Abril laranja- basta de crueldade!


É inaceitável a crueldade contra os animais e, no intuito de contribuir com a mudança dessa realidade, o mês de abril teve como objetivo sensibilizar, prevenir e promover ações de conscientização sobre os maus tratos aos animais. Nunca vamos ter um mundo mais humano achando que a violência contra os animais é uma banalidade. No Brasil, maltratar um animal é crime previsto em lei. A pena para quem for condenado vai de 2 a 5 anos de prisão, além do pagamento de multa e inclusão do nome no registro de antecedente criminal. A denúncia pode ser feita nas delegacias comuns ou nas especializadas em meio-ambiente ou animais. Também se pode denunciar diretamente no Ministério Público ou no IBAMA.
O Abril Laranja, mês de prevenção contra a violência animal, foi uma campanha criada em 2006 pela ASPCA, sigla em inglês para Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra Animais, que visa alertar sobre os maus-tratos que animais domésticos e domesticados são vítimas todos os anos e dar punições mais severas aos agressores. Desde sua criação, vários países no mundo aderiram à campanha, inclusive o Brasil.
Em 2020, após o início do isolamento provocado pela pandemia do novo coronavírus, o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMVSP) divulgou dados de denúncias de maus-tratos contra animais, mostrando um aumento superior a 10% se comparados com a mesma do ano anterior. No início de 2019, os números eram de 4.108 denúncias. Em 2020, o número foi para 4.524 denúncias.
Diversas ONGs e abrigos de proteção animal relatam diariamente casos de maus-tratos e resgate de animais vítimas de violência e abandono. Muitos desses resgatados têm a oportunidade de receber amor e carinhos com novas famílias, contudo outros levam consigo sequelas de um passado doloroso. As campanhas orientam possíveis tutores a pensar se poderão prover os cuidados necessários para seus pets, a fim de evitar devoluções aos abrigos, casos que deixam muitos animais depressivos.

A violência contra animais pode ser o estopim para diversos outros crimes, como aponta a Teoria do Elo, criada há mais de 50 anos, no Estados Unidos. O estudo diz que os autores de crueldade contra animais são potenciais agressores/abusadores de pessoas.
A teoria foi comprovada em um estudo de Tália Missen Tremori, médica veterinária da Comissão Técnica de Medicina Veterinária Legal (CTMVL) do CRMVSP. Segundo a pesquisa, um terço das vítimas de violência doméstica confirmaram que seus pets já haviam sofrido maus-tratos por seus agressores.

Um cão vai ao Oscar!

A cerimônia de entrega do Oscar dsse ano teve momentos bem diferentes. Um deles, muito polêmico, protagonizado pelo ganhador da estatueta como melhor ator, Will Smith e outro, diferente, ao entrar no palco uma cachorrinha no colo da atriz Jamie Lee Curtis. A cachorro conquistou o mundo e representou e fez parte da homenagem prestada à atriz Betty White, que morreu em janeiro desse ano, aos 99 anos, e era associada ao grupo de defesa de direitos dos animais Humane Society of the United States. Jamie Lee Curtis citou seu trabalho em defesa dos animais e com a cachorrinha no colo, incentivou a adoção de animais.


Betty White
A atriz cômica Betty White, que alcançou uma carreira de mais de 80 anos ao se tornar a namoradinha da América após papéis vencedores do Emmy nas comédias de televisão “The Golden Girls” e “The Mary Tyler Moore Show”, morreu nesta sexta-feira (31), a menos de três semanas de seu 100º aniversário, informou a revista “People”.


