Musicoterapia melhora bem-estar dos pets


A melodia pode ser implementada em diversos momentos da rotina do bichinho
A música é parte da rotina de muitas pessoas, seja para treinar, passar o tempo ou para relaxar. A musicoterapia é a utilização da música com o objetivo de promover a comunicação e alcançar necessidades físicas, mentais, emocionais e cognitivas. Mas o que muita gente não sabe é que ela também é benéfica para os animais de estimação em diferentes momentos da vida do pet.
Para os animais, ela funciona como um fator anti-estresse é uma forma de oferecer enriquecimento auditivo. Para cada sistema de comunicação há estilos musicais semelhantes que acalmam o pet. Um exemplo é a música clássica para os felinos e também pode ser utilizada com cães para melhorar a qualidade de vida, prevenir doenças e auxiliar em reabilitações e tratamentos
Juliana Mendes é médica veterinária de uma clínica de Medicina Veterinária Integrativa e conta que a música pode ser implementada em diversos momentos. A veterinária afirma que para os cachorros as melodias podem ser incluídas desde passeios, momentos em casa para descanso ou brincadeiras com o tutor, além de consultas de rotina dos animais.
“A musicoterapia pode ser utilizada nos consultórios veterinários para ajudar a diminuir o medo e o trauma dos procedimentos. Existem também aqueles mais bravos que não gostam muito da hora do banho. Nesse caso é possível colocar uma música mais tranquila para acalmar o pet e dessa forma proporcionar um melhor momento para ele”, ressalta Juliana.
A médica veterinária Joana Barros também da mesma clínica explica que, assim como os humanos, os diferentes estilos musicais podem provocar reações distintas nos pets. De acordo com a especialista, os animais gostam de música, mas é preciso perceber qual o estilo preferido de cada bichinho para proporcionar conforto a eles.
“Já é comprovado que a música nos afeta através da energia que ela move, por isso mesmo que os cães não entendem, eles sentem a música. Músicas agitadas com mais energia tendem a deixá-los mais agitados ou estressados e o mesmo para músicas calmas como com base em piano ou músicas para dormir”, explica Barros.
A clínica de Medicina Veterinária Integrativa criou uma playlist com diversas músicas para que os animais de estimação possam aproveitar os momentos.

Ativistas pressionam organizadores das Olimpíadas pelo patrocínio da LVMH, dona de marcas que usam pele de animais


A organização People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), com sede no Reino Unido, disse ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que a prática era um “risco de pandemia conhecido”, além de profundamente cruel.

A LVMH, dona das marcas Louis Vuitton e Fendi, deve ser o último grande patrocinador nomeado para os jogos de 2024 em Paris, segundo fontes da organização. No entanto, a empresa não seguiu o movimento de uma série de concorrentes, como incluindo Versace, Chanel, Michael Kors e Saint Laurent, que interromperam o uso de peles em suas coleções.

“A LVMH até agora falhou em agir com responsabilidade e continua a arriscar a saúde do público com seus casacos de vison e bolsas de píton”, disse a vice-presidente da PETA, Mimi Bekhechi, em uma carta enviada na terça-feira (23) ao presidente do COI, Thomas Bach.

“Todos nós sabemos que o terrível golpe que foi a Covid-19 nas vidas de pessoas de todo o mundo, então seria inconcebível que os próximos Jogos Olímpicos fossem patrocinados por uma empresa que apoia essas indústrias perigosas”.

Os Jogos de 2020 em Tóquio foram fortemente impactados pelo coronavírus, com a pandemia forçando seu atraso em um ano e atingindo sua popularidade entre as pessoas no país anfitrião.

A LVMH ainda não se pronunciou a respeito.

O maior grupo de luxo do mundo disse à AFP em setembro do ano passado que continua permitindo que suas marcas atendam à demanda dos clientes por produtos de peles. De acordo com a companhia, os produtos estão sendo fabricados “da maneira mais ética e responsável possível”. A LVMH também acrescentou que interrompeu o uso de todas as peles de espécies ameaçadas de extinção.

