Quebre o Elo

Campanha Quebre o Elo: O silêncio mata! Disque 190. Segundo pesquisadores, existe um elo entre violência animal e doméstica.


O Instituto Ampara, organização que, desde 2010, luta pelo bem-estar animal, está lançando uma campanha publicitária inovadora em parceria com a Agência Amithiva, com o objetivo de conscientizar a população sobre a relação entre a violência doméstica e animal. A iniciativa tem como base a Teoria do Elo ou Teoria do Link, que aponta para a coexistência de crimes intrafamiliares e sua concorrência com outros tipos de delitos violentos.
Segundo Thiago Abreu, CEO e fundador da Agência Amithiva, “a campanha é uma importante ferramenta de conscientização que o bem-estar animal vai muito além do que parece. A Teoria do Elo destaca que pessoas violentas contra animais também tendem a ser violentas com outros seres humanos, e vice-versa, evidenciando a gravidade desse elo entre a violência doméstica e os maus-tratos a animais”.
Evidências científicas respaldam a campanha, revelando a coexistência de abuso infantil, violência contra mulheres, idosos e animais. Estudos conduzidos por Maria Padilha, da Associação de Apoio e Defesa dos Animais em Meio Ambiente (AADAMA), apontam que 71% das mulheres vítimas de violência doméstica e que possuem animais de estimação relataram que seus parceiros ameaçaram, feriram ou mataram os animais da família. Além disso, em 88% dos lares investigados por abuso físico infantil, foi constatado também o abuso de animais.
Conforme as pesquisas de Padilha, 52,5% das mulheres vítimas de abuso reportaram que seus cônjuges haviam ameaçado, ferido ou assassinado seus animais de companhia. Tais dados reforçam a importância de compreender a Teoria do Elo, que abrange desde casos de abuso físico e sexual de animais até o uso de animais em rinhas e acumulação.
Diante dessa realidade alarmante, a campanha da Ampara e da Agência Amithiva propõe medidas concretas para enfrentar o problema. Thiago Abreu afirma que “é imprescindível unir esforços para combater a violência em todas as suas formas, seja direcionada a pessoas ou a animais. A campanha busca criar uma rede de proteção mais eficiente, abrangendo tanto as vítimas humanas quanto os animais que muitas vezes sofrem calados em um ciclo de violência que precisa ser quebrado”.
Nesse sentido, a campanha visa conscientizar a sociedade, os órgãos governamentais e demais instituições para promover a conscientização e educação sobre essa problemática. A campanha é um passo importante nessa jornada rumo a uma sociedade mais justa e consciente.

Por que é importante proteger os pets contra vermes, pulgas e carrapatos?


Além de coceiras e desconfortos, estes parasitas podem causar doenças importantes que impactam os pets e seus tutores


