Bendito Cão

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Segundo estimativas não oficiais de entidades do setor pet, o Brasil contabiliza cerca de 20 milhões de cães abandonados. Enquanto o óbvio é ter responsabilidades com os animais, os números mostram uma realidade que os defensores da causa lutam para transformar.
É o caso da dog protection influencer Vivi Machado, idealizadora da marca social Bendito Cão, que acaba de lançar a campanha “Todo Cão é Bendito”, cujo objetivo é conscientizar as pessoas para a adoção de cães sem lar, independentemente de raça ou idade.
Apresentada em evento realizado nesta semana, no Teatro do Colégio Catarinense, em Florianópolis (SC), a campanha já nasce com a adesão de figuras importantes da mídia e de outros ativistas da causa animal.
Durante o evento de lançamento da “Todo Cão é Bendito”, a influenciadora Vivi Machado apresentou o vídeo institucional da campanha, com histórias emocionantes de adoção e o potencial transformador da atitude na vida dos adotantes. A cerimônia também contou com a doação de ração feita pelos “Embaixadores Bendito Cão” para os cães resgatados pelo Grupo “Formiguinhas de Luz”.
Ainda que a causa seja nobre, a decisão de adotar um cão sem lar deve ser cuidadosamente planejada, a fim de evitar os riscos de um novo abandono.
Pensando em esclarecer todos os aspectos envolvidos nessa atitude, Vivi Machado lança nas próximas semanas o e-book “Quero adotar um cão. E agora?”. Trata-se de um manual escrito para orientar as pessoas sobre o passo a passo da adoção animal.
O e-book “Quero adotar um cão. E agora?” também irá explicar sobre o papel das ONGs, protetoras independentes e feiras especializadas no processo de adoção animal.
Vivi Machado é comunicadora, Relações Públicas, palestrante e apaixonada por cachorros.
A Bendito Cão é uma plataforma de conexão multidisciplinar cujo objetivo é unir pessoas em prol da proteção e bem-estar de cães, bem como servir de elo entre os diversos integrantes da cadeia pet, por meio de ações que gerem impacto positivo na vida dos cachorros.
A atuação da Bendito Cão baseia-se em três pilares:

1. Realização de palestras de conscientização social em eventos, instituições de ensino, e empresas, com ênfase no esclarecimento sobre como ajudar cães abandonados, guarda responsável, bem-estar e outros temas;
2. Promoção do voluntariado em favor da causa canina, voltado a pessoas físicas e jurídicas; e
3. Fomento a iniciativas específicas baseadas na missão da marca, a partir da criação do Programa Movimento Bendito Cão, que prevê a formação de grupos de cidadãos e especialistas, os chamados “Embaixadores Bendito Cão”, para a realização de “castrações sociais” de cães abandonados, entre outras ações.

Ter um cachorro diminui risco de doenças cardiovasculares

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Para os solteiros, os benefícios de ter um cãozinho seriam ainda maiores, indica a pesquisa publicada na revista ‘Nature’
Além do companheirismo e da lealdade, os cachorros trazem mais um ponto positivo para a vida dos donos: saúde.
Um estudo da universidade sueca Uppsala publicado online na semana passada na revista científica Nature conclui que ter um cão pode reduzir o risco principalmente de doenças cardiovasculares, mas também outros problemas de saúde. Isso porque eles dão apoio e motivação para a prática de exercícios físicos, explica o estudo. Portanto, não é surpresa que as raças consideradas de caça foram as que mais reduziram o risco de doenças do coração para os donos.                                                                                                                                                                                                                                Sem solidão
Apesar de os pontos positivos serem observados na população em geral, os solteiros parecem ser ainda mais beneficiados pelos cães em casa. Para eles, assim como para os idosos, ter um pet não aumenta apenas a frequência de prática de atividades físicas, mas também alivia a sensação de isolamento social.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo reconhecem que diversas pesquisas já haviam mostrado possíveis correlações entre ter um cão e ser mais saudável, mas afirmam que sempre houve limitações nas descobertas. Esta pesquisa, por outro lado, analisou dados de mais de 3,4 milhões de suecos durante 12 anos.
Quanta diferença
Para selecionar os participantes, houve o cuidado de excluir a parte da população com menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Portanto, a faixa de idade dos participantes era de 40 a 80 anos completos em 2001. Mesmo entre eles, alguns precisaram ser excluídos da pesquisa por diversos fatores, como falta de informação no sistema médico do país ou os que haviam passado por certas cirurgias no coração. Um facilitador para o estudo foi o sistema de identificação de cães na Suécia. Desde 2001, todos os cachorros têm um identificador único, que pode ser uma tatuagem na orelha ou um chip subcutâneo, registrado no Conselho de Agricultura do país. As informações sobre os pets foram cruzadas com os dados sobre as causas de morte dos indivíduos. Quanta diferença do Brasil.

