Com licença!

O direito de acompanhamento por um cão-guia foi oficialmente instituído em 2005, por meio da Lei n; 11.126, de autoria do ex-senador Romeu Tuma. O texto assegura o ingresso e a permanência do animal nos locais públicos e privados de uso coletivo, assim como nos meios de transporte. No mês passado, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) julgou procedente o pedido de indenização de Flávio Luis da Silva, que é deficiente visual e tem mais de cinco processos contra prestadores de serviço de transporte público e privado por descumprimento da norma.

O que é um cão guia?

O cão guia é um animal adestrado especialmente para ajudar deficientes visuais em seu cotidiano com tarefas que demandam maior atenção e cuidado.
Dessa forma, eles passam por um rigoroso treinamento, que normalmente dura de um ano e meio a dois anos.
O adestramento é composto por três fases: socialização, treinamento e instrução, e começa quando esses animais ainda são filhotes.
No primeiro momento, eles convivem com famílias voluntárias para socializarem e aprendem comandos simples.
Já na segunda fase eles recebem treinamento específico para guiar as pessoas com deficiência visual. Por fim, os cães guias são instruídos juntamente com seu tutor.
Para poder orientar uma pessoa cega, o animal precisa ser inteligente, dócil e de médio ou grande porte, pois precisam de força para guiar seus humanos.
Por isso, podemos dizer que as raças mais utilizadas são o labrador e o golden retriever. Contudo, também é possível treinar borders e pastores alemães.


Qual a importância do cão guia?
O cão guia é muito importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, principalmente a visual.
Ao ajudar na locomoção e na realização de pequenas atividades, como preparar uma refeição e se locomover, o animal fornece não só segurança mas também independência para seus tutores.
E mesmo que essa liberdade seja “parcial”, ela possibilita que os deficientes visuais tenham interação social. Além disso, também implica em ganhos na autoestima e acaba fazendo com que eles não se sintam incapacitados.


As principais responsabilidades de um cão guia
O cão guia recebe treinamento para auxiliar as pessoas cegas a se locomover e realizar tarefas cotidianas. Portanto, suas principais responsabilidades são:
• Guiar seu dono dentro de casa e em espaços públicos;
• Ajudar seu dono a atravessar a rua;
• Desviar de obstáculos, como buracos, pessoas, elevações no caminho;
• Ir em qualquer direção ordenada;
• Se manter sempre à esquerda e um pouco à frente do seu dono;
• Ajudar o tutor a entrar no transporte público;
• Aguardar em silêncio o acompanhante parado;
• Não se distrair com outros animais ou com cheiro de comida;
• Fazer com que o acompanhante fique próximo do botão do elevador; entre outros.
O animal ainda é treinado para desobedecer ordens que tragam perigo para o seu dono e a si mesmo.
Apesar de ter responsabilidades, o animal também precisa de momentos de lazer, bem como de carinho e atenção.


Para quem o cão guia é indicado? O cão guia é indicado para pessoas legalmente cegas que desejam realizar pequenas atividades e se moverem com certa independência, sem a ajuda de outras pessoas.
São consideradas legalmente cegas, pessoas com capacidade visual menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05 no melhor olho, mesmo utilizando a melhor correção óptica (óculos ou lente de contato).
Além disso, para ter o animal o deficiente visual precisa ter boa saúde física e psicológica, além de ter cursado o ensino médio.
Ainda assim, a pessoa que deseja ter um cão guia precisa conseguir manter o animal com alojamento e alimentação.


Esse animal se aposenta?
Assim como os seres humanos, os animais mais velhos perdem algumas habilidades e apresentam dificuldades em realizar tarefas simples, e por isso, também precisam se aposentar.
No caso dos cachorros, eles começam a perder a audição e a visão ao envelhecerem.
Como o trabalho do cão guia envolve auxiliar e ajudar pessoas cegas, eles se aposentam entre 8 e 10 anos de idade.
O animal aposentado pode ficar com o tutor ou ser adotado por uma família conhecida.


