Roberta Pinheiro

 

Psicóloga Judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, especialista em Mediação de Conflitos, entre outras áreas, Roberta Pinheiro é a nossa convidada da semana para compor a série de entrevistas do Moreno Pet Blog. Casada, mãe de três filhos, adora viajar, e cozinhar pratos especiais para os amigos e familiares. Os talentos são muitos, além de ser uma mulher elegante e de privilegiada inteligência. E um dos traços super bacanas desse caráter admirável: é apaixonada por animais, especialmente cães, gatos e a maioria dos demais mamíferos.

 

IMG_5351

 

“Vivemos um período de transição, onde a quantidade de informações recebidas e as necessidades de mudanças imediatas são constantes, não tendo como nos esquivarmos das mesmas, pois envolvem nossa sobrevivência e a preservação do planeta”

 

Marcos Moreno -Sempre começo com a mesma pergunta: algum fato te despertou para o amor aos animais ou foi sempre assim?
Roberta Pinheiro – Meu pai era fazendeiro e íamos à fazenda com freqüência. Cresci rodeada por aves, animais rurais e domésticos. No dia em que nasci ganhei meu primeiro pet: uma bezerrinha que nasceu na mesma data e recebeu o nome de Estrela. Na cidade, criava pintinhos comprados no Mercado Municipal, que recebiam nomes próprios e morriam por velhice. Junto aos pintinhos vieram os porquinhos da Índia, pássaros e muitos peixinhos.

Marcos– Você tem 3 cães da raça Shiba. Você pesquisou antes de optar por criar cães dessa raça?                                                       Roberta– Obtive as primeiras informações e imagens da raça Shiba Inu através de meus filhos, que desejavam ter um. Pesquisei bastante sobre a raça e participo, desde então, de três grupos na internet, formados por criadores, proprietários e admiradores da raça, onde trocamos experiências e fotos, além de obtermos informações importantes sobre o temperamento e os cuidados que devemos ter com eles. O Shiba é a raça mais popular no Japão na atualidade, mas quase foi extinto há alguns anos. Logo, os criadores costumam ser muito exigentes e criteriosos na preservação das suas características. No Brasil, ainda há poucos exemplares, embora estejam se tornando o cão da moda desde que a griffe Louis Vuitton lançou uma coleção completa de acessórios com imagens do Shiba como referencia a 2018; ano do Cão no Horóscopo Chinês. Na França, o tempo de espera em lista para comprar um filhote Shiba costuma ser de cerca de dois anos. Os Shibas são extremamente inteligentes, independentes e leais aos donos. É a raça canina que mais herdou características do DNA dos lobos e se comunica através de uivos em tons ritmados e gestos característicos. Sua expressão facial simula um grande e apaixonante sorriso. Quando filhotes são muito ativos e um tanto rebeldes. O dono precisa ter pulso firme na colocação de regras e limites. Nos primeiros meses de vida tendem a morder tudo que veem pela frente, requerendo que tomemos cuidado para não deixar objetos ao alcance deles. Também é preciso estar em uma fase mais desapegada (rsrs), porque a possibilidade de que eles estraguem mesas, sofás, sapatos e etc é muito grande. Porém, após o primeiro ano de vida se tornam obedientes, calmos e excelentes companheiros. O cruzamento da nossa primeira Shiba, a Amora, ocorreu em São Paulo, com um macho compatível com ela nos critérios rigorosamente analisados pelo proprietário do macho. Nasceram três filhotes, um dos quais pertencia, por direito, ao proprietário do padreador e foi comprado por um paulistano. Pretendíamos ficar com uma fêmea e vender o macho, mas me apaixonei por ele. São o Zion e a Raika, que estão com 05 meses. Além deles temos a Jolie, que é maltes e o gato Abel, que foi adotado e também é nosso xodó.