De acordo com a PETA, 85% das peles vendidas no mundo são originárias de animais que vivem a vida inteira em cativeiro, muitas vezes em condições de “miséria” e “sofrimento extremo”. Eles geralmente são mortos por gás venenoso, eletrocussão ou espancados até a morte com porretes, segundo a entidade.

O comércio internacional de peles é estimado em várias dezenas de bilhões de dólares anualmente, e emprega cerca de um milhão de pessoas em todo o mundo.

Fonte: Fashion Network

Cavalgadas são canceladas em cidades mineiras por recomendação do Ministério Público


As cavalgadas que iram ser realizadas neste mês de agosto, nas cidades de Alpercata, Marilac e Governador Valadares, no leste de Minas Gerais, foram canceladas. A medida ocorreu depois do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), junto à Promotoria do Meio Ambiente, expedir recomendações para que eventos desse tipo não ocorressem, por causa do risco sanitário e do bem-estar animal.
A ação também contou com o apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais (Ceda). O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), responsável por fiscalizar os eventos agropecuários, adotou providências para que as cavalgadas não fossem realizadas, o que foi garantido pela Polícia do Meio Ambiente.
Segundo Fernanda Braga, diretora do Brasil sem Tração Animal, a medida é muito importante, já que regulamentações são desrespeitadas e o direito dos animais são violados. “Essa ação é de interesse de toda a sociedade, pois, a saúde e o combate à violência e abusos são temas relevantes para todos nós”, afirmou.
A ativista explica que esses eventos agropecuários apresentam riscos não somente aos animais, mas também aos humanos. “Esses eventos possuem um agrupamento grande de animais, oriundos de diversas localidades e com risco altíssimo de disseminação de doenças e zoonoses, como o mormo que acomete também humanos. Por exemplo, os cavalos podem chegar de determinada região contaminados e, durante o encontro, contaminar outros, o que espalhará a enfermidade. O mesmo pode ocorrer com as pessoas em contato com eles”, disse.
De acordo com o IMA, em função da concentração de animais de diferentes locais nos eventos deste tipo, o órgão define normas e promove medidas para evitar a possibilidade de transmissão e disseminação de doenças.
Além disso, ainda segundo o Instituto, vários procedimentos são exigidos para que os eventos agropecuários possam ser feitos, como o registro da empresa promotora no órgão fiscalizador e ter um médico veterinário.
Maus-tratos
Além da questão sanitária, Fernanda Braga denuncia que os animais que participam dos eventos são acometidos de maus-tratos e podem acabar mortos. “Alguns cavalos morrem após as cavalgadas, por excesso de esforço e abuso. Por isso, esses animais também correm risco de vida”, contou.
Ainda que seja eventos tradicionais, sobretudo no interior do estado mineiro, a diretora do Brasil Sem Tração Animal acredita que a população precisa refletir sobre os impactos desse tipo de atividade. “A tradição não está acima da Constituição Federal, nem mesmo das normais infra constitucionais que regem todo o coletivo”, pontua.
Por Ana Magalhães (sob supervisão da subeditora Jociane Morais)
Fonte: Estado de Minas

Governo de Goiás publica edital para construção de 15 passagens de fauna no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros


