Estomatite felina:como identificar os sinais da doença

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A estomatite felina ou complexo gengivite estomatite, ainda não possui causa conhecida, contudo, alega-se que o problema surge da combinação de agentes infecciosos e virais e/ou por intermédio de uma resposta imune anormal. Questões explicadas pela médica-veterinária Lilia Wang.
Segundo a médica-veterinária, a estomatite ou complexo gengivite estomatite é uma inflamação que ocorre da faringe: mucosa de gengiva; oral ou palato: fauces; ou língua. “A estomatite é uma doença e sua exata causa ainda é desconhecida e, provavelmente, multifatorial, envolvendo uma combinação de agentes infecciosos e virais e/ou uma resposta imune anormal.”
Entre os sinais apresentados, nota-se halitose, ptialismo, dor, disorexia ou dificuldade de apreensão do alimento, perda de peso e também um ato diferente no comportamento do animal, o pet pode ficar “pateando” a boca como se estivesse tentando tirar algo da cavidade oral.
Ainda de acordo com ela, algumas raças são mais predispostas, como por exemplo, o siamês, maine coon, abissínio e persa. Além disso, o problema é comumente ligado aos gatos de meia idade. “A estomatite pode estar associada a várias infecções virais, tais como o calicivírus felino e o vírus da imunodeficiência felina (FiV). Ela pode se desenvolver sob forma de doença imunomediada e a inflamação ocorre secundariamente à resposta deficiente ou exagerada à placa bacteriana e suas toxinas”.
Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD

Artrite e artrose em cachorro? É possível prevenir e tratar

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Ao envelhecer, o cachorro precisa de cuidados específicos, já que sua condição física muda consideravelmente a partir de uma determinada idade. Cada cão chega na terceira idade de acordo com sua própria raça ou – se for um vira-lata – de acordo com a estrutura do próprio corpo. Não é raro, por exemplo, a artrose em cachorro ser um problema para o pet idoso, já que está mais enfraquecido.
Mas, afinal, qual a diferença entre artrose e artrite?
A artrite começa subidamente e evolui de forma rápida; normalmente é ligada a traumas ou infecções nas articulações. Já a artrose é um problema crônico, degenerativo e um processo lento, que pode ser uma continuação da artrite ou causada por processos autoimunes, por sobrecarga das articulações do pet ou ainda por outros motivos.
A inflamação nas articulações deixa essas regiões mais sensíveis. O que acontece na verdade é um inchaço e um aumento na temperatura dessas áreas do corpo do animal. Isso gera perda de amplitude e dificuldade do cão se locomover, principalmente por conta da dor.
Qual a causa da artrose?
O mais comum entre os cachorros é a artrose provocada por problemas de desenvolvimento. Normalmente, os cães entre 8 e 13 anos são os mais atingidos por essa infecção e praticamente todos os idosos têm alguma complicação nas articulações.
O tamanho do cão também é um dos fatores influentes nesse processo. Geralmente, os pets grandes, principalmente os de raças gigantes, são os mais atingidos. Além disso, a obesidade e a superalimentação são outros pontos que podem levar à essa infecção, já que o sobrepeso força as articulações do animal.
Nesse caso, então, se o veterinário não indicou, a suplementação do cachorro deve ser evitada pelo tutor. Nem sempre os animais precisam daquela porção extra de comida no dia. Normalmente, isso só é pedido quando o cachorro está abaixo do peso ou com falta de alguma vitamina.
Na maior parte das vezes, o que provoca esse problema é algum impasse que o cão teve anteriormente – essa é a artrose secundária. Já a primária, considerada “espontânea” atinge por volta de 20% dos animais.
Rupturas de ligamentos, traumatismos e exercícios que exigem muito do físico do pet podem também implicar na artrose. Para isso, podem ser realizadas cirurgias para curar as luxações, os ligamentos rompidos e inclusive impedir que ocorra esse processo degenerativo.
Prevenção
Como já comentado acima, uma das causas da artrose em cachorro pode envolver o sobrepeso e para evitar que o tamanho do pet se torne uma complicação, nada melhor do que controlar os quilinhos do pet e principalmente sua alimentação. Para fazê-lo emagrecer, basta o cão ter refeições saudáveis e na quantidade certa. O médico veterinário é o melhor para indicar quanto o animal deve comer e qual o tipo de ração ideal.