Seu agente e amigo íntimo Jeff Witjas disse à revista: “Embora Betty estivesse prestes a fazer 100, pensei que ela viveria para sempre.”
Em uma indústria de entretenimento voltada para jovens, em que uma atriz com mais de 40 anos enfrenta o crepúsculo de sua carreira, White era uma anomalia idosa: foi uma estrela com seus 60 anos e um fenômeno da cultura pop em seus 80 e 90 anos
White disse que sua longevidade era resultado de boa saúde, boa sorte e amor ao trabalho.
White ganhou dois Emmys de melhor atriz coadjuvante pelo papel em 1975 e 1976.
Ela ganhou outro Emmy em 1986 por “The Golden Girls”, conhecida no Brasil como “Supergatas”, uma sitcom sobre quatro mulheres mais velhas que moravam juntas em Miami e que apresentava uma faixa etária raramente destacada na televisão americana.
Em 2009, ela estava se tornando onipresente, com aparições mais frequentes na televisão e um papel no filme de Sandra Bullock “A Proposta”. Ela estrelou um popular comercial de doces Snickers que foi ao ar durante o Super Bowl, levando uma pancada brutal em uma poça de lama em um jogo de futebol.
A Associated Press a elegeu como artista do ano em 2010 e uma pesquisa Reuters/Ipsos de 2011 descobriu que White, então com 89 anos, era a celebridade mais popular e confiável na América, com um índice de favoritismo de 86%.
White, que não tinha filhos, trabalhava pela causa animal. Certa vez, ela recusou um papel no filme “As Good as It Gets” por causa de uma cena em que um cachorro era jogado em uma lata de lixo.

O Resgate de Ruby

Olá, hoje estamos aqui para destacar o maravilhoso filme da Netflix, O resgate de Ruby. Vale muito a pena assistir e é baseado em fatos reais, com apresentação de fotos e como estão as personagens reais no final do filme, durante a exibição dos créditos.

Brenda Valéria dos Santos Oliveira

Participante do 1º Simpósio de Terapia com Células-Tronco

Graduação na Universidade de Uberaba (2019)

Estágio com ênfase em clínica e cirurgia de equinos na Universidade de La Republica (Uruguai)

Pós graduação em clínica e cirurgia de equinos pela Universidade de São Paulo (USP-FZEA)

Mestranda em clínica e cirurgia de equinos pela Universidade de São Paulo (USP-FZEA)

Zoológico da Polônia resgata leões, tigres e outros animais na fronteira ucraniana


Além de milhões de pessoas, animais domésticos e selvagens também estão sendo afetados pelos confrontos entre Rússia e Ucrânia – que já entram no 25º dia. Diante desse cenário, um Zoológico da Polônia trabalha para resgatar animais do território ucraniano.
Na última semana, em parceria com a Stichting Leeuw (Fundação Leão), localizada na Holanda, o Zoológico de Poznan resgatou leões, tigres, raposas, gatos e cães domésticos.
A Fundação Leão abrigará os felinos selvagens: dois leões, de um e três anos, e dois tigres, de seis meses e cinco anos. Segundo informações da Fundação, os animais estão em um espaço de quarentena e dentro de um mês devem seguir para o edifício principal.
“Estamos agora de olho neles. A maior preocupação neste momento é a tigresa doente de 5 anos de idade”, comunicou.
Animais abandonados
Desde o início da guerra, milhares de animais de estimação foram abandonados por seus donos, que fogem às pressas da guerra.
Embora ainda não se saiba quantos animais foram acolhidos em abrigos como este em toda a Ucrânia, uma voluntária destaca que a maior parte dos que foram resgatados são gatos.

Na última semana, em parceria com a Stichting Leeuw (Fundação Leão), localizada na Holanda, o Zoológico de Poznan resgatou leões, tigres, raposas, gatos e cães domésticos.
A Fundação Leão abrigará os felinos selvagens: dois leões, de um e três anos, e dois tigres, de seis meses e cinco anos. Segundo informações da Fundação, os animais estão em um espaço de quarentena e dentro de um mês devem seguir para o edifício principal.
“Estamos agora de olho neles. A maior preocupação neste momento é a tigresa doente de 5 anos de idade”, comunicou.


Animais abandonados
Desde o início da guerra, milhares de animais de estimação foram abandonados por seus donos, que fogem às pressas da guerra.
Embora ainda não se saiba quantos animais foram acolhidos em abrigos como este em toda a Ucrânia, uma voluntária destaca que a maior parte dos que foram resgatados são gatos.