O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), publicou no Diário Oficial do Estado, da última segunda-feira (22/08), edital das obras de construção de 15 passagens de fauna em rodovias localizadas na região do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no Nordeste goiano. Serão seis corredores suspensos na GO-118 e GO-239 e outras nove travessias inferiores, implantadas sob as vias, com investimentos de aproximadamente R$ 22 milhões.
Na implantação das passagens inferiores serão utilizados bueiros celulares já existentes. A empresa contratada fará o projeto de adaptação e executará os serviços de readequação das estruturas que passarão a ser destinadas à travessia da fauna. O edital prevê ainda a instalação de cercas nas margens das rodovias, próximo às passagens, com o intuito de impedir o acesso dos animais às pistas e conduzi-los a percorrer o caminho mais seguro.
Presidente da Goinfra, Pedro Sales explica que as travessias funcionam como pontes entre os dois lados das rodovias, mitigando os riscos de atropelamento de animais e ampliando a segurança viária. “A passagem de fauna é uma obra inédita em Goiás e faz parte das ações estratégicas do governo do Estado para garantir um trânsito mais seguro e a preservação de vidas”, diz. Ele cita a instalação de sinalização informativa da presença de animais silvestres na região, redutores de velocidade e sonorizadores nas rodovias GO-118 e GO-234 como políticas ambientais já executadas.
Ação inovadora
Assessora estratégica da Goinfra, a mestre em Direito Ambiental Gabriela De Val pontua que, com as construções projetadas para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o Estado sai à frente nos quesitos preservação ambiental e segurança de tráfego. “A agência inaugura um comportamento positivo e necessário ao poder público, com a implantação das passagens e demais medidas relacionadas à proteção da fauna”, afirma. “É uma questão cultural, de conscientização, e que merece atenção do ponto de vista da educação ambiental”.
Passagens de faunas são comuns em países como Alemanha, Suíça, Estados Unidos, Canadá e Holanda, mas ainda há poucas construções dessa natureza no Brasil. A mais recente está no Rio de Janeiro, sobre a BR-101, onde vive a maior população silvestre de micos-leões-dourados. Outras três estão em São Paulo: uma sobre a Rodovia dos Tamoios e duas sobre um ramal ferroviário da Vale no Pará, usado para transporte de minério de ferro.
Fonte: Goinfra

Juiz proíbe rodeios com animais em Minas Gerais: ‘Sofrimentos atrozes até a morte’


O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Minas Gerais determinou nesta quinta-feira (25/8) que o Governo de Minas não autorize ou promova rodeios. A decisão foi tomada após uma organização de proteção ao meio ambiente entrar com um pedido na Justiça.
No texto, o magistrado Michel Curi e Silva afirmou que existe probabilidade de os animais usados nos eventos serem submetidos a “sofrimentos atrozes até a morte”. “Não posso corroborar as prováveis atrocidades e macular minha consciência de julgador”, escreveu.
A decisão de tutela de urgência começa a valer logo após a assinatura do documento. Procurada, a Advocacia Geral do Estado informou que ainda não foi notificada da decisão e que vai se pronunciar apenas nos autos do processo.
Fonte: Estado de Minas

Pet Móvel recebe animais para banho e tosa


Iniciativa do Senac RJ ofereceu serviços gratuitos de cuidados para cães e gatos e palestra para tutores

A 5-year-old cat named Laifu enjoys bubble bath in Beijing, China. Most cats are wary of water, but Laifu take 3 times bath a week. **Not Available for Publication in China. Available for publication in the Rest of the World** Credit Mandatory: WENN.com


Um dia de cuidados para pets e informação para seus tutores. O complexo Lagoon, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, recebeu, no último dia 19, os serviços da unidade móvel Senac Pet Móvel, em uma ação do Senac RJ que reuniu cães e gatos para um dia de banho e tosa e muita diversão — piscinas de bolas, túneis, obstáculos e passarela, com monitores treinados, para entreter os bichinhos. Já para os tutores, foi oferecida palestra de especialista sobre cuidados com os animais após a castração. No local também estava presente uma das unidades do RJ PET, projeto do Governo do Estado, que oferece o serviço gratuito de castração a animais domésticos e aos que vivem abandonados nas ruas.

— O Pet Móvel já esteve presente em diversos locais do Estado do Rio. É um veículo adaptado especialmente para experiências educativas, onde há um minilaboratório para ministrar cursos e workshops para os alunos realizarem atendimentos de banho e tosa como vivência profissional — conta Adriano Vasconcelos, Gerente de Saúde e Bem-Estar do Senac RJ.

