ONGs pressionam Banco Mundial a não investir em produtor de lácteos brasileiro ligado a caso de más práticas contra animais

15 organizações não governamentais assinaram uma carta aberta pedindo ao Internacional Finance Corporation (IFC), organização parte do Grupo Banco Mundial, a não aprovar um investimento de 160 milhões de reais ao produtor brasileiro Alvoar Lácteos. Uma investigação publicada no dia 27 de abril, pela ONG Sinergia Animal em www.pareoemprestimo.com revela práticas que causam sofrimento animal na cadeia de produção de leite da empresa, incluindo possível abate ilegal. A investigação também levanta várias preocupações ambientais e de saúde pública.



Os 25 diretores do IFC de todo o mundo devem decidir sobre o investimento no dia 30 de abril. Organizações internacionais estão pedindo que a decisão seja adiada para que os diretores possam analisar as evidências coletadas na investigação.
“Nossa investigação revelou que, nos fornecedores da Alvoar, os bezerros são separados das mães logo após o nascimento, os machos passam fome por até 18 horas e são mandados para o abate com apenas algumas horas ou dias de vida. Eles admitiram que os bezerros machos recém-nascidos são entregues a pessoas que podem matá-los fora dos abatedouros legalizados, o que pode configurar crimes de saúde pública e crueldade contra animais de acordo com a legislação brasileira”, explica Carolina Galvani, Diretora Executiva da Sinergia Animal. “As imagens mostram que os que são mortos em um abatedouro legalizado podem não ter sido devidamente insensibilizados e podem estar conscientes e sentindo dor, segundo especialistas que avaliaram as filmagens”, completa.
O vídeo publicado pela Sinergia Animal também revela que as vacas sofrem queimaduras profundas com pasta cáustica, usada para impedir que seus chifres cresçam. Além disso, as bezerras são mantidas em gaiolas tão pequenas que mal conseguem se mover, com dificuldade até mesmo para girar em torno de si mesmas.
“Se aprovado, o IFC financiará um dos negócios mais poluentes de toda a indústria de alimentos”
Quinta maior produtora de lácteos do Brasil, a cadeia produtiva da Alvoar Lácteos, dona das marcas Embaré, Camponesa e Betânia, é composta por mais de 5.500 fazendas. O investimento do IFC apoiaria o programa de expansão da empresa – o que levanta preocupações sobre os impactos ambientais da decisão.

Além das práticas controversas flagradas contra os animais, as fazendas leiteiras são uma das mais poluidoras e maiores consumidoras de recursos naturais da indústria alimentícia, sendo responsáveis por altos índices de emissão de gases de efeito estufa e uso de água e solo.
“O IFC diz que está comprometido em mitigar as mudanças climáticas, mas está considerando financiar um dos negócios mais poluentes de toda a indústria de alimentos. Agora é pedir que sejam coerentes e não financiem essas práticas controversas”, aponta Galvani.

Atenção à qualidade da alimentação reduz riscos de problemas de pele em cães


Estudo mostra a eficácia da palmitoiletanolamida, o PEA (Levagen®) na dieta de animais e sua ação em processos inflamatórios de doenças de pele
Assim como nós, os cães estão sujeitos a ter doenças de pele, as quais, muitas vezes, causam desconforto – coceira e estresse. A médica-veterinária Juliana Novelli, gerente de produto de Animais de Companhia da Pearson Saúde Animal, destaca as mais comuns: dermatite canina, alopecia canina, micose e sarna. E assinala que o cuidado com o ambiente do animal é parte importante das medidas preventivas para evitar alergias. “Tenha certeza que manter o local limpo, lavar e higienizar utensílios que ele usa no dia a dia, como bebedouros e comedouros, diminuirá drasticamente a proliferação de fungos e bactérias que poderiam afetar o cão”, diz.

Mas, e quando a alergia aparece: o que fazer? “Descobrir a origem do problema também é fundamental”, recomenda a especialista da Pearson. E a causa pode estar na alimentação do pet. “A qualidade de pele e do pelo está ligada à dieta do animal. Por isso, funciona muito bem oferecer suplementos nutricionais. A inclusão de suplementos vem ganhando espaço porque eles contam com elementos essenciais para atender às necessidades nutricionais, como vitaminas e minerais. Há ainda biocompostos mais específicos, como a palmitoiletanolamida (PEA), que possui ação no sistema endocanabinóide e está no centro das pesquisas do combate a doenças de pele”, comenta Juliana Novelli.

