) e as plaquetas (responsáveis pela coagulação sanguínea) são as mais afetadas.
“Os animais com Erliquiose normalmente apresentam sangramento no nariz, que é o que ajuda a diferenciar a doença de outras, mas o diagnóstico específico precisa ser feito com rapidez para que o caso tenha maiores chances de cura completa, já que a eliminação total da bactéria pode ser bem difícil, especialmente nos casos crônicos. É preciso ter bastante disciplina no tratamento e manter um acompanhamento veterinário constante”, Nathalia alerta.

Pulgas e carrapatos podem até ser pequenos aos olhos e passar despercebido por um tempo, mas têm a capacidade de provocar “problemões” aos cães e gatos, além de muita coceira e desconforto.
“O combate a estes ectoparasitas pode ser desafiador, considerando que parte do ciclo de vida deles acontece no ambiente e não no animal, mas manter os pets livres destes bichinhos é primordial para uma vida mais saudável e longeva. Existe hoje no mercado inúmeras soluções capazes de conferir proteção aos pets contra pulgas e carrapatos, e os mais avançados, como o Vectra 3D®, também oferecem proteção repelente contra os mosquitos, que podem transmitir outras doenças. Na saúde dos pets, prevenção é sempre o melhor remédio!”, finaliza.

Otite canina: 5 sintomas e sinais mais comuns


*Por Dra. Marina Pais, veterinária e COO na buddy

Muito comum em humanos, a otite é uma inflamação que pode ter diversas causas. Nos peludos, chamada de otite canina, o problema pode ser o resultado de alergias ou da ação de bactérias e fungos. A otite canina é o termo que se refere à inflamação que acomete o ouvido. Mais precisamente, o conduto auditivo.
As otites caninas podem classificadas pelos seguintes fatores como, lateralidade: unilateral ou bilateral; evolução: aguda, crônica ou crônica recidivante; e localização da inflamação: ouvido externo, médio ou interno.
Como a inflamação ocorre em uma parte bastante sensível, causa dor e um grande desconforto. Sem tratamento adequado, a inflamação no ouvido pode ter consequências graves. Uma delas é a perda auditiva permanente.
Sinais e sintomas da otite canina
De maneira geral, a otite é uma condição comum em cachorros, no entanto, isso não significa que ela não pode se agravar.
É importante estar atento e buscar ajuda de um veterinário logo que os primeiros sinais e sintomas aparecerem. Eles incluem: Coceira intensa na região das orelhas, podendo ser com as patas; esfregando a cabeça em móveis ou até mesmo no chão; balançar a cabeça com frequência na tentativa de aliviar a coceira; chorar ao coçar a orelha; presença de secreção, crostas, excesso de cera e/ ou pus no ouvido; mau cheiro e vermelhidão no ouvido; falta de apetite também pode acontecer. Em casos mais graves, o cão pode apresentar sinais de surdez.


O que pode causar a inflamação no ouvido?
A otite canina pode ocorrer em função de diversos fatores como infecção por bactérias, fungos ou ácaros; presença de parasitas (ex: pulgas, carrapatos e sarna); presença de corpos estranhos; presença de pólipos auriculares; alergias; e doenças sistêmicas (ex: hipotereoidismo).
Além disso, existem raças que possuem condutos auditivos tortuosos e/ou longos, são mais propensas a desenvolver a doença, devido a um ambiente mais favorável à instalação de bactérias e fungos, por exemplo. Cachorros com orelhas maiores, “penduradas” ou “caídas”, também correm risco maior de desenvolver a otite canina.


Embora possa incomodar bastante e ser bem desconfortável, a otite canina tem cura. Mas é preciso consultar um veterinário para ter o diagnóstico e tratar corretamente, além de receber as orientações para cuidar do seu peludo da melhor maneira possível.
Evite buscar por receitas caseiras, como água com sal ou vinagre de maçã, por exemplo, já que você não sabe a origem do problema e pode acabar agravando o quadro ainda mais. Apenas depois de identificar a causa da inflamação, seja por fungo, bactérias, presença de objetos estranhos, etc, o veterinário consegue aplicar a conduta de tratamento mais adequada.
Proteja a orelha do seu cãozinho ao dar banho em casa. Se possível, use protetores auriculares – ou algodão – e sempre seque bem ao terminar. Ao levá-lo no pet shop para banho, certifique-se que o local é de confiança e que os profissionais garantem a proteção do ouvido do cão. Evite também brincadeiras e atividades na água, sem proteção adequada e mantenha a limpeza rotineira e adequada dos ouvidos do cão. Mantenha as idas ao veterinário em dia.
Se você suspeita de otite canina, não espere os sintomas se agravarem e busque ajuda o quanto antes.

