Dira Paes mostra os dois novos gatinhos da família e incentiva adoção de animais

Fonte: Vida de bicho
“Xicrinha e Caneco, novos moradores lá de casa, adotados e batizados pelos meus filhos Inácio e Martin”, escreveu
Nesta segunda-feira (30), Dira Paes, que atualmente vive rodeada de bichos em Pantanal, compartilhou com os seguidores que a sua casa ganhou dois novos moradores: Xicrinha e Caneco, dois gatinhos adotados pelos seus filhos. Em legenda, ela contou que os animais haviam sido abandonados no lixo e reforçou a importância da adoção.
“Olha os novos filhotes dos meus filhotes… apresento a vocês, Xicrinha e Caneco, novos moradores lá de casa, adotados e batizados pelos meus filhos Inácio e Martin. Aproveito pra já fazer esse apelo, não compre, adote. Esses foram abandonados no lixo e encontraram um lar, mas existem tantos bichinhos por aí precisando de cuidados, de uma família. Busque instituições sérias que resgatam, tratam e disponibilizam para adoção.”, escreveu.

Pacientes com varíola devem evitar contato com alguns animais de estimação


Os pacientes com varíola devem evitar qualquer contato com seus animais de estimação por 21 dias, de acordo com novos conselhos da UKHSA (Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido).
Roedores como hamsters podem ser particularmente suscetíveis à doença e a preocupação é que ela possa se espalhar na população animal.
O governo britânico afirmou que, por enquanto, nenhum caso foi detectado em animais de estimação e o risco ainda é baixo.
“A preocupação é que o vírus possa entrar em animais domésticos e essencialmente fazer pingue-pongue entre eles e humanos”, disse o professor Lawrence Young, virologista da Universidade de Warwick.
“Se você não for cuidadoso, pode criar um reservatório animal para a doença que pode resultar na propagação de volta aos humanos, e estaremos em um ciclo de infecção”.
A orientação do UKHSA e de outras autoridades de saúde é que porquinhos-da-índia, ratos, camundongos e outros roedores de estimação sejam afastados da casa de qualquer pessoa infectada com varíola dos macacos por 21 dias e sejam testados para a doença.
Acredita-se que existam dois milhões de lares no Reino Unido com algum tipo de roedor de estimação, de acordo com dados de vendas.
Outros animais de estimação, como cães e gatos, devem ser colocados em isolamento domiciliar com exames veterinários regulares para “garantir que não estão manifestando nenhum sinal clínico”.
O Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido aconselha que “sempre que possível” o paciente deve evitar preparar alimentos ou cuidar de seu animal de estimação se isso puder ser feito por outra pessoa da casa.
“Continuaremos monitorando a situação de perto e trabalhando com colegas veterinários e de saúde pública, tanto no Reino Unido quanto em todo o mundo, para gerenciar os riscos associados à saúde animal com a varíola dos macacos”, disse a diretora veterinária da Inglaterra, Christine Middlemiss.
Risco do reservatório
Conselhos publicados pelo Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC) nesta semana recomendam que os animais de estimação roedores pertencentes a pacientes com varíola dos macacos deveriam “idealmente” ser isolados em instalações monitoradas e testados para a doença antes do término do período de quarentena.
Os animais só devem ser sacrificados como último recurso em situações em que o isolamento não seja viável, diz o documento.
Animais de estimação maiores, como cães, podem ficar em quarentena em casa com verificações regulares de seu estado de saúde.
Os cientistas dizem que pouco se sabe atualmente sobre como a varíola dos macacos pode se comportar na população de animais domésticos.
Mas os roedores e uma espécie particular de esquilo provavelmente serão capazes de pegar e espalhar a doença com mais facilidade do que os humanos.
O ECDC diz que um evento de “transferência”, em que um humano infecta um animal de estimação, pode levar o vírus a se estabelecer na vida selvagem europeia, embora descreva o risco como “muito baixo”.
A preocupação é que a varíola possa se tornar o que é conhecido como zoonoses endêmicas, onde uma doença salta entre as espécies animais e está constantemente presente nessa nova população.

Quem são os protetores de animais?