Estudo realizado pela Bioinnova investigou a atuação do NutriCore Alivium, produto da Pearson, que contém em sua formulação o Levagen® (PEA – palmitoiletanolamida, Biotina, Zinco e Vitamina C) como auxiliar em tratamento em doenças de pele dos cães. Os testes foram realizados in vitro (sem o uso de animais). Isso é possível devido ao cultivo de células específicas que se assemelham à inflamação.

A especialista da Pearson informa também que a Biotina é essencial para a saúde dermatológica. “Enquanto a biotina contribui para a hidratação cutânea, a vitamina C tem ação antioxidante e o Zinco potencializa o sistema imunológico, promovendo renovação celular, portanto, o estudo demonstrou que NUTRICORE® ALIVIUM pode contribuir como coadjuvante para o tratamento de distúrbios dermatológicos em cães.

Se não tratado de forma adequada, o problema de pele – que pode ser simples à primeira vista – pode se agravar, chegando até a uma infecção bacteriana, afetando bastante a qualidade de vida do animal. “O tratamento, quando realizado logo no início do diagnóstico, resulta em uma melhora rápida. Aliás, fica o alerta de que o problema precisa ser investigado com olhar multifatorial. A suplementação fornece elementos importantes para atuar na inflamação, mas o tutor precisa estar atento o tempo todo ao ambiente e ao comportamento do seu melhor amigo”, orienta Juliana Novelli.

Como tornar a mudança de casa menos estressante para os pets?


Médica-veterinária explica o que fazer antes, durante e depois da mudança de residência para uma adaptação tranquila e segura de cães e gatos


Mudar de residência é algo que faz parte da vida de todos. Alguns de mudam mais, outros mudam menos, mas independente da frequência na qual isso ocorre, a dinâmica da mudança interfere na vida de todos da casa, incluindo os pets.
“Cães e gatos gostam de rotina e previsibilidade, além de serem territorialistas. Eles se sentem seguros em seu território e qualquer mudança nesta dinâmica pode promover estresse e desencadear problemas comportamentais e de saúde”, alerta Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos Pets de empresa de Saúde Animal.
O momento da mudança pode ser um cenário desafiador, mas algumas atitudes podem favorecer a adaptação do pet ao novo ambiente antes, durante e depois de que tudo esteja entregue no novo endereço.

O pet precisa conhecer o local antes
Provavelmente você irá visitar sua nova residência algumas vezes antes de mudar. Se possível, leve o pet junto. Leve também algumas das coisas que fazem parte do dia a dia dele, como se fosse um passeio. Caixa de areia ou tapete higiênico, potes de água e comida, panos e brinquedos devem fazer parte destes momentos.
“É importante para o animal desbravar o novo ambiente com calma, conforme ele for ganhando confiança. Estas visitas não precisam ser longas, podem durar até 1 hora, se possível em diferentes horas do dia e, de preferência, sem que esteja ocorrendo obras ou com pessoas diferentes indo e vindo do lugar. Pelo menos 3 ou 4 visitas assim já ajudam o pet a se acostumar com o novo local”, Nathalia comenta.
Segundo a profissional, cães costumam a agir melhor nestes momentos, uma vez que o instinto curioso tende a superar o medo do novo muito rapidamente. Já no caso de gatos, eles precisam de tempo para dominar o espaço, processar cheiros e ruídos novos do local.
“No caso dos gatos, o processo é mais demorado e é importante não ter pressa. Não conduza o pet pelos ambientes, deixe que ele explore sem pressão e o acompanhe. Antes de apresentar a nova residência ao pet, certifique-se de que todas as janelas e varandas são teladas e não há risco de que o felino fuja”, explica.

Participação do pet na mudança
Os dias de preparação para a mudança podem ser confusos e bagunçados, mas não pense que deixar o pet em um hotelzinho ou na casa de algum amigo ou familiar é o melhor para o animal. Lembre-se de que é importante manter ao máximo a rotina, por isso, programe um passeio entre uma caixa embalada e outra, além de fornecer a alimentação no horário habitual e brincar com o pet.
“No dia em que a mudança ocorre de verdade, em que as coisas são retiradas da casa, a casa fica bagunçada e cheia de pessoas diferentes circulando. Este momento em específico pode ser bastante estressante para os peludos, por isso é importante que o tutor esteja por perto. Mantenha o pet isolado em um cômodo da casa enquanto as coisas são retiradas dos outros ambientes, este ambiente deve estar com os pertences do pet e com a casinha de transporte. Este deve ser o último cômodo a ser mexido na casa, de preferência apenas pelos tutores”, Nathalia reforça.
Neste momento, para auxiliar o pet a se sentir calmo e acolhido, os tutores podem deixar na tomada os difusores de análogos sintéticos de feromônios específicos para os animais – para os cães, o análogo sintético do feromônio materno e para os gatos o análogo do odor facial felino. “Estes produtos auxiliam na manutenção do bem-estar dos animais, dando o suporte necessário para que eles passem por situações adversas do dia a dia, como mudanças, chegada de novos membros na família e transportes sem estresse. É importante lembrar que eles são específicos para cada espécie, então o tutor precisa ficar atento a isso!”, a médica-veterinária complementa.
Assim que tudo já estiver pronto, o pet vai para a caixinha de transporte e segue, junto com os tutores, para sua nova moradia!