A alimentação saudável inclui não oferecer suplementos de proteína. Isso é o tipo de complemento que apenas animais desnutridos necessitam.
A união entre dieta balanceada e exercícios físicos ajuda a manter a musculatura do animal sempre forte e saudável. Se o cão não fizer atividades muito exigentes para as articulações, terá mais chance de evitar a artrose no futuro.
Também é importante lembrar que o cão deve ser levado constantemente ao veterinário para ter um controle sobre a saúde do animal. Quanto mais cedo uma doença é descoberta, maiores as chances de o bichinho se recuperar dela, principalmente quando ainda está nos estágios iniciais. Algumas medidas podem ser pensadas a longo prazo para evitar certas compalicações na velhice.
Tratamento
Depois de diagnosticada a artrose, o controle do peso do cão também é importante. É medida preventiva e também para tratamento. Apesar de irreversível, algumas atitudes podem reduzir o sofrimento do bichinho e retardar a evolução dessa inflamação.
Normalmente, os veterinários tentam primeiro atacar uma síndrome causada pela enfermidade. Devido à dor recorrente que o pet sente, a medula espinhal produz um estímulo doloroso, “alertando” o corpo, o que piora o desconforto. Essa reação do sistema nervoso é chamada de Sensibilização Central.
Garantir que o animal esteja se exercitando e treinando as pernas é fundamental para que o sedentarismo não o prejudique ainda mais. Mas é claro que isso deve ser feito com cautela para o cachorro não sentir dor.
Os cães que estiverem obesos devem emagrecer e aqueles já adequados devem apenas continuar recebendo uma dieta saudável, para evitar que engordem.
A dor do cachorro deve ser contida por meio de medicamentos prescritos pelo veterinário. Isso também permite que o cão volte a se exercitar aos poucos e supere parte da infecção.
Suplementos alimentares também têm surtido efeito na diminuição da dor da artrose em cachorro. Componentes como ácidos graxos, glicosamina e condroitina normalmente já vêm na fórmula de rações próprias para cachorros idosos e de também de raças grandes.

Exames veterinários! Quais os principais?

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Quando o assunto é a nossa saúde, a orientação é bastante conhecida: todos devemos ir ao médico ao menos uma vez por ano para fazer alguns exames e passar por um check-up. Mas você sabia que a recomendação é a mesma para os nossos filhos de quatro patas e eles necessitam de exames veterinários?
Cães e gatos não devem ir ao médico-veterinário só quando estão doentes. Da mesma forma que acontece na medicina humana, exames regulares ajudam a prevenir doenças ou permitem que se faça um diagnóstico precoce dos problemas de saúde dos animais, o que facilita o tratamento e aumenta a chance de cura.
Na verdade, considerando que são pacientes que não falam, os exames ganham uma importância ainda maior, porque os primeiros sinais clínicos das doenças podem não ser percebidos pelos tutores, fazendo com que o diagnóstico só seja feito quando o problema alcança um estágio avançado.
Ficou curioso para saber quais são os principais exames veterinários e o que eles podem dizer sobre a saúde do seu pet? Vamos lá.

Hemograma
Para que serve: indicar processos inflamatórios e infecciosos, anemias, presença de hemoparasitas, além de evidenciar alterações plaquetárias e sugerir problemas de medula óssea (de produção de células sanguíneas).
Como é feito: por meio de amostra de sangue venoso, geralmente coletado das veias jugular (no pescoço), cefálicas (na pata da frente) ou safena (na pata de trás); o ideal é que seja feito jejum prévio de 8 a 12 horas.
Exame de urina
Para que serve: auxiliar no diagnóstico de diabetes e de outras doenças endócrinas, indicar a presença de infecção urinária, além de fornecer informações importantes em relação ao funcionamento do rim do animal.
Como é feito: a urina é coletada por meio da sondagem uretral ou, mais comumente, por meio da cistocentese (aquele procedimento no qual a urina é retirada diretamente da bexiga, com auxílio de seringa e agulha, que entra pela barriguinha do pet); o ideal é que o animal não tenha feito xixi pouco antes do exame.
Exame coproparasitológico (exame de fezes)
Para que serve: indicar a presença de vermes e protozoários causadores de doenças intestinais, como giardíase e isosporose.
Como é feito: por meio da coleta de fezes; geralmente, são solicitadas amostras de diferentes dias para um diagnóstico mais preciso.
Função renal
Para que serve: auxiliar na identificação de qualquer alteração na função dos rins.
Como é feito: por meio da análise sanguínea são aferidos os níveis de ureia e de creatinina, dois importantes marcadores da função renal (essas substâncias devem ser excretadas pela urina e, por isso, aumentam no sangue quando há alguma alteração).
Função hepática
Para que serve: diagnosticar alterações e possíveis doenças no fígado.
Como é feito: por meio da análise da amostra de sangue são avaliadas as concentrações de substâncias ligadas à função do fígado, como albumina (produzida pelo órgão) ou enzimas que devem ficar dentro das células hepáticas e que só aumentam no sangue quando elas estão lesionadas e começam a morrer.