Vermes, pulgas e carrapatos são bichinhos indesejáveis para todos os tutores de pet. Além de terem efeitos desagradáveis, como causar coceiras (pulgas e carrapatos), dores abdominais e diarreia (vermes), estes parasitas também são responsáveis pela transmissão de doenças que podem ser sérias e representam um risco à saúde dos peludos e de sua família.
As verminoses quase sempre se desenvolvem sem sintomas aparentes, mas podem causar importantes impactos na saúde dos pets, principalmente quando acometem os filhotes e pets idosos. Os ovos e larvas destes endoparasitas são facilmente encontrados no ambiente e esperam apenas uma oportunidade para acometer cães e gatos, sem distinção por raça, idade ou tamanho.
“Todos os pets são suscetíveis às verminoses. Os filhotes e os pets idosos têm um sistema imunológico mais fragilizado, por isso podem apresentar sinais mais sérios como o crescimento inadequado no caso dos filhotes, pelos opacos, vômitos, diarreia e desidratação. Isso porque existe uma competição dos vermes pelos nutrientes da dieta do animal, e quando o pet é acometido por vermes que se alimentam de sangue, como é o caso do Ancylostoma sp., ele pode desenvolver quadros sérios de anemia, por exemplo”, conta a médica-veterinária e especialista de marketing da Unidade de Pets da Ceva Saúde Animal, Natalia Abreu.
As pulgas, por sua vez, também causam problemas relevantes para a saúde dos pets. Elas são responsáveis por quadros dermatológicos que vão desde uma leve irritação cutânea à sérias crises de dermatite, especialmente em animais que já têm histórico de alergia. Além disso, elas são os principais hospedeiros do Dipylidium caninum, um verme semelhante à tênia, que acomete os cães e pode acometer o ser humano.
“Ao se coçar, principalmente ao coçar com os dentes durante as fortes crises de irritação cutânea que a pulga causa no pet, é possível que o peludo ingira as fezes da pulga ou a pulga contaminada com o Dipylidium sp. e contraia a larva do verme. Essa larva se instala no intestino e causa danos à mucosa, o que ocasiona uma má absorção dos nutrientes e promove a perda de pelos e de peso do pet”, Natalia explica.
Já sobre os carrapatos, a médica-veterinária conta que eles são transmissores de três doenças importantes: a Febre Maculosa (que pode afetar pets de uma forma muito branda, mas tem potencial para ser fatal nos humanos), a Babesiose e a Erliquiose, que podem trazer graves consequências para o animal.
“A Babesiose é um problema comum, causada por protozoários do gênero Babesia sp., que se instala no interior das hemácias e se multiplica dentro delas, causando a sua ruptura e quadros de anemia recorrente, problemas no fígado, baço e rins. Já a Erliquiose é causada pela bactéria do gênero Ehrlichia sp. e afeta as células de defesa do organismo, desenvolvendo uma doença multissistêmica complexa, que pode afetar a produção de plaquetas e comprometer diversos órgãos do animal”, a profissional elucida. “Ambas são transmitidas pela picada do carrapato e o pet pode apresentar as duas doenças ao mesmo tempo, ou apenas uma”.

O que fazer se o meu pet tiver vermes, pulgas ou carrapatos?
Estes parasitas não são exclusivos de locais afastados ou com bastante mato e terra, eles também estão presentes nos centros urbanos e, por isso, é importante inspecionar o pet com certa frequência, se possível após cada passeio, assim como olhar atentamente às fezes quando for recolhê-las.
Ao detectar que o pet tem qualquer um destes parasitas, é importante ir a uma consulta com o médico-veterinário para que os parasitas sejam eliminados da forma mais correta e eficiente possível, além de realizar exames específicos de sangue e/ou fezes para determinar qual é o grau de infestação e se o pet contraiu alguma outra doença ou não.
“A importância destes exames está também em identificar qual o tipo de verme, por exemplo, que pode estar infestando o pet e se há riscos para os humanos, quais os cuidados devem ser tomados. No caso de carrapatos, é importante identificar qual a espécie do parasita para saber quais as doenças que ele pode transmitir ao pet, se há risco de febre maculosa para o humano, além de solicitar os exames específicos para Babesiose e Erliquiose nos animais infestados”, reforça.

Quais as melhores formas de prevenção?
Manter o ambiente de convivência do pet sempre limpo é essencial para evitar que vermes, pulgas e carrapatos se proliferem e causem grandes infestações. Manter a higiene adequada do pet também é importante para ajudar na prevenção, assim como o uso regular de antiparasitários recomendados pelo médico-veterinário, respeitando sempre o período de reaplicação especificado pelo fabricante.
“A prevenção é o que chamamos de ação multimodal, promovendo uma proteção 360º do pet. A higiene e limpeza são responsáveis por proteger o pet por fora, e quando associadas ao uso de produtos pour-on (pipetas) a base de Fipronil, como o Fiprolex®, as chances de o pet ser infestado por pulgas e carrapatos cai drasticamente. A proteção interna, contra os vermes, fica por conta dos vermífugos como o Canex® e o Petzi®, que protegem os pets de todos os tamanhos e idades contra as principais verminoses”, finaliza.
A adoção dos métodos de prevenção deve ser discutida com o médico-veterinário e a aplicação e fornecimento dos antiparasitários precisa ser individualizada para cada animal, de acordo com idade e peso, seguindo sempre a regularidade sugerida pelo fabricante a fim de garantis uma maior saúde para o peludo.
A prevenção é a melhor amiga do pet e do tutor, e ela precisa ser prática e eficaz, além de fazer parte da rotina do pet.

Usar rastreadores nos pets é mesmo seguro?