Os primeiros passos na casa nova
Ao chegar na nova residência, faça o processo semelhante à saída da casa anterior: deixe o pet e todos os pertences dele em um único cômodo, de preferência com o difusor de feromônio já ligado na tomada. Mantenha o pet isolado ao menos durante todo o período de entrega de mobílias e caixas, para que ele não se sinta intimidado pela movimentação de pessoas – sempre com a companhia de um tutor!
Nathalia explica que a liberação de acesso aos outros ambientes deve acontecer conforme o pet se mostrar interessado e confortável: “Normalmente os cães ficam mais curiosos para reconhecer todos os ambientes, mas os felinos e os cães mais velhos tendem a se sentir perdidos ou desconfortáveis com muitas novidades e sem ter algum ponto de segurança ao qual estejam adaptados. Para eles, a liberação gradual dos espaços para explorar é o mais indicado e deve ser feita apenas quando o pet já tiver cheirado e percorrido todo o cômodo em que ele chegou, permitindo o acesso a um outro cômodo, e assim sucessivamente”.
Nos primeiros dias, dar atenção ao pet é essencial e manter a atenção redobrada também, já que quando não se sentem em um ambiente seguro os animais muitas vezes acabam fugindo. Por isso, manter uma coleira de identificação com os dados dos tutores atualizados é importante.
“Logo no primeiro dia, recrie a rotina do pet, com horário específico de alimentação e rotina de passeio para os cães, assim eles passam a conhecer melhor a vizinhança e retornam à programação ao qual já estavam adaptados. Se a nova residência for afastada da anterior, é interessante que o tutor também procure saber a localização do veterinário mais próximo e que possa socorrer o pet em caso de alguma urgência ou emergência. Ter paciência e estar preparado para imprevistos é essencial para que as mudanças ocorram com sucesso e não sejam traumáticas para ninguém”, finaliza.