Glicemia de jejum
Para que serve: indicar os níveis de glicose no sangue, contribuindo para o diagnóstico precoce dos quadros de diabetes.
Como é feito: com o pet em jejum alimentar de 12 horas, é coletada uma amostra de sangue para análise.
Ultrassonografia abdominal
Para que serve: como exame de rotina, serve principalmente para investigar alterações nos órgãos e glândulas abdominais, como pâncreas, fígado, rins, bexiga, adrenais e intestino; essas alterações podem ser de várias origens, como neoplásica (câncer), inflamatória, infecciosa etc.
Como é feito: pouco invasivo, o exame só precisa que o pet esteja com a região do abdômen tosada, o que é feito na hora; o animal é colocado de barriga para cima, e o veterinário aplicará um gel no abdômen do paciente, sobre o qual deslizará o transdutor, que captará as imagens .
Eletrocardiograma
Para que serve: avaliar a condução elétrica do coração, apontando a possível presença de arritmias e sugerindo alterações morfológicas de câmaras cardíacas, cujo diagnóstico deve ser firmado pelo ecocardiograma.
Como é feito: o animal é deitado de lado na mesa de exame e contido dessa forma; o médico-veterinário fixa eletrodos ao corpo dele, que captarão a condução elétrica do coração; não é preciso preparo, e o animal não leva choque.

Exame sorológico para FIV e FeLV
Para que serve: diagnosticar a AIDS (FIV) e a leucemia (FeLV) felinas.
Como é feito: a amostra de sangue do gato é submetida à busca de antígenos da doença (partes dos vírus) ou anticorpo (reação do organismo a ela).
Esses são exames bastante básicos, mas, além deles, o médico-veterinário pode lançar mão de vários outros, de acordo com a faixa etária, a raça e o histórico do pet.
No caso de cães e gatos idosos, por exemplo, é comum a aferição dos níveis de colesterol e triglicérides, além da realização de radiografia de tórax e do SDMA, um biomarcador que indica alterações na função renal com até dois anos de antecedência em relação ao momento de elevação da ureia e da creatinina.
A importância do histórico do pet
Antes de pedir os exames veterinários, no entanto, o especialista sempre tentará se inteirar do histórico da saúde do pet. “Quando já se tem conhecimento de doenças prévias e dos resultados de exames feitos em momentos anteriores, se pode solicitar testes mais específicos e direcionar mais rapidamente uma investigação”, explica renomada médica veterinária.
A especialista ressalta que a raça é outro fator que pode levar o veterinário a solicitar determinados exames. Ela cita, por exemplo, os cães da raça schnauzer miniatura, que têm predisposição à hiperlipidemia primária (altos níveis de gordura no sangue) e, por isso, devem ter colesterol e de triglicérides aferidos mais precocemente.
“Já em gatos, para citarmos outro exemplo, podemos indicar um teste genético para diagnóstico de doença do rim policístico em persas e mestiços dessa raça a partir dos 2 meses de vida”, completa a doutora.

Higiene e escovação são cuidados importantes na saúde dos animais.

