Paulina Abdalla Palis

Conheço Paulina Abdalla Palis praticamente desde o começo de nossas carreiras: eu no jornalismo e ela na fonoaudiologia. Ela logo se despontou na profissão, passando a ser uma referência nessa área em Uberaba. A partir de uma entrevista criamos um forte vínculo de amizade e desde então eu a acompanho, mesmo de longe, mas sempre sabendo e torcendo por sua vida. Fonoaudióloga e laserterapeuta em Fonoaudiologia, Paulina e eu temos ainda em comum a paixão pelos animais, notadamente pelos nossos pets, ambos já meio velhinhos e ambos adotados. Quando nos descobrimos loucos por eles, a participação dela no blog se confirmou absolutamente necessária. No momento certo, quando acontece uma mágica inexplicável de “a hora é agora”, no caso dela, pra falar da sua Patty e desse amor que só quem tem sabe entender.

Patty1 (2)

 

“As pessoas ainda cometem atrocidades que são inimagináveis…”

 

Marcos Moreno– Você tem uma calinha já bem velhinha. O meu também está ficando velho. Quais as mudanças que você notou mais no comportamento dela?
Paulina Abdalla Palis– A Patty era mais levada, mas em alguns momentos ainda me surpreende com comportamentos de filhote, é alegre e festeira, acho que só ficou mais dorminhoca um pouco. Ninguém acredita que ela já tem 15 anos.

Marcos– Antes dela, teve algum que tenha vivido tanto tempo?
Paulina– Ela é a minha primeira cachorra, o melhor presente que ganhei na vida. Antes eu tinha medo de cachorro, hoje sei que só perdi tempo, é a melhor convivência que podemos ter.

Patty14 (2)

Marcos– Acredita que todo animal possa interagir com os seres humanos?
Paulina– Sem dúvida, eles teem sentimentos e demonstram isso, não falam, mas se comunicam com certeza.

Marcos– Você já viajou com ela? Como foi?
Paulina– Sim, uma complicação. A Patty não gosta de andar de carro, apesar de termos tentado desde filhote, faz escândalo, grita, chora, chega a chamar atenção das pessoas na rua. Quando chegamos ao destino ela gosta.

Marcos- Quem tem um pet sabe, naturalmente, que o animal é muito inteligente. Que comportamento do seu(s) pet(s) você pode citar para exemplificar isto?
Paulina– É digno de registro, ela come cenoura todos os dias, acaba de comer e carrega o prato com a boca, traz e entrega o pratinho no pé de quem serviu. Aí ela vai para a porta do armário para ganhar um petisco como recompensa.

Patty9 (2)

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Paulina– O respeito, sem dúvida. Apesar de ser “filha única”, ela tem que nos obedecer, se permitirmos ela ocupa todos os espaços e quer nos dominar. Ela entende tudo, então tem regras.

Marcos– Você acredita que tem crescido a conscientização humana em relação ao respeito pelos animais?
Paulina– Na mídia vejo que há um movimento maior em função disso, mas ainda falta muito. As pessoas ainda cometem atrocidades que são inimagináveis, nós seres humanos precisamos passar por um processo diário de humanização.

Marcos– De que maneira você acredita poder contribuir para esse crescimento?
Paulina– Faço algumas coisas até por impulso, se eu vejo alguém maltratando um animal na rua paro e compro a briga. Auxilio sempre em campanhas por cães em condições de necessidade, incentivo as pessoas à adoção responsável, compartilho isso em redes sociais.

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais atrai cada um de vocês?
Paulina– O Leão me atrai, acho um animal bonito, gosto do porte dele.

Marcos– Touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro devem existir para preservar a cultura?
Paulina- De jeito nenhum, ambos os lugares são maravilhosos e ricos em outras peculiaridades, não justifica maltratar animais para manter a cultura. A mim soa até como descrédito ao lugar, a cultura tem que ser agradável aos olhos e ao coração.

Marcos– Um filme com animal.
Paulina- Dr. Dolittle, como fonoaudióloga não poderia ser outro. Até porque a maioria de filmes com animais tendem a ter histórias tristes e eu não vejo desta forma. Animal é vida, é amor.

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Paulina– Se você quiser conhecer um amor sincero e totalmente desinteressado, tenha um animal de estimação, eles mudam a dinâmica da sua vida!