Unifor presta cuidados a animais silvestres resgatados em ação contra o tráfico



O curso de Medicina Veterinária da Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, recebeu, por meio de uma parceria com o Instituto Pró-Silvestre, animais silvestres resgatados em uma operação de combate ao tráfico realizada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). No início da manhã do dia 12 de abril, foram entregues no campus da instituição 51 papagaios, que ficarão em quarentena e, após passarem por exames e cuidados, serão devolvidos à natureza.
Ao todo, foram apreendidos 161 pássaros silvestres e um jabuti, mantidos ilegalmente em cativeiro, no bairro Jangurussu, alguns deles inseridos na lista vermelha da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA) por estarem ameaçados de extinção. O crime era praticado por um homem de 41 anos, com vários antecedentes por crimes ambientais. Além da Unifor, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também recebeu as aves.
Da Unifor, estão diretamente envolvidos na reabilitação desses animais: docentes, estudantes do Grupo de Estudo de Animais Silvestres (GEAS), da Liga de Patologia Veterinária e alguns alunos de Iniciação Científica que desenvolvem projetos de pesquisa sobre a área.
“Recebemos mais de 50 animais para realizar os primeiros cuidados, avaliação, pesagem e alimentação. É muito importante para os estudantes terem essa experiência, porque muitos observam o tráfico de animais na teoria em sala de aula. Ter essa vivência de como os animais são conduzidos; o que tem que ser feito; quais cuidados têm que ter; como organizar uma escala entre eles; e como colaborar um com o outro, será muito importante para a vida acadêmica e profissional deles”, explica a professora Fernanda Menezes, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Unifor.
Agora, após uma avaliação mais aprofundada acerca da saúde dos animais, eles serão identificados por meio de números para que seja feito monitoramento diário do desenvolvimento individual dos animais. A ideia, pontua, é monitorar o escore corporal deles, verificando diariamente se estão desidratados, se estão se alimentando e se a quantidade de comida é suficiente. As aves irão permanecer divididas entre adultos e filhotes, no entanto, alguns, que estão em estado grave de saúde e precisando de cuidados específicos, ficarão em observação em outro laboratório.
“Além disso, faremos exame para verificar se estão com alguma parasitose e acompanhamento para ver se detectamos ectoparasitas (piolhos, ácaros e carrapatos). Faremos todo o acompanhamento até eles conseguirem comer sozinhos e estiverem bem para serem devolvidos à natureza. Funcionaremos em regime de escala, com a supervisão do médico veterinário responsável, uma vez que esses animais precisam ser alimentados periodicamente”, explica Fernanda.
Foco no bem-estar animal
Organização sem fins lucrativos, o Instituto Pró-Silvestre nasceu para dar apoio aos órgãos ambientais e de segurança pública no combate ao tráfico de animais. Dessa forma, a atuação da instituição visa o resgate, manejo, reabilitação, destinação, pesquisa e conservação da fauna silvestre de Fortaleza. Em 2022, representantes da instituição escolheram o curso de Medicina Veterinária da Unifor como parceiro na reabilitação dos animais sob sua proteção.
Advogada e Diretora do Instituto Pró-Silvestre, Karine Montenegro, enfatiza a participação positiva de estudantes em ações como essa pelo contato com a fauna silvestre, bem como a ajuda dada aos animais vitimas do tráfico.
Egressa da graduação em Medicina Veterinária da Unifor e responsável pelos papagaios que estão sendo cuidados na Universidade, Beatriz Martins é especialista em cuidados com animais silvestres. Ela também reforça a importância desse tipo de vivência para a formação profissional dos futuros veterinários.
Combate ao tráfico
Além da fiscalização por parte dos órgãos responsáveis, a denúncia ainda é parte fundamental para coibir o tráfico animal. Walter Feijó, analista ambiental do Ibama e médico veterinário, faz um apelo para que a população se conscientize que animais silvestres não devem estar presos em casa, mas soltos na natureza.
“Qualquer pessoa que perceba que alguém tem em cativeiro um animal silvestre irregular ou que haja indícios de tráfico deve realizar uma denúncia no Ibama, por meio da Linha Verde: 0800 0618080. Também é possível denunciar na Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace)
e na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Ao efetuar a denúncia, esses órgãos irão coibir essa prática tão danosa para a fauna silvestre”, reforça ele.
Interessados em colaborar com a manutenção e o trabalho realizado pelo Instituto Pró-Silvestre, podem contribuir tanto materialmente (ração, produtos, exames, medicamentos) ou financeiramente por meio do PIX institutoprosilvestre@gmail.com. Mais informações no Instagram @institutoprosilvestre.

Encantadora de gatos!


Há 11 anos, a aposentada Dulce Pereira alimenta bichanos que habitam o Parque Municipal, no Centro de BH, em ação com ONG que ajudou a fundar
O dia começa cedo para aposentada Dulce Cardoso Pereira, de 76 anos, e logo de manhã ela tem uma sagrada missão “cumprida há 11 anos”: levar comida para os gatos que habitam o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte. Moradora da Rua Goitacazes, não muito longe da unidade de conservação, Dulce cumpre seu ritual carregando ração e uma mistura caseira preparada com frango. “Alimento cerca de 150 animais que circulam entre o Palácio das Artes e a Avenida dos Andradas”, informa a voluntária e ex-servidora pública estadual, casada, sem filhos.
“Tem gente que me chama de ‘encantadora dos gatos’, e tenho mesmo paixão pelos felinos. Começou na infância, quando ajudei uma prima, então estudante de medicina, a fazer o parto de uma gata em dificuldades. Assim, me afeiçoei aos bichos”, conta Dulce, natural de Campo Belo, na Região Centro-Oeste de Minas, e residente e na capital desde os 7 anos.

Uma das fundadoras da organização não governamental SOS Gatinhos do Parque, para atender prioritariamente os bichanos do Américo Renné Giannetti, Dulce começou a cuidar dos felinos há muitos anos, quando, com amigas, teve um gatil no Bairro Santa Efigênia, na Região Leste, no terreno onde hoje está um shopping center. Obrigada a deixar o terreno, levou 40 animais para a casa onde morava no Bairro São Lucas, na Centro-Sul. “Eles andavam soltos, mas a maioria foi morta por um vizinho”, recorda-se com tristeza.