Lojas autônomas criam espaço pet friendly


A Zaitt, pioneira em lojas autônomas na América Latina, anuncia parceria com a Nestlé Purina, líder no segmento de alimentos nutritivos para cães e gatos. A partir de abril, a rede de franquias começa a comercializar os produtos: Friskies, Felix, Dog Chow e Doguitos, para que o consumidor possa aproveitar a variedade de itens oferecidos em um ambiente onde cães e gatos são muito bem-vindos.

“Para promover ainda mais comodidade e praticidade aos nossos clientes, agora também é possível entrar na loja da Zaitt com seu animal de estimação e comprar o que deseja, a qualquer hora do dia”, afirma Rodrigo Miranda, CEO da Zaitt. “Iniciamos a primeira parceria com uma marca referência em produtos para pets e seguimos com a estratégia de aumentar o portfólio de marcas parceiras e ampliar a variedade de produtos do segmento”, completa.

Lojas autônomas são estabelecimentos em que o cliente não precisa passar pelo caixa para adquirir os produtos. Desde a entrada até o pagamento é feito com a leitura de QR Code no aplicativo da loja e a própria pessoa que finaliza a compra, também pelo app. O tempo médio de compra é de apenas dois minutos e agora é possível que o cliente encontre os alimentos necessários para cães e gatos, junto com o seu melhor amigo que poderá te acompanhar em toda essa jornada.

Sobre Zaitt

Desde 2017, a Zaitt vem revolucionando o varejo como pioneira em lojas autônomas na América Latina. Toda a jornada – desde a entrada até o pagamento – é feita por meio da leitura de QR Code no aplicativo da startup. Aberta 24 horas por dia, sete dias por semana, a Zaitt conta com um mix de mais de 500 produtos, como bebidas, snacks e lanches rápidos. Com uma unidade própria na capital paulista, atua também em modelo de franquias em todo o país, com unidades já abertas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Distrito Federal e Alagoas. Para mais informações, acesse: www.zaitt.com.br.

Carlos Alberto Valera

Sobre nossa casa, a Terra!

Promotor de Justiça, Coordenador Regional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente das Bacias Hidrográficas dos Rios Paranaíba e Baixo Rio Grande, dr. Carlos Valera também é doutor em Ciência do Solo e membro Auxiliar da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP. No segmento da causa animal em Uberaba, seu trabalho, em parceria com todos os Poderes constituídos, é de reconhecimento inquestionável. “Uberaba é subscritora do Termo de Compromisso Positivo do projeto PRODEVIDA – Projeto de Defesa da Vida Animal, da Coordenadoria Estadual de Defesa Animal – CEDA – do Ministério Público do Estado de Minas Gerais – MPMG.”. Na entrevista abordamos também temas sobre o Meio Ambiente e cultura na relação homem/animal, além dos específicos, para cujas perguntas agradecemos as brilhantes ponderações do dr. Carlos Valera. O blog agradece e se sente enriquecido com tantos e fundamentais esclarecimentos.

“…hoje entendemos, afinal, que só temos este Planeta, esta Casa, para vivermos”

Marcos Moreno– Dr. Carlos, me parece ser relativamente nova essa preocupação da população, de um modo geral, com o Meio Ambiente. Esse aumento de conscientização está diretamente ligado aos efeitos do aquecimento global?
Dr. Carlos Valera– Sim, sem dúvida. Durante muito tempo perdurou a ideia de que os bens ambientais eram inesgotáveis e que a sociedade podia poluir e degradar o meio ambiente e este se recuperaria espontaneamente. As alterações climáticas estão comprovando que essas ideias são ultrapassadas e perigosas porque podem comprometer nossa sobrevivência, vejam os exemplos diários de inundações, deslocamento de encostas, secas severas, etc. Ora, hoje entendemos, afinal, que só temos este Planeta, esta Casa, para vivermos. Felizmente parte da população mundial já despertou para os problemas ambientais e tem procurado mudar a forma de viver e de consumir os recursos ambientais. Mas as mudanças ainda são poucas. Temos que avançar muito mais. Temos que introjetar o conceito de resiliência ambiental, ou seja, ou conceito holístico e ético que nos obriga a utilizarmos os recursos naturais no limite da sua capacidade de autorregeneração (resiliência) para que possamos entregar o Planeta para a próxima geração, no mínimo, nas mesmas condições que o recebemos da geração anterior, sob pena de padecermos.