Marcos– Alguma história de seus animais te marcou mais?
Roberta– Após o falecimento precoce da minha mãe, quando eu tinha 09 anos, fiquei muito traumatizada e introspectiva, evitando me relacionar com as pessoas. Tinha um medo imenso de perdê-las e não ser capaz de suportar a dor causada pela falta das mesmas. Nessa época conheci o Kojak, um filhotinho SRD que também havia perdido a mãe. Nossa identificação foi imediata e intensa. Desde o dia que nos conhecemos até sua morte, treze anos depois, nunca nos separamos. Kojak teve uma contribuição fundamental para o restabelecimento da minha saúde psíquica e foi um companheiro inesquecível. Não poderia ter havido acontecimento, pessoa ou tratamento melhor para ter me ajudado a recuperar a alegria e a vontade de viver, assim como a reestabelecer a confiança nos seres humanos.

Marcos– Você acha que o estímulo humano ajuda o animal a desenvolver a inteligência ou isto é nato?
Roberta– Acredito que a estimulação humana pode ajudar o animal a desenvolver ao máximo as suas potencialidades natas, que são variáveis. A estimulação oferecida deve respeitar as particularidades e limitações dos animais.                                                                                                                                                                                                                           

 Marcos– Acredita que em um tempo futuro eles, os animais, serão respeitados tanto quanto os humanos?                                 Roberta– Creio que estamos caminhando para atingirmos um grau de maturidade coletiva onde haverá maior respeito a todas as espécies. Vivemos um período de transição, onde a quantidade de informações recebidas e as necessidades de mudanças imediatas são constantes, não tendo como nos esquivarmos das mesmas, pois envolvem nossa sobrevivência e a preservação do planeta. Porém, a velocidade em que estão acontecendo tais mudanças é mais rápida e complexa do que nossa mente é capaz de assimilar com elaboração efetiva e profundidade. É tempo de reavaliações, de tomar decisões relacionadas à quebra de vários paradigmas, que envolvem nossos valores éticos, morais, políticos, educacionais e até alimentares, sem que tenhamos sido preparados para tal. Confusos e frágeis, estamos nos aproximando, como nunca, dos animais, em especial dos cães e dos gatos, que nos aceitam e nos acolhem incondicionalmente. Não por acaso, em alguns países o número de animais de estimação já supera a quantidade de habitantes humanos.

IMG_3385

“…o limite entre o cultural e aquilo que o extrapola é difícil de ser explicitado, por se tratar de algo muito arraigado no indivíduo”

 

Marcos– Na Índia, a vaca é sagrada, na China cozinham-se cães vivos, no Brasil usam animais para divertir as pessoas à custa de sofrimento. O que é cultura e o que extrapola a questão cultural?
Roberta– A Cultura, em síntese, é o conjunto de crenças, costumes e tradições adotados pelos grupos sociais. Envolve atitudes, valores, experiências, religião e outros aprendizados, que são repassados para as próximas gerações. Portanto, o limite entre o cultural e aquilo que o extrapola é difícil de ser explicitado, por se tratar de algo muito arraigado no indivíduo. Horrorizamos-nos com chineses e tailandeses que comem cachorros, por exemplo, mas achamos natural ingerir carne bovina, costume abominável para os indianos. Tudo que envolve tortura, maus tratos e sofrimento dos animais tem sido questionado e repudiado, felizmente. Na atualidade, o uso de peles animais em peças de vestuário tornou-se símbolo de péssimo gosto, experiências químicas e medicinais com uso de animais têm sido evitadas ao máximo. Os espetáculos circenses de maior sucesso, como os do Circo de Soleil não exibem animais. As touradas estão sendo proibidas na Espanha, assim como as rinhas de galos no Brasil. Na Turquia, por questões religiosas, a presença de animais em casa é evitada. Em Istambul, os cães são catalogados e marcados com chips fixados nas orelhas. Acabaram se tornando pets de todos os moradores da cidade e dos turistas, sendo muito comum ver pessoas pararem nas ruas para acariciarem cães e gatos e cuidarem deles. Na Holanda não existem cães abandonados. As pessoas estão se tornando mais conscientes, especialmente, com o avanço de estudos que comprovam que os animais têm sentimentos. A ciência tem colaborado com soluções plausíveis que minimizam o sofrimento animal, no caso de abates, por exemplo, e buscado usar fontes não animais para a execução de suas pesquisas.