“Para sempre na memória”

 

 

 

40398020_1917277091673284_1291627872863125504_n

É raro e, talvez não exista no mundo uma única pessoa que jamais tenha esquecido uma imagem na vida. É comum que a maioria das pessoas esqueçam até mesmo as feições de alguém. Claro, se ver podem reconhecer. Muitas nem são apagadas da memória. Mas acontece. Se acontece com pessoas, com animais também, óbvio. E quem não quer ter “para sempre na memória” aquele pet que é tão querido? A fotografia, que vem se aperfeiçoando tanto com a tecnologia, é a ferramenta poderosa de ajuda para a memória. E há aquelas pessoas que têm talento que  para eternizar momentos com suas câmeras fantásticas. Um trabalho maravilhoso que toca aquele pontinho da alma que não se traduz em palavras. Trabalhar bem isso e ainda usar esse talento para contribuir com uma causa super nobre é o que faz Marcela Pena Gama. Dona de um talento com as câmeras e apaixonada por animais, Marcela juntou as pontas desse fio e achou um jeito de ajudar a causa animal dando mais glamour a animais em feiras de adoção, para facilitar. As fotos impactam mais em um primeiro contato. Mais sedutor ver um gatinho com um laço de fita vermelha no pescoço do que ver o mesmo animal engaiolado, ainda tristonho por não ter um lar. A foto ajuda.

 

40464234_1917250911675902_6858520729659375616_n

40479101_1917257841675209_8919848867004940288_n

40463368_1917248425009484_3383976548943003648_n

Bem, a experiência foi tão legal que marcela foi se especializando e conhecendo mais sobre o trabalho de fotografar animais. Pets em especial. Não é fácil não. Alguém já viu? Dá um trabalhão.

Marcela é publicitária e foi aluna das mais interessadas nas aulas do curso de fotografia da faculdade.Hoje tem conquistado espaço com suas fotos, de um modo geral, mas em especial o trabalho feito com os animais. Ano passado esteve expondo no Shopping Uberaba várias fotos de animais para adoção.
A comunidade que ama e trabalha com adoção de animais agradece e se sente privilegiada podendo contar com esse talento na busca por um lar para os bichinhos. Vale lembrar que Marcela e o marido Alberto, têm vários cães adotados, além de dois gatos. Isso tudo traduz bem o ditado popular “juntar a fome com a vontade de comer”.

40475548_1917254321675561_7881290762258743296_n

No último dia 26 Marcela, em uma parceria com 3P, realizou uma “manhã fotográfica” em Studio criado na própria loja. Arrasou!

Apoiam a causa animal:

Varanda Living-Uberlândia– MG  (34) 3215 7789;

Universo Espírita Livraria e Locadora– Uberaba-MG (34) 3333 0034; 

MM Assessoria Empresarial– Uberaba-MG (34) 33216929;                       Maria Flor– Uberaba-MG ;

Farmácia São Sebastião– Uberaba (34) 3332-1414

O lucrativo mercado dos pets

Empresas apostam em sorvetes, cervejas, canais de TV e comedouros inteligentes para agradar donos e bichinhos

 

Pets-e1492529265554

Um mercado que vem chamando a atenção das empresas é o dos bichinhos de estimação, os famosos “pets”. Só no Brasil, são mais de 50 milhões de cães e 22 milhões de gatos de estimação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, segundo a estimativa do Instituo Pet Brasil, mais de 25 bilhões circularam nesse nicho de mercado, um crescimento de 7% em relação a 2016.
Os números comprovam que mesmo em anos de crise, o setor é uma ótima opção para os empreendedores. São infinitas as opções no mercado, desde as mais simples até as mais tecnológicas. O professor de empreendedorismo, inovação e sustentabilidade do ISAE – Escola de Negócios, Rafael de Tarso, explica que um dos grandes diferenciais do mercado de nicho é a sua diferenciação. “O número de pessoas com pets aumentou de forma significativa, o que acontece é que antes não tinha uma indústria muito forte voltada para customização, que tivesse alguns produtos com baixo valor agregado, inicialmente uma coleira ou um serviço de pet era muito tradicional. Agora, as indústrias perceberam que tem como agregar valor nesse nicho, tendo uma rentabilidade amor”, enfatiza Rafael.
Em Curitiba (PR), um exemplo dessa efervescência e inovação do mercado é a startup PlayPet, que lançou um comedouro inteligente que funciona conectado sem fio a rede wi-fi, tem capacidade para 3 kg de ração e permite as pessoas alimentem seus bichinhos via aplicativo. O alimento é liberado de acordo com os horários pré-programados no aplicativo, mas você pode liberar o alimento quando quiser, apertando o botão de liberação de ração dentro do aplicativo, disponível nos sistemas Android e iOS.
Para quem busca uma experiência ainda mais próxima com o seu pet, a PlayPet oferece, ainda, uma câmera com imagens ao vivo que podem ser acompanhadas pelo aplicativo. “Nosso trabalho é focado em produtos inteligentes para promover cuidados e entretenimento para os pets, enquanto eles ficam sozinhos em casa. Nessa linha lançamos o comedouro, nosso principal produto, que hoje já é utilizado por todo o país”, comenta Rafael Souza, CEO da PlayPet.

