CEPF e IEB mobilizam ações sustentáveis para conservar o Cerrado

SEMANA MEIO AMBIENTE

Estudo aponta que a vegetação nativa do maior bioma nacional pode ficar reduzida em 20% até 2050; ações de preservação podem garantir segurança hídrica e proteção à sociobiodiversidade

Com uma área de 24% do território brasileiro, segundo bioma em extensão do Brasil, o Cerrado está presente em nove estados e já perdeu mais da metade de sua vegetação nativa. E mais: a sua ocupação descontrolada e contínua pode levar à perda de 82% da cobertura vegetal original até 2050, em um espaço que se estende do Brasil ao Paraguai. As informações constam no Perfil do Ecossistema: Hotspot de Biodiversidade do Cerrado, do CEPF, entidade que organiza ações para conservação do bioma.


O Cerrado é um dos ecossistemas mais afetados pelo desmatamento nos últimos anos. Dados do PRODES Cerrado, programa criado e operado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontaram que, entre agosto de 2019 e julho de 2020, o desmatamento no Cerrado atingiu 7,3 mil km², uma área 13,21% maior que o total registrado no período anterior. Segundo o órgão, Maranhão foi a região que teve a maior área desmatada, 1.836,14 km², seguido por Tocantins (1.565,88 km²) e Bahia (919,17 km²).
“A conservação de um bioma diz respeito à manutenção dos ecossistemas para garantir a nossa sobrevivência dentro de um contexto global, muito mais que conservar a fauna e a flora, mas a biodiversidade como um todo. Por isso, para agirmos em escala e de forma efetiva, engajamos pequenos e médios empreendedores, assim como grandes empresas, universidades, centros de pesquisa, organizações da sociedade civil e as comunidades para transformar a realidade”, diz Michael Becker, coordenador da Estratégia de Implementação Regional do CEPF Cerrado.


Segundo ele, a devastação do Cerrado traz graves consequências ao equilíbrio do meio ambiente e a sua conservação está atrelada à segurança hídrica, à manutenção e criação de territórios sustentáveis no Brasil. “É urgente que a relevância do Cerrado seja reconhecida pela sociedade. Dos aquíferos que abastecem o país, três estão presentes no bioma: Guarani, Urucuia e Bambuí. Além disso, o Pantanal, que possui a maior planície alagada do mundo, e os afluentes dos rios Amazonas, São Francisco e Paraná também dependem das águas que fluem pelo Cerrado”, explica.
Iniciativas como as que estão sendo desenvolvidas pelo Fundo de Parceria Para Ecossistemas Críticos (CEPF) e pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), ajudam a encontrar o caminho para um novo modelo, rumo ao desenvolvimento sustentável do bioma, alinhando conservação, renda e inovação em empreendimentos socioambientais.
Entre os anos de 2016 e 2021, o CEPF lançou cinco editais de apoio a projetos no Cerrado, que possibilitaram parcerias com 52 instituições, resultando em 62 projetos que reúnem ações de conservação da sociobiodiversidade aos serviços que provisionam às comunidades. Essas ações envolvem 8.322 pessoas e fortalecem a gestão territorial de aproximadamente 2 milhões de hectares no bioma, além de contribuir com o beneficiamento de 184.461,89 kg de matérias-primas extraídas do Cerrado, o que promove um incremento de renda para os povos e comunidades tradicionais de R$ 176.705,00 na comercialização de sementes nativas e de $ 245.443,78 em frutos do Cerrado.
A conservação do bioma também se reflete em sua rica biodiversidade. O Cerrado abriga o equivalente a 11% dos mamíferos, 13,4% das aves, 20% dos répteis e 30% dos anfíbios do país, e a sua devastação pode implicar na extinção de espécies como o beija-flor-de-gravata-verde, o lobo-guará, o pato-mergulhão, entre outras.

Equilíbrio do Meio Ambiente


Na publicação Perfil do Ecossistema, observamos que o Cerrado destaca-se pela abundância de espécies endêmicas: são mais de 12 mil plantas nativas, 251 mamíferos e 856 pássaros, além de 800 espécies de peixes, 262 répteis e 204 anfíbios. Mas, apesar de ser uma das savanas tropicais mais ricas do mundo, com três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, possui mais de 1,5 mil espécies ameaçadas de extinção, principalmente pela expansão das atividades agropecuária e o desmatamento ilegal.
Sobre o CEPF e IEB – O Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (Critical Ecosystem Partnership Fund), o CEPF, que existe há 21 anos, realiza ações globais para minimizar novas devastações, restaurar terras degradadas para a recriação da conectividade ecológica na paisagem e ampliar a rede de áreas protegidas.
Desde 2016, o CEPF investiu US$ 8 milhões na conservação do bioma. No Brasil, conta com a parceria e o apoio do IEB, instituição brasileira selecionada para atuar como Equipe de Implementação Regional da estratégia do CEPF no Cerrado. A lista das organizações que fazem parte da rede podem ser conhecidas aqui: http://cepfcerrado.iieb.org.br/lista-projetos/.
A atuação do CEPF conta também com o apoio da Agência Francesa para o Desenvolvimento, a Conservação Internacional, a União Europeia, o Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), o Governo do Japão e o Banco Mundial.