Identificando um cão guia Para realizar seu trabalho, o cão guia precisa utilizar coleira e peitoral, acessório que ajuda o animal a conduzir seu dono.
Além disso, para identificá-lo, basta observar como o animal se porta perto de seu tutor.
Ele sempre estará à esquerda e o pouco à frente do seu dono. Caso você precise conversar com o tutor, chegue pelo lado direito.
Ademais, é importante ressaltar que o cachorro não pode ser distraído de suas responsabilidades. Portanto, não tente brincar ou oferecer petiscos ao animal.


Como viajar com cão guia de avião?
Para viajar com o cão guia de avião é necessário estar atento às políticas de viagem das companhias aéreas, documentação e às regras do país de destino.
Além disso, é necessário comunicar à empresa aérea com antecedência, de preferência na hora da compra das passagens aéreas. O transporte do animal é gratuito.
Dentro do avião, o cachorro deverá viajar ao lado do assento de seu tutor, no chão. Além disso, sua coleira deve ter um distintivo que o identifique como cão guia.
Ainda assim, a companhia aérea pode solicitar que a plaquinha de identificação tenha, além do nome do animal e do dono, o nome do centro de treinamento ou do treinador e seu CNPJ ou CPF.


Quando vale a pena ter um cão guia?
Vale a pena ter um cão guia quando o deficiente visual deseja realizar atividades simples e se locomover com segurança mas sem precisar da ajuda de outras pessoas.
Além de ajudar em atividades diárias, como sair de casa ou entrar em um ônibus, o animal é essencial para que os deficientes visuais consigam interagir socialmente com outras pessoas e se sintam úteis.
Todavia, a qualidade de vida e a autoestima das pessoas cegas que possuem o animal é impactada positivamente.

Olhos secos nos PETS podem causar cegueira



Assim como acontece com os seres humanos, cachorros e gatos também possuem uma estrutura ocular sensível e estão suscetíveis ao desenvolvimento de doenças e problemas oftalmológicos. Por isso, no próximo sábado (30/10), o curso de Medicina Veterinária do UniBH promoverá a 1ª Campanha de combate ao olho seco nos Pets. Durante o evento, que acontecerá no Hospital Veterinário do UniBH, localizado na rua Líbero Leone, 259, professores e alunos da instituição oferecerão atendimento e exames de olhos secos em cães e gatos. A avaliação é gratuita e os interessados podem se inscrever pelo site https://forms.gle/3Hd8dCyD4EtvJe1QA. Serão disponibilizadas 30 vagas.
A professora do UniBH e médica veterinária, Aline Ferreira, explica que a síndrome do olho seco, também conhecida como ceratoconjuntivite Seca (CCS), tem sido bastante relacionada a deficiência de produção da parte aquosa da lágrima. No entanto, qualquer problema com as estruturas envolvidas na produção e distribuição do filme lacrimal pode desencadear a doença. “Quando o animal deixa de produzir as lágrimas, a superfície da córnea fica ressecada e de forma progressiva pode ocorrer inflamações e infecções das estruturas oculares. A doença é a principal causa de conjuntivite nos Pets, sendo considerada grave quando não diagnosticada e tratada corretamente”, salienta.
De acordo com Aline Ferreira, os sinais mais frequentes são excesso de remelas (secreções), inflamações nos olhos (vermelhidão), desconforto ocular (olhos mais fechados), olhos sem brilho (opacos) e pigmentações na córnea.
Atualmente os cães e gatos de qualquer tamanho, raça ou sexo podem apresentar olho seco. Algumas raças que são consideradas mais predispostas entre Buldogue Inglês, Schnauzer, Lhasa Apso, Shih tzu, Pug e Pequinês.

Detecção e tratamento
Aline Ferreira reforça que a doença aparece mais frequente em adultos ou idosos, a partir de 6 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. O tratamento varia com a o curso da doença, pois pode ser necessário além do uso de imunomoduladores, a associação com outras medicações (antibióticos), e até mesmo a cirurgia para redução da pigmentação corneana.

Sobre a fonte
Aline Ferreira é Médica Veterinária, bacharel em Ciências Biológicas, com especialização em Oftalmologia Veterinária. Possui mestrado em diagnóstico da leishmaniose visceral canina e doutorado em tipagem, genotipagem e utilização de antimicrobianos em bactérias.