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Essas duas letras juntas são muito conhecidas de quem gosta de animais. São as iniciais da expressão “Lar Temporário”. O que significa isso? Significa que os animais encontrados em estado de abandono, filhotes, velhos, machucados (via de regra, pelo ser “humano”), foram resgatados, cuidados, encaminhados para clínicas veterinárias, mas não têm pra onde voltar. Pras as ruas novamente? Precisam ser adotados, mas até isto acontecer, precisam de um “lar temporário”. Nas ruas, vão ser novamente agredidos, vão passar fome, sede, frio e vão, naturalmente, procriar e gerar mais animais nas ruas. A todo instante são postados nas redes sociais, pedidos de lar temporário, pedido de socorro para um resgate, oferta de filhotes para adoção RESPONSÁVEL. A origem do problema vai muito além do próprio animal abandonado.
Empobrecimento geral                                                                                                                                                                                                                    O Brasil empobreceu geral no que diz respeito à educação. Não há mais um serviço público prestado com decência, como saúde, por exemplo. O IDH (índice de desenvolvimento humano) não caiu, parece que despencou. O que se pode esperar de um país que no maior evento internacional (só para citar um exemplo recente) como a Fórmula 1, tem duas equipes assaltadas. Claro que assalto e violência faz parte do nosso cotidiano. Praça de guerra. Pior que países e regiões verdadeiramente em guerra. Se as pessoas não recebem mais educação, desconhecem totalmente o que significa respeito. E a violência só aumenta, a cultura só despenca, a inversão de valores fica cada vez mais absurda e os políticos são cada vez mais corruptos. Se é assim nas grandes cidades de um país de proporções continentais, o que dizer de seus municípios?                                                                                                Políticas públicas                                                                                                                                                                                                                                            Não há políticas públicas para animais. Para proteção dos animais, controle de população. Saúde pública. Poucos são os municípios que dão exemplo de bom funcionamento de seus Centros de Zoonoses. Mas até hoje, esse tipo de conversa é coisa para palanque. Aparece um ou outro que efetivamente quer fazer alguma coisa pelos animais. E, claro, na mesma esteira, outros tantos (em maior número, naturalmente) que fazem o mesmo discurso no palanque, mas que fica apenas como plataforma de eleição. E muitos de nós, a maioria dos que gostam e respeitam os bichos, se sente culpada cada vez que vê um desses pedidos de socorro ou mesmo o próprio animal em situação periclitante. Imagina você passando de carro na Univerdecidade à meia noite e se depara com cão bem grande atropelado, ou machucado. Você sozinho. Você tem condição de pegar o cachorro sozinho? Você pode levar uma mordida feia, porque o cão normalmente estará estressado e com medo. Seu carro tem condições de receber o cachorro? Você conhece um lugar para levá-lo? Mas se tivesse um serviço público capacitado e com profissionais preparados para esse tipo de resgate…Não há! Se muito mal tem para os próprios humanos… O que acontece com o Brasil? Não foi da noite para o dia. Já tem alguns anos…

Patrícia Luciana Martins

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Muita gente que tem cachorro provavelmente conhece Patrícia Luciana. Casada com o famoso adestrador Adriano dos Santos, Patrícia sempre foi muito parceira na do marido também na profissão. Os dois juntos profissionalizaram o trabalho que sempre fizeram por amor aos animais. Patrícia mergulhou na área de cuidados. Além de tomar conta de “hóspedes” em período de férias, passou a oferecer serviço de banho e tosa. Fez e faz cursos sempre que possível, e seu grande sonho é participar de concursos de “penteados” em cães. Também fez curso de auxiliar de veterinária e agarra toda oportunidade de se especializar cada vez mais. Tem talento, é dedicada e, principalmente, sabe fazer amizade com seus clientes. Ao lado do esposo Adriano, ela hoje cuida do hotel/escola Educacão. Anotem seu nome. Em breve ela levantará um troféu de primeiríssimo lugar em um desses fabulosos concursos.

