Seu cão te julga?

Se às vezes você acha que seu cão está te julgando, cientistas afirmam que eles realmente podem estar. Pesquisadores da Universidade de Viena descobriram que os cachorros podem dizer, quando balançamos comida fora de seu alcance, se é de propósito, para deixá-los com vontade, ou apenas um acidente.
Eles vão além e também agem de maneira diferente dependendo de nossa intenção percebida, pois parecem mais pacientes com os desajeitados do que com os cruéis.
Apenas algumas outras espécies demonstraram conseguir avaliar socialmente os humanos dessa maneira, incluindo chimpanzés, macacos-prego e papagaios-cinzentos africanos. A capacidade de atribuir estados mentais — como crenças, intenções, desejos, emoções e conhecimento — é chamada de teoria da mente e já foi considerada exclusiva nossa.
Os cães se adaptaram à vida na sociedade humana por meio do processo evolutivo de domesticação e aprenderam a ler nosso comportamento e a se comunicar conosco. “Entender as intenções também pode ser benéfico para animais, porque pode permitir que eles interajam efetivamente com parceiros sociais e concorrentes”, diz o artigo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.
No estudo, os pesquisadores tinham a intenção de verificar se os cães podem diferenciar os humanos que ‘não querem’ ou ‘não podem’ dar-lhes uma guloseima. Se o fato se confirmasse, isso indicaria que eles entendem as intenções por trás de nossas ações, em vez de apenas terem memorizado um conjunto de regras comportamentais que ligam nossas ações aos resultados.
A equipe recrutou 96 cães para o experimento. Os animais foram colocados de um lado de uma tela transparente com pequenos orifícios na altura do nariz e um pesquisador humano em pé, do outro lado. Cada um deles foi exposto a um entre dois tipos de situações.
No cenário ‘provocador’, o pesquisador balançava um pedaço de salsicha na frente da tela e se aproximava de um dos buracos. Mas, em vez de entregá-lo para o cachorro, ele o puxava para fora de seu alcance. Para o cenário ‘incapaz’, o humano moveria novamente o petisco na direção do cão, mas ‘acidentalmente’ o deixava cair antes que pudesse passá-lo para o outro lado.
Em ambas as situações, os cães tiveram que esperar 30 segundos antes de receberem definitivamente o petisco, enquanto os pesquisadores registravam suas reações com oito câmeras. Após o experimento, um algoritmo de aprendizado de máquina, treinado para rastrear a linguagem corporal dos caninos, analisou as imagens.
“A principal descoberta foi que os cães contornaram a barreira para se aproximar do pesquisador significativamente mais cedo nas condições desajeitadas do que na condição relutante (provocadora)”, aponta o estudo.
Os autores descobriram que os cães olhavam para o pesquisador com menos frequência, sentavam-se ou deitavam-se com mais frequência e vagavam mais depois do cenário ‘provocador’. Eles foram muito mais pacientes na situação ‘incapaz’, fazendo mais contato visual e ficando mais perto da tela. Esses comportamentos sugerem que eles ainda esperavam a guloseima mesmo depois que o pesquisador a deixou cair.
Os cães também abanaram mais o rabo na segunda fase, principalmente para a direita, o que costumam fazer mais quando estão felizes e relaxados. Especula-se que isso ocorra porque o movimento para esse lado é acompanhado pela ativação da parte esquerda do cérebro no córtex pré-frontal, que processa emoções positivas.
“Nossos resultados, portanto, fornecem evidências robustas de que os cães distinguem entre ações semelhantes (levando ao mesmo resultado) associadas a diferentes intenções. Como exatamente eles adquirem tais habilidades de leitura de comportamento ou intenção será um tópico interessante para pesquisas futuras”, conclui o estudo.

A nutrição do pet filhote é pilar fundamental para o seu desenvolvimento


Dieta equilibrada para o filhote auxilia na formação dos ossos e músculos, no desenvolvimento do cérebro e no fortalecimento do sistema imunológico
Donos de um andar ainda um pouco desengonçado, uma curiosidade inabalável e energia que quase não tem fim, os filhotes fazem sucesso por onde passam. Para que o filhote se desenvolva forte e saudável, cuidados com a sua saúde e alimentação são fundamentais desde os primeiros momentos de vida.
“Fornecer uma dieta nutritiva e bem equilibrada para o filhote, seja ele canino ou felino, auxilia na melhor conformação dos ossos e músculos, no desenvolvimento do cérebro e no fortalecimento do sistema imunológico. Cada nutriente tem uma função específica no organismo, por isso é importante que a dieta oferecida ao pet, além de ter uma boa qualidade, forneça os nutrientes necessários de acordo com cada fase da vida do animal”, relata Pamela Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos de uma grande marca de produtos do segmento de Saúde Animal.
De maneira geral, cães e gatos são considerados animais carnívoros na natureza, mas cada espécie apresenta necessidades de nutrientes específicos para o seu desenvolvimento após o desmame. O aporte nutricional correto nesta fase da vida evita problemas como a subnutrição, a supernutrição (que pode acarretar obesidade), enfermidades relacionadas ao crescimento, como as doenças osteoarticulares, e alterações neurológicas significativas.