O que dificulta a missão do Protetor de Animais é a ignorância humana é a incompreensão, pois, várias pessoas, ainda não entenderam que o animal é um ser senciente, sente tudo que sentimos dor, tristeza, alegria, amor, tem sua individualidade e necessidades físicas e biológicas. A insensibilidade das pessoas também afeta os Protetores, que por vezes não têm apoio e não são entendidos pelas pessoas de seu convívio sendo tratados como exagerados, emotivos, sentimentais e, até como loucos
A maioria dos Protetores não tem ajuda do poder público e para socorrer animais, em situação de risco, tiram recurso do próprio bolso para alimentar, vacinar e castrar os animais e realizam eventos para arrecadar recursos para comprar ração, medicamento, pagar veterinário, produtos de limpeza e outras coisas mais.

Com a chegada da Internet, a Proteção Animal ganhou mais um espaço para atuar, pedir ajuda e ficar mais evidenciada. Isso contribuiu muito para a causa animal. Mas infelizmente, esses recursos ainda não são suficientes para o número de abandonos e casos de maus-tratos dos animais.
Os Protetores de Animais são pessoas que se dispõem a ajudar e a socorrer os animais, mesmo, com vários resgatados e encontrando dificuldades financeiras para lidar com tantos casos que encontram pela frente. Isso faz com que se sobrecarreguem, e por isso é importante que a população colabore com eles.
Embora ajam como verdadeiros heróis, os Protetores de Animais são seres humanos que sofrem, choram, se deprimem, ficam doentes e têm suas limitações. Têm suas vidas, trabalham, estudam, têm família ou não, mas se desdobram para se dedicarem à causa animal. Eles lutam pela defesa dos direitos dos animais e reivindicam do Poder Público apoio para castração, eventos de adoção, leis de Defesa e Proteção Animal mais eficazes, campanhas de Educação e Conscientização da população e ações e medidas contra toda forma de exploração animal.

Os Protetores prestam um grande serviço à sociedade, e, por vezes, não têm o justo reconhecimento e o devido apoio. Todo Protetor visa encaminhar o animal para adoção, mas, infelizmente, nem sempre isso acontece, pois existem critérios para adoção responsável, como conhecer antes a pessoa, onde mora, como vive, para ver em que condições o animal irá ficar, pois algumas pessoas adotam e acabam não cuidando dele e adoção, assim, não adianta nada. Entregar um animal em adoção para qualquer pessoa pode resultar do animal ser devolvido ou incorrer em outro abandono, por isso, o Protetor acaba ficando com muitos animais sobre seus cuidados, exigindo espaço e recursos que se sacrifica para obter.
Para o cuidado e amparo a esses animais, um protetor precisa de recursos financeiros para ração, despesas com castração, remédios e vacinas.
E o que complica ainda mais a vida de um Protetor é que as pessoas o procuram mais para pedir ajuda e não para ajudar. Eles recebem dezenas de pedidos por dia, para socorrerem e resgatarem animais, em situação de risco, e, ainda, têm os casos que abandonam os animais em frente de suas casas.
Existem várias formas de ajudar os Protetores de Animais, vejam as principais:
• Doação de ração, medicamentos, para os animais, além de produtos de higiene e limpeza.
• Ajuda financeira para as despesas com os animais.
• Divulgando as campanhas e feiras de adoção que o Protetor realiza.
• Adotando um animalzinho, resgatado pelo Protetor.
• Colaborando com eventos beneficentes organizados pelo Protetor, para arrecadar fundos para as despesas e cuidados com os animais.
• Oferecendo um lar temporário para um animal resgatado, para evitar que o local, onde o Protetor mantém seus animais, fique lotado.
• Ajudando o Protetor com seu talento. Se você é artista, faça um show beneficente e reverta parte do lucro para ajudá-lo com seus animais, se é jornalista, escreva uma matéria para conscientizar as pessoas, como se pode colaborar com ele, caso seja advogado, atue defendendo a causa animal, e, assim por diante.
• Comprando produtos das Campanhas dos Protetores para ajudar na arrecadação de recursos financeiros, para as despesas com os animais.
• Auxiliando o Protetor com transporte solidário para resgate e socorro de um animal.

Celebridades clonam seus animais de estimação!