Marcos– Também crescem as ações de órgãos internacionais, como a Animal Equality, Mercy for Animals, por exemplo, por produção de animais em melhores condições de confinamento. O senhor acredita que esse tipo de trabalho reflete no dia-a-dia das pessoas e também no convívio diário e doméstico com os animais?
Dr. Carlos Valera– Sim, com certeza. A defesa animal evoluiu muito. Vários países já incorporam em seu arcabouço legal a proteção direta do animal, reconhecendo-o como ser senciente e sujeito de direitos. No Brasil os Tribunais já vem aplicando esses conceitos. Noutro ponto a tecnologia, notadamente, as redes e mídias sociais fornecem informações mais claras e precisas sobre situações de maus tratos, inclusive, com imagens e filmagens que chocam as pessoas e estas sensibilizadas com a dor e sofrimento dos animais passam a cobram políticas públicas que diminuam ou cessem tais práticas. As instituições citadas e várias outras nacionais desempenham papel fundamental nesse processo porque levam informações ao público em geral e ampliam, cada vez mais, esse importante debate.

Marcos– Pode-se associar essa conscientização com alguma cultura em especial ou isso é definitivamente um fenômeno global?
Dr. Carlos Valera- A questão ambiental, nela incluída os animais sejam eles silvestres ou domésticos, está tomando a cada a dia espaço na agenda política e social. Estamos vivendo fenômenos climáticos e ambientais extremos decorrentes do aquecimento global e variadas formas de poluição e degradação ambientais que tem diminuído a qualidade de vida das pessoas e dos animais. Quando o tema atinge de forma mais direta a população esta se interessa e procura saber mais. Ao tomar conhecimento dos graves acontecimentos que acometem o meio ambiente, neste incluído os animais, passa a cobrar das autoridades e das demais pessoas uma postura mais consciente e de respeito e cenário, por certo, se replica em todo o mundo dada a velocidade das informações, via internet.

Marcos- E no Brasil, pode se falar em regiões mais esclarecidas em relação ao tema?
Dr. Carlos Valera– Infelizmente, sim. A desigualdade histórica e vergonhosa da nossa Sociedade se traduz no grau de conhecimento do povo. Dados comprovam que regiões mais ricas, nas quais a população possui maior grau de escolaridade tende a respeitar mais os animais e o meio ambiente. As pessoas menos favorecidas, as vezes, por falta de condições financeiras e culturais não reúnem condições de tratar dos animais, pois há um custo financeiro envolvido. Não estou dizendo que pessoas pobres não respeitam os animais ou o meio ambiente. Muito contrário mais de 81% da população do Brasil vive com até 02 (dois) salários mínimos e, segundo dados, a maioria desses lares possuem animais que são bem cuidados e integram a chamada família multi espécie. Quero deixar claro que a proteção do animal exige recursos financeiros, os quais as vezes as pessoas não o tem e acabam abandonando o animal, pois se veem no dilema de saldar as despesas da casa ou gastar com a saúde daquele e, infelizmente, acabam abandonando-o.

Marcos- Popularmente, quando se fala em causa animal o pensamento das pessoas comuns no ocidente está voltado para animais domésticos de estimação, cães e gatos especialmente. Mas no Oriente se come carne de cachorro. Gostaria de um comentário sobre esses comportamentos.
Dr. Carlos Valera– Sim, infelizmente há uma redução do conceito de meio ambiente, no caso, da fauna seja silvestre ou doméstica. Todos os seres vivos merecem proteção e tratamento digno até aqueles que são criados para saciar a fome humana. Mas como ponderado anteriormente a evolução do chamado Direito Animal tem crescido muito e temos esperança que esse conceito seja ampliado. Com relação ao consumo de carne de cachorro, pelo que leio, trata-se de uma questão cultural e alguns casos ligados a falta de alimentos decorrentes de variadas causas, inclusive, conflitos bélicos. Por certo sou radicalmente contra e espero que, a exemplo de outros países, a população do Oriente evolua e deixa essa cruel prática no passado.