 

“Sempre gostei de animais, mas trabalhar com eles fez o amor aumentar”

 

 

Marcos Moreno – Você é casada com um profissional da área comportamental de cães. Sempre gostou de animais ou passou a gostar depois do casamento?
Patrícia Luciana– Sempre gostei de animais, mas trabalhar com eles fez o amor aumentar.

Marcos– Tendo contato com tantos cães, tem algum “para chamar de seu”?
Patrícia– Eu costumo dizer que já tem os “de casa”, que são cães que estão conosco há muitos anos como clientes fieis, desde quando ainda hospedávamos em nossa casa.

Marcos– Você também está se profissionalizando no ramo. Que tipo de trabalho você faz?                                                                                            Patrícia– Além de dividir o trabalho com meu esposo Adriano no nosso hotel Educacão, dou banho, toso, e participo da administração do nosso trabalho.

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Marcos– Você está fazendo cursos profissionalizantes?
Patrícia– Sim. Fiz cursos de Banho e Tosa e de auxiliar de veterinária. Mas,quero me especializar.Tem muita coisa para aprender. No próximo ano meu objetivo é focar em cursos.

Marcos– Já participou de concursos?
Patrícia– Não…mas tenho vontade. Já presenciei vários, inclusie no mês passado, de uma etapa que aconteceu aqui em Uberaba. Estou tentando me aperfeiçoar para isto.

Marcos– Existem cães que você não conseguiu dar um banho por algum motivo?
Patrícia– Ainda não aconteceu, mas nesse caso eu nem me arrisco.

Marcos– Tem alguma coisa que te aborrece no seu trabalho?
Patrícia– A irresponsabilidade de alguns seres humanos.

Marcos– Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Patrícia– Comandos eu deixo para o meu marido Adriano,que é adestrador. Eu converso com eles e às vezes, eles até me respondem.

Marcos– Além de cães, você também trabalha com outras espécies?
Patrícia– Não, optamos só por cães mesmo.

Marcos– Deixe uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Patrícia– “Ninguém pode se queixar da falta de um amigo, podendo ter um cão”

O destino de Lilica

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Lilica era uma cadela que vivia em um ferro velho de São Carlos (SP) e andava 2 km para levar alimento para outros animais. Na semana passa Lilica morreu após ser picada por uma cobra.
Neile, a dona de Lilica, achava que a cadela tinha fugido. Ela chegou a postar nas redes sociais sobre o desaparecimento. No domingo (19), o vizinho contou ao marido que a cadela estava morta e que ele havia enterrado o animal.
“Eu fui o último a vê-la, ela morreu aqui dentro, eu que a enterrei. Ia esperar um pouco para contar porque sei que a Neile ia sofrer muito, a Lilica era muito querida”, relatou o professor de tênis Fábio Borges Rosa Dourado.
Ele e a mulher, Aureliana Rosa Dourado, contaram que já tiveram outros cães que também morreram picados por cobras. “Geralmente dá vômito com sangramento. A gente tem até soro aqui. Quando vi a Lilica, apliquei soro na veia dela, ela até apresentou uma melhora, mas não resistiu”, contou.
Fama nacional
Lilica ganhou fama nacional após reportagem da EPTV veiculada em setembro de 2012. A solidariedade da cadela comoveu pessoas de todo o país.
Todas as noites, entre 20h e 21h, Lilica cumpria rigorosamente a sua missão. Mesmo que estivesse chovendo, o destino é casa da professora Lúcia Helena de Souza, que criava 13 cachorros e 30 gatos, todos recolhidos da rua. Depois de servir o jantar da turma, a professora preparava uma marmita para Lilica.
A cadela matava a fome, pegava a sacolinha com o alimento separado pela professora e seguia de volta ao ferro velho percorrendo dois quilômetros de caminhada na lateral de uma estrada bem movimentada.
Ao chegar em casa, Lilica dividia o alimento com os animais com quem divida espaço no ferro velho: um cão, um gato, um galo, uma galinha e até uma mula.
Para o veterinário Alexandre dos Santos, Lilica mantinha essa rotina porque tinha um instinto materno e de liderança entre os bichos. Um luto para quem ama animais.