“E quando você considera que milhões de cães e gatos maravilhosos e adotáveis definham em abrigos de animais a cada ano ou morrem de mortes terríveis depois de serem abandonados, você percebe que a clonagem aumenta a crise de superpopulação de animais sem-teto”.


A clonagem de animais de estimação é um procedimento caro. Mas, além disso, de acordo com estudos, os animais clonados são mais propensos a doenças
Quando o amado cachorro de John Mendola foi diagnosticado com câncer terminal, ele decidiu cloná-lo.
Mendola é um policial aposentado de Nova York. Ele estava de plantão em uma delegacia em Long Island em 2006 quando alguém entregou um cachorrinho que havia encontrado na rua.

“A cadela estava toda emaranhada, você não podia nem escová-la… e ela tinha dentes ruins, mas ela era absolutamente adorável e ficou muito agradecida”, diz ele.
Ao final do turno, Mendola disse aos colegas que não havia necessidade de levar o animal de pelos brancos e marrons para um abrigo: ele a levaria para casa. “Foi a melhor coisa que fiz na minha vida”, diz o homem de 52 anos.
A cadela, de uma raça híbrida chamada Shih Apso, adorava crianças e brincar. Mendola a batizou de Princesa, em homenagem às muitas heroínas dos filmes de animação da Disney.

Geneticamente idênticos
Dez anos depois, em 2016, Mendola recebeu a notícia de que Princesa estava com câncer. Ao saber do diagnóstico, ele imediatamente ligou para uma empresa sediada no Texas chamada Viagen Pets and Equine, que é a primeira e única companhia americana a oferecer clonagem comercial de cães e gatos.


Popularidade em alta
A clonagem de animais de estimação é controversa, mas está crescendo e se tornando cada vez mais popular, apesar de seu alto custo.
A Viagen diz que agora está clonando “mais e mais animais de estimação a cada ano” e clonou “centenas” desde que iniciou seus serviços em 2015.
A empresa cobra US$ 50 mil (R$ 230 mil) para clonar cachorros, US$ 30 mil (R$ 140 mil) para gatos e US$ 85 mil (R$ 400 mil) para cavalos.
Obviamente, esse custo está fora do alcance da grande maioria, mas vários famosos revelaram nos últimos anos que clonaram seus cães ou planejavam fazê-lo.
Em 2018, a cantora Barbra Streisand revelou que havia usado a Viagen para clonar dois filhotes de sua cadelinha Samantha.
No mesmo ano, o jornal britânico The Sun informou que o magnata da música e jurado de reality shows Simon Cowell estava “clonando em 100%” seus três Yorkshire Terriers.

Blake Russell, presidente da Viagen, diz que o material genético do animal a ser clonado pode ser armazenado quase indefinidamente antes do processo de clonagem. Isso se deve ao uso de temperaturas de congelamento muito baixas ou criopreservação.
“Um animal de estimação clonado é, simplesmente, um gêmeo genético idêntico, separado por anos, décadas e talvez séculos”, acrescenta.
Sua empresa diz que “está comprometida com a saúde e o bem-estar de todos os cães e gatos com quem trabalhamos” e adere a todos os regulamentos dos EUA.


Doenças e baixo índice de sucesso
No entanto, organizações que lutam pelo bem-estar animal levantaram preocupações sobre o procedimento.


“Há muito mais em um animal do que seu DNA, e animais clonados inevitavelmente terão experiências de vida diferentes, resultando em animais com personalidades diferentes”.
Segundo afirmou um funcionário da própria Viagen no ano passado, 25% da personalidade de um animal vem de sua criação.

Elisa Allen, diretora do grupo de direitos animais People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), também pede que as pessoas adotem animais resgatados ao invés de criarem clones.


“As personalidades, as peculiaridades e a própria essência dos animais simplesmente não podem ser replicadas”, explica ela.
“E quando você considera que milhões de cães e gatos maravilhosos e adotáveis definham em abrigos de animais a cada ano ou morrem de mortes terríveis depois de serem abandonados, você percebe que a clonagem aumenta a crise de superpopulação de animais sem-teto”.
“A Peta incentiva qualquer pessoa que queira trazer outro animal de estimação para suas vidas a adotar em seu abrigo local, em vez de incentivar a clonagem, uma moda cruel para ganhar dinheiro”.