Serviço: 1ª Campanha de combate ao olho seco nos Pets
Data: 3010/2021.
Local: Hospital Veterinário UniBH | Campus Buritis – Rua Líbero Leone, 259
Horário: 9h às 16h.
Vagas disponíveis: 30 vagas.
Cada Pet deve ser inscrito individualmente.

Startup usa tecnologia de impressão 3D para levar esperança a animais especiais


A Pineal Tecnologias 3D é uma das startups investidas pelo hub de inovação BiotechTown que vai participar do Demo Day 2021

Uma chance para os pets especiais. Com essa ideia em mente, Renato e Nathalia Maciel criaram, em 2016, a Pineal Tecnologias 3D, startup que cria cadeiras de rodas, próteses e órteses feitas em impressão 3D para animais. Uma das parcerias da empresa é com a ONG Projeto Gramacho, da atriz Betty Gofman.

A empresa é uma das 12 startups que vão participar, no dia 11 de novembro, do Demo Day 2021, evento realizado pelo hub de inovação BiotechTown para aproximar produtos e tecnologias de investidores.

Com métodos avançados em escaneamento 3D, modelagem, CAD (desenho assistido por computador) e impressão 3D, a empresa cria equipamentos individualizados para cada animal, com as medidas exatas. As órteses têm benefícios, por exemplo, para cães idosos que, por conta da idade, apresentam desgastes de coluna, quadril ou membros.

Além disso, a empresa cria biomodelos também com impressão 3D para auxiliar na medicina veterinária, auxiliando professores e alunos em várias disciplinas, como cirurgias. “É uma alternativa à necessidade de cadáveres dentro das universidades”, explica o CEO da Pineal, Renato Maciel.

Rocket Startup 2021

A Pineal 3D foi a vencedora da Órbita Vida e quinto lugar geral do Rocket Startup, reality show de empreendedorismo e inovação realizado pela RPC Paraná, afiliada da Globo no estado. Com a participação de 4 jurados e votação popular pela internet, a startup venceu na categoria soluções em saúde e bem-estar.

A Pineal também é parceira do Projeto Gramacho, ONG criada pela atriz Betty Gofman que ajuda a Jô, moradora de Gramacho, comunidade no Rio de Janeiro, que resgata e ajuda cães e gatos na região. A empresa já doou uma cadeira de rodas para um cão que tem uma deficiência nas patas dianteiras e espera desenvolver muitos outros equipamentos para esses animais.

Sobre o Demo Day 2021

O evento celebra a conclusão do ciclo de aceleração do Programa de Desenvolvimento de Negócios (PDN) das 12 startups. Após 12 meses de aceleração, os empreendedores das startups participantes irão apresentar ao mercado o road map de desenvolvimento de suas empresas, além das conquistas e da evolução proporcionadas pelo PDN.

Investidores-anjo, fundos de investimento e demais players do mercado terão a oportunidade de aprender sobre os negócios que estão impactando os segmentos de biotecnologia e ciências da vida, além de conhecer os planos para captação de novas rodadas de investimento e expansão dessas startups.
Atualmente em processo de seleção para sua 4ª edição, o PDN já viabilizou aceleração e investimento em 23 startups, totalizando R$6.9 milhões aplicados no ecossistema, além de dezenas de eventos de conexão e milhares de horas de mentorias.

Com o apoio de BR Angels, Datamed e Thermo Fisher Scientific para sua realização, o evento terá transmissão online. A inscrição deve ser feita pelo site bit.ly/demoday_2021.

Sobre o BiotechTown

Localizado em Nova Lima-MG, o BiotechTown é um hub de inovação voltado exclusivamente para o desenvolvimento de empresas, produtos e negócios nas áreas de Biotecnologia e Ciências da Vida. Apoiado em conhecimento científico, tecnológico e de mercado, o BiotechTown atende a bionegócios de todos os portes em suas diferentes fases, da pesquisa ao go to market e expansão de mercado, incluindo a aceleração de startups através de seu Programa de Desenvolvimento de Negócios. Além disso, oferece acesso desburocratizado a infraestruturas próprias de laboratório e planta de produção, bem como coworking e salas para empresas do segmento, em um ambiente que promove conexões e impulsiona o ecossistema. Estrutura criada para conectar empresas, pesquisadores e investidores, fornecendo todos os recursos para o desenvolvimento de bionegócios em todos os níveis.