Veterinária comenta sobre o uso do dispositivo nos animais
e esclarece dúvidas

Os rastreadores próprios para animais de estimação prometem ser a solução para um dos maiores medos sentidos pelos tutores: o de perder seu bichinho de estimação. Afinal, com o dispositivo, é possível saber aonde o animal está em tempo real, facilitando a busca e o grande reencontro.

Porém, apesar de ser uma ideia muito promissora, ainda existem diversas dúvidas sobre o tema. Será que um rastreador é mesmo seguro para o pet? Pode molhar? Não dá choque? Para esclarecer essas e outras perguntas, conversamos com a médica veterinária Bruna Sanches, parceira de uma grande marca especialista em rastreadores por 4G. Confira!

Sem contraindicações
Bruna já começa trazendo boas notícias: qualquer animal pode usar o dispositivo sem nenhum risco à saúde! “Pelo contrário, hoje, uma das maiores incidência de atendimento, principalmente em felinos, é de pacientes que ficam alguns dias fora de casa e voltam machucados por brigas e atropelamentos. Com o rastreador o tutor pode localizar e trazer o pet em segurança para casa”, explica.

Pode morder e pode molhar
É praticamente impossível que um cachorro, ainda mais filhote, não queira morder as coisas, não é mesmo? Mas, nesse caso, não tem problema! A veterinária esclarece que o material usado já é pensado nas mordidas e até para evitar alergias no pet. Além disso, ela também destaca que o rastreador dessa marca é à prova d’água – mas vale retirá-lo no banho e tosa para evitar contato com produtos como o shampoo, por exemplo.

Atuar na prevenção é importante
Outro ponto levantado pela médica é de que o dispositivo não funciona apenas para dizer aonde o pet está após se perder, mas, também, para evitar que ele fuja. Para isso, além de ter medidas de segurança em casa, como portões, telas e vigilância, o tutor pode contar com essas funções assertivas no aplicativo: aviso caso o animal saia da “área segura” configurada previamente, histórico de movimentação do bichinho durante o dia, acompanhamento compartilhado com outra pessoa e muito mais!

Mas nem todos os rastreadores são seguros
“O rastreador dessa marca é o único que possui chip homologado com cobertura de sinal 4G para todo o Brasil, ou seja, ele tem uma diferença de posição do GPS, enquanto outros comprados na internet não. Os rastreadores importados não possuem homologação com nenhuma operadora brasileira, apenas chinesa, então a funcionalidade e segurança desses equipamentos não é eficiente”, avisa Bruna. Portanto, para o dispositivo funcionar corretamente e não ter nenhuma contraindicação, é fundamental apostar em uma marca autorizada e com propriedades brasileiras.

Banhos excessivos no calor fazem mal para a pele dos cães?

Com o excesso de calor, é comum aumentar a frequência de banhos nos Pets. Mas, será que esse excesso faz mal para a pele dos cães?

Segundo a Dra. Fernanda Binati, médica veterinária, os banhos excessivos nos cães podem ser prejudiciais, pois podem causar alguns efeitos como alteração na produção de sebo, e descamação exacerbada que são benéficos para a saúde da pele e pelagem do animal.

O banho é indicado para limpeza da pele e pelagem do animal, quando ele se apresenta com muitas sujidades. A limpeza é então necessária para saúde do pet. A melhor frequência de banhos é 1x ao mês, não sendo influenciado pelo porte e tamanho da pelagem.

“O excesso de calor pode causar algumas alterações. Se o clima estiver muito úmido favorece a proliferação de fungos e ácaros. Porém, o tamanho dos pelos não influencia no calor, ele favorece na proteção da pele nesta época do ano, quando principalmente os raios solares são prejudiciais e mais intensos”, explica a médica veterinária.

Para o banho em casa, a dica é apostar sempre em produtos de uso veterinário, de marcas mais conceituadas no mercado, e com menos aditivos químicos em sua composição.

A Dra. Fernanda Binati ainda alerta que o uso do secador muito quente pode causar danos na pele do seu pet, e favorece o aparecimento de dermatites. Recomenda-se retirar o excesso de água com uma toalha e finalizar no secador em temperatura morna.