Conheça alguns dos projetos do CEPF/IEB:
Cafés do Cerrado Mineiro
Em parceria com grandes empresas que atuam na cafeicultura e cooperativas, o CEPF/IEB desenvolveu o Consórcio Cerrado das Águas (CCA) com o objetivo de recuperar, conservar e criar corredores ecológicos para minimizar perdas nas lavouras de café, como está ocorrendo nesta safra, devido à forte estiagem. Empresas como Nespresso, Nescafé, Volcafé, Nestlé, Cofco Intl, Lavazza e as cooperativas Expoccacer e Cooxupé são parceiros neste projeto que já investiu em torno de R$ 3 milhões em ações ambientais. Saiba mais em: http://cerradodasaguas.org.br/


RPPN
As Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN) são áreas que podem ser criadas nas propriedades rurais para proteger a biodiversidade local perpetuamente. O CEPF/IEB, através do programa Reservas Particulares Naturais, atua no incentivo no estabelecimento de RPPNs no Cerrado, em parceria com a Fundação Pró-Natureza (Funatura) auxiliando na desburocratização do processo junto aos proprietários rurais, e assistência técnica para elaborar planos de manejo. O CEPF/IEB já participou da criação de 47 RPPNs no bioma e o objetivo é estabelecer 70 RPPNs no Cerrado até o final de 2021.


ICMS Ecológico na Serra da Bodoquena (MS)
A parceria entre a Fundação Neotrópica e o CEPF/IEB capacita os Conselhos Municipais de Meio Ambiente (Comdema), nos municípios da região Serra da Bodoquena (MS), a fim de ampliar a arrecadação do ICMS Ecológico, um mecanismo de repartição de receitas tributárias baseado em critérios ambientais. Com a comprovação de conservação ambiental e correta gestão de resíduos urbanos sólidos, os municípios podem obter até 25% do ICMS arrecadado pelo Estado.


Cadeia sustentável do baru
Para fortalecer a cadeia produtiva de uma das maiores riquezas gastronômicas brasileiras, a castanha do baru, originária do Cerrado, o CEPF/IEB firmou parceria com o Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS/UnB) e o Working – Associação de Integração Profissional para fomentar o comércio justo da castanha, maximizar os retornos socioeconômicos para as comunidades de produtores locais e promover a conservação da biodiversidade e a manutenção dos serviços ecossistêmicos do Cerrado.


Espécies indicadoras de qualidade da água
Indicadoras da qualidade das águas do Cerrado, espécies endêmicas como o Pato Mergulhão e a perereca Pithecopus ayeaye estão ameaçadas de extinção. Para estudar e conservar estas espécies nativas do Cerrado, o CEPF/IEB mantém projetos com o apoio e parcerias de universidades, Instituto Araguaia e o Instituto Amada Terra de Inclusão Social, visando aumentar as populações destes animais no bioma e evitar o seu desaparecimento.


Niquelândia (GO)
A cidade de Niquelândia, em Goiás, já foi um dos maiores pólos de mineração de níquel do país, mas quando a indústria mineradora Votorantim Metais encerrou suas atividades no município, a crise econômica atingiu em cheio a sua população. Com o objetivo de reerguer a economia local, o CEPF/IEB em parceria com o Instituto Tiradentes e a Associação Kalunga, apoia o Projeto Niquelândia para restabelecer a economia local com o desenvolvimento agroecológico.

Por que a raiva é uma questão de saúde pública?


Recentemente, casos de raiva no estado do Rio de Janeiro despertaram um alerta sobre essa zoonose, uma doença infecciosa viral que acomete mamíferos, inclusive seres humanos. Ela é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae e se manifesta por meio de uma encefalite progressiva e aguda, que mata cerca de 40 mil pessoas no mundo, a cada ano, a maioria, na Ásia e na África.


No Brasil, muito por conta do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), instituído em 1973, o Brasil alcançou resultados relevantes no controle da raiva urbana. Desde 2004, houve significativa redução dos casos de raiva em cães e gatos, tornando a enfermidade praticamente eliminada dos centros urbanos do país. Consequentemente, caiu também a ocorrência de casos humanos por transmissão dessas espécies.


As ações de vacinação antirrábica canina e felina resultaram em um grande ganho para a saúde pública, permitindo que o país saísse de um cenário anual de mais de 1.200 cães positivos para raiva e taxa de mortalidade de raiva humana por cães de 0,014/100 mil habitantes, em 1999, para nove casos de raiva canina e nenhum registro de raiva humana por cães, em 2018. De acordo com o Ministério da Saúde, 2020 foi o quinto ano consecutivo sem casos de raiva humana por variante canina.
Por isso, os recentes casos noticiados chamaram atenção. Eles ocorreram em dois municípios fluminenses. Em Duque de Caxias, no início do mês, foi confirmada pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio) a morte por raiva de um cão atacado por um morcego. Em 2020, um caso de raiva humana, em Angra dos Reis, resultou na morte de um menino, mordido por um quiróptero, e que não recebeu a profilaxia adequada. Quando não tratada, a raiva evolui para óbito em quase 100% dos casos e, nos sobreviventes, deixa sequelas gravíssimas.


Segundo dados atualizados em dezembro de 2020, pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), entre 2010 e 2020, foram registrados 39 casos de raiva humana. Já o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que recebe as notificações de raiva animal, informa que, de 2009 a 2019, foram notificados 49.562 casos em nove espécies, como bovinos, equídeos, cães e gatos, entre outros.
Isso mostra que a raiva ainda é uma zoonose que deve estar no radar de órgãos de governo, médicos-veterinários e da população em geral. “Faz-se prioritária a orientação de médicos-veterinários para a conscientização do público em geral voltada a aspectos de risco de transmissão de vírus da raiva por mamíferos não tradicionais, as formas de prevenção e ações pós-exposição ao vírus”, alerta Nélio Morais, presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNSPV/CFMV).