Como acostumar o pet a usar roupa no frio ou no pós-cirúrgico


O acessório pode ser utilizada para aquecer os animais e auxiliar a cicatrização após a cirurgia da castração. Especialistas dão dicas de como fazer a adaptação!
Com a chegada do frio, os tutores começam a se preocupar em esquentar os seus pets. Porém, muitas vezes, os bichos não estão acostumados a usarem roupas e podem ser mais resistentes ao acessório. Pensando nisso, Vida de Bicho reuniu orientações de especialistas para tornar o momento mais prazeroso – e quentinho! – para cães e gatos.
Primeiro, precisamos falar sobre a adaptação do bicho à roupinha. A médica-veterinária Juliana Pereira separou seis dicas para facilitar esse processo para tutores e pets:

  1. Roupas macias e hipoalergênicas são mais confortáveis e seguras.
  2. Deixe o pet cheirar a roupa, antes de colocá-la.
  3. Peças com manga longa e capuz podem dificultar esse processo.
  4. Se o animal ficar muito incomodado, tire imediatamente, não force.
  5. Compre uma roupa do tamanho certo, nem muito apertada ou larga demais, isso é imprescindível para uma adaptação rápida e sem estresse.
  6. Lave o adereço com sabão neutro, pois produtos com fragrância podem afastar o pet e causar alergia.

As raças de cachorro que mais sofrem com o frio e o que pode ser feito


O inverno é a estação mais fria do ano e a baixa das temperaturas pode ter influencia negativa nos animais de estimação. Muitos deles sofrem com a baixa da imunidade e ficam mais expostos a doenças – o que pode ser ainda pior para algumas raças de cachorro específicas.
Veterinária Caroline Bettini, explica que algumas raças sofrem mais. “As mais afetadas são as mini e as braquicefálicas, de focinho achatado, devido a maior dificuldade para inspirar. O clima seco que é típico do frio, promove maior ressecamento das vias aéreas superiores, dificultando a respiração”, explica.
Dessa forma, entram na lista das raças de cachorro que mais sofre com frio Pug, Boston Terrier, Buldogue Francês, Buldogue Inglês, Chihuahua, Shih Tzu, Pinsher, Maltês, Yorkshire Terrier, Pequinês, entre outros semelhantes.
Os donos de animais das raças citadas devem ficar atentos a sintomas como tosse, espirro, coriza, febre e inapetência, já que no inverno as doenças do trato respiratório são as mais comuns. “O clima seco favorece maior propagação principalmente das doenças virais, então, na presença de um ou mais sintomas, o médico veterinário deverá ser consultado”, diz a veterinária.
Para evitar maiores problemas o dono pode agir. Colocar roupinhas no cachorro, disponibilizar cobertores e camas mais quentes, como os iglus que permitem a proteção contra as temperaturas mais baixas são medidas importantes. A vacina contra a gripe, que combate a bordetelose e parainfluenza, pode ser aplicada pelo veterinário.
No caso das raças de cachorro mais afetadas cuidados mais especiais precisam ser tomados. Entre eles está o uso de umidificadores de ar e inalação para evitar ressecamento e obstrução das vias aéreas.


As doenças em cães e gatos mais comuns no inverno
As temperaturas mais baixas do inverno podem ser muito boas para animais de raças típicas de locais frios. Para os cães, principalmente, – como Samoida e Chow Chow – a disposição é maior e a época se torna ótima para uma rotina de atividades físicas. Mas o cenário não é o mesmo para os pets filhotes ou idosos que ficam mais vulneráveis a doenças típicas da estação
Além do aumento da dor nas articulações de pets mais idosos , é importante se atentar a traqueobronquite infecciosa em cachorros e, nos felinos, a rinotraqueite. Em cachorros, os sinais são parecidos com o da gripe: tosse seca, secreções nasais, espirros e a impressão de que o animal está engasgando. No caso dos gatos é parecido, somando falta de apetite e febre.
Veterinária Carolina Ferreira, conta que com alguns cuidados é possível evitar as doenças em cães e gatos nos dias mais frios. “Uma das tarefas mais importantes é não deixar que o pet tome chuva ou fique muito exposto ao vento. Para gatos, por exemplo, é importante não deixar a cama deles em contato direto com o chão”, indica.