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Ter um pet sempre limpinho e cheiroso é uma delícia, mas a importância disso vai muito além do que apenas a questão estética. A pele e a pelagem dos animais são um importante indicativo de saúde, do bom funcionamento do organismo e desempenham um papel significativo de proteção.
Segundo o médico veterinário Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica de uma grande empresa do segmento enquanto a pele forma uma barreira entre o animal e o meio ambiente para bloquear perigos físicos, químicos e microbiológicos, a pelagem ajuda na proteção da pele em si, que é o órgão mais extenso e visível do corpo. Por exercerem um papel tão importante no organismo, é essencial que essa dupla poderosa (pele + pelagem) seja bem cuidada.
“Esses cuidados contribuem para o bem-estar e a longevidade e têm ligação direta com a saúde do animal. Muitos tutores acham que são coisas separadas e é aí que mora o problema”, diz Silva.
Pensando nisso, e com o objetivo de ajudar os tutores no cuidado com os amigos de quatro patas, a empresa indica três pontos que precisam ser levados em consideração no cuidado com a pele e pelagem dos animais, a começar pela boa alimentação.
Nutrição adequada
A alimentação interfere diretamente no desenvolvimento e na qualidade da pele e pelagem dos pets. Por isso, a recomendação dos especialistas é sempre ofertar uma nutrição balanceada e de alta qualidade a eles, em todas as fases da vida. Baixas concentrações de zinco, biotina e ácidos graxos essenciais (ômegas 3 e 6) no organismo animal podem causar descamações e quebras na barreira de proteção da pele (deixando-a exposta a bactérias que causam infecções), além de deixar o pelo opaco e quebradiço.
Importante: Caso o pet possua alergia alimentar, que é uma condição genética que pode ser agravada pela alimentação inadequada e impactar diretamente na pele, é recomendado consultar um médico veterinário para oferecer uma dieta equilibrada e seguir um tratamento orientado.
Banhos
Cuidar da higiene é sempre importante, mas é preciso atenção ao shampoo e à frequência de banhos. Em excesso, podem interferir na oleosidade natural da pele do pet, diminuir a barreira de proteção natural e também facilitar infecções.
Com relação ao banho em gatos, não existe um consenso. Alguns especialistas acham melhor evitar por conta do stress, enquanto outros acreditam ser um cuidado indispensável na rotina. É importante consultar o médico veterinário para saber qual a indicação para cada pet.
Escovação
Acostumar o pet desde filhote com a escovação diária é de grande importância, pois ajuda a eliminar células mortas e pelos soltos. Para os gatos, essa prática é ainda mais necessária, pois ajuda a evitar as famosas bolas de pelo.
A escovação pode ser feita em casa pelo próprio tutor, ou por profissionais especialistas nos cuidados com a pele e pelagem dos animais. Uma dica é prestar atenção na escova, que deve ser adequada para não machucar ou incomodar.
De acordo com Flavio Silva, é essencial que os tutores incluam esses três pontos na rotina de cuidados com os pets e que haja um acompanhamento profissional. “É fundamental fazer um trabalho de conscientização dos tutores para mostrar que esses cuidados não são somente pela beleza, mas também para que os pets vivam mais e com mais saúde”, finaliza.

Cães e gatos podem sofrer de depressão com a quarentena

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Há casos que são recomendados o uso de antidepressivos e sessões terapêuticas
A mudança na rotina dos pets, neste período de isolamento social, devido ao Covid-19 pode estar deixando os animais de estimação entediados e tristes, assim como os seres humanos. A depressão nos mascotes pode se manifestar de várias maneiras e as principais causas são a falta de atividades físicas e dos passeios.
Segundo a Médica Veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade UNG, Karina D’Elia Albuquerque, todos os animais domésticos podem sofrer de depressão, principalmente cães e gatos. “Atualmente com a humanização dos animais domésticos, temos nos deparado com recorrentes manifestações de depressão, ansiedade e outros distúrbios psicológicos que afetam diretamente a personalidade destes animais, como por exemplo: irritabilidade, destruição de móveis e objetos pessoais, e urinar e defecar fora dos locais pré-estabelecidos”, explica.

Saiba o que a Dra. Karina D’Elia Albuquerque tem mais a dizer sobre o assunto.

Os cães são seres mais dependentes, como os sintomas de depressão se manifestam?
Há diversas formas de aparecimento da depressão. Nos cães, podem manifestar a perda do apetite, apatia acentuada, lambedura excessiva nas patas e no corpo, tristeza profunda, rejeição ao toque e isolamento.
Os gatos têm depressão? Como identificá-las?
Os gatos são ainda mais propensos a desencadear a patologia, pois a mudança de rotina pode levar a depressão e, com isso, o aparecimento de doenças, como a Síndrome da Pandora (cistite idiopática no felino), e principalmente as fêmeas, que iniciam com sintomas de cistite e hematúria (sangue na urina). Outros animais se escondem e param de se alimentar.
Por que a depressão aparece?
Os cães e os felinos são muito resistentes às mudanças de rotina, como a introdução de um novo animal na casa, a morte de uma pessoa próxima ou o afastamento de um animal companheiro.
Existe tratamento? Quais alternativas existem para reverter o quadro de depressão?
Em primeiro lugar, precisamos minimizar ao máximo as mudanças de rotina, levar ao veterinário para realizar exames laboratoriais e de imagem, e ter certeza que não há doenças primárias, tentar manter uma rotina diária com os animais, como passeios, dentro do possível, e brincadeiras. Manter um acompanhante sempre que possível na ausência do proprietário. Há casos que são recomendados o uso de antidepressivos e sessões terapêuticas caninas.