*Dra. Marina Pais é veterinária e COO da buddy.vet, startup que criou uma plataforma que conecta donos de pets e veterinários embusca da democratização da medicina preventiva. A buddy faz parte do portfólio da Capri Venture Builder.

Seis dicas para cuidar da saúde dos pets idosos


Atenção e cuidados especiais promovem qualidade e expectativa de vida para cães e gatos na terceira idade


Aos sete anos de idade uma criança está aprendendo a ler e a escrever e adora passar o tempo brincando intensamente. Já um cão, por volta dos sete anos, começa a apresentar pelos brancos na face, dificuldades de mobilidade e letargia. Uma criança de 11 anos entra na pré-adolescência. Na mesma idade, o olfato, o paladar e a audição de um gato começam a reduzir, problemas dentários e falta de apetite começam a surgir. A terceira idade chega bem depressa para os cães e os gatos, por isso, os tutores devem se preparar para essa fase que exige cuidado redobrado.


Pele mais fina e ressecada, maior tempo de sono, redução das atividades físicas, da audição e do olfato são sinais comuns do envelhecimento, porém, é preciso estar alerta às alterações. “Conhecer bem os hábitos do pet é a chave para diferenciarmos rapidamente pequenas mudanças relacionadas à idade, de sinais clínicos de uma doença mais grave”, afirma a médica veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade. Pets idosos têm maior probabilidade de desenvolver catarata, câncer, obesidade ou perda de peso, diabetes, doenças bucais, insuficiência renal, síndrome da disfunção cognitiva, doenças cardíacas e neurodegenerativas, paralisia ou fraqueza das extremidades, convulsões, osteoartrite e osteoartrose.