Alimento industrializado (ração/sachês) ou alimentação natural?
As rações e sachês disponíveis atualmente no mercado, principalmente as rações premium e super premium, são formulados com ingredientes de alta digestibilidade e alto valor nutritivo, considerando todos os nutrientes necessários para o pet e para a sua fase de vida correspondente. Alguns destes produtos também trazem em sua composição suplementos essenciais para o desenvolvimento adequado do cão ou do gato.
Já a alimentação natural é um tópico muito discutido entre os tutores e, para alguns, pode se apresentar como uma opção mais de acordo com seu estilo de vida. Para outros, no entanto, ela pode ser pouco prática na rotina, já que demanda maior tempo dedicado ao seu preparo e tem um custo mais elevado.
“As exigências nutricionais dos filhotes envolvem cinco grandes grupos: os carboidratos, as proteínas, as gorduras, as vitaminas e os minerais. Balancear tudo isso de maneira adequada às demandas da espécie e da raça requer um maior trabalho quando o tutor opta por fornecer ao pet uma dieta natural, por isso esta opção precisa ser prescrita corretamente e acompanhada bem de perto pelo médico-veterinário”, explica.

Alimentação natural não é a mesma coisa que comida caseira!
Existe uma importante diferença entre alimentação natural e alimentação caseira, e o tutor precisa estar atento à isso: a comida caseira com temperos destinados para os humanos pode causar graves problemas e intoxicações aos pets, principalmente aos filhotes.
“Um pet que recebe comida caseira, aquela que também é consumida pelos humanos, pode desenvolver um quadro grave de anemia hemolítica caso o alimento tenha cebola em sua composição, por exemplo. Além disso, por não ser uma dieta balanceada especificamente para as necessidades do animal, os pets podem desenvolver carências de vitaminas e aminoácidos essenciais para o seu desenvolvimento”, alerta a médica-veterinária.

Estar atento às exigências nutricionais é importante
As necessidades nutricionais dos pets filhotes são diferentes das necessidades nutricionais dos pets adultos, por este motivo as rações comerciais são divididas em faixas-etárias específicas, e devem ser fornecidas como o recomendado em embalagem. Da mesma forma, a formulação de alimentação natural para os filhotes é diferente da formulação para os adultos, devendo ser adaptada de maneira adequada para cada momento da vida.
Para ambas as espécies, a gordura é uma fonte de energia muito necessária durante a fase de crescimento, dentre elas os ácidos graxos essenciais são os que mais se destacam no seu papel como macronutrientes.
“Os ácidos graxos mais conhecidos são o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido decosa-hexaenoico), o EPA apresenta ação anti-inflamatória e traz benefícios para a saúde articular e do coração, enquanto o DHA atua como um neuroprotetor do sistema nervoso central e melhora os processos motores e cognitivos”, Pamela elucida. “Tanto o EPA quanto o DHA são encontrados facilmente na formulação das rações descritos como Ômega-3. Para os animais que fazem uso da alimentação natural, a suplementação de Ômega-3 pode ser prescrita pelo médico-veterinário para auxiliar na nutrição adequada do pet”.
Para os gatos a Taurina é um nutriente essencial, que não é sintetizado pelo organismo dos felinos e precisa ser suplementado através da alimentação. A Taurina influencia diretamente no funcionamento do coração, na visão e no sistema reprodutivo dos animais, e a carência deste nutriente pode provocar doença degenerativa do músculo cardíaco, perda da visão e da audição, e problemas imunológicos. Por este motivo, os felinos não devem ser alimentados com ração para cachorro.

Quando é preciso fazer uso de suplementos alimentares?
De acordo com Pamela, as rações comerciais de boa qualidade são formuladas levando em consideração todas as necessidades nutricionais do pet, especialmente dos filhotes. Nestes casos, a suplementação só é indicada quando o médico-veterinário percebe alguma falha nutricional ou problema que possa ser corrigido com o aporte adicional de determinado nutriente. Já em casos dos animais que fazem uso da alimentação natural, é bem provável que o médico-veterinário responsável indique alguns suplementos que devem fazer parte da alimentação do pet.
“Os suplementos são auxiliares importantes na nutrição animal e contribuem de forma ativa para a saúde e um melhor desenvolvimento dos pets, mas é imprescindível que estes suplementos sejam receitados pelo médico-veterinário e que seja algo específico para o filhote, Caso contrário, pode não ter o efeito desejado ou até mesmo trazer alguns problemas”, finaliza.