Ana Clara Andrade de Macedo Silveira

Ana Clara

Ela é uberabense, mas no sangue corre uma pouco mais de ferro e poesia, porque nasceu em Uberaba por motivo de transferência de sua família vinda de Itabira, terra de Carlos Drumont de Andrade e das jazidas de ferro. Quem nasce ou descende de conterrâneos de Drumont tem poesia nas veias. Hoje, com 21 anos de idade, Ana Clara trabalha com vendas e vive com os avos, Wilson e Carminha, sua mãe Kelly e o Athos, seu queridíssimo cão da raça Golden Retriever, que recebe carinho de toda a família. Os passeios pelas praças da redondeza ficam por conta do vovô Wilson. Além de muito bonito, Athos é muito simpático e brincalhão e faz amizade com os outros cães que brincam por lá. Então vamos hoje contar um pouco da história dessa moça de Itabira. Não com a poesia de Drumont, mas com muita alegria.

 

“Tenho a convicção de que os pets nos leem através da linguagem corporal, tom da voz e expressão facial”
Marcos Moreno – Você sempre gostou de animais?
Ana Clara Silveira– Nós quatro gostamos de animais. Sempre tivemos cachorro em nossa casa, todas as vezes de pequeno porte, visto que quase sempre moramos em apartamento. Nos damos o luxo de ter um peso pesado agora e realizo, assim, meu sonho de ter um Golden Retriever.

Marcos– Já teve algum especial ou todos são?
Ana Clara– Todos os animais que já tive são especiais em sua particularidade. No entanto, o Athos foi o primeiro animal que eu mesma escolhi, me presenteei, criei e crio, tendo então, dentre todos, um lugarzinho especial.

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Marcos- A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?
Ana Clara– O nome foi indicação de uma amiga. Gostei do significado e não pensei duas vezes. Além de ser um dos três mosqueteiros, Athos, na mitologia grega, é filho da Terra (Gaia) e do Céu (Urano), sendo um dos gigantes de grande importância na mitologia.

Marcos- Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Ana Clara– Acredito que o limite entre o seu animal de estimação e você dependa muito do que você pensa ser o melhor. No meu caso, o Athos é livre para fazer quase tudo, desde que não seja maléfico para alguém ou para ele mesmo.

Marcos- Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?
Ana Clara– Não acho que os animais entendam, ao pé da letra, o que falamos, mas eu realmente acredito que a compreensão deles vá muito além de comandos. Tenho a convicção de que os pets nos leem através da linguagem corporal, tom da voz e expressão facial. O que não consigo nunca é duvidar da inteligência desses bichinhos…

Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Ana Clara– Entre os animais selvagens, os que mais me atraem são os felinos. Leões, tigres, onças, jaguares e etc.

Marcos- Que animal você jamais teria como pet, e por quê?
Ana Clara– Os únicos animais que jamais domesticaria são os caracterizados selvagens. Acredito que animal de habitat natural deva permanecer no mesmo, exceto quando ele precise de cuidados específicos ou se encontre incapacitado de voltar.

Marcos– Você acha que o respeito aos animais tem evoluído e pode fazer alguma comparação com o passado?
Ana Clara– O conhecimento sobre os animais tem evoluído e, concomitantemente, o respeito a eles também. Tenho a opinião de que respeito e conhecimento andam juntos e um é pré-requisito ao outro. Estamos ouvindo cada vez menos sobre animais que sofreram maus tratos e cada vez mais em animais que saíram do risco à extinção, isso já é o desenvolvimento progressivo do modo humano de pensar.

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Marcos– Um filme com animal.
Ana Clara– Tenho apreço por dois filmes com animais, são eles: “Marley e Eu” e “Sempre ao seu lado”.

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Ana Clara– Eu que tanto gosto de animais, encontro-me com dificuldade de explicar a importância deles no meu dia-a-dia e, ainda mais, na minha vida. O Athos, por exemplo, chegou bagunçando os meus sapatos e as minhas meias; pegando minhas bolsas e toalhas; roendo a parede e comendo tudo o que visse pela frente: a cama, a massa de pão queijo para assar em cima do fogão e a carne que estava para descongelar… E sabem o que é pior?! Quer dizer, o melhor?! Eu nem consigo ficar brava com ele devido à tamanha felicidade que ele me traz. Só sinto gratidão a um “serzinho” que só tem amor para me dar. Que virou o amigo do Seu Wilson, o companheiro da Kellynha e o “cricri” da Dona Carmem. Sem a menor sombra de dúvida, afirmo que os animais que nós depositamos amor e que, tão fielmente, nos amam de volta, são presentes de Deus para amenizar esse caminho, nem sempre fácil, que chamamos de Vida.