“Procure oferecer água constantemente em dias muito quentes, além de um ambiente com ventiladores que deixam o ar menos quente. Uma dica é colocar água gelada nos coxins (almofadinhas) dos pets, pois é um local de termorregulação, além de oferecer petiscos congelados. Isso irá ajudar bastante seu pet nestes dias de calor extremo”, sugere.

Animais de estimação que escapam das bombas buscam refúgio em Israel: ‘Muitos ficaram para trás’


Organizações de proteção animal e veterinários trabalham para ajudar pets que perderam a família no sul israelense e nas proximidades da Faixa de Gaza


Em meio ao conflito com o grupo terrorista Hamas, organizações de proteção animal e veterinários estão se esforçando para ajudar os animais que perderam suas famílias no sul de Israel e nas proximidades da Faixa de Gaza. Além de oferecer um novo lar a eles, os voluntários tentam reunir aqueles que escaparam dessas áreas com os animais de estimação que deixaram para trás. Autoridades estabeleceram uma linha telefônica para coletar informações e realizar missões de resgate.


Shay Weisberger, um dos organizadores por trás da iniciativa, disse que “muitos animais ficaram para trás”, e que “seus donos estão pedindo ajuda”. “Estabelecemos um número de telefone para que as pessoas nos forneçam detalhes e para que possamos retirá-los das áreas de perigo. Além disso, fazemos um apelo a quem esteja interessado em usar suas casas como lares temporários para entrar em contato conosco e oferecer a sua ajuda”, afirmou em comunicado à imprensa.
É o caso de Tal, que disponibilizou sua casa no norte de Israel para abrigar os animais de estimação deixados para trás pelas famílias de sua aldeia, que mobilizaram esforços para escapar de possíveis bombardeios vindos do Líbano. Ao “The Times of Israel”, ele disse que mora a oeste da Galileia, a pouco mais de quatro quilômetros do país libanês. A região, afirmou, tem sido considerada “parte do segundo grau de risco, em comparação com aqueles que vivem a menos de quatro quilômetros”.

— Muitas famílias tiveram que partir, e uma delas pediu que eu cuidasse de sua gata, Hazot, que precisou ser deixada para trás. Eu a visito todos os dias, dou comida e troco água duas vezes por dia — relatou ele, que também ficou responsável por um cão e um gato a pedido de outra pessoa. — Durante um dos bombardeios, o cão Malka estava tremendo e ficando nervoso, e o gato Paspas mostrava muitos sinais de estresse.


‘Medo dos bombardeios
Tal ressaltou, também, que os animais têm partido “de todos os lugares, tentando entrar nas casas das pessoas quando há mísseis ou bombardeios”. Do contrário, disse, “tentam encontrar algum lugar onde se sintam seguros”. Ele afirmou que muitas pessoas têm compartilhado fotos desses animais em grupos de WhatsApp na tentativa de encontrar seus tutores. Segundo ele, a chave para cuidar desses animais é fazê-los se adaptar a um ambiente de mudanças rápidas.
— Paspas gosta de ficar indo de dentro para fora de casa. Normalmente, pula pela janela do quarto à noite ou de manhã, quando quer dormir ou comer algo. Mas agora, como estamos no quarto seguro, estou tentando fazê-lo se acostumar a dormir dentro. Ele ronrona muito por volta das 5 da manhã todos os dias, momento em que eu costumava deixá-lo sair. Mas agora quero que ele fique dentro por medo dos bombardeios.
O trabalho de Tal em sua casa se junta ao de organizações de resgate de animais. Na quarta-feira de manhã, a ONG Tnu L’Chayot L’Chiot (“Deixem os animais viver”) partiu para Gaza com comida, veterinários e especialistas em resgate para ajudar o maior número possível de animais de estimação. Eles começaram o dia em Ashkelon. Depois, foram para a cidade fronteiriça de Sderot. A organização estabeleceu pontos de distribuição de comida para quem precisar.