HVU e IEF realizam primeira cirurgia de catarata registrada em onça-parda no país


Procedimento foi realizado no último sábado (23) e animal já está em recuperação no Cetras de Patos de Minas
A onça-parda Kiara, que passou pela primeira cirurgia de catarata na espécie registrada no país no último sábado (23), no Hospital Veterinário da Uniube (HVU), já está em recuperação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras), em Patos de Minas (MG), local de origem do animal. O procedimento durou cerca de 50 minutos e, segundo os cirurgiões, foi um procedimento delicado, mas de muito sucesso. Kiara deve permanecer em recuperação por mais duas semanas, antes de receber uma nova avaliação oftalmológica para verificar a restauração da visão após a cirurgia.
Com 11 meses e pesando 31 kg, a onça-parda sofreu um trauma na cabeça no ano passado, o que ocasionou a lesão ocular, presente nos dois olhos. No entanto, após exames oftalmológicos, os médicos-veterinários responsáveis pela cirurgia verificaram que a lesão também tinha procedência congênita, ou seja, a onça já estava predisposta ao desenvolvimento da catarata.
“Inicialmente seriam operados os dois olhos, mas o procedimento teve que ser feito apenas no olho esquerdo, pois foi detectada luxação posterior do cristalino no olho direito, o que inviabilizava o procedimento cirúrgico para esse olho. O olho esquerdo apresentava subluxação anterior e microfaquia, o que tornou o procedimento extremamente desafiador”, explica o cirurgião responsável pela operação, Glauber Tasso.
A onça chegou ao Cetras em dezembro do ano passado, com idade estimada em 15 dias de vida. “Logo que chegou apresentou um quadro neurológico (convulsões, ataxia etc.) compatível com um quadro de trauma. Ela se recuperou bem, porém apresentou como sequela um quadro de catarata, que começou a se desenvolver em torno dos 3 meses de vida”, explica o médico-veterinário do Cetras, Rafael Ferraz de Barros.
A cirurgia foi realizada no HVU, com a parceria do Instituto Estadual de Florestas (IEF), por meio do Cetras, e contou com a participação dos oftalmologistas-veterinários, Fabrício Mamede e Glauber Tasso, sob a supervisão dos veterinários Renato Linhares, Claúdio Yudi, Ananda Teodora e Rafael Barros. A oftalmologista-veterinária Gabriela Madruga também participou dos exames oftalmológicos pré-cirúrgicos.

Experiência dos alunos
Alunos de diversos períodos do curso de Medicina Veterinária da Uniube puderam acompanhar a primeira cirurgia de catarata registrada em onça-parda no Brasil, em tempo real, do lado de fora do bloco cirúrgico. Toda a cirurgia foi transmitida em uma televisão, posicionada no pátio do HVU, para que os alunos pudessem ter uma aula inédita.


Durante a transmissão, o médico-veterinário e gerente clínico do HVU, Claudio Yudi, e a oftalmologista-veterinária, Gabriela Madruga, explicaram aos alunos o passo o passo do que estava sendo feito na operação. “Acompanhar a cirurgia da onça foi desafiador, inclusive, para quem não estava diretamente na operação, pois a córnea da onça é mais dura do que a de um gato, por exemplo, e o olho apresenta muitos bastonetes, o que permite que ela enxergue muito bem no escuro. Eu não tinha presenciado nada parecido antes e foi desafiador poder explicar aos alunos também o passo a passo da cirurgia de catarata.”, comenta Gabriela.
A aluna Juliana da Silva Ragassi, do 6º período de Medicina Veterinária, aproveitou a aula inédita para adquirir conhecimento e sanar dúvidas relacionadas à visão dos animais. “Esta aula foi uma verdadeira honra para mim, pois me gerou conhecimento pessoal e profissional. Eu, por exemplo, uso óculos e aproveitei para sanar algumas dúvidas sobre o funcionamento da visão, de modo geral, e aprender sobre cirurgias oftalmológicas. Foi uma experiência surreal que nos instigou e inspirou a estudar mais a fundo sobre o assunto. Acompanhar uma cirurgia de catarata já não é muito comum e nós tivemos a oportunidade de acompanhar um procedimento em uma onça, algo inédito! Estou muito feliz e honrada”, compartilha Juliana.
O HVU é referência em atendimentos de animais silvestres da região do Triângulo Mineiro há 21 anos e possui parcerias sólidas com Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Ministério Público de Minas Gerais e Instituto Estadual de Flores (IEF).