 

A história por trás da foto

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A cadela mais querida do momento na Espanha se chama Jacki − e, na verdade, é macho. Quando as chamas de 30 metros de altura, como Jacki nunca tinha visto, engoliram a paisagem de toda sua vida no monte de Fragoselo (na localidade de Coruxo, em Vigo), ele começou a percorrer o cenário fumegante, ainda incandescente sob as cinzas, e segundo alguns moradores passou dois dias levando a cabo uma estranha atividade que deixou todo mundo perplexo. Jacki ia e vinha sem descanso, com determinação, recolhendo cadáveres de animais carbonizados, que depois enterrava em um campo vizinho à igreja. Supostamente, ele não fazia isso por nenhum instinto religioso ou sobrenatural, mas sim porque todo Fragoselo tinha ardido e aquele terreno junto ao templo tinha ficado milagrosamente intacto. O cão de pelos dourados e brancos procurava terra, e não cinzas, para sepultar os pequenos corpos queimados.
A comovedora imagem captada no momento exato pelo veterano fotojornalista da agência EFE Salvador Sas foi registrada em uma manhã na localidade de A Igrexa de Chandebrito, no município de Nigrán (Pontevedra). Assim que foi divulgada pela agência como “foto do dia”, o retrato do cachorro − que inicialmente, por engano, acreditava-se ser cadela − se espalhou como um rastilho de pólvora pelos meios de comunicação e pelas redes sociais e acendeu na mesma velocidade que o fogo nos corações de leitores e tuiteiros. Para o mundo, o pequeno Jacki acabou se transformando em fêmea e mãe. E o que ele transportava em sua boca descendo o caminho da antiga escola de Chandebrito − que obviamente não era um pedaço de madeira queimada, como poderia parecer para os incrédulos − parecia ser o cadáver de um pequeno animal, possivelmente um filhote de cachorro, que acabou se transformando, aos olhos de quase todo mundo, em “seu” filhotinho.
Ampliando a foto, vemos que o aparente tição transportado por um Jacki de olhos tristes tem cabeça, focinho, orelhas, patas e o que parece uma longa cauda enrolada. Vários moradores de Coruxo confirmam a notícia que circulou naquele dia e garantem que é mesmo uma “cria de cachorro” o que o aventureiro Jacki leva nesse momento, com supremo cuidado, entre as mandíbulas. “É sua cria”, afirma convencido um deles, “porque vinha do lugar onde tinha uma ninhada com uma cadela, e algum outro filhote ele conseguiu mesmo salvar”. O dono do Jacki está preocupado com a fama de seu animal, teme por ele, por isso as testemunhas não querem que seus nomes sejam divulgados.
À margem do debate sobre a criatura que leva em suas mandíbulas, Jacki se dedicou incansavelmente à tarefa de recolher diversos animais mortos e “fazer buracos ao lado da igreja”, levado pelo costume de enterrar ossos ou com a intenção de lhes dar uma sepultura. Algumas pessoas contam que o viram “levando coelhos”. À medida que os dias passam, os habitantes dessa região devorada pelo inferno vão descobrindo mais e mais a dimensão de sua desgraça − a quantidade de bens irrecuperáveis, os animais grandes e pequenos carbonizados entre as árvores mortas, e alguns cães que seguem desorientados, sem saber voltar para casa. “Aí em cima as pessoas estão traumatizadas”, descreve um morador de Coruxo. “Naquela noite, fugindo do fogo, desciam intoxicadas, vomitando por culpa da fumaça.”
O enérgico protagonista de uma das fotos mais expressivas do desastre galego, do sentimento de perda, começou trabalhando primeiro em seu povoado, Fragoselo, no município de Vigo. Depois fica evidente que ampliou o raio de ação, porque a fotografia foi tirada já no município limítrofe de Nigrán. No local havia vários jornalistas e câmeras de televisão, mas só o fotógrafo da EFE conseguiu imortalizar a cena. Eles aguardavam o secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol, Pedro Sánchez, que tinha anunciado sua visita a Chandebrito, a zona zero da tragédia na comarca, onde no domingo morreram as moradoras Maximina Iglesias e Angelina Otero, de 86 e 78 anos, devoradas pelo fogo do qual fugiam em uma caminhonete branca.
Jacki passou duas vezes entre o grupo de jornalistas que estavam esperando a chegada do político ao povoado desolado. Primeiro em uma direção e depois, na oposta. Sem soltar esse cadáver negro de sua boca. Mas em Fragoselo esse pequeno cachorro com uma família que o adora “já era famoso” sem necessidade das redes sociais, conta orgulhosa uma moradora. “Agora toda a Espanha se apaixonou por ele, mas aqui já era muito conhecido. É um animal muito inteligente”, prossegue. “Anda sempre por todas as esquinas, de lá pra cá. Estou convencida de que aquilo que ele levava na foto era sim um filhote dele, porque… com o Jacki tudo é possível”.