Mesmo com pandemia, banhos em cachorros e gatos devem merecer cuidados

 

 

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Companheiros em tempos difíceis, os pets também estão sujeitos a alguns cuidados durante a pandemia do novo coronavírus.

Porém, ao contrário dos humanos, cachorros e gatos não precisam de banhos constantes nem devem ter contato com produtos tóxicos. Sob hipótese alguma deve ser usado álcool, creolina ou qualquer produto desinfetante no animal, como explica a médica-veterinária e especialista em homeopatia Mônica de Souza. “Pode parecer estranho, mas os cães, por sua produção natural de gordura na pele, não necessitam de banho algum, quanto mais banhos frequentes. Isso porque as necessidades de higiene dos cães são diferentes das nossas. Essa gordura é fator de proteção da pele. Se retirada rotineiramente, predispõe a pele a infecções por fungos e bactérias, coceiras e alergias”, esclarece.
Caso o animal esteja sujo ou com mau cheiro, o ideal é oportunizar o banho a cada 20 dias. “A recomendação para se garantir minimamente a saúde da pele dos animais com menor odor é de um banho a cada 20 dias. Isso porque as necessidades de higiene dos cães são diferentes das nossas”, ressalta. Para os gatos, os banhos são ainda mais desnecessários, já que os felinos têm o hábito de se limparem diariamente.
Patas
No caso dos cachorros que são levados para passear fora de casa, as patas podem ser higienizadas, mas com cuidado.
“As patas dos animais são diferentes do resto do corpo, é por onde eles transpiram também. Como estarão em contato com o chão, a pessoa pode passar um pouco de álcool em gel apenas nessa área. Não é para dar um banho de álcool em gel no cachorro ou usar creolina, como tive notícias de pessoas que estavam fazendo. Isso é extremamente tóxico”, explica Mônica.
A higienização frequente pode ressecar as patas dos cachorros, que devem ser hidratadas. “Nesse caso, são indicados os hidratantes à base de óleo de uva, que são usados para aquelas hiperqueratoses de cotovelo de raças grandes, os famosos calos de apoio”, frisa.
Além de fungos, a veterinária alerta que os animais não devem tomar banho durante o clima frio. “Pode causar problemas respiratórios. Banhos durante o inverno, que deixam os animais úmidos, causam tosses, além dos problemas de pele”, frisa.
Veterinária Mônica de Souza explica que apenas as patas podem ser limpas com álcool em gel – Foto: Arquivo Pessoal
Coronavírus
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde Animal divulgados no fim do mês de março pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CRMV), não há evidências de que os animais de estimação desempenhem algum papel na disseminação da doença causada pelo novo coronavírus.
Há casos de gatos e cachorros infectados pelo novo coronavírus, mas porque entraram em contato com tutores contaminados pela Covid-19. Ou seja, quem levou o vírus para dentro de casa foi o ser humano.
Além disso, as pesquisas também alertam que os animais não reagem da mesma forma à infecção, sendo mais resistentes e muitas vezes não apresentando sintomas.
Um estudo sobre o assunto chegou a ser publicado na revista Science, uma das mais conceituadas entre a comunidade científica.
A investigação foi feita na cidade de Wuhan, na China, onde a pandemia começou. Os cientistas testaram 102 gatos e descobriram que apenas 15 deles haviam desenvolvido anticorpos contra o novo coronavírus, mas sem indício de sintomas e nem de transmissão para outros animais ou humanos.
O aconselhado no caso de contaminação de seres humanos pelo coronavírus é evitar manusear os animais de estimação durante o isolamento, mantendo a mesma distância segura que é adotada no caso de seres humanos que residem na mesma casa.
Além disso, todos, independentemente de contaminação ou não, devem manter a rotina de higienização e cuidado, como a adoção de máscaras no cotidiano, o uso de álcool 70% e, principalmente, manter as mãos sempre limpas com o uso de água e sabão.
Maçanetas, portas e outras superfícies, como embalagens de entregas, também devem ser higienizadas, já que estudos apontam a sobrevivência do vírus por algumas horas.
Nesse caso, a água sanitária é uma grande aliada: basta usar como medida metade de um copinho de café de 50 ml e dissolver em um litro d’água. Após a mistura, é só limpar as superfícies.
Por Naiane Mesquita
Fonte: Correio do Estado

Quarentena e o risco de obesidade para os pets

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Cães ociosos tendem a comer mais e o excesso de peso pode reduzir em até dois anos o tempo de vida.
Médica-Veterinária dá dicas para o período de quarentena.