“Foi possível preparar a cirurgia e anestesia de alto grau de complexidade no procedimento na onça, que envolverá mais de 10 médicos-veterinários e docentes do curso de Medicina Veterinária, além dos alunos e residentes do Hospital Veterinário da Uniube. Ficamos felizes em ajudar a onça a ter novamente a visão recuperada e repassar conhecimento para outros profissionais que possam realizar a cirurgia em outros grandes felídeos em centros de triagem e zoológicos”, finaliza o gerente clínico do HVU, Cláudio Yudi.

4 dicas para cuidar da alimentação do pet no pós-quarentena

Com a pandemia de coronavírus e o período de isolamento social, as pessoas mudaram seus hábitos e tiveram que se adaptar a uma nova realidade e, por consequência, seus pets também. Com a expansão do home office, a relação entre humanos e animais ficou ainda mais próxima.

Agora, com o avanço da vacinação e a retomada gradual das atividades, a rotina se altera novamente e os tutores precisam redobrar a atenção com um assunto que impacta diretamente na saúde e bem-estar do animal: a alimentação.

“Primeiramente, é importante ressaltar que não é aconselhável trocar a alimentação dos animais em situações de estresse e mudanças de rotina”, destaca Flavio Silva, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica de uma grande empresa de rações. Portanto, manter o alimento habitual é sempre a melhor conduta, exceto se houver outra indicação do médico-veterinário do animal.

Flavio dá algumas dicas importantes para garantir a saúde alimentar do pet nessa fase:

Atenção à quantidade de alimento
A quantidade ideal varia de acordo com o peso, idade, nível de atividade física do pet e quantidade de energia disponível no alimento. No verso da embalagem está a orientação de consumo diário. É muito importante seguir a recomendação e fornecer a quantidade ideal de alimento, além de água fresca e limpa para o período em que o pet ficará sem supervisão. Uma boa ideia é espalhar os grãos pela casa, escondendo-os em objetos ou brinquedos, estimulando o pet a procurar pelo alimento.

Não compense a ausência com petiscos em excesso
Tutores devem estar muito alertas para não compensar a sua ausência durante o dia com petiscos em excesso. Isso pode fazer com que os pets ganhem peso rapidamente, o que é um risco porque favorece o desenvolvimento de problemas de saúde. A regra é: não ultrapassar 10% das calorias diárias com petiscos. Seguindo este cuidado, os animais continuarão saudáveis.

Aposte no enriquecimento ambiental
Pets podem se entediar facilmente ao ficarem sozinhos por muitas horas. Por isso, a dica é investir no enriquecimento ambiental. Atualmente existem diversas opções de brinquedos que estimulam a movimentação, a atenção e o gasto energético dentro de casa. Além dos brinquedos, é importante reservar um período do dia para interagir com os pets, estreitando o vínculo com eles.

Busque ajuda sempre que necessário
Se observar mudanças no comportamento do pet, tais como alterações severas de apetite, latidos em excesso quando fica sozinho, comportamento destrutivo, automutilação, agressividade, entre outros, não deixe de procurar a orientação de um especialista em comportamento. A saúde mental é tão importante quanto a saúde física e ambas estão diretamente relacionadas.

E lembre-se: nunca abra mão do acompanhamento veterinário regular e de fornecer um alimento de alta qualidade para o seu pet!

HVU recebe onça-parda para primeira cirurgia de catarata registrada no país


O procedimento acontece neste sábado (23) e conta com a parceria do Instituto Estadual de Florestas.

O Hospital Veterinário da Uniube (HVU) recebe, nesta sexta-feira (22), uma onça-parda fêmea para a realização da primeira cirurgia de catarata, na espécie, registrada no país. O procedimento, que acontece amanhã (23), conta com a parceria do Instituto Estadual de Florestas (IEF), por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras). O animal, apelidado carinhosamente de Kiara, tem 11 meses, 31kg, e sofreu um trauma na cabeça no ano passado, o que ocasionou a lesão ocular. A cirurgia será acompanhada pelos alunos de Medicina Veterinária da Uniube e pela equipe médica do HVU e IEF.