A iniciativa do Senac RJ faz parte do projeto Modo Pet, que desenvolve cursos e consultorias para tutores e profissionais que queiram se capacitar para o mercado de cuidados com pets.

— Temos pílulas de conteúdo para tutores, com temas como alimentação, comportamento animal e saúde. Desenvolvemos também cursos para quem quer entrar nesse mercado e para quem já está nele e pretende se especializar, além de consultorias para os empresários. Com essas ações, desenvolvemos empreendedores e profissionais para atuarem da forma como os tutores esperam ser atendidos. É um mercado que não para de crescer — explica Adriano.

O casal de aposentados Jorge Silva e Ana Silva levou para o serviço de banho e tosa Bruno Henrique, cão que adotou. O animal também se esbaldou na piscina de bolinhas do espaço RecreaCÃO.

— É ótimo o serviço de banho e tosa. Em casa, o banho não é tão cuidadoso. Se a secagem não é correta, pode dar fungos no bichinho. É a primeira vez que o trazemos. Vamos voltar quantas vezes a ação se repetir — diz Ana.

Enquanto o Pet Móvel se preparava para receber os animais que passariam por banho e tosa, alguns tutores que aguardavam a castração de seus pets aproveitaram para assistir à palestra “Meu pet castrou, e agora? Cuidados com os pets após castração”, ministrada por Ludmila Pereira, médica veterinária e supervisora técnica do Senac RJ. As cirurgias foram realizadas no castramóvel, micro-ônibus onde os animais eram anestesiados, submetidos ao procedimento e acompanhados pela equipe do RJ PET no pós-operatório.

A meta do RJ PET — lançado em dezembro passado — era castrar, em todo o Rio de Janeiro, cem mil animais até o fim de 2022. Mas essa meta foi alcançada em apenas sete meses. Hoje já são 110 mil animais castrados. As castrações ocorrem em clínicas credenciadas e nos quatro castramóveis itinerantes disponibilizados.

A corretora de imóveis Cristina Diniz faz parte de um grupo de proteção de gatos de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. Ela e outras duas voluntárias levaram 28 gatos para a castração.

— Já castramos 48 gatos no RJ PET. Achamos muitas ninhadas abandonadas nas ruas, filhotes atropelados, machucados. A castração é muito importante para diminuir essa população de rua. Esse projeto é maravilhoso — afirma ela.

Dia Mundial do Cachorro

Assim como os humanos, os animais têm direitos fundamentais

O cachorro é considerado o melhor amigo do homem e no dia 26 de agosto é comemorado o Dia Mundial do Cachorro. Instituído em 2004, além de chamar a atenção para a adoção de cães, a data é importante para refletir sobre os direitos dos animais, inclusive é um alerta sobre os maus-tratos.

Assim como os humanos, os animais têm direitos fundamentais. Qualquer atitude que viole o bem-estar e integridade física do animal pode ser considerada maus-tratos. Isso inclui não oferecer um lugar adequado para o pet viver, fazer suas necessidades fisiológicas ou fornecer recursos básicos, como água e alimentação.

O médico veterinário Rogério Fonseca explica que o ato de adotar deve ser feito de forma consciente, pois não consiste simplesmente em abrir as portas de casa para o animal. Rogério explica que esse é um processo que exige responsabilidade, pois algumas práticas podem ser consideradas abandono e o tutor perde o direito de ficar com o animal.

“Se você sempre pensa em adotar um cachorro, deve estar ciente de todos os cuidados e responsabilidades que isso envolve. É necessário levar em consideração os gastos mensais que temos ao cuidar de cachorro. Manter o cachorro em lugares com condições precárias de higiene, acorrentado ou sem assistência médica são outros casos de maus-tratos.”

Em 1978 a Unesco, órgão da ONU, proclamou a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Trata-se de um documento com pelo menos 14 artigos e dez direitos básicos que reforçam a importância de oferecer uma vida digna aos animais.