Marcos- Por ser o homem carnívoro por natureza, seria um exagero pensar em um mundo vegano?
Dr. Carlos Valera- Questão complexa. Porque envolve crenças, ideologias, etc. A literatura se divide sobre o tema, cada posição com seus argumentos. Mas alguns defendem que um mundo vegano, dadas as desigualdades sociais, seria praticamente impossível porque a substituição da proteína animal reclama outros alimentos de alto custo e parte da população não tem renda suficiente para arcar com tais valores.

Marcos- São conhecidas algumas leis de proteção animal. Desde quando existem leis a favor dessa proteção e quais foram as primeiras?
Dr. Carlos Valera– Sim, temos várias leis de proteção e defesa do meio ambiente. A começar pelo artigo 225, da Constituição Federal, a Lei Federal 6.938/1981 que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente e a Lei Federal 9.605/1998 que define os crimes ambientais, dentre outras.

Marcos- Há muito a fazer no que diz respeito à criação de leis que os protejam?
Dr. Carlos Valera- Não há dúvida que sim. Mas melhor que ficarmos criando novas leis é aplicarmos as que já existem e no processo de aplicação, se for o caso, a Sociedade vias Poderes Executivo e Legislativo, das três esferas – federal, estadual e municipal -, faz as correções pontuais. O problema atual do meio ambiente não são as leis é a ausência de fiscalização eficiente que possibilite a aplicação daquelas. Estamos trabalhando para mudar essa realidade incorporando nas rotinas de fiscalização o uso tecnologia da informação, como drones, câmeras, etc.

Marcos Moreno– Como qualquer outra, a causa animal sempre terá suas urgências pelo simples fato da dinâmica da vida. Qual é o seu olhar nesse momento para a causa animal em Uberaba?
Dr. Carlos Valera- Uberaba felizmente avançou e continua avançando na causa animal fruto do trabalho e parceria de todos os Poderes constituídos. Uberaba é subscritora do Termo de Compromisso Positivo do projeto PRODEVIDA – Projeto de Defesa da Vida Animal, da Coordenadoria Estadual de Defesa Animal – CEDA – do Ministério Público do Estado de Minas Gerais – MPMG. Além do PRODEVIDA o município conta com uma Superintendência de Bem Estar Animal. Conta, ainda, com o trabalho valoroso de Vereadoras e Vereadores que atuam na causa animal e, por fim, foram alocados no orçamento deste ano recursos para implementação de politicas públicas em defesa dos animais. Estamos avançando.

Marcos- O ideal de convivência entre humanos e animais é possível de ser alcançado em centros urbanos?
Dr. Carlos Valera– Tenho certeza que sim. Acredito e trabalho todos os dias com essa certeza. Temos que continuar a investir em educação ambiental e cobrar a implementação de politicas públicas eficazes como chipagem, castração ética, guarda responsável, combate aos crimes de maus tratos, etc. Juntos venceremos. Muito obrigado.

Diabetes Mellitus — Saiba como essa doença afeta o seu pet

Para não comprometer o bem-estar e longevidade dos animais de estimação, é preciso se atentar aos cuidados com a saúde dos pets. Assim como nós, humanos, nossos amigos de quatro patas também podem desenvolver diabetes. Conhecida como diabetes mellitus, a doença atinge cerca de 5% dos cães, comum na espécie, e rara em gatos. É uma doença endócrina, sem cura, que consiste em uma desordem no pâncreas em que suas células produtoras do hormônio insulina, por alguma razão, deixam de secretá-lo ou diminuem sua secreção, ou ainda ocorre a chamada resistência à insulina.