Desfile da Semana de Moda em Paris causa mal estar por fazer referência à crueldade animal

Tendo como referência a Divina Comédia e o Inferno de Dante (com direito a três looks para cada um dos nove ciclos do inferno), Daniel Roseberry traz a dúvida e o medo como pontos centrais da coleção apresentada pela Schiaparelli.
“Esta coleção é minha homenagem à dúvida. A dúvida da criação e a dúvida da intenção. Os impulsos gêmeos, às vezes contraditórios, de agradar o público e impressionar a si mesmo”, escreveu ele, que falou sobre se afastar de técnicas com as quais já se sente confortável e experimentar o novo – Elsa Schiaparelli mesmo nunca teve medo de ousar. Os códigos que consagram Daniel como um dos maiores estilistas de alta-costura da atualidade seguem por lá, a começar pelos looks “simples e extraordinários”, compostos por imagens finais limpas, mas conquistadas por silhuetas de construção extremamente complexa e elaborada. Com suas criações arrojadas e audaciosas, Daniel passa longe do imaginário popular da couture (leia-se bordados delicados, metros infinitos de seda, algo que pareça saído de conto de fadas) e se propõe a encará-la como um laboratório de técnicas e ideias, repensando o papel do segmento nos dias de hoje.
Em sua tentativa de quebrar limites, o surrealismo assinatura da casa que ele vinha trabalhando através de bijoux fantásticas é substituído pela recriação de cabeças de um leopardo, um leão e um lobo em espuma, resina e pele fake, em clima de taxidermia. Os três animais, que estavam na porta do inferno quando Dante encontrou Virgílio, protagonizaram looks vestidos pelas modelos Shalom Harlow, Irina Shayk e Naomi Campbell – e por Kylie Jenner na primeira fila. Mesmo que fake e contextualizados como uma homenagem à bravura de Elsa (que viveu tempos difíceis nos Estados Unidos no início de sua carreira, quando o marido abandonou ela e a filha pequena com poliomielite; o “inferno” que Elsa relembra em sua autobiografia como um período de fome e com seu bebê dormindo em uma caixa), os looks (que optamos por não mostrar no vídeo acima) causam mal estar na passarela por invocarem crueldade animal.

Pets e Decoração: o papel do ambiente no comportamento dos animais e no convívio com seus donos


É possível harmonizar a casa para atender as necessidades dos bichos e dos humanos

É comum ouvirmos donos de pets dizerem que seus animais dominam todos os espaços da casa, muitas vezes destruindo móveis, espalhando uma grande quantidade de pelos ou outras situações que podem levar a um estresse entre os bichos e seus donos, por mais amor envolvido que haja nessa relação. Mas, é plausível pensar em possibilidades de decoração que minimizem esse conflito, utilizando elementos que se adequam ao tipo de animal ao mesmo tempo que atendem as necessidades dos donos quanto ao estilo de decoração.
O Seu Canto No Mundo, projeto do arquiteto Glaucio Gonçalves e da especialista em desenvolvimento humano Lívia Romeiro, é especializado na harmonização de ambientes, de forma a atender as expectativas, necessidades e personalidade de todos que habitam o lar, para que a casa ou apartamento sejam acolhedores e compatíveis aos gostos e comportamentos de cada um, inclusive os pets.


“Há muitos casos em que as pessoas acabam desistindo de cuidar da decoração da casa ou até mesmo abrindo mão dos animais por não conseguirem manter o lugar livre de pelos ou ter móveis intactos. Isso pode ser minimizado, escolhendo tecidos mais adequados para sofás, poltronas e cadeiras, por exemplo, nos quais o pelo não grude tanto; modelos e materiais que os pets não gostem de arranhar, entre outras soluções”, sugere Lívia.


A especialista explica que não há um padrão de decoração para esses casos, e que é preciso entender todo o contexto do ambiente, tipo de pets e as diferentes personalidades que convivem na casa. “Se no mesmo lugar moram uma pessoa organizada e minimalista e outra que precisa de mais cores e elementos para se sentir acolhida, e ainda houver animais de estimação, é possível encontrar um equilíbrio na decoração para que todos tenham ‘seu canto’ dentro da casa”, explica.
A funcionalidade personalizada, proposta pelo Seu Canto No Mundo aposta na importância de criar ambientes para que todos que convivem no mesmo lar se sintam confortáveis, acolhidos pelo espaço e representados em suas maneiras de ser.