O médico veterinário ressalta ainda que os animais de estimação são ótimos companheiros para o dia a dia e para dar mais ânimo ao ambiente de casa. Rogério destaca os benefícios de ter um pet na rotina das pessoas e como a saúde física e mental tanto do tutor quanto do animal podem apresentar melhora.

“Conviver com um cachorro é algo que mescla prazer e responsabilidade. Os cães são animais verdadeiramente maravilhosos, que sempre estão do nosso lado, não importa o que aconteça e que desenvolvem um sentimento puro de amor, gratidão e cumplicidade com os donos”.

Especialista alerta sobre a importância do passeio matinal com animais de estimação


A veterinária Joana Barros ressalta que é nesse momento que o cortisol é liberado deixando o pet mais tranquilo durante o dia.


Passear com os animais de estimação é algo que precisa estar na rotina dos tutores, pois é nesse momento que o bichinho faz as necessidades e pratica atividade física. Os pets acabam se adaptando a rotina do dono, mas o que muitos não sabem é que o passeio matinal é o mais importante de todos.
A médica veterinária Joana Barros explica que, assim como no organismo do ser humano, o cortisol também conhecido como o “hormônio do estresse” é produzido nas adrenais e lançado na corrente sanguínea aos primeiros raios de luz. De acordo com Joana, ele tem diversos papéis no organismo do animal. Entre eles, fortalecimento do sistema imunológico.
“Se o animal não libera esse hormônio pela manhã ele se acumula no organismo e, no fim do dia, se torna literalmente tóxico ao cérebro. O excesso de cortisol prejudica a capacidade de regular as emoções e pode dar hiperexcitabilidade. É por isso que pets que não se exercitam no começo do dia ficam “malucos” no final dele, correndo pela casa toda, pegando e destruindo objetos”, afirma.
A médica conta que o aumento do cortisol pode também causar fraqueza muscular, aumento do apetite e da sede, aumento do peso, principalmente na circunferência abdominal. Joana reforça que os tutores precisam se organizar para um passeio matinal com seu amigo para manter a saúde e longevidade do pet.
“No passeio da manhã é importante deixar que o pet fareje, role na grama se desejar e caso ele seja reativo com outros cães, evite o contato. Pois nos casos de reatividade, o estresse do contato será um maior causador no aumento do cortisol. Para gatos não acostumados com passeios supervisionados, é importante abrir as janelas e estimular o exercício por meio de brincadeiras”, ressalta.

Gaia Medicina Veterinária Integrativa

Referência no tratamento do câncer de animais

Dra. Ana Catarina Valle


A relação com os bichinhos de estimação mudou ao longo dos anos, hoje eles são vistos como mais um membro da família. Portanto, um diagnóstico de câncer, causa muita comoção e medo nos tutores desses pets. Entretanto, o câncer não é mais uma sentença de morte, mas uma doença que tem tratamento.
“Tenho trabalhado arduamente para que essa notícia ganhe força: essa sentença de morte está com os dias contados para certos casos. Graças ao avanço da ciência, temos doses de esperança, assinadas pelo Viscum album injetável”, conta a Doutora em Genética e Biotecnologia, a veterinária Dra. Ana Catarina Valle.
Como suporte ao tratamento complementar de câncer em animais, o Viscum album é uma opção de terapia integrativa, que tem como objetivo aumentar a expectativa de vida e bem-estar dos pacientes.
Alice Sibata, farmacêutica homeopata do Injectcenter, laboratório referência na produção do Viscum album injetável, explica que muitos animais de estimação, apresentam uma melhora significativa com o Viscum album, como um aumento do sono e melhora no apetite. “As dores causadas pelo tumor podem ser reduzidas, o sistema imunológico é reforçado e os efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia podem ser diminuídos”, afirma.
Por ser um imunomodulador, o Viscum album é indicado para ser utilizado em qualquer fase do tratamento oncológico, como no caso em que o animal tem um câncer inoperável, ou tem uma metástase, já que ele não interfere de forma alguma na quimioterapia. Segundo a médica veterinária e homeopata, Dra. Ana Catarina Valle, o quanto antes o tratamento for iniciado no paciente, melhores serão os resultados, pois ele vai auxiliar na melhora da imunidade.
“Vejo todos os dias no meu consultório chegarem pacientes que já fazem quimioterapia sem resposta e os resultados que obtenho com o tratamento do Viscum album injetável, por exemplo, são tão incríveis que não há o que contestar quanto a sua eficácia”, comenta a Dra. Ana.
Ela aproveita para contar sobre um caso de um de seus pacientes: “A Lola é uma cachorrra Llhasa com 16 e parece jovem. Ela tem leucemia e já tirou o baço. Não se adaptou ao medicamento convencional. Já está com a gente há um bom tempo, realizando o tratamento com Viscum album injetável e está reagindo super bem”, explica.
Atualmente, o desafio dos médicos veterinários homeopatas tem sido transmitir aos donos de animais a esperança de que é possível prover dias melhores, com dignidade, longevidade e qualidade de vida aos bichinhos de estimação.
Sobre o Injectcenter
A INJECTCENTER é uma farmácia especializada em injetáveis e produtos estéreis com instalação adequada e regulamentada segundo as Boas Práticas de Manipulação em Farmácia (BPMF) e as normas exigidas pela ANVISA.