Câncer de mama é o mais comum entre os pets


Saiba como identificar alterações nas mamas no seu pet e prevenir o avanço dos tumores de mama


O câncer de mama é o tipo de neoplasia mais comum em cadelas e o terceiro mais comum em gatas. Estima-se que 50% dos tumores mamários em cadelas são malignos. Já para os felinos o risco é ainda maior, cerca de 90% dos tumores são malignos e agressivos e 80% tendem a fazer metástase em um ano afetando principalmente os pulmões.
Assim como nos humanos, o câncer em pets tem origem multifatorial, envolvendo a participação de componentes genéticos, hormonais, nutricionais e ambientais. Além disso, o crescimento desordenado das células mamárias também pode estar associado ao desenvolvimento de tumores.
No caso do câncer de mama, a influência mais significativa está relacionada a fatores hormonais, principalmente em animais que não foram castrados e utilizam anticoncepcionais injetáveis. Essa combinação, juntamente com a crescente longevidade dos animais de estimação, contribui para a crescente ocorrência de casos da doença.
Desta forma, é fundamental conscientizar os tutores sobre o diagnóstico precoce da doença que possibilita a adoção de estratégias terapêuticas para o tratamento e pode proporcionar longevidade ao pet.
Em sinergia com o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, a médica-veterinária Nathalia Fleming, gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal, respondeu as dúvidas mais comuns sobre o tema. Confira:


Quais os primeiros sinais da doença?
Os primeiros sinais que incluem aparecimento de nódulos ou caroços, vermelhidão, inchaço e feridas ou secreções na região mamária. É importante que o tutor se atente a esses sintomas e leve o animal para ser avaliado pelo médico-veterinário.


O tutor deve examinar a região com frequência?
A palpação das mamas, seguindo a mesma linha do que é feito com os humanos é recomendada. O tutor pode aproveitar um momento de brincadeira com o pet para observar a região.
A forma mais simples é a palpação das mamas seguindo a mesma linha do que é feito com humanos. No caso de cadelas, é preciso dar atenção especial para as mamas perto das patas traseiras, onde os tumores costumam ser mais frequentes. Nas gatas a ocorrência de tumores é maior nas patas dianteiras.


As fêmeas podem desenvolver a doença em qualquer idade?
Os tumores de mama têm uma tendência a aparecer em cadelas adultas, entre 4 e 12 anos. Já as gatas podem desenvolver a doença a partir de um ano.


A castração pode auxiliar na prevenção?
No caso dos tumores mamários a castração, antes do primeiro cio, é a melhor forma de prevenção, pois normalmente as fêmeas não castradas são as que têm maior propensão ao desenvolvimento da doença.


Os cães machos também podem desenvolver câncer de mama?
No caso dos machos essa é uma condição considerada rara. Mas, como as mamas dos cães também produzem hormônios, como estrógeno e progesterona, mesmo em menor proporção eles também podem desenvolver a doença.


Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do câncer, independentemente do tipo, deve ser feito por um médico-veterinário. a confirmação da doença só pode ser realizada após exames clínicos e laboratoriais. Por isso, as consultas frequentes com o profissional são imprescindíveis. Ao notar qualquer alteração no comportamento ou no corpo do animal o tutor deve buscar ajuda imediata.


Como é o tratamento?
O tratamento irá depender do tipo de câncer e estágio. Podendo ser indicado o uso de medicamentos, quimioterapia e intervenção cirúrgica.


Como prevenir os casos de câncer?
A prevenção é a melhor forma de evitar doenças nos pets, e no caso do câncer de mama não é diferente. Por isso, as avaliações periódicas com um médico-veterinário, mesmo que o animal aparente estar saudável é fundamental.
O especialista poderá identificar proativamente qualquer anomalia durante a consulta ou até mesmo solicitar exames de rotina que podem identificar se o animal possui alguma alteração de saúde. O diagnóstico precoce eleva os índices de sucesso no tratamento, garantindo mais bem-estar e aumentando a qualidade de vida dos animais.