Algumas dicas vão contribuir para o bem-estar dos pets na terceira idade:
Check-ups periódicos
O ideal é que o intervalo entre as consultas de rotina seja menor: ao menos a cada seis meses. Exames de sangue e de imagem podem ser necessários pelo menos uma vez ao ano, conforme as condições clínicas, o histórico e a idade do paciente. “É comum que o médico veterinário passe a solicitar exames cardiológicos, ultrassonografia e check-ups sanguíneos como forma de garantir um diagnóstico precoce de doenças relacionadas à terceira idade. Terapias integrativas, que colaborem com a mobilidade e o controle da dor, como fisioterapia e acupuntura, também podem ser indicadas”, comenta Farah.
Atividade física adequada
Dificuldades de locomoção e dores vão fazer com que o pet se exercite menos, porém, a atividade física é fundamental para evitar a obesidade e a perda de massa magra. Tente manter a atividade física do pet de acordo com as novas condições: caminhadas mais leves em terrenos mais planos e menos escorregadios e brincadeiras menos intensas para os cães; túneis, caixas de papelão e móveis mais baixos para os gatos.
A saúde mental do pet não pode ser esquecida. Por isso, vale investir em brincadeiras e brinquedos que estimulem a caça ao alimento e ajudem a distraí-lo.
Ambiente adaptado
Os pets também podem ter problemas de visão e redução do olfato e da audição, então é importante retirar móveis e objetos que ofereçam riscos, evitar o acesso à piscina, a terrenos desnivelados e locais de passagem dos carros.
Adaptar o ambiente com rampas e pisos menos escorregadios vai evitar que forcem as articulações, já desgastadas com a idade. Comedouros e bebedouros elevados evitarão esforço extra da coluna e colaboram com a digestão. Além disso, vale distribuir mais bebedouros e fontes de água pela casa para incentivar que os pets, especialmente os gatos, bebam mais água, colaborando com a prevenção de problemas renais.
Alimentação especial
Animais idosos têm digestão mais lenta e mais dificuldade na mastigação, portanto, ofereça uma alimentação própria para essa fase. Rações para pets seniores têm grãos que facilitam a mastigação e ingredientes específicos para a idade e o porte dos animais. Também vale optar pelo mix feeding (mistura de ração seca com úmida) para estimular o apetite do pet, também mais caprichoso nessa fase. Alimentação natural também é uma excelente alternativa, porém, vale lembrar que deve ser receitada e acompanhada por um médico veterinário especialista. A introdução de vitaminas, suplementos e nutracêuticos junto à dieta também pode ser indicada.
Prevenção sempre
A higiene bucal é importante em todas as fases da vida do pet e, muitas vezes, é preciso fazer o tratamento periodontal para evitar doenças mais graves e a perda dos dentes. Cabe ao médico veterinário indicar a limpeza ou não, conforme as condições de saúde do animal, mas o tutor deve manter os cuidados diários para a manutenção da saúde bucal.
Os demais cuidados rotineiros também continuam, como a vacinação e a vermifugação e o uso de repelentes e protetor solar. “É importante reforçar que é preciso usar produtos de higiene e cuidados específicos para os pets, evitando assim intoxicação e ressecamento da pele. Pets idosos costumam ter a pele mais fina e seca, então a dica é usar shampoos, condicionadores e leave-in que colaborem com a hidratação da pele e dos pelos. A aplicação de hidratante de patinhas nos coxins, focinho e cotovelos, especialmente dos cães de grande porte, vai proteger a pele e evitar fissuras”, recomenda a veterinária.
Inovação e cuidado personalizado
Mais do que em qualquer idade, o pet idoso precisa de acompanhamento veterinário, com cuidados e tratamentos adequados à sua idade, porte, histórico e condições de saúde. A medicina veterinária está sempre em evolução e o tutor pode desfrutar dos benefícios para oferecer melhores condições para o seu pet.
“Um dia eles estão pulando e brincando sem parar, no outro, já estão precisando de cuidados especiais e de mais medicamentos, porém, a dificuldade em aceitar a medicação é ainda maior. Percebemos, no nosso dia a dia, o aumento da procura por medicamentos manipulados para facilitar o tratamento dos pets idosos. Caldas e molhos com sabor têm sido grandes aliados dos tutores”, revela a farmacêutica Sandra Schuster.
Os medicamentos manipulados são produzidos na dose exata para o pet e o tutor pode solicitar que o medicamento seja feito em uma forma farmacêutica que o animal prefira, como biscoitos, pastas, xaropes, caldas e molhos e flavorizados com sabores como carne, bacon, leite condensado, banana, beijinho, entre outros, o que facilita a adesão ao tratamento. Além disso, alta tecnologia e bioengenharia avançada têm sido usadas para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de fármacos e fórmulas, como o nanoencapsulamento de ativos e o uso de ácido hialurônico reticulado em medicamentos oftálmicos. Novidades não faltam para que o tutor e o médico veterinário possam oferecer tratamentos que garantam a qualidade de vida dos pets.

A nutrição do pet filhote é pilar fundamental para o seu desenvolvimento


Dieta equilibrada para o filhote auxilia na formação dos ossos e músculos, no desenvolvimento do cérebro e no fortalecimento do sistema imunológico
Donos de um andar ainda um pouco desengonçado, uma curiosidade inabalável e energia que quase não tem fim, os filhotes fazem sucesso por onde passam. Para que o filhote se desenvolva forte e saudável, cuidados com a sua saúde e alimentação são fundamentais desde os primeiros momentos de vida.
“Fornecer uma dieta nutritiva e bem equilibrada para o filhote, seja ele canino ou felino, auxilia na melhor conformação dos ossos e músculos, no desenvolvimento do cérebro e no fortalecimento do sistema imunológico. Cada nutriente tem uma função específica no organismo, por isso é importante que a dieta oferecida ao pet, além de ter uma boa qualidade, forneça os nutrientes necessários de acordo com cada fase da vida do animal”, relata Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos de uma grande marca de produtos do segmento de Saúde Animal.
De maneira geral, cães e gatos são considerados animais carnívoros na natureza, mas cada espécie apresenta necessidades de nutrientes específicos para o seu desenvolvimento após o desmame. O aporte nutricional correto nesta fase da vida evita problemas como a subnutrição, a supernutrição (que pode acarretar obesidade), enfermidades relacionadas ao crescimento, como as doenças osteoarticulares, e alterações neurológicas significativas.