A onça chegou ao Cetras em dezembro do ano passado, com idade estimada em 15 dias de vida. “Logo que chegou apresentou um quadro neurológico (convulsões, ataxia etc.) compatíveis com um quadro de trauma. Se recuperou bem, porém apresentou como sequela um quadro de catarata que começou a se desenvolver em torno dos 3 meses de vida. A catarata, que é basicamente uma opacidade da lente do olho impede que o animal enxergue normalmente e, portanto, também impede seu retorno à natureza. Hoje, com 31 kg, será submetida à cirurgia com a expectativa de que possa ser reabilitada”, explica o médico-veterinário do Cetras, Rafael Ferraz de Barros.

O procedimento será realizado no HVU pelos oftalmologistas-veterinários, Fabrício Villela Mamede e Glauber Tasso, sob supervisão dos veterinários Renato Linhares Sampaio, Cláudio Yudi, Ananda Teodora e Rafael Barros. O processo de recuperação do procedimento é estimado em 4 a 6 meses. “Com a experiência adquirida a mais de uma década, sendo referência em atendimentos de animais silvestres da região do Triângulo Mineiro, com parcerias sólidas com a Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Ministério Público de Minas Gerais e IEF, foi possível preparar para a cirurgia e anestesia de alto grau de complexidade no procedimento na onça, que envolverá mais de 10 médicos-veterinários e docentes do curso de Medicina Veterinária, além dos alunos e residentes do Hospital Veterinário da Uniube. Ficamos felizes em ajudar a onça para ter novamente a visão recuperada e repassar para outros profissionais que possam realizar em outros grandes felídeos em centros de triagem e zoológicos”, finaliza o gerente clínico do HVU, Cláudio Yudi.

O melhor pra eles, claro!

A gente que tem pet sempre procura o melhor pra eles, que vão tomando conta da casa toda. O mais comum é que virem os “donos da casa”. Sofás e tapetes são alguns dos lugares favoritos dos animais de estimação. Gatos e cachorros fazem dos locais as suas “residências” ao longo do dia. Ali se espreguiçam, tiram longos cochilos e também fazem muita bagunça. “Eles nos exigem alguns cuidados por causa da mobília e objetos. Os sofás devem ter tecidos resistentes e de fácil limpeza”, ensina uma famosa designer de interiores.
O suede, a sarja e a lona, além de muito populares, são ótimos para casas com animais. A resistência do tecido, a trama mais fechada, evita que eles puxem os fios do tecido e que os pelos entranhem. Sofás revestidos por materiais sintéticos são boas escolhas, já que são laváveis. Apenas uma dica: couro pode não ser a melhor escolha. “Os animais podem marcá-lo com suas unhas”, diz a profissional. Independentemente do tecido, a impermeabilização pode ser aliada da limpeza. Funciona com líquidos, desde água a urina, já que basta passar um pano ou escova para resolver o “problema”.


Muita gente não leva em consideração o material, mas a cor do estofado. Foi o caso d jornalista Luciana, dona dos gatos Douglas e Ludmila. Ela comprou um modelo cinza, de três lugares, feito de poliéster e com aspecto de linho. “Eu sabia que a escolha era arriscada, porque corria o risco deles arranharem o tecido. Optei por um tom mais escuro para sujar menos”, conta. A alternativa, no entanto, foi mandar fazer uma capa que preservasse o sofá para o uso no dia a dia, com reforço de tecido nos braços do sofá, locais em que eles mais afiam as unhas.
Tapetes são peças que dão aconchego ao ambiente. Mas é preciso optar pelos mais simples quando o assunto são os pets.
Os de pelo curto, sisal e material sintético são os mais indicados. A lavagem, nesses casos, é fácil e a secagem rápida. “O pelo curto do tapete ajuda a evitar ainda a proliferação de pragas, como carrapatos e pulgas, justamente pela facilidade da limpeza”, completa a designer.

Quem pode atender suas necessidades afetivas no caso desses merecedores “donos da casa” porque tem as melhores opções em decoração do Triângulo Mineiro e a Varanda Living. Elegância, personalidade, grife e o maior amor pelos pets.