Além dos cuidados com a exposição ao frio e vacinação, o dono deve estimular o consumo de água e ficar atento à constância dos banhos, que não devem ser descartados durante esta época do ano. O que pode acontecer é a diminuição da frequência de acordo com orientação do veterinário que acompanha o pet.

Com a chegada do frio, animais ganham mantas e até aquecedores em zoológico do interior de SP


Espécies criadas em cativeiro são mais suscetíveis a doenças nesta época do ano e necessitam de cuidados especiais para não sofram com o frio, segundo veterinário de São José do Rio Preto (SP).
Com a chegada do frio no noroeste paulista, os animais criados em cativeiro também precisam de atenção. Em São José do Rio Preto (SP), o Zoológico Municipal tem adotado protocolos para proteger os bichos mais vulneráveis, como o uso de mantas e até aquecedores.
“Precisamos ter em mente que todo animal que está em cativeiro, está fora do seu equilíbrio ecológico e do seu ambiente natural. Então são animais mais suscetíveis a gripes, resfriados e até pneumonias”, diz Guilherme Guerra Neto, medico veterinário do zoo.
Uma espécie que ganhou atenção especial é o macaco-aranha da cara preta. Os animais em cativeiro no zoológico ganharam um cobertor para se manterem aquecidos.
“São animais de clima equatorial que não estão acostumados com o frio e não têm o metabolismo preparado para a temperatura baixa, por isso precisam desse cuidado.”
Outras medidas também foram adotadas pelo zoológico, como o aumento na quantidade de feno, que faz com que os animais consigam manter melhor a temperatura corporal, evitando que passem frio.
“O feno também é bem importante, porque ele forma uma camada isolante no chão que está bem gelado, conservando mais a temperatura corporal do animal”, explica o veterinário.

Animais que são filhotes, idosos ou estão em fase de recuperação também receberam aquecedores elétricos.
“Como estão com o sistema imunológico mais comprometido e estão se recuperando de alguma enfermidade, com dificuldade de fazer a termo regulação, eles precisam de uma ajuda maior com aquecedores elétricos”, afirma.
Mudanças no cardápio, como fornecimento de uma quantidade maior de alimento e de itens mais calóricos para compensar a demanda energética, também estão sendo adotadas pelo zoológico.

Abandono de animais cresceu 250% no último ano no Rio


Casos aumentaram durante a pandemia, segundo a Comissão de Direito dos Animais da Câmara do Rio
Por Marcella Sobral — Rio de Janeiro