Para ela, é importante que os bichos também sejam inseridos nesse planejamento, adaptando a casa ou apartamento de forma que eles também tenham seus espaços, o que pode os deixar menos agitados ou estressados. “Até mesmo um aquário mal posicionado ou com estilo diferente da decoração da casa pode ser um motivo de desconforto para as pessoas, que tendem até a se cansar e desistir da peça que, se bem planejada, pode ser um elemento muito positivo na decoração do ambiente”, acrescenta Lívia.
“A necessidade de ter ‘seu canto’ é inerente a todo ser vivo, seja animal ou humano, desde o útero materno. Transmitir esse conceito para a decoração da casa, apartamento ou ambiente de trabalho coopera para a harmonia, conforto, produtividade, bem estar físico e emocional, das pessoas, além de melhorar o convívio entre elas”, finaliza Glaucio Gonçalves.

Júlio Oliveira

Sobre lealdade e outros valores

Publicitário, Júlio Oliveira é Gerente de Marketing da Uniube. Ele é uma unanimidade quando se pensa em uma pessoa muito querida. Competência é outro atributo direcionado ao Júlio por todas as pessoas que com ele convivem profissionalmente. Uma pessoa carismática e competente só podia ser simpatizante da causa animal. Júlio tem uma simpatia especial por elefantes, animal selvagem cujas características remetem a valores como lealdade, proteção, espiritualidade. Está se organizando para ir à Índia com o propósito de ter um contato mais direto e aprofundar o olhar e o conhecimento sobre esse grande e doce paquiderme. Por aqui, concilia seu tempo entre o trabalho, amigos e, especialmente seus pets, com os quais e pelos quais vive experiências únicas de amor e dedicação.

“O elefante ele traz consigo valores como lealdade, proteção, longevidade, boa sorte, espiritualidade e prosperidade…”

Marcos Moreno– Júlio, todo mundo que conhece você sabe de sua paixão por animais. De 20 anos para trás essa convivência era bem diferente. Você viveu a experiência de “cachorro lá fora”?
Júlio Oliveira– Com certeza, meus pais eram super reticentes em ter animal em casa quando eu era menor, até que em uma certa idade tive o meu primeiro cachorro, mas quando se é mais novo, você não cuida dele de fato. Vc apenas brinca e se diverte, ele viveu intensos 13 anos com família e até hoje é lembrado em conversas.

Marcos-Que bichos foram especiais em sua vida. Algum mais que outros?
Júlio– Todo animal que passa pela minha vida tem algum significado, cada um tem uma história, um carinho e uma lembrança específica, então acaba que todos são especiais de alguma forma.

Marcos– Sem dúvida o atual comportamento humano em relação aos animais é absolutamente complexo. Você enxerga alguma coisa que tenha especialmente “virado a chave”?
Júlio– Vivemos uma época doentia, em que ansiedade e a fome de smartphones consome o ser humano pouco a pouco, animais hoje são sinônimos de terapia, acabam sendo um refúgio dessa loucura que se tornou o nosso dia a dia.

Marcos– Você acompanha os movimentos mundiais das ONGs em favor de criações de animais para abates com maior dignidade? Acha que isso é possível?
Júlio– Eu tenho pensado bastante sobre essa questão e inclusive me questionado sobre o consumo de carne justamente por essa ótica, mas acredito que já é um começo as pessoas se preocuparem de alguma forma com o tratamento desse animal, o ideal seria não consumir, mas é algo tão complexo que impacta tanto que é preciso muita discussão e sabedoria.

Marcos– Você trabalha em uma empresa do segmento de educação de nível superior, a UNIUBE, que mantem cursos variados e inclusive de Medicina Veterinária. Percebe-se que hoje existe uma procura bem maior por esse curso superior. Dá para traçar um parâmetro desse crescimento nos últimos anos?
Júlio– Nosso curso de Medicina Veterinária é um dos mais procurados em todos os Vestibulares, temos o HVU – Hospital Veterinário da Uniube que hoje é referência na região. Houve um crescimento, mas sempre foi um curso muito procurado, e hoje temos além de pequenos animais, os grandes animais e silvestres que são também o foco da formação do nosso curso.

Marcos- Você recentemente perdeu uma cachorrinha. Essa é uma experiência dolorosa. Dá pra falar um pouco sobre isso?
Júlio- Sim. Perder um cãozinho é como perder alguém da família, é dolorido, é revoltante, os primeiros dias foram muito difíceis, a gente se apega e cria um sentimento único. Tentei transformar toda essa dor em gratidão por ter vivido com ela durante esse tempo, lembrar dos bons momentos e saber que fiz tudo que estava ao meu alcance pra ela ter uma boa vida junto a mim. Mas sempre vejo fotos e dá aquele apertinho no peito, acho que isso não muda.