NOVA MUDANÇA
Disposta a proteger os gatos a qualquer custo, Dulce levou os sobreviventes para a residência de um irmão em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de BH, onde ia uma vez por semana – “no tempo dos ônibus ‘vermelhos’, quando não havia o Move”. Finalmente, transferiu os bichos para a casa de uma amiga no Bairro Nova Vista, na Região Leste de BH. Nessa época, juntamente com outras voluntárias, conseguiu que a Prefeitura de Belo Horizonte castrasse 280 animais. “Desse grupo, só morreu um de parada cardíaca”, revela a simpática senhora que há quatro décadas, aos 36 anos, submeteu-se à cirurgia para transplante de rins.
Foi durante um passeio ao Parque Municipal, há 11 anos, que ela se deparou com a grande quantidade de gatos soltos, demandando cuidados e “alimentação adequada”
. Preocupada com o que viu, começou as idas ao local, de terça-feira a domingo, quando os portões estão abertos ao público.

Curiosamente, conforme flagrou a reportagem do Estado de Minas, basta Dulce chegar ao parque para que os gatos e gatas comecem a segui-la até o local de alimentação. Daí o apelido de “encantadora”, como se tivesse uma flauta mágica. “Há muitos animais bonitos, alguns que nunca vi, e outro tanto abandonado. Outro dia, havia duas prenhas, nasceram 10 filhotes. Por isso, aos domingos, na parte da manhã, temos um cantinho, perto do coreto, para doação”.

MANEJO
Segundo a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, a colônia de gatos do Parque Municipal Américo Renné Giannetti tem cerca de 300 animais, “sendo a alimentação realizada de forma planejada e coordenada”. Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informa que a oferta, de segunda a sexta-feira, é feita, exclusivamente, por funcionários do local. Já aos finais de semana voluntários da ong SOS Gatinhos ou autônomos, devidamente credenciados, assumem a função.
Em nota, a PBH explica que, além de garantir uma alimentação e hidratação de boa qualidade e em quantidade adequada aos animais, o planejamento envolve estratégias que visam eliminar riscos à saúde pública, com a colocação dos recipientes em locais adequados. Há ainda dois veterinários da prefeitura que são responsáveis pelo cálculo da quantidade dos alimentos.

E mais diz a nota: “Cabe ressaltar que o manejo dos felinos, no parque, é feito regularmente, há mais de oito anos, em parceria com as secretarias municipais de Saúde e Meio Ambiente. São realizadas ações como vacinação, castração, microchipagem e encaminhamento para programas de adoção. O objetivo é combater o abandono dos animais e controlar a população de gatos no local, além de monitorar a saúde e, consequentemente, evitar problemas de saúde pública”.

Principal encontro da indústria pet e veterinária da América Latina abre credenciamento com expectativa de recorde de público


De 16 a 18 de agosto, mais de 35 mil profissionais do setor são esperados no São Paulo Expo para a PET South America e a PET VET
Os profissionais das indústrias pet e veterinária já podem se preparar para o principal encontro dos setores da América Latina. De 16 a 18 de agosto, a PET South America e a PET VET tomarão o São Paulo Expo, na capital paulista, para apresentar as principais novidades de produtos, serviços e avanços médicos para animais de estimação. As inscrições para os interessados em participar do evento foram abertas nesta segunda-feira, 17.
A feira, que é a mais completa do segmento, apresentará a sua maior edição, com uma expectativa de público de mais de 35 mil pessoas. Todas que trabalham para o setor que movimentou mais de R$ 60 bilhões em 2022, um crescimento de 16,4% em relação ao ano anterior, segundo números do Instituto Pet Brasil (IPB).
“O mercado está aquecido e o reflexo disso é o crescimento do evento. Em 2023, serão 500 marcas expositoras. Teremos novidades em pet food, medicamentos e conteúdo”, explica Guilherme Martinez, Head de Produto do Núcleo Pet da NürnbergMesse Brasil, organizadora das feiras.
Nos três dias de imersão, os visitantes terão acesso a muita informação, através de palestras, cursos e congressos. Terão, também, principalmente, a oportunidade de realizar negócios, já que os maiores players do segmento no país participam do encontro. Só no ano passado, as Rodadas de Negócios movimentaram quase R$ 22 milhões.

PET South America
Em sua 21ª edição, a PET South America trará mais uma vez o Mastergroom, que é a principal competição de tosa e estética animal do mundo. Serão centenas de competidores nas mais diversas categorias. Ainda oferecerá os cursos Pet Desenvolve, sobre gestão focada no setor, e Pet Comportamento, com o que há de mais atualizado e relevante sobre comportamento animal. Isso sem contar as marcas expositoras de cosméticos, alimentos, acessórios, planos de saúde, serviço funerário, entre outros, que apresentarão as maiores inovações do mercado.