Mais de 50% da população mundial de pets sofre com o sobrepeso e a obesidade, sendo essa a condição clínica mais importante que afeta os pets do mundo todo. No cenário atual, com o distanciamento social e as atividades ao ar livre restritas, o pet pode estar menos ativo que o habitual e convivendo grande parte do seu dia na companhia da família, o que exige a atenção dos tutores para que um quadro de obesidade seja evitado no futuro.

Como doença primária, a obesidade pode predispor ao aparecimento de várias outras condições como diabetes, doenças osteoarticulares, dermatológicas, digestivas, entre outras. Mas, o perigo não para por aí. A partir de um estudo realizado pela Universidade de Liverpool e o WALTHAM™ Science Institute,  com mais de 50 mil cães do continente americano, de 12 raças diferentes, descobriu-se que, para cada uma delas, o sobrepeso estava associado com um menor tempo de vida. Em cães de porte grande isso significou uma média de 6 meses, enquanto raças pequenas representou cerca de 2 anos a menos.

As pessoas, de um modo geral, amam agradar seus pets oferecendo porções extras de alimentos, petiscos ou sua própria refeição, afinal, muitas têm o entendimento de que “comida” é amor, e esse é um dos grandes desafios na luta contra a obesidade. Estes hábitos, combinados a uma rotina de falta de exercícios, pode trazer consequências graves para a saúde do animal.

A Médica-Veterinária Natália Lopes, Gerente de Comunicação Científica e representante de WALTHAM™ no Brasil, selecionou 8 dicas que podem auxiliar o tutor a lidar com esse momento e aproveitar melhor o tempo em que todos estão em casa:

1) Coloque sempre a refeição na quantidade correta recomendada, pesada em uma balança de cozinha. Não coloque mais do que o necessário, pois no período de ociosidade alguns pets podem comer mesmo sem ter fome, o conhecido comportamento glutão.

2) Avalie se o pet está menos ativo que o habitual. Se necessário, ajuste a quantidade das porções de alimento de acordo com o nível de atividade para evitar o ganho de peso. No rótulo da embalagem do alimento, o tutor encontra a porção diária recomendada de acordo com o nível de atividade física praticado pelo pet.

3) O consumo de calorias vindas de petiscos deve ser de até 10% da necessidade energética do pet, um cálculo que o Médico-Veterinário pode orientar. É muito importante se atentar a tabela nutricional de cada petisco para que o consumo de calorias seja respeitado.

4) Cuidado com alimentos destinados aos humanos. Alguns deles, como por exemplo o alho, a cebola, uvas e chocolates, são tóxicos para os animais.

5) O fato do tutor estar em casa o dia todo pode confundir o pet e levá-lo a desenvolver um comportamento pedinte. Mude o hábito de oferecer alimento nesses momentos por oferecer carinho ou uma brincadeira, e continue mantendo os horários habituais de suas refeições.

6) A hora da alimentação também pode ser um momento para exercitar a mente e brincar com o pet. Opte por colocar o alimento em comedouros interativos que desafiam o pet a “conquistar” sua refeição, além de diminuir a velocidade de consumo.

7) Procure encontrar novas maneiras de interação dentro de casa: brinquedos para ambientes internos podem ajudar a estimular a mente e exercitar o corpo do cão.

8) Treinamentos de agilidade e obediência também são uma boa opção para pet e tutor realizarem juntos.

 

Entenda porquê o chocolate pode colocar em risco a saúde dos animais de estimação