Alimento industrializado (ração/sachês) ou alimentação natural?
As rações e sachês disponíveis atualmente no mercado, principalmente as rações premium e super premium, são formulados com ingredientes de alta digestibilidade e alto valor nutritivo, considerando todos os nutrientes necessários para o pet e para a sua fase de vida correspondente. Alguns destes produtos também trazem em sua composição suplementos essenciais para o desenvolvimento adequado do cão ou do gato.
Já a alimentação natural é um tópico muito discutido entre os tutores e, para alguns, pode se apresentar como uma opção mais de acordo com seu estilo de vida. Para outros, no entanto, ela pode ser pouco prática na rotina, já que demanda maior tempo dedicado ao seu preparo e tem um custo mais elevado.
“As exigências nutricionais dos filhotes envolvem cinco grandes grupos: os carboidratos, as proteínas, as gorduras, as vitaminas e os minerais. Balancear tudo isso de maneira adequada às demandas da espécie e da raça requer um maior trabalho quando o tutor opta por fornecer ao pet uma dieta natural, por isso esta opção precisa ser prescrita corretamente e acompanhada bem de perto pelo médico-veterinário”, explica.

Alimentação natural não é a mesma coisa que comida caseira!
Existe uma importante diferença entre alimentação natural e alimentação caseira, e o tutor precisa estar atento à isso: a comida caseira com temperos destinados para os humanos pode causar graves problemas e intoxicações aos pets, principalmente aos filhotes.
“Um pet que recebe comida caseira, aquela que também é consumida pelos humanos, pode desenvolver um quadro grave de anemia hemolítica caso o alimento tenha cebola em sua composição, por exemplo. Além disso, por não ser uma dieta balanceada especificamente para as necessidades do animal, os pets podem desenvolver carências de vitaminas e aminoácidos essenciais para o seu desenvolvimento”, alerta a médica-veterinária.

Estar atento às exigências nutricionais é importante
As necessidades nutricionais dos pets filhotes são diferentes das necessidades nutricionais dos pets adultos, por este motivo as rações comerciais são divididas em faixas-etárias específicas, e devem ser fornecidas como o recomendado em embalagem. Da mesma forma, a formulação de alimentação natural para os filhotes é diferente da formulação para os adultos, devendo ser adaptada de maneira adequada para cada momento da vida.
Para ambas as espécies, a gordura é uma fonte de energia muito necessária durante a fase de crescimento, dentre elas os ácidos graxos essenciais são os que mais se destacam no seu papel como macronutrientes.
“Os ácidos graxos mais conhecidos são o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido decosa-hexaenoico), o EPA apresenta ação anti-inflamatória e traz benefícios para a saúde articular e do coração, enquanto o DHA atua como um neuroprotetor do sistema nervoso central e melhora os processos motores e cognitivos”, Pamela elucida. “Tanto o EPA quanto o DHA são encontrados facilmente na formulação das rações descritos como Ômega-3. Para os animais que fazem uso da alimentação natural, a suplementação de Ômega-3 pode ser prescrita pelo médico-veterinário para auxiliar na nutrição adequada do pet”.
Para os gatos a Taurina é um nutriente essencial, que não é sintetizado pelo organismo dos felinos e precisa ser suplementado através da alimentação. A Taurina influencia diretamente no funcionamento do coração, na visão e no sistema reprodutivo dos animais, e a carência deste nutriente pode provocar doença degenerativa do músculo cardíaco, perda da visão e da audição, e problemas imunológicos. Por este motivo, os felinos não devem ser alimentados com ração para cachorro.