Marcos- Também é claro para quem te conhece sua paixão por elefantes. Por acaso eu também tenho essa paixão. O que te fascina exatamente nesses grandes animais?
Júlio- Desde pequeno adorava elefantes, são animais grandes, que também simbolizam o mundo selvagem. Mas a minha ligação com elefantes ficou um pouco mais intensa, quando comecei a conhecê-los melhor, e estudar de fato o arquétipo desse animal. Para quem não sabe, arquétipo é um conceito da psicologia utilizado para representar padrões de comportamento associados a um personagem ou papel social. O elefante ele traz consigo valores como lealdade, proteção, longevidade, boa sorte, espiritualidade e prosperidade e é um ótimo arquétipo para pessoas ansiosas, pois seus passos lentos fazem com que possamos desacelerar nossa rotina.

Marcos– Já passou pela sua cabeça de alguma maneira viver perto deles, dos elefantes, como fazem aquelas pessoas que se dedicam a cuidar desses animais na África?
Júlio- Estou me organizando para conhecer a Índia e o principal motivo é justamente os elefantes e todas as visões e respeito que aquela região tem sobre esse animal. Como ainda estou em organização, participo da ONG – Santuário de Elefantes do Brasil, uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que resgata elefantes cativos em situação de risco e oferece a eles o espaço, as condições e os cuidados necessários para que possam se recuperar física e emocionalmente dos anos passados em cativeiro. Dentro de nossas atividades estão a busca pela preservação das espécies, o resgate e a reabilitação de elefantes, a defesa, preservação e conservação do meio ambiente, promoção do desenvolvimento sustentável, educação ambiental, voluntariado, estudos e pesquisas técnicas e científicas e projetos culturais.

Marcos– Que animal você considera o pior dos predadores?
Júlio– Apesar de saber quer existe uma lei na selva e instinto por sobrevivência, eu ainda me assusto com os leões atacando suas presas.

Marcos– Você poderia deixar uma mensagem para os seguidores do blog?
Júlio– Moreno, eu acompanho seu trabalho e acho fantástico a forma com que você fala sobre o assunto e a importância de sempre trazer a tona assuntos referentes a isso. O meu recado é para as pessoas se apegarem mais aos animais, eles são fontes de energia, amor e carinho. Pessoas que tem ligação ou animais em casa são muito mais felizes. Costumo dizer um ditado que prefiro um sofá cheio de pelo do que um coração amargurado. Obrigado pelo convite.

Excesso de calor pode colocar a vida de cães e gatos em risco


Nos períodos mais quentes, a chance de intermação é muito grande, mas pode ser evitada


O verão é a época do ano em que se deve ficar atento a mais um risco aos cães e gatos. Estamos falando da intermação, termo usado pelos médicos veterinários quando o organismo desses animais produz uma quantidade de calor acima do normal ou quando falta ao organismo a capacidade de expelir o calor corporal. Tais situações geram um quadro emergencial que necessita de intervenção urgente.
Médico veterinário e professor da UniAvan, doutor Danilo Aires Chiminelli Júnior explica que como cães e gatos têm uma fisiologia bem diferente da humana, são necessários cuidados especiais para evitar, inclusive, óbitos. “A intermação, ou heatstroke, está diretamente relacionada ao calor. Quando a temperatura corporal do pet ultrapassa 40ºC e não é revertida a tempo, ocorre essa emergência que se assemelha à insolação nos humanos”, destaca.
Os riscos estão principalmente na exposição direta do animal a ambientes muito quentes, abafados e sem ventilação. A prática de atividade física durante os dias e horários mais quentes também é um complicador. O uso de acessórios que impedem os pets de abrirem a boca pode contribuir neste quadro. “Daí a importância de manter água fresca à disposição dos cães e gatos, espaço com sombra e superfícies mais frias para eles se aconchegarem”, explica o professor da UniAvan.
É preciso estar atento aos sinais. Os sintomas de intermação são: olhar angustiado, inquietude, hipersalivação, respiração ofegante acima do normal, pele muito quente e batimento cardíaco acelerado. O animal ainda apresenta cansaço, fraqueza e indisposição. “Em casos mais graves, pode haver vômitos, coagulação intravascular, edema pulmonar, parada cardíaca e lesões cerebrais que podem acarretar em convulsões, coma e morte”, complementa o doutor Danilo.
Vale destacar que cães de determinadas raças, como as de focinho curto, correm um risco maior de ter intermação. Naturalmente, eles já têm uma dificuldade para respirar devido à anatomia nasal. Na lista estão bulldogs, pugs, boxers, shih-tsu, lhasas apso e outros. Cães obesos também têm os riscos elevados.
Caso você perceba um possível quadro de intermação em seu pet, vá imediatamente a um veterinário. No percurso, resfrie o corpo do seu animal com bolsas de gelo (nunca com o gelo em contato direto com a pele) e evite fontes de calor. Permita ainda que o cão possa abrir a boca e tenha ar fresco para respirar, além de tentar acalmar o bichinho.