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O chocolate é um alimento tóxico para cães e gatos e em tempos de Páscoa é preciso reforçar esse alerta, já que nesse período é comum as pessoas aumentarem o consumo da guloseima.
É muito importante que os tutores resistam aos olhares de súplica dos pets e não deem a eles nem um pedacinho sequer. E ainda: que não deixem chocolates em locais de fácil acesso, pois os pets podem ser atraídos pelo aroma, e que orientem as crianças a não compartilharem o ovo de páscoa com os animais.
Todo esse cuidado é necessário, pois a ingestão de chocolate pode colocar em risco a saúde e até a vida dos animais de estimação!
Porque isso acontece?
O fígado dos cães e gatos não metaboliza uma substância presente no chocolate, chamada teobromina, que está relacionada à quantidade de cacau. Quanto mais cacau, mais teobromina o produto contém e consequentemente mais tóxico ele é aos animais.
“Isso significa que os chocolates mais escuros e amargos, que contém maior percentual de cacau, são os mais tóxicos para os animais. No entanto, o chocolate ao leite e o branco também fazem mal e não devem ser oferecidos aos pets”, explica o médico veterinário, Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica de uma grande empresa de alimentos do segmento
Quais são os efeitos colaterais?
Como a teobromina não é metabolizada pelo organismo do animal, ela pode causar aumento de contrações musculares, excitação nervosa, micção em excesso, elevação da temperatura corporal, respiração acelerada, taquicardia, vômitos e diarreia. A gravidade do quadro varia de acordo com a quantidade ingerida e, apesar de raros, alguns casos podem ser letais.
Quais os riscos para a saúde do animal?
Apesar dos casos letais serem raros, existe alta incidência de indisposições gastrointestinais, especialmente em animais pequenos e jovens, devido à quantidade de toxina em relação ao peso do pet. Além do risco de intoxicação e do mal-estar, o chocolate pode acarretar em outros males ao organismo do animal, como a obesidade e suas complicações.
Prevenir é a melhor conduta
Prevenir é a palavra de ordem, então é importante ficar atento e não deixar ovos e bombons em locais acessíveis a cães e gatos. Eles podem se sentir atraídos pelo cheiro, pela embalagem e “roubar” sem que os donos percebam. Além disso, é fundamental orientar as crianças para que não dividam o ovo de páscoa com o animal de estimação.
“Para agradar os pets, o recomendado é fornecer petiscos apropriados e nutricionalmente balanceados para eles”, orienta Flavio Silva.
Importante: Em caso de ingestão acidental do chocolate, o animal deve ser avaliado por um médico veterinário.

Rotina alimentar dos pets em tempos de coronavírus!

 

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Tutores devem manter a rotina alimentar do animal, que varia de acordo com fatores como a idade, por exemplo, e estimular brincadeiras dentro de casa durante o período de isolamento social.

Durante o período de quarentena e isolamento social, que são medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde para conter o avanço da contaminação pelo novo coronavírus, os tutores precisam redobrar a atenção com um assunto que impacta diretamente na saúde do animal: o manejo alimentar.
Como a orientação é para que as pessoas fiquem em casa e evitem aglomerações, é necessário evitar os passeios com os pets, ou até mesmo deixar de fazê-los. Como consequência, a frequência de exercícios físicos dos animais diminui e eles gastam menos energia. Surge aí uma grande questão: como evitar que eles ganhem peso e até tornem-se obesos?
“Primeiramente é importante ressaltar que não é aconselhável trocar a alimentação dos animais em situações de estresse e mudanças de rotina”, destaca o médico veterinário Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica de uma grande marca de alimentos. Portanto, de acordo com ele, manter o alimento habitual é a melhor conduta, exceto se houver outra indicação do médico veterinário do animal.
Flavio dá algumas dicas importantes para garantir a saúde alimentar do pet nessa fase:
Qual quantidade de alimento oferecer ao pet?
A quantidade ideal varia de acordo com o peso, idade, nível de atividade física do animal e quantidade de energia disponível no alimento. No verso das embalagens está a orientação de consumo diária. É muito importante seguir a recomendação.
Quantas vezes por dia alimentar o pet?
Para os cães filhotes, a recomendação é fracionar a alimentação no mínimo de 3 a 4 refeições por dia até os 6 meses de idade, quando então é indicado oferecer no mínimo 2 refeições diárias. No caso dos gatos, tanto para adultos quanto para filhotes, a orientação é disponibilizar a quantidade de alimento diária para que o próprio animal estabeleça o número de refeições adequado às suas necessidades. Dessa forma, as refeições serão determinadas pelo gato, mas a quantidade ofertada por dia será controlada pelo tutor, com base na orientação do médico veterinário ou da embalagem.
Como fazer com os petiscos?
Tutores devem estar muito alertas para não compensar a ausência de passeios com petiscos em excesso. Isso pode fazer com que os pets ganhem peso rapidamente, o que é um risco para o desenvolvimento de problemas de saúde. É necessário evitar o exagero e a regra é não ultrapassar 10% das calorias diárias dos pets com petiscos. Seguindo este cuidado, os animais continuarão saudáveis.
Como entreter os pets?
Pets habitualmente ativos podem se entediar facilmente com a falta de passeios. Por isso, a dica é promover atividades dentro de casa, investindo no enriquecimento ambiental. Atualmente existem diversas opções de brinquedos (e até tutorias na internet para fazê-los em casa) que estimulam a movimentação, a atenção e o gasto energético durante a quarentena. Além dos brinquedos, é importante reservar um período do dia para brincar com os pets, estreitando o vínculo com eles.
Seguindo essas dicas e estabelecendo uma nova rotina dentro de casa, os pets se manterão saudáveis durante a quarentena.
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Mês da conscientização sobre a Doença Renal Crônica