Instituto Onça-Pintada é multado em R$ 452 mil por negligência

Do blog: Notícia muito triste. Esperamos que o ocorrido seja esclarecido da melhor forma possível.


Três tamanduás, uma onça-pintada e um cachorro dormem amontoados sob um clima de preguiça e aconchego. A cena facilmente poderia ter sido retirada de um desenho animado ou livro infantil, mas é real.
O momento foi gravado pelo Instituto Onça-Pintada (IOP), cuja sede fica em Mineiros (GO), e publicado em 1º de janeiro deste ano no Instagram. Acompanhada da legenda “Siesta [sic] aqui na creche”, a ONG pede ajuda financeira “para melhorar ainda mais a qualidade de vida de nossos órfãos”. “A sua doação é muito importante”, acrescenta a publicação, curtida por 21,7 mil pessoas e vista por 101,7 mil.
A cena, considerada “fofa” e “linda” por uma série de internautas, esconde, no entanto, um lado obscuro do instituto. A ONG foi criada em 2002 com a missão de promover a conservação da onça-pintada, suas espécies de presas naturais e de seus habitats. Mas não é isso o que tem acontecido.
Ao menos 72 animais sob a guarda do Instituto Onça-Pintada morreram nos últimos sete anos por negligência ou imperícia, revela relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) obtido com exclusividade pelo Metrópoles.
Segundo o Ibama, macacos, veados, pássaros, lobos e onças vieram a óbito após suposta displicência do criadouro conservacionista. Os bichos morreram predados por animais silvestres, envenenados, picados por serpentes ou espancados por similares. Do total, 52 são espécies ameaçadas de extinção.
Por conta disso, a ONG foi multada em junho deste ano pelo Ibama em um total de R$ 452 mil. Três infrações foram aplicadas: por matar 72 espécimes da fauna silvestre nativa em desacordo com a autorização obtida; por praticar maus tratos aos 72 animais ao não lhes garantir segurança nos recintos em que estavam presos; e por fazer funcionar atividade utilizadora de recursos ambientais contrariando normas legais ao expor os bichos.
O Ibama também decidiu, ao visar a segurança dos animais, que o Instituto Onça-Pintada seja embargado para as atividades de visitação, recebimento, destinação, alienação (a qualquer justificativa) e reprodução de espécimes até a apresentação de projetos de conservação adequados.
“O IOP não possui capacidade técnica e estrutural para manutenção de animais com segurança. Os animais ali mantidos estão sujeitos à ataques de predadores silvestres e de ratos sem que possam fugir ou se defender, pois estão presos. Também são imperitos em aproximar animais de outro de sua espécie sem fazê-lo com cautela e de forma gradual, o que culmina em morte decorrente de espancamento pelos demais. O controle de roedores é realizado de forma inadequada ou negligente, o que possibilita o acesso dos animais do plantel ao veneno e consequente morte por envenenamento”, conclui nota informativa do Ibama.