Av. João Pessoa, 505- Centro- Uberlândia/MG-
(34) 9 9925-7001

Cãominhada no Balneário

Patas peludas, focinhos molhados e ótima companhia. Foi assim a manhã deste sábado (16) na Praça Almirante Tamandaré, local escolhido para ser o ponto de partida da Cãominhada. A tradicional marcha de cães guiados por seus tutores pelas ruas centrais de Balneário Camboriú reuniu mais de 300 participantes e seus amigos de quatro patas em favor a causa animal.
A moradora de Balneário Camboriú, Suzana Ribeiro, é participante assídua do evento, comparecendo anualmente para caminhar com seus três cachorros: a poodle Maria Clara e os lhasa apso Gregório Augusto e Bethoven Luís. “Apoio todas as ações voltadas para a causa animal e acho lindo quando um Governo também trabalha por essa razão. A Cãominhada é um evento maravilhoso, que integra os cães e as mães de pet também”, compartilha Suzana.
Este é o primeiro ano que a munícipe Fernanda Foppa participa. “Trouxe a minha beagle Gamora, de três aninhos, para conhecer a cachorrada da cidade e da região. Está sendo uma manhã muito divertida e com certeza participarei mais vezes”, comenta.
A Cãominhada partiu da praça em direção à Avenida Atlântica, passando pela Avenida Alvin Bauer, Avenida Brasil, Rua 1.300, retornando para a Atlântica e Praça Tamandaré. Agentes de Trânsito acompanharam o trajeto, para garantir a segurança dos participantes durante o deslocamento.
A Cãominhada, que encerrou o festival Primavera BC, é um evento educativo relacionado à causa animal. Com ele, ocorrem campanhas educativas de conscientização sobre castração, vacinação, adestramento, combate a maus-tratos, recolhimento de fezes em vias pública, uso de focinheiras em animais com elevado grau de periculosidade e proibição de permanência em determinados locais, como praias.

Dia Nacional da Libertação Animal

A data escolhida para comemorar o Dia Nacional da Libertação Animal foi 18 de outubro, mesmo dia que ativistas libertaram 178 cães da raça beagle e sete coelhos que eram usados para testes no Instituto Royal, em 2013. Para o autor do Projeto de Lei 7864/2014, Ricardo Izar (PSD/SP) esta é uma data que precisa ser lembrada. “[O dia] 18 de outubro é um marco para a libertação animal e para o fim dos testes animais”, disse.
O parlamentar reforçou que existem inúmeros métodos alternativos eficientes que podem e já são usados para substituir os testes animais. “Essa é uma tendência mundial. Na União Europeia várias normas foram criadas com o propósito de abolir os testes animais.”, explicou.
Ricardo Izar esclareceu que Inglaterra e Alemanha proibiram o uso de animais na educação médica. Já nos Estados Unidos 70% das faculdades de medicina não utilizam animais em aulas práticas. “As principais instituições de ensino da área médica como Harvard, Stanford e Yale acham desnecessário o uso de animais vivos para o treinamento médico”, concluiu.

Cláudio Yudi

Prevenir é tudo!

Foto Ramon Magela

Não é exclusividade dos humanos o câncer de mama, assim também como a campanha de prevenção da doença. Os animais são alvo da campanha porque eles também são acometidos por essa enfermidade. Por isso, a conscientização se estende para os tutores de animais de estimação. Há uma crescente incidência de tumores mamários em cadelas e gatas. Uma das razões é a maior expectativa de vida desses animais, e para falar sobre o tema o Moreno Pet Blog procurou o médico-veterinário, Cláudio Yudi, Gerente Clínico e Professor do Hospital Veterinário da Uniube (Universidade de Uberaba).

“Precisamos sempre informar os tutores dos cuidados que devemos ter com os animais domésticos, o que chamamos de tutoria responsável”

Marcos Moreno- Toda a mídia nacional participa da divulgação da campanha “Outubro Rosa”, contra o câncer de mama. E também no universo dos animais, a campanha deslancha. A incidência da doença em animais é maior nos animais domésticos de estimação do que em animais selvagens?
Cláudio Yudi– Os pets passaram ter uma melhor qualidade de vida, aumentando assim sua longevidade, o que levou à predisposição ao aparecimento de neoplasias malignas, como a câncer. Nos animais selvagens, há poucos casos relatados de tumores, principalmente os de vida livre.