Marcos– Acredita que emoção pode ser um sentimento existente em animais?
Roberta– Já está comprovado cientificamente que os animais têm sentimentos, sendo que estes variam conforme o grau de complexidade cerebral de cada espécie. Os cães, gatos, macacos, golfinhos e tantos outros não apenas sentem emoções, como as demonstram, ainda que de modo mais rudimentar que os humanos. As emoções relacionadas a afeto, dor, predileção, alegria, angustia e ciúmes são as mais fáceis de serem identificáveis.

Marcos– Você adotaria um cachorro de rua?
Roberta– Com certeza. Na verdade, já tive três cães e dois gatos que, literalmente, conheci na rua, levei a um veterinário para checar a saúde e aplicar os cuidados necessários e adotei, com o mesmo amor e cuidado que tenho com os que comprei. O amor é construído e consolidado no dia a dia, independente da maneira como o animal foi adquirido.

Marcos– Que animal você jamais teria como pet?
Roberta– Tenho receio de animais selvagens que possam nos atacar e ferir seriamente. Acredito que, em algum momento, o instinto primitivo relacionado à personalidade nata, ainda que reprimido pelo condicionamento, possa vir à tona e colocar em risco os criadores. Em minha opinião alguns aspectos da personalidade humana e animal são imutáveis e não podem ser minimizados ou ignorados.

Marcos– Se tivesse que ter um animal selvagem, com qual você acha que se adaptaria melhor?                                                         Roberta– Não é relacionado a um animal selvagem, mas vou compartilhar uma experiência com vocês: Na minha residência há um corredor que dá acesso aos quartos, no qual havia uma lâmpada queimada. Um dia, quando saí do quarto pela manhã, havia um morceguinho pendurado justamente naquela lâmpada. Sempre tive horror de morcegos, mas resolvi observá-lo mais de perto. Você já viu a carinha de um morcego silvestre? São muito parecidos com filhotes de algumas raças de cachorro. Ele me olhou com seus olhinhos bem redondinhos e atentos, analisando qual seria a minha reação e não tive coragem de espantá-lo. Nos outros dias aconteceu do mesmo jeito. Quando acordávamos ele estava ali, na mesma lâmpada, quietinho. Afeiçoei-me a ele e passei a chamá-lo de Bananinha. A razão do nome se deve ao fato de que os morcegos são grandes polinizadores. Aliás, sem os morcegos, não poderíamos comer bananas, cajus, mangas e muitas outras frutas que são polinizadas somente por eles. Eles se alimentam apenas de néctar, frutos e insetos, não gostam de sangue, não transmitem doenças e nem nos mordem. Confesso que tive que me impor com os demais moradores da casa, que não aceitaram muito bem o meu novo mascote (rsrsrs). Felizmente, ele nunca abriu as asas e voou em nossa presença, senão haveriam gritos de todos, meus inclusive. Se em algum dia ele demorava a chegar, ou não aparecia, eu ficava preocupada e me aliviava quando no outro dia o encontrava no mesmo lugar. Ele morou na lâmpada queimada bastante tempo, até que um dia não voltou mais. Espero que esteja bem e tenha constituído uma linda família.

“Errado é comprar o “cão da moda”  e depois abandoná-lo ou doá-lo, porque não pesquisou e escolheu um animal com características que não são adequadas a sua realidade ou ao seu momento atual”