Quando é preciso fazer uso de suplementos alimentares?
De acordo com Pamela, as rações comerciais de boa qualidade são formuladas levando em consideração todas as necessidades nutricionais do pet, especialmente dos filhotes. Nestes casos, a suplementação só é indicada quando o médico-veterinário percebe alguma falha nutricional ou problema que possa ser corrigido com o aporte adicional de determinado nutriente. Já em casos dos animais que fazem uso da alimentação natural, é bem provável que o médico-veterinário responsável indique alguns suplementos que devem fazer parte da alimentação do pet.
“Os suplementos são auxiliares importantes na nutrição animal e contribuem de forma ativa para a saúde e um melhor desenvolvimento dos pets, mas é imprescindível que estes suplementos sejam receitados pelo médico-veterinário e que seja algo específico para o filhote, Caso contrário, pode não ter o efeito desejado ou até mesmo trazer alguns problemas”, finaliza.

Conheça as 4 principais alergias em cães e saiba como tratá-las


Ao longo do dia, os cães entram em contato com inúmeros elementos que estão espalhados por todo o ambiente em que convivemos. Esta interação causa curiosidade e seu pet acaba querendo “conhecer” tudo ao seu redor, mas saiba que esta pode ser a causa de um problema para a pele do seu animal. No nosso ambiente existem substâncias conhecidas como partículas alérgenas, ou seja, que podem causar alergias no seu melhor amigo. Esta reação é individual e depende do sistema imunológico e da predisposição racial do animal, por isso, uma substância que causa alergia para um cãozinho, nem sempre causará a mesma reação no outro.
Uma coceira ocasional e pontual pode ser algo normal, por isso, não é incomum ver seu animalzinho coçar, lamber, mordiscar e se esfregar em superfícies e/ou objetos. No entanto, essas ações nunca devem interromper ou ser um empecilho para atividades habituais (brincar, comer, dormir) ou causar perda de pelos e danos à pele. Se isso acontecer, é possível que sejam sinais de dermatite alérgica. A dermatite alérgica em cães pode ser causada por fatores ambientais, ectoparasitas, genéticos ou alimentos e causam dor, lesões e incômodo para o pet, sendo necessário procurar um veterinário o mais rápido possível para determinar a causa e ajudar seu amigo neste momento difícil. Sem tratamento, a coceira pode se tornar uma doença séria e levar a complicações adicionais, como infecções, otites, feridas, espessamento e enegrecimento da pele , perda de pelo, descamações e odor desagradável.
O tratamento vai depender da causa e da severidade da doença que o animal apresenta, por isso não é recomendado que você automedique seu bichinho. Algumas opções de tratamento, como os corticoides, quando administrados de forma indiscriminada e sem o acompanhamento do profissional, por via oral ou parenteral, com o objetivo de controlar a reação alérgica, podem causar efeitos imunossupressores e metabólicos indesejáveis, entre eles sede excessiva, obesidade, diabetes, danos ao fígado e aos rins. Além disso, a frequência do uso desse tipo de medicamento pode também aumentar a chance de novas infecções, perda de pelo, afinamento da pele, fraqueza e problemas nos músculos e articulações. Por último, se o sistema nervoso central for afetado, o cão pode demonstrar alterações no comportamento, ocasionado por estresse, ansiedade e agressividade.
A alergia alimentar é uma importante causa de dermatite pruriginosa entre os cães. Ela se manifesta sempre que o animal apresenta uma resposta imunológica exagerada ao ingerir um determinado alimento contendo potenciais alérgenos, devido a quebra da barreira mucosa ou imunorregulação deficiente. Na maioria das vezes, as manifestações das alergias alimentares surgem após diversos contatos com o nutriente em questão. Sendo assim, o animal pode apresentar uma reação alérgica a um alimento que já tenha sido ingerido diversas vezes anteriormente e que não havia causado nenhum problema para ele. Dentre os principais alimentos responsáveis por causar esta afecção estão as proteínas e os carboidratos complexos.