Dicas do veterinário Danilo Aires Chiminelli Júnior para evitar a intermação:
• Jamais deixe o animal sozinho dentro do carro em dias de sol e calor;
• Evite atividades físicas nos horários mais quentes;
• Tenha sempre água limpa e fresca à disposição do seu pet;
• Evite lugares com sol; prefira locais com sombra e boa circulação de ar.

Conheça as 4 principais alergias em cães e saiba como tratá-las


Ao longo do dia, os cães entram em contato com inúmeros elementos que estão espalhados por todo o ambiente em que convivemos. Esta interação causa curiosidade e seu pet acaba querendo “conhecer” tudo ao seu redor, mas saiba que esta pode ser a causa de um problema para a pele do seu animal. No nosso ambiente existem substâncias conhecidas como partículas alérgenas, ou seja, que podem causar alergias no seu melhor amigo. Esta reação é individual e depende do sistema imunológico e da predisposição racial do animal, por isso, uma substância que causa alergia para um cãozinho, nem sempre causará a mesma reação no outro.
Uma coceira ocasional e pontual pode ser algo normal, por isso, não é incomum ver seu animalzinho coçar, lamber, mordiscar e se esfregar em superfícies e/ou objetos. No entanto, essas ações nunca devem interromper ou ser um empecilho para atividades habituais (brincar, comer, dormir) ou causar perda de pelos e danos à pele. Se isso acontecer, é possível que sejam sinais de dermatite alérgica. A dermatite alérgica em cães pode ser causada por fatores ambientais, ectoparasitas, genéticos ou alimentos e causam dor, lesões e incômodo para o pet, sendo necessário procurar um veterinário o mais rápido possível para determinar a causa e ajudar seu amigo neste momento difícil. Sem tratamento, a coceira pode se tornar uma doença séria e levar a complicações adicionais, como infecções, otites, feridas, espessamento e enegrecimento da pele , perda de pelo, descamações e odor desagradável.
O tratamento vai depender da causa e da severidade da doença que o animal apresenta, por isso não é recomendado que você automedique seu bichinho. Algumas opções de tratamento, como os corticoides, quando administrados de forma indiscriminada e sem o acompanhamento do profissional, por via oral ou parenteral, com o objetivo de controlar a reação alérgica, podem causar efeitos imunossupressores e metabólicos indesejáveis, entre eles sede excessiva, obesidade, diabetes, danos ao fígado e aos rins. Além disso, a frequência do uso desse tipo de medicamento pode também aumentar a chance de novas infecções, perda de pelo, afinamento da pele, fraqueza e problemas nos músculos e articulações. Por último, se o sistema nervoso central for afetado, o cão pode demonstrar alterações no comportamento, ocasionado por estresse, ansiedade e agressividade.
A alergia alimentar é uma importante causa de dermatite pruriginosa entre os cães. Ela se manifesta sempre que o animal apresenta uma resposta imunológica exagerada ao ingerir um determinado alimento contendo potenciais alérgenos, devido a quebra da barreira mucosa ou imunorregulação deficiente. Na maioria das vezes, as manifestações das alergias alimentares surgem após diversos contatos com o nutriente em questão. Sendo assim, o animal pode apresentar uma reação alérgica a um alimento que já tenha sido ingerido diversas vezes anteriormente e que não havia causado nenhum problema para ele. Dentre os principais alimentos responsáveis por causar esta afecção estão as proteínas e os carboidratos complexos.
Os principais sintomas que podemos identificar são o prurido intenso, otites, infecções secundárias na pele, pápulas, pústulas, alopecia, fistula interdigital ou perianal, vômitos, flatulências, perda ou falta de apetite, dor abdominal, diarreias, dentre outros Porém, em determinadas situações, o diagnóstico torna-se complicado, pois os sinais clínicos são inespecíficos e nem sempre perceptíveis, sendo necessário realizar manejos alimentares para determinar se a causa é realmente alimentar antes de iniciar o tratamento. O tratamento consiste em fornecer ao animal um manejo nutricional balanceado e sem a presença do agente alérgeno na dieta por toda a sua vida e tratamentos adicionais sintomáticos podem ser implementados. Lembrando que a cooperação do tutor e de todas as pessoas que convivem com o pet diariamente é fundamental para a melhora no quadro.
Ainda no campo das doenças alérgicas, existe a alergia por picadas de ectoparasitas (DAPE), como pulgas e carrapatos, como a causa mais comum de dermatites nos cães. Trata-se de uma reação de hipersensibilidade aos componentes presentes na saliva de pulgas e carrapatos, que durante a alimentação, causam lesões avermelhadas, pequenos edemas no local da picada, coceira intensa, crostas e/ou descamações, além de diferentes níveis de perda de pelo. As lesões são mais comuns no pescoço, na região da base da cauda, costas, coxas e abdômen. Normalmente, os cães costumam lamber, coçar e morder muito na região afetada, o que aumenta as chances de lesionar a pele, deixando o animal mais susceptível a infecções secundárias no local. Nesse caso, a profilaxia consiste no controle efetivo da infestação das pulgas e carrapatos no animal e no ambiente, associado ao tratamento sintomático com uso de medicamentos que visem à diminuição da reação de hipersensibilidade, o controle do prurido e das infecções secundárias.
Há, ainda, a alergia que ocorre devido ao contato. Nesse caso, a alergia acontece em decorrência da exposição de alguma região do corpo a um componente que causa irritação na pele do animal. Este tipo de alergia se manifesta principalmente nas regiões de pouco ou nenhum pelo, como abdômen ventral, axilas, região inguinal, interdigital, nariz, boca e escroto. O organismo dos cães pode reagir de diferentes formas dependendo do material ou superfície, mas alguns tecidos (como lã e poliéster), produtos de limpeza, grama, couro, plástico e/ou borracha podem causar uma reação na pele dependendo da região afetada e do tempo de exposição, na qual é possível notar uma vermelhidão intensa e prurido logo após o contato.
A frequência dos banhos no animal e o uso de determinados tipos de shampoos e perfumes também podem ocasionar esse tipo de reação alérgica, uma vez que afetam a oleosidade natural da pele e podem conter alérgenos em sua composição. O tratamento, nesse caso, consiste em encontrar a fonte da irritação, tirá-la do ambiente e da sua rotina e tratar os sintomas do meu amigo com o medicamento mais adequado. É importante evitar deixar resíduos de produtos de limpeza no ambiente, dar banhos com produtos específicos para as necessidades do seu bichinho, secar bem a pele, pelo e as dobrinhas do corpo do seu melhor amigo, além de fornecer uma alimentação de qualidade para fortalecer a resposta imunológica dele frente às adversidades.
Por último, existe a dermatite atópica, que é uma resposta inflamatória crônica que atinge a pele de animais sensíveis e com predisposição genética, causada por alérgenos ambientais como polens, plantas, poeira, bolores, ácaros, etc. Antigamente acreditava-se que este tipo de dermatite era causado pela inalação do agente alérgeno, porém em estudos mais recentes existem dados que mostram que esta dermatite também pode ocorrer devido a absorção percutânea. Os sintomas são todos decorrentes da inflamação e da coceira, como vermelhidão, descamação, alopecia, hiperpigmentação, presença de pápulas e máculas, em alguns casos perda de pelos, entre outros sinais. Algumas regiões podem ser mais acometidas que outras, como por exemplo as patas, o abdômen, as faces internas das coxas e a face do animal. Por se tratar de uma doença sem cura, o tratamento da dermatite atópica deve ser uma abordagem múltipla sintomática e completa, visando eliminar o contato com o alérgeno, melhorar o sistema imunológico do animal, aumentar a qualidade da barreira cutânea e retirar infecções secundarias, caso existam. Por isso, o acompanhamento do animal deve ser feito por um veterinário.