Raiva no Brasil
O PNPR foi institucionalizado há quase 50 anos e já listava seis atividades estratégicas para o controle da raiva urbana e a eliminação de casos em humanos.
• Atendimento das pessoas expostas ao risco de acometimento da doença;
• Vacinação de cães e gatos;
• Diagnóstico laboratorial;
• Vigilância Epidemiológica;
• Recolhimento de animais;
• Educação em Saúde.


Apesar de rara em áreas urbanas, a raiva silvestre, sobretudo casos relacionados à transmissão por quirópteros, passou a figurar no cenário epidemiológico nacional como um grande desafio a ser trabalhado em busca de um controle sustentável. O morcego hematófago passou, então, a ser o principal transmissor dessa zoonose ao homem, no Brasil.
O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), executado pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), do Mapa, estabelece suas ações visando ao efetivo controle da ocorrência nos herbívoros, no Brasil, e não à convivência com a doença. Esse objetivo é alcançado por meio da vacinação estratégica de espécies suscetíveis e do controle populacional de seu principal transmissor, o Desmodus rotundus, associados a outras medidas profiláticas e de vigilância.

Prejuízo de milhões
Estima-se que, em toda a América Latina, a raiva em herbívoros cause prejuízos anuais de centenas de milhões de dólares, devido à morte de milhares de cabeças de gado, além dos gastos indiretos com a vacinação de bovinos e tratamentos pós-exposição (sorovacinação) de pessoas que mantiveram contato com animais suspeitos. A notificação de casos suspeitos ao Serviço Veterinário Oficial é obrigatória.
“Embora não seja considerada uma enfermidade de grande risco pandêmico, é evidente que a raiva deve ser foco de avaliação de risco e prevenção, pois apresenta um elevado risco para a saúde pública. Pesquisas e desenvolvimento nas áreas de vigilância, monitoramento e formas de diagnóstico precoce são necessários. Esforços para entender e encontrar os gatilhos do desenvolvimento do quadro clínico e mitigar as causas de sua ocorrência devem ser encorajadas”, assinala Morais.


O que fazer em casos suspeitos ou confirmados de transmissão?
O gerenciamento atual para alguém exposto ao vírus da raiva é a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), a qual deve ser iniciada o mais precocemente possível. Alguns fatores devem ser considerados para a adoção do esquema profilático adequado, como o tipo de exposição, a localização da agressão, o animal agressor e a condição do animal agressor, dentre outros, conforme orientação do Ministério da Saúde.
Até o momento, a PEP tem taxa de sucesso de quase 100%, quando administrada corretamente, ou seja, logo após a exposição ao vírus. Como resultado, há poucos casos de raiva hoje, no Brasil, enquanto no mundo 95% deles ocorrem na Ásia e na África, onde a atenção médica após a exposição ao vírus ainda permanece como uma lacuna na atenção ao paciente. Isso significa que é possível evitar essa zoonose, desde que seja possível a realização da PEP apropriada.


Prevenção
Os principais cuidados a seguir são: manter em dia a vacinação de animais domésticos; evitar qualquer contato com animais silvestres, em especial morcegos; e prestar atendimentos de profilaxia imediatos, em caso de mordedura, arranhadura ou lambedura de ferimentos, meios pelos quais o vírus é transmitido.


Atualmente, a legislação federal que aprova as normas técnicas para o controle da raiva nos herbívoros no Brasil é a Instrução Normativa (IN) nº 5 do Mapa, de 1º de março de 2002, alterada pela IN nº 41, de 19 de junho de 2020. Várias Unidades da Federação possuem legislação própria que detalha ações específicas, em apoio às normas federais e quanto ao controle do Desmodus rotundus, além de atividades educativas, diagnóstico laboratorial, estímulo à vacinação dos herbívoros domésticos, cadastramento de abrigos e vigilância epidemiológica.
Vale lembrar que a reorganização de um determinado espaço determinará alterações ecológicas em menor ou maior grau, as quais modificam a circulação do agente infeccioso. O estudo de viroses, como a raiva, sua ocorrência, seus determinantes e processo de disseminação está incluído em epidemiologia. Por isso, sua análise deve ser realizada na perspectiva moderna de espaço virtual, e não territorial, e uma aplicabilidade de saúde única.
Fontes:
Site do CFMV, Nota técnica da CNSPV/CFMV, publicada em 27/9/2019.
Jornal O Globo, Menino morre de raiva após ser mordido por morcego em Angra dos Reis, publicada em 17/6/2020.
CRMV-RJ, Confirmado caso de raiva em cão na Baixada Fluminense, publicada em 11/5/2021.
Ministério da Saúde, https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/r/raiva. Atualizado em 22 dez. 2020, acessado em 17 mai. 2021.
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Boletim Epidemiológico Vol. 50, nº 35, Nov. 2019.