IMG_3297

Marcos– Pode deixar uma mensagem para os humanos em relação aos animais?
Roberta– Percebo que uma das consequências de nossa fragilidade frente ao momento global atual é que ainda estamos um tanto perdidos diante de tantas informações e necessidade de assimilações. Infelizmente, há pessoas que, de tão inseguras, estão reagindo de modo intolerante, radical e até agressivo com relação aquilo que não compreendem. Engajam-se em movimentos que humilham e excluem. Trazendo tal observação para a relação atual entre as pessoas e os cães, parece que na atualidade, para muitas pessoas, a única alternativa aceitável e correta de adquirir um animal é adotá-lo. Pretender comprar ou vender um cão de raça, para tais pessoas, é algo inaceitável e digno de agressões gratuitas. Vivenciei tal situação recentemente, quando eu e meus filhos anunciamos a venda dos filhotes da Amora em redes sociais. Muitos se acharam no direito de nos ofender e agredir verbalmente, como se estivéssemos cometendo um crime ao anunciarmos a venda dos filhotes. Sou muito favorável à adoção, assim como a castração segura de animais, de modo a evitar tantos abandonos. Também sou a favor do direito de usufruir de todo o conhecimento existente para escolher qual o tamanho, aparência e possível temperamento do animal com o qual pretendo conviver de modo muito próximo e responsável nos próximos dez ou quinze anos. Não há certo ou errado em uma ou outra escolha. Errado é adotar um animal que se vai abandonar depois, seja porque cresceu demais ou se tornou agressivo, por exemplo. Errado é tomar atitudes com duração de longo prazo sem planejamento e sem maturidade para resolver as dificuldades que surgirem. Errado é comprar o “cão da moda”  e depois abandoná-lo ou doá-lo, porque não pesquisou e escolheu um animal com características que não são adequadas a sua realidade ou ao seu momento atual. Sugiro que tenhamos muito respeito por todos os animais, independente de gostarmos deles ou não e que a escolha por um pet para morar conosco seja feita de modo muito responsável, para que ele jamais seja maltratado ou abandonado. Se possuir um animal de estimação não está em seus planos, siga o exemplo dos turcos que moram em Istambul, dê alimentos, carinho e respeito aos animais que estão abandonados, patrocine um tratamento, uma castração, auxilie uma ONG… Juntos podemos ser a diferença na vida desses animais tão evoluídos espiritualmente e que nos fazem tão bem

Pet Friendly

473c9608b07dd604beeaed46401b2943

A Vila do Saber, espaço da ABAV Expo destinado à capitação e difusão do conhecimento, recebeu no primeiro dia do evento ( 26 a 28 de setembro no Anhembi (SP) uma das palestras mais procuradas pelos amantes de animais. O agente de viagem Maurício Penteado promoveu um debate sobre o crescimento do mercado Pet no Brasil e no mundo, e aproveitou o momento para incentivar os profissionais do setor a se especializarem e aderirem ao conceito Pet Friendly, termo utilizado para identificar lugares onde os animais de estimação são aceitos.
O palestrante apresentou números de mercado que garantem que, assim como o setor de cosméticos, o de pet não tem crise. Por isso, aumentar a oferta de serviços neste segmento é uma grande oportunidade para aperfeiçoar e ampliar os negócios. Segundo o IBGE, 65 milhões de domicílios brasileiros possuem animais de estimação. Enquanto isso, para as famílias viajantes, apenas 18% dos hotéis brasileiros aceitam os pets em suas instalações, por exemplo.
Os dados apresentados animaram os participantes, que enxergaram no segmento uma chance de se destacar em meio à concorrência, já que os serviços ofertados ainda são baixos. “A atitude e o entusiasmo são importantes, mas, para ter uma relação de trabalho com o pet, o primeiro ponto é gostar dos bichinhos. Só assim se conquista bons resultados”, alerta Maurício.
No turismo, inúmeros fatores deixam o conceito longe da popularização. Dentre as dificuldades, o especialista destaca a baixa aderência dos estabelecimentos, a falta de padronização das companhias aéreas de como transportar os pets e, principalmente, a falta de adestramento e preparação dos pets. “O bichinho precisa aproveitar a viagem com alegria e sem traumas, neste sentido, é muito importante também que ele seja treinado e preparado para os diferentes ambientes e situações”, conclui o especialista.