Cachorro faz birra, se vinga ou sente culpa?


Pessoas que têm cachorro sabem que não rara é a cena de chegarem em casa, após um dia de trabalho ou demais afazeres, e encontrarem a casa bagunçada, móveis roídos ou mesmo xixi e cocô feitos em lugares indesejados. Mas será que o peludo tem esses comportamentos destrutivos por birra, por vingança, de forma arquitetada contra o dono, por ter ficado sozinho, e depois sente culpa, quando repreendido e arrependido?

Camilli Chamone, geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino e criadora da metodologia neuro compatível de educação para cães no Brasil, assegura que não.

“A Teoria da Mente é um conjunto de estudos que comprova a competência que alguns animais têm de entenderem as emoções de terceiros. É a habilidade de compreender e interpretar estados mentais de outros seres. Porém, a ciência afirma que apenas os primatas ditos superiores – como gorilas, macacos e, claro, humanos – têm essa capacidade de percepção. Cães, portanto, não têm essa habilidade. Na prática, isso significa que a birra, a vingança ou a culpa, por serem emoções muito elaboradas, não fazem parte do repertório emocional dos cães”, explica.

Na realidade, os comportamentos destrutivos são uma forma que os cães têm de tentar aliviar a ansiedade que sentem, sendo equivocada a ideia de que estejam fazendo birra ou se vingando do seu dono por deixá-lo sozinho.

Outro comum engano é quando o cachorro apresenta expressões (corporais e faciais) que remetem ao arrependimento depois de fazer “algo errado”. Mas, segundo Chamone, esta é somente uma interpretação humana, que não se relaciona, de fato, com aquilo que o animal está sentindo.