Assessoria de Comunicação do CFMV

Licença PETernidade


Quem já adotou um bichinho sabe: os primeiros dias dele na casa nova são difíceis e requerem bastante atenção e cuidado para que a adaptação ocorra da melhor forma possível, pensando nisso uma grande empresa da rede de petshops, criou a licença “PETernidade“.
Eu particularmente já passei por uma situação muito difícil, onde adotei um pet e a adaptação dele não foi da forma que imaginava, então ver uma iniciativa como essa faz todo sentido.
A Licença funciona da seguinte forma: ao realizar a adoção de um cão ou gato, os colaboradores da rede de petshops deverão notificar o RH da empresa, apresentando as devidas documentações que comprovam a iniciativa, e então passam a usufruir do benefício de dois dias livres para cuidar do pet.
O benefício vale para os mais de 5.300 colaboradores das 139 unidades da rede de pet shop e do Centro Veterinário Seres em todo o país. Assim, o funcionário que planeja ter um peludo em casa deve procurar seu gestor com cinco dias de antecedência e, depois, apresentar documento que comprove a ação. Isso, diz a empresa, para alertar sobre a importância da adoção responsável.
O projeto propõe um grande movimento que começa com essa empresa e deve contagiar empresas de diferentes segmentos, a fim de gerar na sociedade uma conscientização na importância do bem-estar animal. Garantir a adaptação adequada com a chegada de um pet é zelar pela qualidade de vida deles e um compromisso com o bem-estar físico, mental e emocional dos bichinhos.
“Acreditamos que a licença PETernidade possibilitará uma melhor conexão entre o tutor e seu pet. Parte dos comportamentos indesejados dos pets são consequência de ambientes inadequados para acolher seus instintos. Essas situações podem ser evitadas ou minimizadas com ações simples como a adoção de rotinas e a prática do enriquecimento ambiental, com adaptações do ambiente doméstico que estimulem experiências semelhantes às existentes na natureza, conforme as necessidades e comportamentos de cada espécie”, relata a Dra. Valéria Correa, diretora técnica da rede e do Centro Veterinário Seres.
Além da licença que fomenta a adoção responsável para os seus colaboradores, o projeto PETeternidade contempla uma curadoria de conteúdo para ampliar informações relevantes para o tutor que acaba de adotar um bichinho. No site Licença Peternidade a rede concentra orientações e dicas para o período de adaptação a nova rotina da família.
A ação integra outras iniciativas da empresa voltadas ao bem-estar e saúde animal, como o programa que trabalha na conexão de futuros tutores com pets disponíveis para a adoção, e conta com mais de 90 ONGS e Protetores homologados. O Programa, que existe desde 2007, acaba de atingir a marca de 50 mil adoções, está presente em 55 cidades brasileiras, e atua com rigorosos critérios de homologação e profissionalização de ONGs e protetores.

Urban jungles- para viver bem com seu pet

Uma tendência que tem crescido cada vez mais entre os moradores dos grandes centros urbanos é o de cultivar plantas e flores nos ambientes internos. As chamadas urban jungles ganharam muitos adeptos nos últimos anos, principalmente durante o período de isolamento social, trazendo uma valorização estética e aconchego para o lar. Mas aqueles que gostam de conviver com a natureza em casa e também são tutores de pets sabem que muitas vezes os bichinhos são curiosos e adoram farejar, explorar e comer as plantinhas. E como escolher as espécies certas para não prejudicar cães, gatos e outros animais domésticos?

Ivonete Canoba, consultora de uma das maiores redes de floriculturas do país, preparou uma lista com plantas que não causam problemas se ingeridas ou inaladas por animais. Além disso, as espécies indicadas se adaptam bem a ambientes internos, garantindo harmonia ao lar sem colocar em risco a saúde dos animais.

Samambaia americana: a tradicional planta se encaixa bem como planta pendente dando um aspecto exótico à casa sem fazer mal aos animais. “Ela funciona bem em cuias e vasinhos pendurados e adora luz indireta, ou filtrada, nas horas mais amenas do dia. Não suporta muito frio, por isso é perfeita para interiores”, comenta Ivonete.

Peperômias: as plantas dessa espécie, entre elas a Peperômia Melancia, Caperata, Scandens e Raindrop, são perfeitas para quem busca um toque mais tropical no ambiente e não são tóxicas para os bichinhos. As folhas redondas, com tonalidades vivas, criam um elegante contraste em qualquer ambiente. “Uma das mais valorizadas no momento é a Peperômia Raindrop, nativa das beiras dos rios da Ásia. Ela consegue ficar saudável dentro de residências e surpreende pela beleza”, explica a especialista.

Maranta Zebrina: uma das queridinhas dos adeptos de plantas em casa, é uma espécie de fácil cultivo, aguentando temperaturas de até 16 ºC e bem adaptável a qualquer ambiente. Ela prefere um local bem iluminado, mas não tolera o sol direto. O solo deve ser mantido úmido durante o verão, sem nunca deixar completamente seco. “A nutrição pode ser dada a cada duas semanas durante a estação de crescimento da primavera ao outono, sem nenhum suplemento durante o inverno. Para dar às folhas uma umidade agradável, pode ser regada com água morna sempre que possível”, detalha XXX. “As Marantas Makoyama, Rufibarba e Burle Marxs também são seguras para ambientes com pets”, complementa.

Calathea Trialstar: garantia de beleza e personalidade, essa planta tem folhas com cores bem características que se destacam no ambiente e não fazem mal para os pets. Devem ser mantidas à meia sombra e preferem luz média, a luz solar intensa torna as folhas murchas e as margens secas e castanhas. “Podem ser regadas todos os dias, mas moderadamente. Durante o período de crescimento ativo a rega deve ser abundantemente para manter a terra completamente úmida. Durante o período de repouso invernal deve-se regar escassamente, deixando que a metade superior da mistura seque entre duas regas”, completa.

Espécies que devem ser mantidas fora do alcance dos pets: Costela de Adão, Lírio da Paz, Jibóias, Comigo-ninguém-pode, Espada de São Jorge, Copo de Leite e Kalanchoe.