A insulina é o hormônio responsável por controlar o açúcar do sangue e, sua falta, ou a incapacidade desse hormônio de exercer a sua função, leva ao aumento dos níveis de glicose na corrente sanguínea (acima de 120 mg/dL). As causas principais no surgimento da diabetes ocorrem devido a fatores genéticos, inflamatórios, hormonais, imunológicos ou nutricionais, tanto em cães ou gatos, normalmente de meia-idade a idosos.

É muito importante observar se o seu animal apresenta aumento na ingestão de água, urina em excesso, perda de peso e aumento do apetite. Caso apresente esses sinais, um veterinário deverá ser consultado. O diagnóstico da doença requer uma avaliação minuciosa com exames complementares, associado ao histórico do animal. Uma completa avaliação na saúde do paciente diagnosticado com diabetes é recomendada para identificar qualquer doença que possa estar causando ou colaborando com a diabetes.

A doença é classificada em dois tipos, o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é mais comum em cães, e está relacionada com a perda ou disfunção da secreção de insulina, já o tipo 2, é mais frequente em felinos. Este tipo está relacionado com a diminuição da sensibilidade à insulina nos tecidos.

O tratamento da diabetes requer muita dedicação do responsável pelo animal. Isto acontece, pois, são necessários monitoramentos constantes no nível de glicemia, dose da insulina, nutrição adequada e ingestão de água, que deverá ocorrer durante todo o tratamento. A diabetes é uma doença que não tem cura, mas com o tratamento adequado, acompanhamento veterinário e dedicação do seu responsável, é possível que o animal tenha qualidade e expectativa de vida similar à de um animal não diabético.

Tatiana Harumi Saito é Médica Veterinária e Endocrinóloga de Pequenos Animais.

Afetados pela guerra

A invasão russa completou 21 dias, mas ainda há civis ucranianos deixando o país com seus animais domésticos. Com o avanço do conflito, os bombardeios se tornaram mais intensos e as estradas mais perigosas, mas muitos tutores ainda estão saindo do país devastado na companhia dos seus animais domésticos. Muitos estão arriscando a própria vida em meio ao frio, a escombros e passando por comboios russos no caminho.

Um dos principais destinos de quem foge da Ucrânia é a Polônia, que montou abrigos e hospitais de campanha próximo à fronteira para acolher pessoas e animais. Diariamente, refugiados chegam ao país vizinho na companhia de cães, gatos, coelhos, hamsters e outros animais. A ucraniana Svitlana e sua família caminharam por 650 quilômetros em meio a bombardeios para fugir com o seu cãozinho, o labradoodle Phil, no colo.

Ela conta que foi muito difícil carregar o cachorro, que estava assustado, e precisava parar para descansar com frequência. “Foi difícil escapar com um cão tão grande. Tivemos uma longa jornada e foi difícil para Phil se sentar em um só lugar”, disse CGTN. O cachorrinho, além de um grande companheiro da família, se tornou o principal ponto de forço e esperança durante a travessia. “Phil é nosso amigo, nossa família, nunca teriamos partido sem ele”, disse.

Poloneses e voluntários de outros países recebem refugiados com os seus animais com cobertores e alimentos para cães e gatos na fronteira. A francesa Christell foi de Paris até a Polônia para ajudar pessoas e animais. “Eu amo muito os animais. Eu sabia que as pessoas não os deixariam para trás, então falei com todos os veterinários ao redor da minha casa, enchi minha van e comecei a dirigir”, afirmou enquanto entregava um agasalho para uma mulher com um cãozinho.

A organização polonesa DIOZ afirma que muitos tutores e animais estão chegando exaustos, famintos e feridos após dias de caminhada, mas é um alento saber que o amor das pessoas é tão grande que, mesmo diante de tantos riscos, os animais não foram abandonados. “Nós tentamos apoiar os animais em toda a Ucrânia. Em geral, os animais não são bem tratados. Eles estão em condições terríveis. Eles estão passando fome e morrendo”, disse um porta-voz.