Sobre a ABAV Expo
Realizada pela ABAV Nacional, a ABAV Expo é a maior e mais importante feira de negócios de Turismo do Brasil. O evento contribui de maneira decisiva para a consolidação de negócios entre empresas dos cinco continentes e favorece toda a cadeia produtiva global do Turismo, ao atrair a participação massiva de agentes de viagens e outros profissionais do setor, dos mais diversificados nichos de mercado, além de compradores convidados, nacionais e internacionais.
Entre os expositores estão companhias aéreas brasileiras e estrangeiras; os mais expressivos operadores de turismo; empresas de cruzeiros marítimos e de segmentos especializados, como Corporativo, MICE (Meetings, Incentives, Conferences, Exhibitions), Luxo e LGBT; os principais meios e redes de hospedagem; locadoras de veículos; equipamentos turísticos, e fornecedores de soluções de tecnologia voltadas ao setor, além de representações de destinos e órgãos oficiais de turismo.
Em 2018, a 46ª ABAV Expo Internacional de Turismo e 50º Encontro Comercial Braztoa está sendo realizada de 26 a 28 de setembro no Anhembi (SP).

Sobre a ABAV Nacional
Reconhecida como uma das principais entidades de turismo no Brasil, com crescente força política, a ABAV Nacional está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Sua base é composta por 2,4 mil empresas associadas, entre agências de viagens, operadoras e consolidadoras, que juntas respondem por cerca de 80% de toda a movimentação de vendas do setor no país.
A entidade tem sua imagem fortalecida por meio de iniciativas do seu Instituto de Capacitação e Certificação (ICCABAV), na promoção de cursos, palestras, estudos e convênios de cooperação, e na gestão e curadoria do Congresso ABAV de Turismo – âncora da Vila do Saber, o espaço dedicado ao conhecimento e à capacitação profissional integrado à programação da ABAV Expo.
Globalmente está integrada à World Travel Agents Association Alliance (WTAAA) e ao Fórum Latino-Americano de Turismo (Folatur).

Sobre a Braztoa
A Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) reúne operadoras de turismo, colaboradoras e empresas de representação de produtos e destinos, além de convidados, responsáveis por estimados 90% das viagens organizadas de lazer, comercializados pela cadeia produtiva no Brasil. Em 2017, as operadoras associadas à Braztoa faturaram R$ 12,2 bilhões e embarcaram 5,52 milhões de passageiros durante todo o ano. Essas mesmas empresas geraram um impacto econômico de R$ 10,8 bilhões para a economia nacional, neste mesmo período (quantia que contempla a soma do valor dos pacotes comercializados para destinos nacionais, com o gasto médio diário com extras do turista nos destinos). A Braztoa realiza, desde 1990, quatro Encontros Comerciais por ano (dois em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre), todos 100% focados em negócios, capacitação e tendências para o agente de viagem. São eventos indispensáveis do calendário anual dos profissionais do turismo brasileiro.

O que é a catarata?- por Jéssica Afonso Gomes

bda4165e-9b90-455b-9a99-b9b36264a563

Quando olhamos nos olhos de nossos pets e não encontramos aquele brilho que conta por si só que eles estão bem vivos e saudáveis, já nos preocupamos com a terrível catarata. O que fazer? Quem nos fala sobre essa questão é a médica veterinária Jéssica Afonso Gomes, uma das profissionais que compõem o corpo de médicos da Clínica Animais e Cia, que a credencia como uma excelente clínica veterinária. Dra. Jéssica é especialista em oftalmologia.