Vira-lata caramelo – Origem da raça que se tornou símbolo nacional


O vira-lata caramelo é um dos mais populares cães sem raça-definida e se tornou um símbolo por estar presente na vida e nas paisagens do país.
O vira-lata caramelo é um cão sem raça definida, que está praticamente onipresente na vida dos brasileiros. Isso porque, é certo que você vai cruzar com alguns desses animais na sua rotina de estudos, trabalho ou lazer.
Esses cães vira-lata estão espalhados pelas ruas e casas de todo o país e recebem cada vez mais reconhecimento na internet. Alguns entusiastas, inclusive, defendem que o animal deveria ser oficializado como símbolo do país, assim como as vacas são sagradas na Índia.
Mas como os vira-lata caramelo se tornaram tão populares pelo país? Existe alguma diferença desses cães para os outros vira-latas ou outras raças?
Origem do vira-lata caramelo
Segundo dados oferecidos por diferentes instituições que lidam com cães no Brasil, os animais sem raça definida são maioria dentro dos lares do país.
Diferente das principais raças, esses animais não surgiram de maneira seletiva. Enquanto a maioria delas foi resultado de anos de cruzamentos seletivos, os vira-lata surgiram a partir de cruzamentos aleatórios ao longo de décadas.
Por causa disso, pode ser complicado estabelecer a origem precisa de um vira-lata. Por outro lado, é comum que eles sejam mais espertos, carinhosos e saudáveis do que os cães de raça.


Genética vira-lata
De acordo com um estudo do projeto MuttMix, de 2018, é praticamente impossível detectar as raças que dão origem a um vira-lata, a olho nu.
O estudou consistia em apresentar fotos de 31 cães sem raça definida a leigos e especialistas. A partir daí, cada voluntário deveria indicar as possíveis raças presentes nos genes daquele animal. Por outro lado, os pesquisadores também realizavam testes genéticos para encontrar essa resposta.
Após o teste, apenas cerca de 25% dos participantes foi capaz de indicar raças com certa precisão. Ou seja, se já é complicado definir as raças presentes num cão sem raça definida de poucas gerações, imagine para os vira-lata caramelo, que passaram por anos de reprodução aleatória.
Popularidade
Exatamente por conta dos cruzamentos variados, o vira-lata caramelo acabou ganhando uma identidade própria que não remete a outras raças. As características do animal, inclusive, tornaram-se símbolo de cães vira-lata.
Por causa disso, por muito tempo esses cães ficavam abandonados em feiras de adoção ou abrigos de animais, mas isso mudou. O crescimento do carinho por esses cães sem raça definida cresceu e esses animais estão atraindo mais interesse como pets.


Vira-lata caramelo como símbolo nacional
Em sites de petições online, é possível encontrar listas com dezenas de milhares de assinaturas pedindo a inclusão do vira-lata caramelo como símbolo nacional. Algumas propostas chegam a pedir a participação do cão em cédulas de real.
E apesar de cães sem raça definida serem comuns no mundo inteiro, é natural que exista um certo padrão para esse animal no país. Ainda que esses cães sejam resultado de um longo período de cruzamentos aleatórios, estão sujeitos às espécies locais.
Um cão vira-lata de um país do extremo oriente ou mesmo do leste europeu, por exemplo, traria outras características. Isso porque existem raças mais comuns e mais raras em cada país, o que influencia diretamente no padrão genético passado de geração para geração, mesmo entre vira-latas.
Fontes: Hypeness, Patas da Casa, Petz

Nosso texto foi escolhido para recomendação na campanha sobre o Dia do Vira-lata da editora educativa Twinkl.

Comissão aprova proposta que cria campanha de conscientização contra abandono de animais

Comissão aprova proposta que cria campanha de conscientização contra abandono de animais
Ações deverão ser realizadas em dezembro, quando o abandono de animais aumenta, com a aproximação das férias
Fonte: Agência Câmara de Notícias
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), o Projeto de Lei 5481/20, que cria a Campanha “Dezembro Verde”, dedicada a ações de conscientização contra o abandono de animais.
O objetivo da proposta do deputado Fred Costa (Patriota-MG) é conscientizar a população sobre a guarda responsável de animais e chamar atenção para o problema do abandono de cães e gatos em parques, avenidas, ruas, bairros e estradas. Segundo o texto, a campanha deverá ser realizada em dezembro, época em que o abandono de animais aumenta, com a aproximação do período de férias.
Entre as atividades a serem desenvolvidas, estão a iluminação de prédios públicos com luzes de cor verde; a realização de palestras, eventos e atividades educativas; e a veiculação de material informativo nos meios de comunicação social e em outras mídias.
O parecer do relator, deputado Daniel Coelho (Cidadania-PE), foi pela aprovação do projeto, com emenda. Segundo ele, o abandono de animais acarreta não apenas o sofrimento deles, como também uma série de consequências decorrentes da sua presença em locais públicos sem qualquer tipo de supervisão.
“A consequência mais grave é a ameaça à saúde pública, pois comumente os animais tornam-se foco de transmissão de zoonoses, além de implicações envolvidas com os casos de agressão aos humanos e a outros animais”, disse. “Também são comuns os acidentes de trânsito envolvendo colisões com animais errantes nas vias públicas e estradas brasileiras”, completou.
A emenda estabelece que umas das atividades da campanha será a conscientização dos agricultores sobre a guarda responsável e combate ao abandono de animais, retirando, conforme o relator, ambiguidade contida na proposta original.
Orçamento
De acordo com o projeto, as despesas para execução da medida ocorrerão por conta do orçamento federal vigente, suplementadas, se necessário. Daniel Coelho destaca que “existe, no orçamento vigente, a previsão da Ação Orçamentária 2E87, com recursos voltados ao desenvolvimento e execução de ações, atividades e estratégias de controle da população de animais em situações excepcionais, inclusive com a castração e atenção veterinária”.
Os recursos destinados à ação decorrem, em sua maioria, de emendas parlamentares e totalizam cerca de R$ 24 milhões. “Outras atividades de conscientização poderiam ser realizadas em parceria com a sociedade civil organizada, dispensando a aplicação vultosa de recursos públicos”, acrescenta o relator.
Tramitação
A proposta será analisada agora, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Órfãos na pandemia