Projetos de professora da Medicina Veterinária são aprovados com financiamento de quase R$4 milhões

Joely Bittar


Cinco projetos de pesquisa coordenados pela professora do curso de Medicina Veterinária da Uniube e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Sanidade e Produção Animal nos Trópicos (PPGSPAT), Joely Bittar, foram aprovados no Compete Minas, Fapemig, Finep e MSD entre 2022 e 2023. As pesquisas visam o diagnóstico e controle de enfermidades como tripanossomíase ou tripanosomose, neosporose, criptosporidiose, além de um projeto com o objetivo de controlar o carrapato bovino com fungo entomopatogênico.
O curso de Medicina Veterinária e o Mestrado em Sanidade e Produção Animal nos Trópicos enviam projetos a órgãos de fomento, e no último ano, diversos deles foram aprovados. “Tivemos dois projetos aprovados na Fapemig: um no edital universal e outro no Compete Minas, e recentemente, aprovamos outros dois projetos, um da Finep e outro da MSD. Com isso, aprovamos cerca de R$ 3 milhões e 800 mil no último ano. Isso vem de um crescimento, a medicina veterinária começou a desenvolver pesquisas desde a implementação da iniciação científica na Universidade, nos anos 2000. Sempre temos projetos aprovados na Fapemig, mas entre 2022 e 2023 conseguimos maior aprovação, e todos os projetos envolvem bovinos. Isso mostra a importância da medicina veterinária, da pesquisa com o desenvolvimento da bovinocultura que é tão importante aqui para a região. Esses projetos são relacionados, por exemplo, à pesquisa para controle de carrapatos ou para algumas doenças da reprodução, como neosporose e tripanosomíase bovina, que trabalhamos há muitos anos”, comenta a pesquisadora.
Ao todo, cinco projetos foram aprovados, com aproximadamente 3 milhões e 800 mil reais em verbas. “Nós trabalhamos em equipe, temos vários profissionais envolvidos, vários pesquisadores da veterinária, mas ao mesmo tempo é muito gratificante para a equipe da Uniube essa aprovação. É diferente quando estamos em uma escola particular onde a pesquisa está iniciando, em comparação com uma federal, que tem pesquisa arraigada no sangue. Isso é muito engrandecedor para nós, ver a Universidade ser reconhecida como um centro de pesquisas, não só da graduação. Nossos alunos de iniciação científica começam a participar dessas pesquisas mais tecnológicas, com proteína recombinante, com ensaio vacinal, o que proporciona condições de aprender metodologias mais modernas, que talvez só na graduação não teriam oportunidade”, finaliza a pesquisadora.


Projetos aprovados:
Compete Minas 2022: Controle do Carrapato – Desenvolvimento de bioativo granular à base do fungo Purpureocillium lilacinus BIC 0119 (Paecilomyces lilacinum) para o controle do Rhipicephalus microplus. Uniube e Biota: R$ 389.746,00
Universal FAPEMIG 2022: Vacina contra T. vivax – Avaliação de uma proteína recombinante quimérica utilizada como imunizante contra infecção experimental pelo Trypanosoma vivax em bovinos doadores de sêmen. Uniube e UFV: R$ 72.744,00
Universal FAPEMIG 2023: Sêmen – Efeito da adição de proteína recombinante sobre os parâmetros espermáticos de suínos e bovinos pós-descongelamento selecionados por proteômica comparativa do plasma seminal. Uniube, ABS e UFV: R$ 246.930,60
FINEP 2023: Vacina contra Neospora – Formulação vacinal com proteína recombinante para neosporose bovina. Uniube, UFV, Animal Nutri e Ouro Fino: R$ 2.800.000,00
MSD 2023: Criptosporidiose bovina – Perfil soroparasitológico de Cryptosporidium em vacas Nelore submetidas a IATF e suas respectivas crias. Uniube, MSD e UFTM: R$ 240.000,00

Telemedicina com veterinários especializados chega ao segmento médico-veterinário


Parceria deve levar a tecnologia a clínicas e hospitais veterinários de todo o Brasil.