cbeb1791-87d0-44fd-a7d4-f248d93869df

A catarata é uma condição onde há a perda da transparência do cristalino (lente intra-ocular) impedindo a captação dos estímulos luminosos pela retina e, consequentemente, não há formação da imagem. É a principal causa de cegueira tratável em cães e gatos.
Embora os caninos, na medicina veterinária, seja a espécie mais acometida, ela também se manifesta em outras espécies como felinos, equinos, coelhos etc.
A grande maioria das cataratas diagnosticadas em cães possui causa hereditária (além daquelas causadas por inflamações intraoculares, trauma e deficiência nutricional), e estudos prévios demonstram que qualquer raça pode ser acometida, porém, cães como Poodle, Cocker Spaniel, Schnauzer dentre outras, tem uma maior predisposição à formação da doença.
Além do caráter hereditário em cães, algumas doenças metabólicas também podem desencadear sua formação, sendo a principal delas o Diabetes Mellitus (68%). Nestes animais, a catarata irá se desenvolver logo nos primeiros seis meses a um ano do início da doença. Portanto, aqueles cãezinhos que apresentaram surgimento repentino da catarata, deverão ser investigados para a Diabetes.
Nos felinos, a catarata é comumente associada a inflamações intraoculares (uveíte), luxação do cristalino e outas doenças oculares.
A dificuldade visual e a insegurança no caminhar é a principal queixa dos tutores, que também podem notar nesses animaizinhos a mudança na coloração dos olhos (opacidade do cristalino), mudança no tamanho das pupilas e em alguns casos, sinal de vermelhidão ocular e lacrimejamento.
O diagnóstico da doença é feito por meio de exames oftalmológicos específicos em associação ao histórico do paciente, e quando feitos de forma precoce, permitem estabelecer o tratamento adequado e melhorar o prognóstico da visão.
Apesar de existirem no mercado diversos colírios que prometem trazer a cura da doença, até o momento o tratamento cirúrgico é a ÚNICA forma de tentar trazer novamente a possibilidade de enxergar deste animalzinho.
Fiquem atentos aos sinais que os olhinhos do seu companheiro demonstram a você, a qualquer sinal de mudança, procure seu médico veterinário oftalmologista de confiança.
Jéssica Afonso Gomes
Médica Veterinária – CRMV 15354

O Resgate da ursa Marsha

 

e151c614-1a5d-47e9-a321-b50c4dc04da5

Luisa Mell segue apaixonada pela causa dos animais e segue sim perseguindo a exploração comercial dos bichos, sejam eles cachorros e gatos ou até mesmo ursos.
E nesta semana, após cerca de um ano de luta para libertar a ursa, Mell finalmente conseguiu o ‘habeas corpus’ de Marsha, conhecida como a ursa mais triste do mundo.
Com a ajuda de Luisa Mell, o animal conseguiu se livrar do cativeiro em que vivia no Piauí e já foi solta no Rancho do Gnomos em Cotia- SP.

Em rede social, Luisa comemorou o fato: “Ela ficou conhecida como a Ursa mais triste do mundo! Está literalmente morrendo de calor no Piauí( ontem lá fez 45º). Depois de 20 anos explorada em circo, onde vivia em uma jaula minúscula, sob constantes maus tratos, ela foi transferida para um zoológico no Piauí! Imaginem uma ursa parda siberiana, com pelagem própria para aguentar o frio do Canadá, sob o sol escaldante do Piauí!”.
“Ela entrou em depressão profunda e as imagens de sua tristeza comoveram o país! Depois de mais um ano e meio de luta judicial, abaixo assinados, acordos políticos… finalmente conseguimos a libertação da Marsha e sua transferência para um Santuário! O @institutoluisamell construiu o Recinto no Rancho dos gnomos para recebê-la. Esta é uma conquista histórica! Só foi possível graças a união de muitas pessoas, ongs, poder público…”.
“Eu tive que contar como eu consegui colocar pela primeira vez os bastidores de circo na televisão, porque era muito difícil. Hoje a gente tem internet e esquece como era o mundo antigamente, que era dominado por cinco emissoras de televisão que você só podia colocar o que essas pessoas deixavam. Esses bastidores, as crueldades com os animais, a verdade dos rodeios, eu só consegui colocar porque eu tinha um relacionamento com um diretor importante da Rede TV!. Eu achei que tinha que contar essa história, eu conto que ele me ajudou muito e quase me destruiu depois, está tudo aqui com a maior sinceridade e maior honestidade”, declarou.
“Eu fui virando mais uma ativista, a gente foi se distanciando, eu queria meus cachorros mais perto e ele cada vez mais longe, fomos virando pessoas muito diferentes, a gente separou, e ai começou uma perseguição contra meu programa, contra minha parte artística, foi muito duro, eu sofri uma pressão psicológica, uma tortura ali durante três anos, depois que eu fui demitida também foi em um momento terrível, eu tinha sofrido um acidente”, completou.