“O que acontece, na maioria das vezes, é que os cães sentem medo (essa emoção, sim, é cientificamente comprovada de ser sentida por eles) em situações ameaçadoras – quando, por exemplo, o dono aumenta o tom de voz ou faz determinadas expressões e gestos”.

São expressões físicas do medo abaixar as orelhas, colocar a cauda entre as pernas, tremer e ficar com “olhar piedoso” ou parado em um canto, na tentativa de se esconder.

Em seus atendimentos, Chamone conta que é comum que o dono confunda essa linguagem com culpa. “Por isso, ao chegar em casa e ver algo fora do lugar, o humano tende a brigar com o cão, na esperança de que ele entenda, se ‘culpe’ e mude. Mas isso jamais acontecerá”, afirma.

Punir o cachorro, nesse tipo de situação, tende a agravar o problema. “A punição gera medo, o medo gera estresse e o estresse piora os comportamentos destrutivos. Além disso, o cão vai perdendo a confiança no tutor – há casos, inclusive, em que o medo evolui para agressividade, pois é a única maneira dele se defender. Com o tempo, ele associa a chegada do tutor como uma ameaça, ficando ainda mais nervoso”.

Para lidar melhor com a situação e tirar o cachorro de um quadro de estresse ou ansiedade, o foco precisa sair de ações punitivas, que tentam fazê-lo sentir culpa sem efeito algum – já que ela não existe nos cães –, e ir para outras que melhorem sua qualidade de vida e, consequentemente, a de toda a família.

Uma boa iniciativa é introduzir um passeio de qualidade em sua vida. “Dê preferência em locais com bastante natureza para que o peludo possa farejar, fazer suas necessidades e marcar território. Ao gastar energia física e mental, a tendência é relaxar mais em casa”.

Além disso, é importante saber que alguns comportamentos são naturais dos cães, como, por exemplo, roer. “Nestes casos, basta canalizar a energia para um brinquedo de roer, de forma que ele não tenha que mastigar o pé da mesa ou o braço do sofá, afim de se satisfazer”, recomenda Chamone.

Por fim, se essas ações não resolverem, é indicado buscar ajuda profissional, que oriente o dono a usar outras estratégias específicas e eficientes para diminuir o estresse do animal.

AMPARA Animal lança calendário 2023 relacionando a adoção de pets e zodíaco


Artistas e influenciadores apoiam o projeto de uma das maiores ONGs de proteção animal do paísO Calendário 2023 AMPARA Astral foi inspirado nas ilustrações do artista plástico e publicitário Rafael Mantesso (@rafaelmantesso), conta com a assinatura do fotógrafo Henrique Tarricone (@tarricone) e tem como padrinho o ator, influenciador digital e youtuber Vitor diCastro (@vitordicastro), autor do canal Deboche Astral (@debocheastral), que fala sobre signos com muito humor e propriedade.
Doze animais, entre cães e gatos, ilustram cada mês do calendário, que também conta com textos leves e criativos, descrevendo a personalidade dos animais de cada signo e dicas de como lidar melhor com eles.
“Assim como as pessoas, os animais têm diferentes personalidades e comportamentos, que sofrem influência dos astros e do zodíaco. Nesse calendário, procuramos abordar esse tema de forma leve e bem humorada, com foco na adoção. Existem mais de 170mil animais abrigados no país, e todos eles são únicos esteticamente e na sua personalidade. Mas têm um desejo em comum, ter uma família.”, diz Diretora de Marketing , Raquel Facuri da AMPARA.


Os Calendários da AMPARA Animal são lançados todos os anos com temas diferentes e a verba das vendas é toda destinada aos projetos da ONG. O Calendário 2023 AMPARA Astral podem ser adquiridos pelo site (www.amparastore.com) no valor de R$ 30,00 cada.

Homem é preso depois de atropelar cão em Araxá

Depois de prestar depoimento na Delegacia de Plantão da Polícia Civil (PC) de Araxá, o suspeito foi liberado. “Eu também prestei depoimento ao delegado de plantão. Agora a gente vai aguardar a PC analisar as imagens para providências cabíveis”, contou a vereadora que acompanha o caso.

Cachorro não corre risco de morte

O animal foi socorrido por funcionários da padaria e levado para uma clínica veterinária. “Ele precisou levar vários pontos e, apesar de estar sentido muitas dores, graças a Deus não corre risco de morte”, disse Castelha.

Segundo informações divulgadas pela PM Ambiental de Araxá, o suspeito disse aos militares que não viu o cachorro depois de realizar manobra de marcha ré e tentar sair da padaria.

Com relação ao motivo de ter evadido do local sem prestar socorro ao cachorro, o homem relatou que pensou que o animal não se feriu, já que o mesmo teria saído andando.