Tutor de três cães, o artesão Paulo Swerts faleceu com Covid-19 em dezembro de 2020. Os animais viviam com ele desde filhotes. Os cachorros permaneceram no apartamento onde Paulo vivia, conta o irmão dele, o bancário Antônio Celso. O irmão mora em Vitória, no Espírito Santo, e não teria condições de manter os animais com ele. Antônio contou com a ajuda de um professor, amigo da família, para conseguir encontrar um novo lar para os bichos de estimação de Paulo. Os esforços deram resultado, e o adotante concordou em receber os três cachorros. O que não ocorre na maioria dos casos, segundo a Sociedade Juizforense de Proteção aos Animais (SJPA), aumentou o número de abandono em função da morte dos tutores durante a pandemia. Situação inédita para a instituição até então.

Antônio conta que o afastamento de Paulo de casa, por conta da doença, foi muito sentido pelos cães. Eles deram sinais de que estavam tristes. “Meu irmão parou de vir, a casa começou a ter mais movimento de outras pessoas. Eles ficaram mais ariscos, passaram a latir, coisa que não faziam antes, depois ficaram muito quietos.” A intenção reforçada na campanha de adoção dos três cães é que eles permanecessem juntos, mas Antônio não acreditava que apareceria alguém que tivesse como fazer a adoção do trio.

“Para a nossa surpresa, muitas pessoas entraram em contato. Depois, ficamos sabendo sobre quem adotou os cães, que o comportamento deles permaneceu alterado em um primeiro momento, eles deram um pouco de trabalho, mas agora já estão mais adaptados, já estão bem”.

A presidente da SJPA, Maria Elisa de Souza, afirma que casos como esse não são isolados. Ela explica, não entanto, que esses animais são diferentes dos que a entidade costuma receber, do abandono clássico. São cães e gatos que têm todas as características físicas e de comportamento que demonstram que tinham tutores e não estavam nas ruas. Eles se tornaram ‘órfãos’ de seus tutores durante o período da pandemia, ou ainda, segundo Maria Elisa, vieram de famílias que foram afetadas pelo desemprego e não tinham como manter nem a alimentação de seus animais. Em geral, são deixados nas portas de clínicas, abrigos, residências.

“Recebemos relatos de pessoas que perderam seus mantenedores, a família precisa se espalhar, vai morar nos fundos da casa de outras pessoas, para onde os animais não podem estar. Temos vários nessa situação. Também temos ocorrências de morte de idosos, nas quais o cão ou gato deles ficaram fechados dentro da casa, além de situações de morte em que os vizinhos nem tinham ideia de que um animal ficou em casa e até cães bravos dos quais ninguém se aproxima.” Pelo que tem visto e acompanhado, a presidente da SJPA reforça: “É simplesmente desesperadora a situação dessa pandemia em relação aos animais.”

‘Esse é o quadro mais desesperador’

As histórias tristes se acumulam. Entre as que mais tocaram Maria Elisa está a de um profissional que veio de fora da cidade para trabalhar e ninguém tinha informações sobre a família dele. “O homem pegou Covid e morreu 48 horas depois. A empresa só tinha os contatos pessoais dele, não tinha nenhum outro contato. Ele foi sepultado com o apoio da empresa. Mas a cadela que ele trouxe da cidade de origem foi para o abrigo.” Embora tenha recebido cuidados, ela não resistiu à dor da perda. “Morreu de desgosto poucos dias depois. Esse é o quadro mais desesperador, do animal que fica parado, olhando, não reage e morre de depressão.”

A dificuldade, em casos como esse, é que os bichos, além de machucados, chegam com marcas profundas das consequências do abandono.

“Em 34 anos, presenciei e passei por muitas crises, essa é a que mais tem machucado a gente. Há casos em que as pessoas até tentam ficar com cães, porque o dono morreu, mas os outros animais que as pessoas já têm não aceitam. Então, eles sofrem agressões em outras residências e, quando chegam, não reagem. Têm aquele olhar de tristeza, desespero.”

A diferença é que o animal que está abandonado na rua por outros motivos, quando é resgatado, ele se sente protegido, demonstra a gratidão que sente. “Quando você tira um cão ou gato de uma residência, mesmo que seja uma ação necessária, gera revolta. A sensação é de desamparo. Alguns são até difíceis de conviver. Depois que eles se afeiçoam ao abrigo, fica difícil encaminhá-los, porque eles se sentem abandonados novamente. É uma situação inédita para nós”, narra Maria Elisa.

Mudança de critérios

Outro desafio imposto pela pandemia é o caso das famílias que tiveram perdas de emprego e não têm mais como prestar atendimento ao seus animais. Isso provocou a necessidade de modificar as políticas de atendimento da SJPA. “Precisamos fazer sindicâncias para comprovar a situação das famílias que perderam as mantenedoras do grupo ou os indivíduos ficaram desempregados e não tem com o que contar. Muitas ainda conseguem cestas básicas com vizinhos ou instituições, mas não conseguem alimento para os cães e gatos.” Sem a ajuda com a ração, fatalmente, segundo Maria Elisa, esses animais morrem de fome ou vão para as ruas.