O Rancho dos Gnomos

A Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos (ASERG) é uma associação civil sem fins lucrativos, atuando desde 1991 em Cotia-SP e formalmente constituída como uma Organização Não-Governamental no ano de 2000. Prima pelo bem-estar da fauna silvestre, exótica, nativa, doméstica e domesticada por meio de sua preservação, conservação, recuperação e propagação da educação ambiental para a consecução e alcance de um ambiente sadio e equilibrado, nos termos do Artigo 225 de nossa Constituição Federal.

santuario-animal

Os trabalhos realizados pelo Rancho dos Gnomos são de suma importância e de extrema necessidade, tendo em vista o auxílio ao Poder Público e respectivos órgãos ambientais 24 horas por dia, sendo recebidos animais apreendidos de tráfico, circos, vítimas de maus-tratos, etc. (só no ano de 2002, foram recebidos 2500 animais encaminhados pela Polícia Ambiental e Ibama, representando 12% do total de apreensões realizadas no Estado de São Paulo, e cerca de 2400 animais no ano de 2003, representando 13% do total de apreensões realizadas no Estado de São Paulo).

Um trabalho cuidadoso de recuperação desses animais é realizado com uma equipe especializada de biólogo, veterinários e diversas outras pessoas. Em cada caso, estuda-se a possibilidade de devolução dos animais à natureza. Caso não seja possível e a necessidade de abrigá-los nas próprias instalações do Santuário seja constatada, cada animal em tal situação receberá cuidados e tratamentos específicos por toda sua vida. Concomitantemente, realiza-se um trabalho importante de educação ambiental para crianças e jovens de toda a rede de ensino do país.

Faltam poucos dias!

urna_eleicoes

Falar em eleição confusa no Brasil não sei se causa algum espanto. Talvez, porque algumas estiveram mais definidas por variadas questões. Essa que estamos esperando para acontecer daqui a alguns dias, está mais confusa. Aliás, já está quase definida. Indefinido é o futuro breve do país logo após as eleições. Bem, eu pelo menos não vi qualquer dos candidatos apresentar algum proposta pela causa animal, a não ser candidatos a deputados. Claro, em um país onde impera o caos na saúde e na educação, coitados dos bichos. Mas não passa pela cabeça desses candidatos que o cuidado com os animais também é uma questão de saúde pública. Saúde pública? Neste país, onde morrem pessoas nos hospitais públicos à “espera de um milagre”? Bem, precisamos pesquisar direitinho quem e o que se pode fazer pela causa, cujo problema é bem maior do que parece e bem mais merecedor de atenção, a despeito da falta de sensibilidade.
Quem você conhece que inclui em sua pauta de projetos de trabalho pela causa?
Por exemplo, que fale de:
Lei com punições mais severas contra maus-tratos aos animais
Hospitais veterinários públicos
A falta de condições financeiras e os altos custos dos procedimentos médicos em animais, acaba gerando muito sofrimento e pode levar até à morte. Cuidar dos animais é questão de saúde pública!
São vidas que não podem ser descartadas ou sacrificadas por falta de atendimento gratuito.
Lei para identificar, multar e punir as pessoas que abandonam animais
Assim como os maus-tratos, o abandono também ocorre com frequência.
Muita gente não entende o tamanho da responsabilidade que é cuidar de um animal e que, em hipótese alguma, deve ser descartado como um objeto.
Estatuto de Proteção Animal
O Estatuto de Proteção Animal é um projeto que já está em discussão na Câmara e Senado. O Estatuto consiste em promover proteção aos animais e condenar diversas práticas de maus-tratos. Entre elas: abandonar o animal em situação de perigo; submeter animal a treinamentos, eventos, apresentações circenses, ações publicitárias que causem dor, sofrimento ou dano físico; violência física; privar o animal de água ou alimento adequado e confinar animal com outro que lhe cause medo, perigo, agressão ou qualquer tipo de dano.
Lei para colocar um Fim nas Vaquejadas
O sofrimento dos animais não pode ser justificado como uma prática cultural, esportiva ou pela arrecadação de lucros.
Farmácia Popular Animal

Então, pense nisto, e cobre depois.