Negligência ou Imperícia
Além dos 72 óbitos por negligência ou imperícia, outros 53 animais morreram no criadouro desde 2017, segundo o levantamento do Ibama. O dano ambiental pode ser maior ainda, uma vez que a causa da morte é descrita como desconhecida em 17 casos.
“Salienta-se que o plantel atual é de 109 animais. Ou seja, considerando-se os anos avaliados, no total o criadouro perdeu cerca de 70% de seu plantel, que foi reposto com recebimento de animais, já que a reprodução no mesmo período resumiu-se a 37 animais – as mortes superaram em três vezes a reprodução. Considerando tratar-se de um criadouro de fauna silvestre para fins de conservação, pode-se afirmar que não tem atingido seu objetivo possuindo um saldo negativo, ou seja, mata mais animais que nascimentos no criadouro”, afirma o Ibama.
As mortes
Há registros de casos de negligência e imperícia desde ao menos 2016. Naquele ano, um lobo guará e um veado-catingueiro foram mortos após picada de serpente, e duas araras-azul predadas por jaguatirica.
As situações são recorrentes, o que chamou a atenção do Ibama. Dezesseis tucanos-de-bico-verde, ave nativa do Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai, morreram em 2020 após um gato-palheiro entrar no viveiro. No mesmo ano, três antas e nove veados foram predados por onça-pintada da natureza. O felino também matou um cervo-do-pantanal no ano passado.
A morte por intoxicação também aconteceu mais de uma vez. Em 2017, três saguis-de-tufos-pretos morreram após consumirem “acidentalmente” venenos de ratos. Em 2018 foi a vez de um araçari-de-minhoca morrer intoxicado, e em 2019, uma onça-parda.
Duas onças-pintada, animal que dá nome à ONG, também morreram por negligência, segundo o Ibama. Os felinos vieram a óbito em 2020. A causa da morte é descrita como “insuficiência pancreática exócrina”, cujos sintomas são facilmente visíveis e o tratamento, fácil.