Marcos- A campanha é uma ação recente de conscientização. Até pouco tempo atrás ninguém falava ou fazia prevenção em pets. Há uma maior incidência da doença em animais do que havia antes? Ou isso está diretamente ligado à mudança do comportamento humano em relação a eles?
Cláudio- Está ligado, sim, à mudança de comportamento porque os tutores estão mais cuidadosos com os seus animais de estimação, considerando-os como membros da família. Mas houve também aumento da incidência devido à longevidade dos cães e gatos.

Marcos– O surgimento da doença está muito relacionado à alimentação?
Cláudio- Isso é um mito. Não há relação entre alimentação e o câncer de mama. Estamos nos referindo ao alimento de boa qualidade, por exemplo, a ração industrializada, que tem alto grau de tecnologia para ser um produto completo para cães e gatos.

Marcos- Há outras campanhas nesse sentido em relação aos animais, tipo “Novembro Azul”?
Cláudio- Sim. Os calendários de outubro e novembro também podem ser utilizados para animais, porque acreditamos que são formas de lembrar os tutores da importância de cuidar dos melhores amigos. Fica a critério dos Hospitais e Clínicas Veterinárias realizarem de maneira contínua esse trabalho e esclarecimentos à população.

Marcos- É sempre necessário tirar toda a cadeia mamária de uma cadela (não sei se é assim que se fala) para que uma cirurgia tenha êxito?
Cláudio- A cirurgia é o principal método para o tratamento de neoplasias mamárias em cães e gatos, podendo retirar uma ou as duas cadeias mamárias, dependendo da extensão do tumor, além disso pode ser associada à quimioterapia.

Marcos- Qual a porcentagem de cura da doença para os bichos que fazem a cirurgia?
Cláudio- A realização do exame para avaliar a localização e a extensão do câncer é primordial para acompanhar a evolução do caso e selecionar a terapia a ser utilizada. Se forem realizados o tratamento cirúrgico e o acompanhamento, as chances de sobrevivência são acima de 80%.

Marcos- Animais machos também podem ter a doença?
Cláudio– O câncer de mama em machos é raro. Os cães machos são mais acometidos por neoplasia da próstata.

Marcos- A castração realmente previne a doença?
Cláudio- Pesquisas atuais mostraram que a castração realizada no momento da cirurgia pode resultar em uma redução em torno de 50% no aparecimento de novos tumores nas cadelas que apresentavam tumores. Em gatas, a castração, juntamente com a remoção cirúrgica, ainda é controversa, mas alguns cirurgiões a recomendam.

Marcos– Você acha que a campanha tem um poder expressivo de sensibilizar os tutores?
Cláudio- Precisamos sempre informar os tutores dos cuidados que devemos ter com os animais domésticos, o que chamamos de tutoria responsável. O câncer de mama é uma doença que tem tratamento com alto grau de cura se for diagnosticada rapidamente. Sempre devemos fazer uma avaliação anual dos nossos amigos. Eles merecem todo o nosso carinho e atenção.

Marcos- Existem muitas campanhas para ações positivas no segmento pet, como campanhas de adoção, castração etc. Isso acontece mundialmente ou é uma característica do Brasil?
Cláudio- O Brasil possui muitos voluntários e ONGs, além do serviço público e privado que estão cada vez mais apoiando campanhas de castração e adoção. Mas comparado com outros países em desenvolvimento ainda somos uma nação com pouca responsabilidade frente aos problemas de superpopulação animal. De acordo com o último índice divulgado pelo IBGE, o Brasil possui uma população de 54 milhões de cães e 24 milhões de gatos. Somos o país com a segunda população mundial de cães e gatos. Temos muitos problemas para resolver nas próximas décadas.

Marcos- Com que frequência os exames preventivos em pets devem ser feitos?
Cláudio- De preferência anualmente devemos procurar o médico-veterinário para uma avaliação clínica e realização de exames complementares para observar a saúde dos nossos pets. Ainda o melhor remédio é a prevenção, principalmente quando se trata de câncer de mama.