Ganho de peso, abdômen aumentado, pele ressecada e discreta perda muscular foram os sinais clínicos percebidos pelo médico-veterinário que atende há mais de 7 anos a paciente Mel, uma cachorra da raça Lhasa Apso habitante de uma cidade do interior do Piauí. A suspeita era de uma doença endócrina, porém na cidade não há veterinários especializados em endocrinologia e a tutora do animal não teria como viajar para realizar consulta e exames. A saída encontrada pelo médico-veterinário foi recorrer a uma teleinterconsulta com um colega com especialização, que indicou os exames a serem realizados, avaliou os resultados e orientou o tratamento adequado.
A história acima relata a realidade de muitos animais de estimação e médicos-veterinários generalistas de inúmeras cidades brasileiras e mesmo em grandes capitais. Pensando em sanar o problema, a médica-veterinária Simone Amado criou a GoVets, plataforma especializada em teleinterconsulta veterinária, modalidade que permite a consulta on-line entre o médico-veterinário especializado, de um lado, e o tutor, o pet e o médico-veterinário que acompanha o animal, do outro lado da tela. “Desenvolvemos a plataforma pensando em levar atendimento especializado para cidades que não têm essa alternativa. No entanto, já nos primeiros meses, nos surpreendemos com a procura: mesmo em cidades maiores, com a possibilidade de consultas presenciais com veterinários especializados, muitos médicos-veterinários aderiram à solução, com o intuito de acelerar e complementar seus atendimentos”, relata Simone.
A resolução 1.465, de 27 de julho de 2022, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), permite a realização da modalidade de teleinterconsulta e coloca a saúde veterinária no caminho da saúde humana: cada vez mais a tecnologia estará integrada na busca por soluções mais ágeis e que permitam aprofundar o diagnóstico de pacientes.

A experiência vem agradando quem já aderiu à novidade: “Como veterinário clínico-geral, estou surpreso como essa inovação está transformando nossa prática e impactando positivamente a vida dos animais que tratamos. Agora tenho acesso direto a veterinários com especialização, em momentos críticos, o que não apenas expande minhas opções de tratamento, mas também me proporciona oferecer o melhor atendimento possível aos meus pacientes e permite salvar vidas que, de outra forma, poderiam estar em perigo devido à falta de recursos locais”, relata o médico-veterinário Alayn Freire, da Clínica Veterinária Alayn Freire, de União dos Palmares, Alagoas.

Ampliando o mercado
Com o objetivo de levar a teleinterconsulta a mais clínicas e hospitais veterinários, a GoVets firmou parceria com a VetFamily, maior comunidade de clínicas e hospitais veterinários do mundo e do Brasil, cujo propósito é fomentar o crescimento do segmento PetVet. “Quando se trata de saúde, novas tecnologias nem sempre ganham a adesão rápida de profissionais e de pacientes ou tutores. Porém, a recente pandemia que enfrentamos mostrou que o atendimento on-line pode ser eficaz, sim, sem falar que quebra barreiras geográficas e permite acesso rápido a profissionais especializados e com currículo invejável. Essa é a proposta da GoVets, e temos certeza de que fará grande diferença no panorama veterinário”, relata o Head Latam e Diretor-Geral da VetFamily no Brasil, Henry Berger. A parceria prevê a 1ª consulta on-line gratuita aos membros VetFamily, além de valores diferenciados para as demais teleinterconsultas, medidas que devem impactar também na acessibilidade para mais tutores de animais de estimação.
A plataforma de teleinterconsulta oferece atendimento de médicos-veterinários com especialização em cardiologia, dermatologia, endocrinologia, hematologia e patologia clínica, homeopatia, nefrologia, urologia, nutrição e oncologia. “O mais interessante é que o médico-veterinário que acompanha o animal há mais tempo gerencia a consulta com todo o histórico de atendimento do paciente e dá continuidade na execução de exames e acompanhamento do caso. Um ganho na gestão da saúde do animal e na fidelização do cliente”, comenta Simone.

Crianças aprendem sobre como os cães-guia podem melhorar a qualidade de vida de pessoas com a mobilidade reduzida

Palestra da Maria Cristina Lozano, proprietária do cão “Caju”, e responsável pela Ong Bocato, que realiza projetos voluntários em escolas, casas de repouso e outros, além de capacitação em treinamentos para cães de ajuda social


Os cães são chamados de os “melhores amigos do homem”. Eles propiciam momentos de companheirismo, que podem contribuir para a melhora da qualidade de vida, desde a infância.

Além de todos os benefícios como animais de estimação, os cachorros também podem ajudar de diferentes maneiras e, assim, tornar a vida das pessoas mais independente e autônoma.

No Brasil, mais de 7 milhões de pessoas apresentam alguma deficiência visual, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Deste total, cerca de 580 mil são completamente cegas e mais de 6,5 milhões apresentam baixa visão, seja por consequências congênitas ou adquiridas ao longo da vida.