Inadequação

“Observa-se que a predação por animais silvestres ocorre ao longo dos anos havendo clara imperícia em impedi-la ou negligência em evitá-la. O mesmo ocorre para a predação por ratos que, quando aparentemente busca ser contida se negligência ou se é imperito em evitar que os espécimes silvestres mantidos tenham acesso ao veneno e morram decorrente de sua ingestão. No que concerne à morte por briga, ela é registrada em 2017, depois em 2018 e, também, em 2021”, afirma o Ibama.
“Ou seja, os procedimentos não foram adequados ou aprimorados de forma a impedir que os animais se matem. Animais mais fracos ou não pertencentes ao bando são fechados em cativeiro com outros que o espancam e matam”, acrescenta o órgão ambiental, no relatório.
Exposição
Além da causa mortis, o Ibama usa publicações feitas nas redes sociais do Instituto Onça-Pintada para embasar a acusação de negligência e a exposição de animais para “obter vantagem pecuniária”, um dos agravantes do auto de infração.
Uma das provas é o vídeo descrito no início desta reportagem. O cachorro, um animal doméstico, interage artificialmente com a onça e os tamanduás – silvestres. Além disso, há presa e predador juntos, situação que é alvo de críticas de biólogos. “O que pode parecer interessante ao primeiro olhar, na verdade, subverte o comportamento natural da espécie”, diz o Ibama.
“Para a categoria de criadouro conservacionista também é vedada a exposição. No entanto, o IOP utiliza a internet como via de exposição dos animais. Nesta exposição eles demonstram animais silvestres sendo tratados como animais de estimação, juntam animais de espécies diferentes (presas com predadores) e, também, espécies silvestres com espécies domésticas. Portanto, além da exposição, esta ainda subverte a proposta de um criadouro conservacionista”, descreve o órgão ambiental.
Além disso, o inciso V do art 4 da resolução 489/2018 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) veda a exposição de animais por criadouro conservacionista, como o Instituto Onça-Pintada.
“Finalmente é inadequado a interação com os animais como se eles fossem os bichos de estimação da família e sua exposição na internet, o que não se alinha com a função de um criadouro conservacionista e, não se encontra previsto ou autorizado nas atribuições da atividade, ao contrário, é vedada na resolução Conama nº 489/18”, afirma o Ibama.
O que diz o IOP
O Instituto Onça-Pintada foi procurado nessa quinta-feira (18/8) por meio da caixa de mensagens que disponibiliza em seu site, já que não é informado nenhum contato telefônico no endereço eletrônico do órgão. A reportagem reforçou o contato por meio das redes sociais do dono da ONG, o biólogo Leandro Silveira – que tem mais de 600 mil seguidores no Instagram, 2,5 milhões no TikTok e 2,3 milhões no Facebook. Não houve resposta. O espaço segue aberto.
No âmbito do processo que corre no Ibama, contudo, a defesa da ONG informou entender que a autuação merece ser anulada devido a “diversos vícios formais e procedimentais que a maculam”.
“O criadouro está situado em área rural, contígua ao Parque Nacional das Emas, com incidência significativa de animais selvagens, podendo estar sujeito às intempéries inerentes à existência em tal ambiente, bem como ao lado de propriedades rurais onde circula a fauna típica da região. Por conhecer os riscos de ataques inerentes à sua localização, o IOP está atento às melhores técnicas aplicáveis e, para fins de garantir a segurança de suas instalações, os recintos são equipados com revestimentos e cercas de tela”, afirma os advogados.
Apesar dos 125 óbitos registrados nos últimos sete anos, o IOP nega haver um alto índice de mortandade no criadouro e assegura não ser possível atribuir as mortes a atos de negligência, imprudência ou imperícia.
“Houve casos em que predadores selvagens foram capazes de romper os equipamentos de segurança que resguardam os recintos e, lamentavelmente, atacaram os espécimes alojados no criadouro. O IOP imediatamente tomou todas as providências para reconstruir as cercas e telas de proteção, a fim de restabelecer o isolamento dos recintos e evitar novos ataques”, relata o instituto.
“Com relação à predação por serpentes, cumpre elucidar que a única medida de contenção efetiva seria o emprego de vidro como revestimento dos recintos. Tal material, contudo, não é o recomendado pelas normas técnicas para a manutenção das espécies com que trabalha o criadouro, inclusive por evitar uma adequada circulação de ar”, complementa.
A ONG afirma também que as situações são absolutamente imprevisíveis e irresistíveis, de modo que não servem como prova alguma de negligência.
Sobre os envenenamentos, explicou que a substância tóxica somente foi acessada pelos animais pois teria sido carregada pelos próprios roedores para o interior dos recintos. “O IOP nunca teve por prática colocar veneno em locais que seriam alcançados pelos espécimes sob a sua guarda e manutenção, pois bem conhece os riscos que tal atitude representaria”, assegura a defesa.
Já em relação às brigas entre animais da mesma espécie, o instituto diz se tratar de algo comum à natureza animal (e humana). “Ao IOP seria impossível garantir que os espécimes nunca entrariam em conflito, até porque na própria natureza tais situações ocorrem. Tampouco poderia se pretender que o criadouro mantivesse cada espécime em isolamento dos demais, o que seria extremamente prejudicial ao seu desenvolvimento, bem como inviabilizaria a reprodução com viés conservacionista”, defendem.
Por fim, a defesa alega que as infrações foram aplicadas sem a ausência de prévia e indispensável imposição de advertência.
Por Tácio Lorran
Fonte: Metrópoles