Os principais sintomas que podemos identificar são o prurido intenso, otites, infecções secundárias na pele, pápulas, pústulas, alopecia, fistula interdigital ou perianal, vômitos, flatulências, perda ou falta de apetite, dor abdominal, diarreias, dentre outros Porém, em determinadas situações, o diagnóstico torna-se complicado, pois os sinais clínicos são inespecíficos e nem sempre perceptíveis, sendo necessário realizar manejos alimentares para determinar se a causa é realmente alimentar antes de iniciar o tratamento. O tratamento consiste em fornecer ao animal um manejo nutricional balanceado e sem a presença do agente alérgeno na dieta por toda a sua vida e tratamentos adicionais sintomáticos podem ser implementados. Lembrando que a cooperação do tutor e de todas as pessoas que convivem com o pet diariamente é fundamental para a melhora no quadro.
Ainda no campo das doenças alérgicas, existe a alergia por picadas de ectoparasitas (DAPE), como pulgas e carrapatos, como a causa mais comum de dermatites nos cães. Trata-se de uma reação de hipersensibilidade aos componentes presentes na saliva de pulgas e carrapatos, que durante a alimentação, causam lesões avermelhadas, pequenos edemas no local da picada, coceira intensa, crostas e/ou descamações, além de diferentes níveis de perda de pelo. As lesões são mais comuns no pescoço, na região da base da cauda, costas, coxas e abdômen. Normalmente, os cães costumam lamber, coçar e morder muito na região afetada, o que aumenta as chances de lesionar a pele, deixando o animal mais susceptível a infecções secundárias no local. Nesse caso, a profilaxia consiste no controle efetivo da infestação das pulgas e carrapatos no animal e no ambiente, associado ao tratamento sintomático com uso de medicamentos que visem à diminuição da reação de hipersensibilidade, o controle do prurido e das infecções secundárias.
Há, ainda, a alergia que ocorre devido ao contato. Nesse caso, a alergia acontece em decorrência da exposição de alguma região do corpo a um componente que causa irritação na pele do animal. Este tipo de alergia se manifesta principalmente nas regiões de pouco ou nenhum pelo, como abdômen ventral, axilas, região inguinal, interdigital, nariz, boca e escroto. O organismo dos cães pode reagir de diferentes formas dependendo do material ou superfície, mas alguns tecidos (como lã e poliéster), produtos de limpeza, grama, couro, plástico e/ou borracha podem causar uma reação na pele dependendo da região afetada e do tempo de exposição, na qual é possível notar uma vermelhidão intensa e prurido logo após o contato.
A frequência dos banhos no animal e o uso de determinados tipos de shampoos e perfumes também podem ocasionar esse tipo de reação alérgica, uma vez que afetam a oleosidade natural da pele e podem conter alérgenos em sua composição. O tratamento, nesse caso, consiste em encontrar a fonte da irritação, tirá-la do ambiente e da sua rotina e tratar os sintomas do meu amigo com o medicamento mais adequado. É importante evitar deixar resíduos de produtos de limpeza no ambiente, dar banhos com produtos específicos para as necessidades do seu bichinho, secar bem a pele, pelo e as dobrinhas do corpo do seu melhor amigo, além de fornecer uma alimentação de qualidade para fortalecer a resposta imunológica dele frente às adversidades.
Por último, existe a dermatite atópica, que é uma resposta inflamatória crônica que atinge a pele de animais sensíveis e com predisposição genética, causada por alérgenos ambientais como polens, plantas, poeira, bolores, ácaros, etc. Antigamente acreditava-se que este tipo de dermatite era causado pela inalação do agente alérgeno, porém em estudos mais recentes existem dados que mostram que esta dermatite também pode ocorrer devido a absorção percutânea. Os sintomas são todos decorrentes da inflamação e da coceira, como vermelhidão, descamação, alopecia, hiperpigmentação, presença de pápulas e máculas, em alguns casos perda de pelos, entre outros sinais. Algumas regiões podem ser mais acometidas que outras, como por exemplo as patas, o abdômen, as faces internas das coxas e a face do animal. Por se tratar de uma doença sem cura, o tratamento da dermatite atópica deve ser uma abordagem múltipla sintomática e completa, visando eliminar o contato com o alérgeno, melhorar o sistema imunológico do animal, aumentar a qualidade da barreira cutânea e retirar infecções secundarias, caso existam. Por isso, o acompanhamento do animal deve ser feito por um veterinário.