Ela explica que o recolhimento no abrigo é dispendioso em vários aspectos, inclusive pela limitação de espaço. Nos casos de cães e gatos que são tirados de casa nessas condições, há uma mudança de comportamento que dificulta o cuidado. Por isso, ao comprovar que está em vulnerabilidade, a SJPA ajuda com a ração. Essa ação aumentou os custos para a ONG, que sobrevive de doações. Por outro lado, a pandemia dificultou o processo de adoção dos bichos de estimação. Embora as doações feitas pelo abrigo tenham aumentado um pouco nesse período, o número de entradas permanece muito superior. No entanto, a impossibilidade dos eventos presenciais e a recomendação de distanciamento atrapalham o processo.

Todos os pontos que recolhem as doações e as contas bancárias disponíveis estão descritas na conta do Instagram da instituição: https://www.instagram.com/ong_sjpa/. Também é possível tirar dúvidas e obter outras informações por meio do telefone: (32) 9140-1033, com atendimento também via WhatsApp. Pelos mesmos contatos, é possível ter acesso a informações sobre o processo de adoção.

Por Renan Ribeiro

Fonte: Tribuna de Minas

Hospital público veterinário!

De consultas a exames de imagens, laboratoriais e cirurgias de alta complexidade. Esse é o propósito de atendimento do Hospital Veterinário inaugurado em Belo Horizonte, no mês de março de 2021. O hospital vai atender gratuitamente cães e gatos de tutores de baixa renda, pessoas em situação de rua, ongs e protetores de animais independentes.
O hospital está sob a responsabilidade da Anclivepa-SP – Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais. Toda a verba utilizada no tratamento dos animais será proveniente de doações vindas de pessoas físicas e de parcerias firmadas com empresas privadas.


O Hospital Veterinário oferecerá todo o suporte para atendimento gratuito aos animaizinhos de famílias que não podem arcar com tratamentos veterinários como consultas, exames, cirurgias e castrações
Dentre as especialidades disponibilizadas estão: Clínica Médica, Cirurgia de Tecidos Moles, Ortopédica e Oncológica, Anestesiologia, Radiologia, Ultrassonografia e Infectologia.


Custeio
De acordo com Luiz Wilson de Oliveira Júnior, coordenador geral veterinário, o hospital necessita de recursos para ajudar na manutenção das suas despesas fixas. “Esperamos contar com a colaboração de parceiros solidários, que abracem essa causa, nos ajudando a disponibilizar atendimento gratuito, de qualidade, à população de baixa renda, que nem sempre consegue arcar com um tratamento veterinário”.
O coordenador destaca a importância, para a sociedade, da instalação do Hospital Veterinário em Belo Horizonte: “O amor e a dedicação nos cuidados com a saúde dos animais, nosso maior propósito, também colaboram para evitar zoonoses, que representam uma grande ameaça à saúde pública.


Fundada em 29 de setembro de 1975, a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais –São Paulo – ANCLIVEPA-SP, atua como associação de classe, oferecendo curso de graduação em medicina veterinária focada em pequenos animais e promovendo cursos de capacitação e especialização nas diversas áreas da medicina veterinária, além de realizar diversos projetos de ação social e eventos de abrangência nacional e internacional. Essas ações visam promover impacto positivo para transformação da sociedade.
A ANCLIVEPA-SP opera, desde 2012, os primeiros hospitais veterinários com atendimento gratuito à população, oferecendo serviços veterinários de qualidade, amenizando o sofrimento de dezenas de milhares de animais e das famílias tutoras, atuando diretamente como mecanismo de saúde única.


Neste sentido, disponibiliza para atuarem nos hospitais de atendimento, médicos veterinários, com especialização, dotados de pensamento crítico e visão holística, com capacidade empreendedora, ética, proatividade, responsabilidade profissional e cidadã, inclusive em relação à saúde única, à qualidade de vida e à equidade social, contribuindo assim com o desenvolvimento social e econômico.


Com a gestão da unidade em Belo Horizonte, a ANCLIVEPA-SP é responsável, atualmente, pela administração de 10 unidades do Hospital Veterinário no país: cidade de São Paulo (3); Distrito Federal (1): Mogi das Cruzes-SP (1): Osasco-SP (2), Porto Alegre – RS (1) Fortaleza – CE (1).

Denise faz apelo por doações e revela dificuldades para cuidar de animais abandonados e que passam fome

A vereadora Denise da Supra fez um apelo para a população de Uberaba, para que continuem ajudando e doando alimentos. Ela falou sobre a Campanha Vacinação Solidária, que tem o objetivo de arrecadar alimentos e rações para cães e gatos, que está realizando juntamente com o presidente do Legislativo, Ismar Marão.
O objetivo é que as pessoas realizem as doações, ao irem se vacinar. “Quando os humanos ficam sem alimentos, os animais também passam fome”, lembrou Denise, contando que são centenas de pedidos diários por alimentos.
Segundo a vereadora, até agora conseguiram mais de uma tonelada de alimentos, mas apenas 24 quilos de rações. E a situação está cada vez mais difícil, “só em uma clinica veterinária nós estamos devendo mais de R$ 26 mil, a ração que recebemos de ajuda da prefeitura está atrasada há dois meses, e gastamos 14 sacos de ração de por dia, fora os 70 pontos de animais comunitários que alimentamos”, contou Denise.
“Nós precisamos muito de ajuda, doem vida e ganhe esperança, doem o que puder, tem muitas pessoas passando necessidade”, acrescentou. De acordo com a vereadora, a situação da Supra nunca foi tão difícil. “Estamos com quase mil animais, se a prefeitura não acertar a dívida, não sabemos o que vamos fazer”.