PET VET
Já a PET VET chega à edição de 2023 com uma novidade em seu Congresso: além das salas onde geralmente são abordados diversos macrotemas de saúde animal, terão três salas focadas em especialidades em alta no mercado – Neurologia, Emergência e Dermatologia. Nos espaços, serão realizadas palestras com conteúdo técnico, discussões sobre demandas e apresentações das áreas mais promissoras da medicina veterinária. Tudo com profissionais renomados do setor, que entregarão um conteúdo de extrema qualidade aos veterinários.
Os visitantes da PET VET terão acesso a uma área de exposição, onde estarão os equipamentos e soluções mais modernos do mercado para o cuidado com os animais, e à PET South America, que reúne produtos e serviços para os bichos de estimação. Estudantes do segmento poderão visitar o evento no terceiro dia, 18, mediante comprovação da instituição de ensino.
A entrada na PET South America e na PET VET será exclusiva a maiores de 16 anos. O credenciamento de todos deverá ser feito antecipadamente, online.

‘Tampets’: projeto arrecada tampas plásticas para ajudar animais resgatados em Divinópolis

Iniciado há três meses, o projeto “Tampets” arrecada e vende tampas plásticas para ajudar no cuidado a animais resgatados das ruas em Divinópolis. O valor arrecadado com a venda dos materiais para empresas de reciclagem é usado na compra de medicamentos e ração, além de custear exames nos pets. Interessados podem fazer doações em cinco pontos de coleta (veja mais abaixo).
A iniciativa partiu de forma independente das protetoras de animais Ana Flávia Silva e Ana Gabriela Martins.

Segundo elas, a ação também visa conscientizar a população das condições precárias dos animais em situação de rua e ainda visa diminuir os impactos ambientais causadas pelo excesso do consumo de plásticos por meio da reciclagem.

“Além de ajudar os animais que resgatamos nas ruas, ainda estamos ajudando o meio ambiente tirando essas tampinhas de circulação”, explicou Ana Gabriela, que usa a própria casa como lar temporário dos animais resgatados.

Como funciona o projeto?
Tampas que podem ser doadas: tampas de garrafas pet, medicamentos, produtos de limpeza, produtos de alimentação e outros;
O material é separado e vai para reciclagem, onde é vendido por quilo;
O dinheiro arrecadado com a reciclagem é destinado para a compra de ração, medicamentos, exames e consultas de animais em situação de rua.
Onde doar?
Rua Itamarandiba, 1.340, Bairro Alvorada
Rua Minas Gerais, 1.051, Centro;
Avenida 21 de Abril, 973, Centro;
Rua Cascalho Rico, 420, Bairro São José;
Rua Santo Dumont, 1001, Bairro Manoel Valinhas.

Por Anna Lúcia Silva, g1 Centro-Oeste de Minas — Divinópolis

Verminoses: um perigo silencioso para os pets


Com manifestações discretas, principalmente no início, as verminoses podem promover sérios problemas de saúde nos animais de estimação
As verminoses são doenças quase sempre silenciosas, mas que podem causar importantes problemas para a saúde dos pets, principalmente quando acometem os filhotes e pets idosos. Sem distinção por raça, idade ou tamanho, os ovos e larvas dos endoparasitas podem ser facilmente encontrados no ambiente, esperando apenas uma oportunidade para acometer cães e gatos.
“Nenhum pet é imune às infestações dos vermes, mesmo aqueles que saem pouco de casa. Algumas verminoses são transmitidas pelo contato com outros animais, outras por vetores como pulgas e mosquitos, além de água e objetos contaminados”, explica Fernanda Ambrosino, médica-veterinária gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal.
A maior parte das verminoses acomete o sistema digestório dos pets, promovendo sintomas pouco específicos como diarreia, dores abdominais, alterações no apetite, pelos opacos e sem brilho, além de problemas nutricionais. “Estes parasitas competem com os animais pelos nutrientes da dieta, interferindo no crescimento adequado dos filhotes e na disposição dos animais mais velhos”, Fernanda conta.
A profissional alerta que, em infestações mais intensas de parasitos intestinais, os animais podem apresentar vômitos, desidratação (consequência dos vômitos e diarreia), e anemia, que pode acontecer pela competição dos nutrientes com os parasitas ou em decorrência de vermes que se alimentam de sangue, como é o caso do Ancylostoma sp.
“Alguns dos vermes que acometem o sistema digestório dos cães também podem ocasionar verminoses nos humanos, por isso os tutores precisam sempre cuidar da higiene dos ambientes que o pet frequenta”, alerta.
Outra espécie de vermes que causa grandes problemas para os pets, especialmente para os cães, é a Dirofilaria. “As Dirofilarias são vermes que parasitam o sistema circulatório dos cães, mas que também podem acometer gatos e humanos. Os pets são infectados com o verme através da picada de mosquitos que são contaminados previamente ao picar um animal doente. As larvas do verme se desenvolvem dentro do mosquito e são transmitidas a outros animais posteriormente picados”, explica a médica-veterinária.
Nos estágios iniciais a infecção por Dirofilaria é pouco percebida, isso porque as larvas transmitidas pela picada do mosquito demoram até 6 meses para atingir a fase adulta. Os primeiros sintomas relacionados a doença só aparecem quando já existem lesões no coração e nas artérias pulmonares, locais em que os vermes se alojam, e são tosse, intolerância ao exercício, fraqueza, perda de peso e falta de ar.
Fernanda conta que existe tratamento, mas não como as verminoses que acometem o intestino. “O tratamento da dirofilariose é algo complexo, cuja viabilidade depende da gravidade da infestação e da condição do animal. É um tratamento com um custo mais elevado e um pouco demorado, tem certos riscos”.