Cão da raça Bull Terrier

Pirilo é um bull terrier de aproximadamente cinco anos. Um cachorro de raça, que chega a custar até R$ 7 mil num canil especializado. Só que, em maio do ano passado, ele foi largado na rua com graves problemas de saúde, quase entrando em sepse (por infecção generalizada).
Essa é apenas uma das muitas histórias de abandono de animais na cidade, drama que registrou um aumento de quase 250% no último ano, de acordo com a Comissão de Direitos dos Animais da Câmara dos Vereadores do Rio. Em abril, esse número cresceu ainda mais, chegando a 357% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Resgatado pela ONG Paraíso dos Focinhos, após passar por um tratamento de seis meses que custou cerca de R$ 9 mil, ele é um cão saudável, dócil e à procura de um lar. Cuidando de aproximadamente 500 animais, entre cães, gatos e cavalos, a instituição dispensa identificação nos muros e portas de seus três sítios para evitar que novos animais sejam deixados por lá.
— O Pirilo é um dos muitos casos de cães de raça abandonados depois de ficarem doentes que a ONG recebe diariamente. Gastam na compra do animal e não querem gastar no seu tratamento. Preferem abandonar — diz Hanri Soares, presidente da Paraíso dos Focinhos, que percebeu um aumento de 40% nos pedidos de resgate de um ano para cá: — Na pandemia, esse número cresceu vertiginosamente. Recebemos, por dia, uma média de 35 pedidos de resgate, mas conseguimos atender no máximo cinco por semana devido aos altos custos. Somente de ração, são R$ 46 mil por mês.
Com 2.200 animais, a Sociedade União Internacional Protetora dos Animais, a Suipa, é outra entidade que não tem mais condições de receber novos bichos. Mesmo assim, é comum as pessoas deixarem animais amarrados em postes próximos da ONG.
Em abril, no dia do jogo entre o Flamengo e o Palmeiras pela Libertadores, foi preciso abrir uma exceção: uma vira-latas foi abandonada na porta da instituição com uma das patas decepada, ainda sangrando. A hemorragia foi estancada em uma cirurgia de emergência. A cadela recebeu todo o tratamento, e está lá até hoje. Como o time de São Paulo venceu a partida, ela recebeu o nome de Palmirinha e também aguarda por um tutor.
As pessoas abandonam animais por má-fé, falta de condições financeiras para arcar com os custos ou como um pedido de ajuda, como em casos de atropelamento, por exemplo — acredita Marcelo Marques, presidente da Suipa, que registrou um aumento de 40% nos abandonos desde o início do ano: — As adoções subiram um pouco no início da pandemia mas, com a flexibilização, as pessoas passaram a abandonar os animais como se fossem objetos. Tivemos meses de receber 70 animais, mais que o dobro da média mensal de adoções, de 30.
Uma outra desculpa para defenestrar um cachorro da vida doméstica é a expectativa em relação ao comportamento do animal, comprado ou adotado. Ainda que algumas raças sejam de charme irresistível ou estejam na crista da onda, nem sempre a vida real é tão tranquila quanto nas redes sociais. O resultado é frustração e abandono.
Abandono é considerado crime de maus-tratos no Brasil, com punição que vai de multa e perda da guarda do animal a prisão. A legislação também prevê pena de detenção de três meses a um ano e multa para quem pratica violência contra animais.

Animais adultos e idosos podem ser adestrados?


Segundo adestradores, não há limite de idade para aprender, mas há providências importantes a serem tomadas antes do início do treinamento
Muita gente desiste de adotar um pet adulto ou idoso por receio de que não seja possível treiná-lo a fazer as necessidades do lugar certo ou ensinar alguns truques e regras da casa a ele. Contudo, adestradores garantem: não há limite de idade para os pets aprenderem.
“O que diferencia um treinamento de um animal adulto ou idoso para um filhote é o tempo. Conforme nossos animais crescem, eles adquirem hábitos e depois para tirá-los é necessário de mais tempo, mais paciência do que o tutor precisaria com um filhote, que ainda não adquiriu um comportamento errado, então ele pode antecipar o problema e ensinar o correto”, comenta a especialista em comportamento animal Luísa Pires, fundadora de um centro educacional para cães.
Primeiro, faça um check-up!
Ainda que todo pet possa aprender novos truques e comportamentos independente da idade, é essencial levar o animal a uma consulta com o veterinário antes de iniciar qualquer treinamento. Isso porque algumas atitudes dos pets podem estar relacionadas com problemas de saúde.
“Problemas de saúde causam incômodos, dores musculares, alergias ou problemas neurológicos, então esses cães terão dificuldade em manter sua atenção em novas aprendizagens. Portanto, um check-up no veterinário é sempre bem-vindo para se certificar de que tudo correrá bem durante as aulas”, explica a adestradora canina Andrea Dias.
Ela elenca alguns comportamentos que podem ter como causa problemas de saúde, como a coprofagia e lambeduras excessivas e automutilação. “Elas podem ter início com alergias de pele. A reação exacerbada a alguns estímulos também podem ser resultados de dores físicas, que faz com que o cão queira se proteger de qualquer contato, ou até mesmo vir de uma cegueira, o que faz com que ele não consiga mais prever o que se aproxima e acaba usando a agressividade para manter todos distantes”, diz.
Adeque as expectativas
O adestrador e comportamentalista canino Rapha Aleixo, fundador de uma escola online de adestramento, lembra que os resultados positivos também dependem dos tutores, que devem adequar suas expectativas.
“É preciso sentir o animal e saber qual é o limite de evolução que podemos cobrar dele”, lembra o profissional, que acredita que, independente da idade, o reforço positivo é o método que, geralmente, traz mais resultados.