Maria do Socorro Silva Sebatião- Tuca

Todo mundo a conhece por Tuca, mas seu nome de batismo é Maria do Socorro Silva Sebastião. Artista plástica de muita sensibilidade, é esposa dedicada, matriarca das mais queridas. Adora reunir toda a família e isso sempre é motivo de festa. Mas nada tira sua atenção dos bichinhos que ela, voluntariamente, sem vínculo algum com qualquer entidade, ajuda, resgata, encaminha para lares, ou seja, consegue um final feliz para histórias tristes de abandonos e maus tratos. Isso está no coração das pessoas sensíveis. Naturalmente Tuca toma atitude, arregaça as mangas e vai à luta pelo bem dos bichos. Por causa desse trabalho tão bacana o Moreno Pet Blog tem a honra de entrevistá-la.

40098266_2349169095310345_500113503844040704_n

 

“Humanos, sejam MAIS humanos. Em todos os sentidos”

 

Marcos Moreno- Pelas redes sociais a vejo que você está envolvida em causas animais. Com certeza ama e respeita. Você participa de alguma ONG?
Maria do Socorro Silva Sebastião– Não meu trabalho é voluntário em auxiliar aos animais sem nenhum vínculo, ajudo a todas!

Marcos– Sempre gostou de animais? Teve ou tem?
Tuca- Sim, sempre, atualmente tenho 2.Ambos adotados!

Marcos– Acredita que todo animal possa interagir com os seres humanos?
Tuca– Acredito! Claro que sim! São alguns seres humanos que são incapazes de interagir com os animais

Marcos– Você já adotou algum cachorro de rua?
Tuca- Vários! Todos os meus são adotados!

Marcos– Quem tem um pet sabe, naturalmente, que o animal é muito inteligente. Que comportamento do seu(s) pet(s) você pode citar para exemplificar isto?
Tuca– Por exemplo, quando vou dar o remédio ele é tão esperto que sabe que tem o remédio ali que se recusa a comer, trava a boca e cospe fora.

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Tuca– Eu não tenho limites! Rsrs

Marcos– Você acredita que tem crescido a conscientização humana em relação ao respeito pelos animais?
Tuca– Sim, tem crescido mas a caminhada é longa e falta muito pra gente chegar lá!

Marcos– De que maneira você acredita poder contribuir para esse crescimento?
Tuca– Fazendo o que faço, através de consciência social, não comprando animais, não abandonando, financiando e auxiliando os protetores.

Marcos- No universo de animais selvagens, qual o que mais atrai cada um de vocês?
Tuca– Todos. A natureza é bela.

Marcos– Touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro devem existir para preservar a cultura?
Tuca– Não!

Marcos– Um filme com animal.
Tuca– Marley e eu, Sempre ao seu lado, vários..

Marcos– Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Tuca- “Humanos, sejam MAIS humanos. Em todos os sentidos”

PF Animal no Zôdio no Happening

passeio-com-caes

A PF Animal participa no próximo domingo (23/09) do evento “Zôdio no Happening”, um evento feito por mulheres, sobre o universo feminino e para todos os públicos.
A PF estará no espaço pet com a exposição, degustação e venda de seus produtos.
A PF Animal tem como atividade principal a difusão da alimentação natural para pets. Comandada por três empreendedoras, Simone Chevis, fonoaudiologia, fotografa e chefe de cozinha, Ana Burnier, administradora de empresas com ênfase em marketing, chefe de cozinha e Daniela Aguiar, administradora com ênfase em finanças, oferecendo duas linhas de produtos 100% naturais, produzidas artesanalmente e com todos os processos realizados dentro de estrutura própria.
Todos os produtos PF Animal são 100% naturais, criados com ingredientes selecionados e de alta qualidade, com carnes nobres e magras. São livres de aditivos químicos, conservantes, corantes e glúten. Todos são indicados para cães e gatos, e levam em consideração as características originais dos ingredientes e seus sabores. A marca está presente em duas linhas de produtos: alimentação natural sob medida e personalizada e petiscos, este subdivido em duas frentes: desidratados e biscoitos.
O evento acontece na rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto,  que estará fechada para a realização do mesmo, que comemora também o aniversário do bairro de Pinheiros, onde a sede da PF Animal está instalada.