Sob supervisão das professoras Luciana Espinosa, Roberta Vieira e da coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli, alunos do 2º e 3º anos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, do Colégio Marista Arquidiocesano, um dos mais tradicionais da capital paulista e que completa 165 anos de sua fundação em 2023, estão produzindo projetos que tratam sobre a importância dos cães de serviço para pessoas com mobilidade reduzida.

O cão-guia é um facilitador no processo de inclusão da pessoa com deficiência visual. Ele é responsável por oferecer confiança, segurança e promover a autonomia e independência, além disso, promove a interação social e, consequentemente, eleva a autoestima do seu tutor.

Denominados “Deficiência visual: um olhar diferente!” e “Cães de assistência”, os estudos fazem parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) das turmas, uma prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.

Os alunos do 2° e 3º anos discutiram sobre a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade e situações que envolvem o respeito ao próximo e momentos de amor pela vida. Conheceram a Maria Cristina Lozano proprietária do cão “Caju”, e responsável pela Ong Bocato, que realiza projetos voluntários em escolas, casas de repouso e outros, além de capacitação em treinamentos para cães de ajuda social.

Para a turma do 3° ano, o tema do PIS estuda a importância dos cães na vida das pessoas, além da questão socioafetiva. Por isso, as crianças tiveram um bate-papo com o Maurício Almeida, deficiente visual e ex-aluno do Arquidiocesano, que falou sobre sua experiência pessoal de explorar o mundo e de viver momentos únicos, apesar das dificuldades encontradas no dia a dia. Os estudantes também conheceram Harley, o seu cão-guia que foi treinado nos Estados Unidos.

“No encontro (que aconteceu em setembro), as crianças puderam conhecer um pouco mais sobre o quanto o cão é capaz de auxiliar na independência e contribuir positivamente no cotidiano da pessoa com deficiência visual”, reforça a coordenadora Lilian Gramorelli.

DNA Pets facilita testes genéticos nos amigos de 4 patas


Startup paulista viabiliza mapeamento genético dos seus animais para revelar as raças e até predisposição a doenças

Os donos de pets buscam cada vez mais recursos para cuidar da saúde de seus animais, garantindo qualidade de vida e longevidade. Pensando nisso, a DNA Pets surgiu no mercado, em 2022, com exames genéticos e moleculares que identificam os principais riscos à saúde do cão ou gato, bem como suas raças, ancestralidade e traços físicos. Hoje, o desafio é tornar os testes mais populares e de fácil acesso a uma quantidade maior de tutores, veterinários e criadores.

A empresa que nasceu em São Carlos, no interior de São Paulo, faz parte do Grupo DNA que tem mais de 25 anos de atuação no segmento de diagnóstico, genética molecular e mapeamento genético. O diferencial da startup é a realização de uma busca completa em bancos de dados de pragas e doenças específicas do Brasil, o que permite resultados com maior precisão, se comparados com outros testes do mercado.

Para o CEO da DNA Pets, Rodrigo Faria, o sonho da empresa é gerar um ecossistema de saúde personalizado para todos os membros da família, incluindo os animais de estimação, que são verdadeiros filhos de quatro patas. “Nosso propósito é trazer saúde, bem-estar e qualidade de vida aos pets através da genética. O objetivo é que cada vez mais tutores possam realizar os testes genéticos para garantir uma vida melhor para seus pets, bem como uma alimentação mais adequada, medicamentos que funcionam melhor, brincadeiras ideais e até mesmo tratamentos específicos para condições de saúde.”

A DNA Pets é agora parte do portfólio da Capri Venture, corporate venture builder que tem como missão transformar o ecossistema pet. A intenção é remodelar o modelo de negócios da startup que tem como expectativa atingir a marca de R$ 100 mil de faturamento até o final do ano, e alcançar 80 clientes em sua carteira, entre tutores, criadores e veterinários.

“A Capri acredita no propósito da DNA Pets e trabalha para ajudar a startup a atingir suas metas de crescimento. Para isso, estamos realizando uma mentoria em que remodelamos o modelo de negócios, antes de pensarmos em captar investidores” compartilha a CEO da Capri Venture, Alaíde Barbosa.