Palanque, palanque

Eu vou falar na primeira pessoa porque trata-se de opinião absolutamente pessoal. Na verdade, nem é opinião. Quero só manifestar o meu espanto crescente. Fico impressionado como ainda existem pessoas no Brasil que acreditam em promessas de campanha de alguns candidatos a algum cargo em qualquer nível de governo. Não consegui ainda descobrir se algum candidato- para ser mais específico à prefeito de uma cidade- vai subir em um palanque e anunciar que vai acabar com todo e qualquer projeto no segmento de proteção animal, por exemplo. Qual candidato hoje em dia, principalmente quando a causa animal é mais considerada por óbvios motivos, vai usar um palanque (entenda-se por palanque qualquer lugar onde o candidato fará campanha) pra dizer que não haverá políticas públicas de proteção animal? Vai falar que a cidade não vai ter mais animais abandonados, que o Centro de Zoonoses local vai atender todas as demandas, que os animais serão todos tratados a pão -de- ló, que serão contratados profissionais da área, bem pagos, etc. Vão até posar com um cachorro ou um gato na mão, incentivando adoção. Que circo!!! Que espetáculo dantesco! Mas, pelo amor de Deus… No Brasil isso não existe. Promessa de campanha é uma coisa, realização dela, no entanto…O compromisso desse tipo de político hoje em dia com a verdade é zero. A maioria das pessoas (sem pretensão política) preocupa em não mentir para outras pessoas por uma questão de princípios, enquanto que eles, “esses políticos”, mentem para todo mundo de uma vez só sem a menor preocupação, sem o menor pudor.

Tenho acompanhado o desenrolar da questão que se formou em torno do apontado desmonte da Superintendência de Bem Estar Animal de Uberaba. Veio à tona o fato de terem desativado o órgão sem qualquer explicação ou aviso prévio. Gerou polêmica e claro, a equipe da PMU saiu em defesa da atitude, dizendo, a princípio, que isso tinha acontecido porque existia um projeto muito mais amplo para o segmento. Nada foi provado. Enfim, tudo isso já foi dito. Mas quem está acompanhando? Depois de mais algum tempo, exibiram um papel com um “planejamento” mais primário impossível, tipo um organograma bem tosco, feito às pressas para fingir que esse projeto existia. E o que me causa espanto, é que tem gente inteligente que acredita. Acreditar em discursinho ensaiado e pessimamente interpretado?

Um lado mais cruel

Se é que é possível, ainda existe um lado mais cruel quando se trata da causa animal aqui em Uberaba. Também tenho acompanhado, mesmo sem querer me envolver porque não sou protetor independente de animais, denúncias de desentendimentos (brigas mesmo) entre pessoas que trabalham para a proteção animal, querendo “mostrar serviço” ao custo da vida dos próprios animais. Animais estão morrendo não apenas por falta de socorro e por falta de políticas públicas que são de responsabilidade da prefeitura, mas também por ciúmes na esfera política. Isso é cruel. E a cada dia aparecem mais e mais notícias estarrecedoras quanto a esses abusos.  

Apertem o cinto, a superintendente sumiu…

Liguei no órgão responsável que supostamente existe agora no Centro de Zoonoses de Uberaba conforme tinha sido prometido e até apresentado naquele pedaço de papel, como se fosse o local onde se desenvolveria o projeto muito mais ampliado que antes. Sondei com pessoas interessadas na questão animal. Quis entender melhor esse amplo e abrangente funcionamento, mas não consegui. Acabei ligando para o telefone que me informaram ser o contato para denúncias de maus tratos a animais. Sabe de onde era o telefone? Do Serviço de Cerimonial da prefeitura. É brincadeira. E pior, o uberabense entrou nessa brincadeira. A estrutura prometida e alardeada (depois do escândalo do desmonte da Superintendência de Bem Estar Animal) não está funcionando “ainda”. A superintendente não foi nomeada. Enfim, infelizmente não está tudo “como d’antes no quartel de Abrantes’ porque está muito pior. Pergunto: alguém acreditou no “projeto mais abrangente para a causa animal”? Ah, me poupe. Que projeto o que. E não dá mais pra justificar. Não era pra ter interrompido o serviço e, se tivesse sido realmente ampliado que ficassem sabendo quem desses serviços precisassem. Falta remédio, falta estrutura, falta verdade. Mas sobra incompetência.  Fazer pose em palanque? Pelo amor de Deus! Não venham justificar nada com gatinhos no colo, por favor. A cidade é uma das piores de Minas Gerais no que diz respeito à pandemia. Basta ver o número de óbitos nos boletins de Covid. Não é hora de ficar remendando com poses para um segmento que agora se viu que pode pressionar a política. As coisas deveriam ser feitas sem alarde, sem pose em cabines de avião, em postes de semáforos…para que não faltasse tempo e esforço real para gerir essa situação de pandemia. A causa animal tinha que estar indo bem, obrigado. É uma “remendação” sem fim. Só se remenda para sair uma foto bonitinha(?). Mas nada sai do papel (quando pelo menos se coloca em um papel). E essa á situação da causa animal em Uberaba- Minas Gerais. Muito triste!