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No mês internacional do cuidado com as doenças renais, “Março Amarelo”, Médico-Veterinário que atua no tema, dá dicas de como identificar e prevenir esse mal em pets
Gatos e cães estão ficando, cada vez mais, dentro dos lares e sendo acolhidos como um membro da família. Essa atitude, combinada com a conscientização da importância de oferecer uma alimentação de qualidade, bem como com uma assistência veterinária de qualidade, faz com que os pets vivam mais. Embora seja uma ótima notícia, o aumento da expectativa de vida de gatos e cães merece atenção: com a idade se aproximam algumas doenças, que não são tão comuns em animais mais jovens e, muitas vezes, são descobertas tardiamente. Um exemplo é a Doença Renal Crônica (DRC), condição marcada por diferentes causas, que pode acometer cães e gatos de todas as idades, mas principalmente animais acima de 10 anos, que têm 81% de chances de apresentar algum sintoma.
Por isso, o mês internacional do cuidado com as doenças renais, conhecido como “Março Amarelo”, tem o objetivo de conscientizar Médicos-Veterinários e tutores sobre a prevenção da doença e diagnóstico precoce. Na maioria das vezes, o diagnóstico é realizado tardiamente, devido a característica de que a DRC é uma doença silenciosa, que apresenta sinais mais nítidos quando boa parte dos rins já estão comprometidos.
O Médico-Veterinário estudioso da área de nefrologia veterinária e Professor da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Júlio Cambraia, dá dicas para identificar a doença renal crônica em pets:
1) Os primeiros sinais clínicos do problema são o aumento na micção seguida do aumento da ingestão de água.
2) A falta de apetite e, consequente perda de peso, também é um dos sinais comuns da doença.
3) O animal pode apresentar fraqueza, abatimento e palidez de mucosa.
4) Algumas das raças mais propensas a desenvolver a doença, incluindo aquelas que apresentam uma expectativa de vida maior. Em cães: Beagle, Bull Terrier, Chow Chow, Cocker, Pinscher, Pastor Alemão, Lhasa Apso, Shih Tzu, Maltês, Schnauzer, Daschund, Sharpei, Poodle. Em gatos: Maine Coon, Abissinio, Siamês, Russian Blue, Persa.
5) Idas anuais ao Médico-Veterinário para check ups são fundamentais para a prevenção, principalmente para pets acima de 7 anos.
O Professor ainda ressalta que um cuidado especial deve ser tomado pois muitos destes sinais são comuns a outras doenças e, portanto, somente o Médico Veterinário pode determinar o diagnóstico definitivo.
A nutrição é a base da conduta terapêutica do paciente doente renal crônico. A dieta específica a ser oferecida ao pet com problemas renais deve ser cuidadosamente calculada em seus constituintes. Muitos deles devem ser restritos, bem como outros, acrescidos. Sódio e proteína, por exemplo, são controlados em quantidade e qualidade, para que as necessidades nutricionais sejam atendidas, sem gerar resíduos no organismo. O fósforo também se encontra em concentrações reduzidas, para diminuir a velocidade de progressão da doença renal e aumentar a expectativa de vida do paciente; assim como os antioxidantes, acrescidos na dieta, que ajudam a retardar o avanço da doença. Como uma das maiores dificuldades ao longo do tratamento do gato ou cão acometido da Doença Renal Crônica é a inapetência, a palatabilidade reforçada do alimento faz com que o animal tenha interesse em comer, já que o jejum piora o quadro clínico rapidamente.
“O alimento adequado para gatos e cães portadores de DRC é muito importante para nutrir adequadamente estes animais que tem restrições, evitando, muitas vezes, a necessidade de medicamentos, ajudando a manter a doença sob controle, preferencialmente.