De Vassouras, no Rio de Janeiro, saiu a Dog Beer, a primeira cerveja para animais de estimação. Criada por Lucas Marque Bueno, é na verdade um petisco liquido, não alcoólico, feito à base de água, mate e extrato de carne ou frango, sem nenhuma substância que possa prejudicar os animais e está à venda em todos os pet shops do país. Hoje existe até sorvete para cães e gatos, como o Ice Pet. Quem desenvolveu a receita foi a empresa APF, e ela não possui açúcar, lactose ou gordura. São vários sabores chocolate, morango, banana, atum e bacon.
Existe ainda um canal de TV exclusivo para pets no Brasil (https://www.mypettv.com.br/). Com assinatura mensal, os donos tem acesso a programação completa para acalmar, relaxar e estimular seus bichinhos. Esses são apenas alguns exemplos desse mercado, existem ainda spas, escolhinhas, restaurantes, hotéis, pensados para quem tem bichinhos de estimação ou exclusivamente para eles.
“O segredo para crescer é achar o seu público-alvo, se perguntar: eu quero um público que vá pagar barato? Um serviço básico? Ou um público que vá paga um pouco mais? Em linhas gerais quando a gente fala de nicho, com todos os processos de digitalização que existem, é mais fácil você conhecer o seu consumidor. Nesse sentido, você identifica o que ele quer e oferece algo que ele realmente precisa”, finaliza o Tarso.

Emerson Milhorin Oliveira

 

Médico neurologista dos mais conceituados em Uberaba, Emerson Milhorin Oliveira é um homem moderno, adepto ao esporte e às viagens e, ao lado da esposa Fernanda, tem três “meninas” sob sua tutela.Tutela do casal, claro. Tanto ele quanto ela amam, respeitam e, assumem que se consideram “pais” das três cadelinhas Lhasa Apso que são a Zara- de 12 anos, Luka, de 10 anos e Ivy, de um ano e nove meses. Elas são verdadeiras “ladies” e, com um tratamento desses, levam a vida na maior felicidade. Emerson acredita que o respeito aos animais e todo o trabalho pela causa mereçam o apoio de todas as pessoas.

Emerson e filhotes 2

“A humanidade precisa aprender a respeitar e valorizar os animais como nossos irmãos de inteligência e capacidade inferior”

 

Marcos Moreno– Dr. Emerson, sempre começamos a entrevista querendo saber se algum fato despertou para esse amor aos animais, ou é um sentimento nato. No seu caso, o que seria?
Emerson Milhorin Oliveira– Creio que seja um sentimento nato. Eu admiro a inocência e a bondade dos animais, sofro por vê-los indefesos ou passando algum tipo de necessidade.

Marcos– Que outras espécies você teria como pets e quais jamais teria?
Emerson– Teria gatos. Jamais teria pássaros em gaiolas, não suporto vê-los presos.

Marcos– Alguma raça preferida de cães, além da que você já tem?
Emerson– Além de Lhasa Apso, que já temos há 12 anos, adoro os Golden Retrievers. Mas também admiro os vira-latas simpáticos.

Marcos– Todas as raças têm o mesmo grau de percepção (inteligência)?
Emerson- Eu não saberia dizer, mas acredito que haja diferenças, inclusive entre cães da mesma raça. Em casa eu percebo uma completa diferença de personalidade nas nossas três filhotes.

Marcos– O cachorro pode ficar deprimido por muito tempo, mesmo estando bem tratado?
Emerson– Com certeza, principalmente na ausência dos donos e/ou se ficam fechados em pequenos ambientes por muito tempo.

Marcos– É possível que eles façam chantagem sentimental com os humanos?
Emerson– Creio que sim, inclusive com algumas pequenas “pirraças” para chamar a atenção.

Marcos– Animais podem ser feliz ou infeliz?
Emerson– Acredito que sim. Da mesma forma que os animais conseguem expressar (à maneira deles) diversos tipos de emoção, creio que eles podem se sentir felizes ou infelizes.

Marcos– Eutanásia- fazer ou não fazer? Eles querem viver a qualquer custo?
Emerson– Sou a favor apenas em casos de doença incurável terminal onde esteja havendo dor e/ou sofrimento.

Marcos– Você acha que faltam políticas públicas em favor deles? Dê um exemplo.                                                                           Emerson– Com certeza! Imagino que poderia haver uma série de ações e políticas públicas em favor dos animais, como por exemplo: campanhas de divulgação em massa para conscientização sobre posse responsável; leis mais severas no que diz respeito ao abandono e também maus-tratos; incentivo à adoção; mais campanhas de castração, etc.

Marcos- Você costuma assistir filmes sobre animais?
Emerson– Adoro assistir junto com minha esposa. A Zara (nossa filhote mais velha) também gosta e assiste com a gente. Ela assistiu com muita atenção a animação Bolt, o SuperCão inteira!

Marcos- Que recado você daria para os homens sobre os animais?
Emerson– A humanidade precisa aprender a respeitar e valorizar os animais como nossos irmãos de inteligência e capacidade inferior. Protegê-los e entendê-los.