É possível diagnosticar as verminoses?
Além dos sinais clínicos, que podem auxiliar o médico-veterinário no diagnóstico das verminoses, o exame parasitológico de fezes ajuda a detectar qual agente está causando os problemas no pet e direcionar o melhor tratamento para o combate ao parasita.
Para as suspeitas de dirofilariose, são realizados exames de sangue específicos para encontrar larvas iniciais na circulação sanguínea periférica do animal, e radiografia de tórax ou mesmo ecocardiograma para detectar a presença de larvas adultas no coração e determinar a extensão das lesões causadas no coração e pulmões.

Vermifugar é o mesmo que prevenir?
“Não, mas a prevenção inclui a vermifugação”, esclarece a profissional. De acordo com ela, por estarem presentes no ambiente de maneira geral, é muito difícil evitar que os pets tenham contato com os vermes ou se contaminem. A prevenção é multifatorial e também engloba a higienização adequada dos ambientes que o animal frequenta, dos utensílios com os quais ele tem contato, e dos alimentos e água que ele ingere.
“A vermifugação, quando realizada na periodicidade adequada e na dose indicada pelo médico-veterinário, é uma das ferramentas de prevenção contra estas doenças parasitárias. Hoje existem inúmeros vermífugos elaborados especialmente para os pets, que se usados na dose correta auxiliam no combate e prevenção das principais verminoses. A sua formulação atua contra os principais parasitas intestinais dos cães, e combate as formas larvares da Dirofilária, sendo um aliado eficaz na prevenção da doença quando utilizado mensalmente”, Fernanda finaliza.

De volta pra casa!

Um cachorro dos Estados Unidos, de apenas um ano de vida, voltou para os donos após passar um mês desaparecido, a 241 km de casa. O episódio, noticiado pelo jornal americano Anchorage Daily News nesta quarta-feira, aconteceu em Savoogna, no estado do Alasca. O animal, da raça pastor-australiano, foi encontrado graças a uma campanha dos moradores da cidade nas redes sociais, que publicaram fotos sobre um “cão perdido”.
Nanuq, que mora na cidade de Gambell, acompanhou a família em uma viagem gelada à Ilha de São Lourenço, no Mar de Bering, em março deste ano. Na ocasião, ele e um outro cão da casa, batizado de Starlight, desapareceram juntos. Starlight foi encontrado algumas semanas depois, mas Nanuq continuou perdido.
A dona dos animais, Mandy Iworrigan, conta que só conseguiu achar o segundo animal de estimação quando moradores do município para o qual viajaram começaram a postar alertas no Facebook. O reencontro com o pet, acompanhado pela filha, foi filmado em um vídeo de 10 minutos publicado em sua conta pessoal.
— Meu pai me mandou uma mensagem dizendo: “Tem um cão que se parece com Nanuq em Wales’ (cidade do Alasca)”. Não tenho ideia como ele acabou lá. Talvez o gelo tenha se deslocado enquanto ele caçava — relatou ela.
Para encontrar o pastor-australiano, Iworrigan reativou sua conta no Facebook a fim de confirmar se as fotos eram de Nanuq. O contato com internautas deu certo e o cachorro voltou para a casa na semana passada, de avião. Apesar de ter sido recebido com uma das patas inchadas, com marcas de mordida, Mandy assegura que o pet está bem e com saúde.
— Tenho certeza de que comeu restos de foca ou caçou uma. Provavelmente, pássaros também. Ele come os nossos alimentos nativos. Ele é esperto — finalizou ela.