Ponto para os animais!

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Prefeitura de Florianópolis afirmou que vai começar a multar moradores que maltratarem animais. O valor varia de R$ 500 a R$ 2 mil. Caso o agressor não pague, pode ter bens e imóveis penhorados.
Segundo a prefeitura, a multa administrativa começou a ser aplicada a partir de quarta-feira (15) pela Diretoria de Bem-Estar Animal (Dibea) e Fundação Municipal de Meio Ambiente (Floram) com embasamento na lei de crimes ambientais e em um decreto federal “que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente”.
A partir do flagrante e investigação policial, a multa pode ser aplicada.
“A gente recebe em média de cinco a seis denúncias por semana. A pessoa tem que ir na delegacia registrar e para, não demorar muito, pode levar em mãos o boletim para a Dibea”, explica Fabrícia Costa, diretora da Dibea. Segundo ela, qualquer pessoa pode denunciar.
Além de ir à delegacia, é possível também fazer denúncia pelo telefone 190 ou pelo Disque Denúncia – 181.
Conforme Fabrícia, a definição da multa recebida depende da complexidade e da gravidade do caso. “Os fiscais têm essa competência para decidir qual valor, de aplicar a multa de acordo com a situação. Algo de muita crueldade, muito bárbaro, a multa deve ser de maior valor”.
Em julho também entrou em vigor uma lei complementar proibindo a circulação de veículos com tração animal em Florianópolis.
O que é considerado maus-tratos:
1. Abandonar, espancar, golpear, mutilar e envenenar
2. Manter preso permanentemente em correntes
3. Manter em locais pequenos e anti-higiênico
4. Não abrigar do sol, da chuva e do frio
5. Deixar sem ventilação ou luz solar
6. Não dar água e comida diariamente
7. Negar assistência veterinária ao animal doente ou ferido
8. Obrigar a trabalho excessivo ou superior a sua força
9. Capturar animais silvestres
10. Utilizar animal em shows que possam lhe causar pânico ou estresse
11. Promover violência como rinhas de galo e farra-do-boi

Noites sem dormir

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Uma família celebrou a recente adoção de um novo membro da família: um adorável Golden Retriever que encontraram em uma associação nos Estados Unidos.
O animal era obediente, afetuoso e amigável para todos, não havia motivo para se preocupar. No entanto, o casal percebeu que algo estranho estava acontecendo com seu animal de estimação…
Todas as noites, o cão se inclinava pela porta do quarto e ficava acordado observando seus humanos enquanto dormiam. Desconcertados por esse comportamento, a família tentou justificar essa atitude como parte de seu processo de adaptação ao seu novo lar. No entanto, o tempo passou e o cão continuou a passar as noites acordado, apenas observando seus humanos.
Finalmente, o casal decidiu levar o cachorro ao veterinário, para ver se havia algo de errado. Todos os testes confirmaram que o animal estava em perfeito estado saúde. Então, surgiu a ideia de chamar um especialista para confirmar se já haviam existido casos como esse no passado. Foi aí que encontraram uma resposta!
Aparentemente, o antigo dono do cão decidiu livrar-se dele e o entregou a um abrigo depois de o sedar. O cão adormeceu em casa e acordou em um lugar estranho cercado por pessoas que não conhecia. Assim, de repente, sua família desapareceu…
O pobre cão associou essa mudança ao ato de dormir e é por isso que ele passava as noites com os olhos bem abertos, para não perder sua nova família novamente!
Quando o casal recebeu essa notícia, eles não conseguiram parar de chorar nem de abraçar o animal em sofrimento. A partir desse dia, decidiram colocar a cama do cachorro ao lado deles para transmitir a segurança e a confiança que ele precisava.
As pessoas que abandonam seus animais raramente consideram a atrocidade que estão cometendo ou simplesmente não se importam. Mas mesmo aqueles que tentam fazer o processo mais suave com “táticas” como essa, não podem imaginar os danos irreparáveis que estão causando.
Felizmente, acabou tudo em bem para esse animal, mas na maior parte dos casos não é isso que acontece…