Vale a pena adestrar?
Além de sentir o animal, Luísa aconselha que os tutores, especialmente aqueles que estão com o pet desde filhotes e decidem treiná-los apenas quando idosos, pensem se vale a pena mudar algum hábito ou comportamento do animal depois de tantos anos.
“Muitas pessoas têm a vida toda do animal para mudar um comportamento indesejado que foi deixado de lado por muitos anos. De repente, na velhice do animal, decide que tal hábito não é mais aceitável. Óbvio que tudo depende da situação, mas vale a pena se perguntar: é justo mudar agora? Muitas vezes a resposta é sim, o que é ótimo! Mas tantas outras a resposta pode ser não”, alerta.
Ela ainda recomenda que as famílias avaliem suas rotinas com os cães antes de começar o treinamento. “Antes de pensar em adestrar o animal quando adulto ou na velhice, é preciso avaliar se o pet está recebendo tudo o que precisa para se manter equilibrado. Às vezes, acontecem mudanças na rotina, o cão não passeia mais como antes, não tem o tempo com a família que antes tinha para atividades que o estimulava, e isso pode desencadear uma frustração e resultar em um mau comportamento”, diz Luísa.
Ainda assim, Andrea ressalta que o adestramento traz inúmeros benefícios aos pets. “Temos um jargão no meio do adestramento que diz que “cão adestrado é mais feliz”, justamente porque um animal que é bem educado e sociável, acompanha muito mais os tutores durante os passeios e em seus eventos sociais do que um cão que não sabe se comportar”, explica.
Manter os cães ativos, segundo ela, também traz benefícios para a saúde física, a inteligência e a sociabilidade do animal. “Cães que treinam em idades mais avançadas diminuem o risco de doenças musculares, crônicas e fortalecem toda a sua estrutura física e cerebral, no geral”, finaliza.

Venda de cães e gatos será proibida nos EUA e na França


A venda de cães e gatos já vem sendo barrada em várias cidades e, agora, Dallas, localizada no Texas (EUA) também entrou no rol. Nesta semana, a “Dallas Humane Pet Store Ordinance”, proposta realizada em janeiro de 2021, foi, finalmente, aprovada pelo Comitê do Conselho da Cidade de Dallas. A ideia do projeto é vetar a venda de cachorros e felinos nas lojas locais e incentivar os resgates e adoção de pets.
A lei entrará em vigor no mês de novembro deste ano. A iniciativa promete reduzir a quantidade de animais abandonados, promover o bem-estar e prevenir doenças causadas pela falta de cuidado com os peludos. De acordo com um comunicado de Karen Froehlich, presidente de um centro de cuidado animal do estado, apenas em Dallas há mais de 1 mil bichos vivendo em abrigos, na espera de uma nova família.
A iniciativa é uma nova chance de mudar o atual cenário da cidade e do estado do Texas. Além disso, acaba promovendo a proteção animal em um cenário amplo, o que pode encorajar outras cidades a fazerem o mesmo.


Venda de cães e gatos será proibida nos pet shops da França
França proíbe a venda de cachorros e gatos em pet shops e cria política de proteção mais rígida para animais silvestres
No mês de novembro o parlamento francês adotou o projeto de lei contra o crime de maus-tratos aos animais, proibindo a venda de cachorros e gatos nos pet shops e a presença de animais selvagens em circos e aquários. Segundo Julien Denormandie, ministro francês da agricultura, os animais não são nem brinquedos, nem mercadorias, nem produtos de consumo.
Com essa lei, o país promete reduzir significativamente as taxas de abandono, maus-tratos e procriação nos cativeiros. De acordo com a Connexion France, metade da população tem pelo menos um pet e cerca de 100 mil são abandonados a cada ano. Esse número coloca a saúde e o bem-estar dos pets e dos próprios cidadãos em risco.
Por isso, a partir de 1º de janeiro de 2024, a venda de gatos e cachorros será considerada ilegal. Sobre os animais selvagens, em dois anos será proibido expô-los a situações de shows, como circos e eventos, e em 2028 já não será mais aceito em cativeiros.