A importância dos planos de saúde pet!

Segundo levantamento recente da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil conta com mais de 85 milhões de cães e gatos adotados e, destes, cerca de 0,2% possuem um plano de saúde. Ou seja, menos de 200 mil pets no país estão segurados caso algum imprevisto aconteça. Evocando seu papel ativista em prol do bem-estar dos pets, um grande ecossistema pet do Brasil intensifica seu calendário de ativações e lança uma grande campanha neste Mês da Saúde, reforçando importância dos planos de saúde pet para os tutores que desejam evitar surpresas no que diz respeito ao bem-estar de seus animais de estimação. Afinal, se este benefício tem se tornado cada vez mais essencial para a prevenção de doenças em pessoas, por que com os animais de estimação seria diferente?

Na ação, que acontece durante todo o mês de abril, a holding pet evidencia que, com um valor acessível é possível se prevenir em relação aos imprevistos inerentes ao dia a dia dos pets, que fazem parte da família de grande parte da população brasileira. Afinal, pesquisas recentes indicam que, atualmente, há mais animais de estimação do que crianças nos lares brasileiros: 45% das residências têm pelo menos um cão, o que equivale a 1,6 pet por casa.

A campanha é protagonizada por um novo filme idealizado pela agência CP+B, que traz uma narrativa leve e bem-humorada sobre um momento de lazer de uma pessoa e seu cachorro em um jardim. No vídeo, inesperadamente, aparece uma abelha e o cão logo se propõe a caçá-la, para desespero da tutora e também do pequeno inseto. As reações dos três personagens são destacadas em closes e stopmotions, que mostram a situação pelo ponto de vista de cada um deles. O cachorro acaba conseguindo abocanhar a abelha e sofre as consequências, ficando com o focinho todo inchado pelas picadas. Tudo termina bem, é claro, quando o pet vai ao médico-veterinário, com a assistência garantida pelo plano de saúde.

“Entendemos a importância de nosso papel ativista em prol da saúde e do bem-estar dos pets. Por isso, temos atuado em diferentes frentes para garantir que estejamos provendo informações que ampliem o acesso aos serviços veterinários no Brasil. Enquanto empresa, nossa missão é democratizar e simplificar o cuidado com o pet, oferecendo soluções para todos os perfis de clientes, seguindo nosso propósito de ‘transformar o mundo em um lugar onde os pets possam ser mais felizes e saudáveis’. Nosso grande objetivo com a ação do Mês de Saúde é chamar a atenção dos tutores sobre a importância da prevenção e dos cuidados com os pets, mantendo a vacinação e check ups em dia, além de estar segurado caso imprevistos aconteçam com seus cães e gatos”, afirma Filipe Botton, head de comunicação e marca do grupo.

Além do filme, a campanha do Mês da Saúde contempla diferentes ativações promocionais no site, no aplicativo e nas lojas físicas da marca, nas quais os tutores ganham a primeira mensalidade gratuita dos planos na aquisição de combos veterinários selecionados (como medicamentos, vitaminas, suplementos, entre outros) ou na compra de rações super premium ou naturais (que atuam diretamente no bem-estar animal).

O Grupo também aproveita o mês de abril para continuar a expansão das áreas de atuação de seus planos de saúde para pets, chegando a seis novas cidades: Salvador/BA, Teresina/PI, Campo Grande/MT, Petrópolis/RJ, Teresópolis/RJ e Piracicaba/SP. A empresa é líder no setor, com uma carteira de quase 130 mil vidas seguradas (cerca de 65% do share do mercado nacional) e mais de 2,5 mil parceiros credenciados em quase 50 cidades do Brasil.

Desde 2022, o grupo também investe na oferta de planos de saúde pet corporativos, sendo a pioneira e única marca pet a oferecer esta modalidade no Brasil, na qual as empresas oferecem o plano como benefício para os colaboradores. Atualmente, mais de 60 empresas já aderiram a esta modalidade e fecharam parceria com o Grupo na qual seus colaboradores podem ter o plano descontado em folha, sendo pago pelo colaborador, pela empresa, ou subsídio de um percentual arcado pela empresa.