Sem fronteiras para a compaixão

A organização em defesa dos direitos animais alemã Winkler Aktiv de Chemnitz montou um abrigo improvisado na cidade polonesa de Medyka, na fronteira com a Ucrânia, para oferecer um lar temporário para animais afetados pela guerra. A porta-voz do abrigo de campanha, Sasha Winkler, afirma que o local será um refúgio seguro para os animais que ainda estão vagando pelas ruas ucranianas sob a ameaça de bombardeios.

A Winkler Aktiv de Chemnitz também está aceitando doações de suprimentos que serão levados para Lviv, na Ucrânia, onde serão distribuídos em abrigos que estão superlotados e já sofrem com a falta de energia elétrica, comida e suprimentos. Cerca de 2,7 milhões de civis fugiram da Ucrânia desde a invasão russa. Muitos atravessaram as fronteiras com os seus animais domésticos, mas outros deixaram seus animais em abrigos ou à própria sorte.

Ameaça real

Bombas russas atingiram dois abrigos, um em Gorlovka e outro em Donetsk, ambos no leste da Ucrânia. Não há estatísticas oficiais, mas segundo informações do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW), muitos cães e gatos morreram, as estruturas dos locais sofreram sérios danos e muitos animais, apavorados, fugiram. Voluntários estão se dividindo entre resgatar os animais que correram em direção a zonas de confronto e cuidar dos animais que ficaram feridos com estilhaços.

A IFAW afirma que destinou cerca de £ 114.000 em ajuda de emergência e pede que outras organizações internacionais enviem suprimentos e auxílio. James Sawyer, diretor da entidade, afirma que, infelizmente, não é possível enviar voluntários para ajudar presencialmente, o que, sem dúvidas, seria de grande valia nesse momento. “A coisa mais útil agora é fornecer recursos aos grupos locais. Não podemos colocar botas no chão, é muito perigoso”, disse ao The Mirror.

O abrigo Holivka, localizado em Gorlovka, acolhe aproximadamente 300 animais e foi gravemente afetado. “Os funcionários dos abrigos ainda estão no local e forneceremos recursos para que eles possam continuar cuidando dos cães. As condições são muito difíceis”, disse James, que está em contato direto com a equipe do local. Os voluntários que aceitaram arriscar suas vidas para proteger os animais contam que não há energia elétrica e não podem fazer fogueiras.

O abrigo Pif, em Donetsk, foi o que sofreu mais danos, com dezenas de cães e gatos mortos e muitos animais feridos. O local acolhe 800 animais e está lutado para se manter de pé. A maior preocupação dos voluntários é a falta de suprimentos. Com o dinheiro que receberam, eles conseguiram comprar poucos estoques de fornecedores locais, mas se a guerra se prolongar por muito mais tempo, os animais ficarão sem comida e medicamentos.

James afirma estar surpreso com os ataques russos, que não estão poupando hospitais e abrigos, zonas consideradas neutras. “É bastante incomum vermos abrigos de animais sendo atacados de forma gratuita e covarde. Eles não são particularmente um alvo de guerra”. Apesar das dificuldades, ele esclarece que não deixará de ajudar. “Estamos trabalhando duro globalmente nessa questão. Continuaremos muito comprometidos com os animais”, pontuou.

O clima nos abrigos é de tensão. Voluntários explicam que os cães e gatos mantidos nos locais estão desenvolvendo sinais de intenso sofrimento emocional e muitos estão buscando lugares para se esconder. Eles também sentem a tensão que envolve toda a equipe e estão extremamente introspectivos. “Queremos muito paz. Estamos extremamente cansados ​​mental e fisicamente”, finalizou uma voluntária.

Claudia Frare Lameirinha

Participante do 1º Simpósio de Terapia com células -Tronco

Graduação pela Universidade presidente Antônio Carlos 2009. Pós-Graduação em Reabilitação, Fisiatria e Ortopedia pelo IBRAVET( Instituto Brasileiro de Reabilitação Animal de São Paulo),Pós-Graduação em Acupuntura Veterinária pelo Instituto Jackeline Pecker, atuo com células-tronco há 4 anos , proprietária do INSTITUTO VETERINÁRIO ORTOFISIO (IVO) em Uberlândia desde 2011.