Ativista ameaçada pelo Talibã tentar tirar mais de 250 animais do Afeganistão

A ativista norte-americana Charlotte Maxwell-Jones, fundou uma associação de resgate de cães e gatos em situação de rua em Cabul, no Afeganistão. Ela não conseguiu receber a mesma atenção internacional do ex-fuzileiro britânico Paul ‘Pen’ Farthing, mas também está lutando para retirar os mais de 250 animais que acolhe e toda a sua equipe que ainda está no país.
Charlotte fundou o seu centro de resgate e acolhimento em 2018. Ela está precisando de ajuda para retirar os animais e sua equipe, 128 pessoas, do país. Até agora, ela conseguiu captar cerca de U$ 700.000, mas ainda não é o suficiente para fretar um voo e organizar toda a papelada necessária para deixar o país antes de ser barrada por tropas do Talibã.

Além de retirar os animais de Cabul, ela ainda precisa encontrar ONGs parceiras que aceitem acolher os animais. Há muito obstáculos, o prazo é curto e a situação é desesperadora. “Precisamos de uma autorização de pouso para nossos animais. Precisamos de uma autorização de desembarque porque acho que vai ficar cada vez mais difícil”, disse Charlotte.
A ativista conta que oficiais do Talibã visitaram o abrigo e deram um ultimado para que ela deixasse o país. Ela tem até hoje, 31 de agosto, para regularizar toda a situação e sair do Afeganistão. Ela está tentando contato com outros ativistas, mas está recebendo respostas negativas com frequência. Charlotte está profundamente desesperançosa.
“Eu coloquei sangue, suor e lágrimas nessa organização juntamente com a minha equipe para salvar esses animais. Eu não pretendo abandoná-los e nem parar o meu trabalho em prol dos animais. Eu entendo que resgatá-los não é uma causa que toque a todos, mas são vidas, vidas importantes que precisam ser salvas”, apela a ativista.

O especismo não tem justificativa


Como o sexismo e o racismo, o especismo é uma forma de discriminação. Enquanto o racismo e o sexismo são os tratamentos injustos de membros de certos grupos de seres humanos, o especismo é o tratamento injusto de membros de certas espécies.


Às vezes é dito que não há razões moralmente convincentes para respeitar animais não humanos. Mas, na verdade, há boas razões para concluir que a forma em que a maioria dos animais sofre e morre é injusta, e que o especismo é totalmente inaceitável. Algumas razões pelas quais o especismo não tem justificativa são dadas a seguir.
Devemos discriminar aqueles que são menos inteligentes?
Algumas pessoas dizem que não respeitamos plenamente os animais porque eles são menos inteligentes que humanos. É verdade que a maioria dos humanos tem certas capacidades que outros animais não têm. Entretanto, existem humanos que não têm a capacidade de raciocínio nem possuem qualquer tipo de cognição complexa normalmente associada com humanos, como aqueles com diversidade funcional e algumas pessoas idosas. É justo tirarmos vantagem desses humanos simplesmente porque somos mais inteligentes? É claro que não. E não é nem um pouco mais justo discriminar outros animais que não têm as mesmas capacidades que nós temos.
Aqueles que querem usar a inteligência como uma razão para não respeitar animais não humanos na verdade teriam os mesmos motivos para discriminar muitos humanos também. Há capacidades que alguns animais não humanos possuem que humanos não têm. Alguns animais são capazes de voar, possuem um sentido de olfato aguçado, ou têm a capacidade de correr em velocidades muito altas.


Ter simpatia por alguns não justifica o abuso de outros
Algumas pessoas argumentariam que é aceitável discriminar animais de outras espécies porque os humanos não têm relações próximas e afetuosas com eles. Argumentariam que os humanos têm sim relações próximas e afetuosas com outros humanos, e por essa razão não devemos discriminar outros humanos. Entretanto, também existem humanos que não têm uma relação com ninguém. Existem pessoas idosas e órfãos com quem ninguém se preocupa. Existem crianças cujas famílias estão mortas, e que estão trabalhando como escravas. As pessoas que as escravizam não se preocupam com elas. Mas isso não é uma justificativa para explorá-las. Pensamos que essas pessoas devem ser respeitadas. Achamos injusta a discriminação contra os outros que não têm nenhuma relação humana próxima. Se isso é injusto, não pode ser usado como argumento para a discriminação contra animais humanos ou não humanos.


Humanos são mais poderosos
Existem argumentos que dizem que humanos podem discriminar animais não humanos simplesmente porque somos mais poderosos que eles. Esse é o mesmo raciocínio usado para explorar e escravizar muitos humanos para o benefício dos poderosos. Se nos opomos à frase “poder faz o direito” como uma justificativa para a discriminação, então não podemos usar isso como uma razão para a discriminação contra animais não humanos mais do que podemos para a discriminação contra humanos.

Eles pertencem a uma espécie diferente
Algumas pessoas dizem que está bem discriminar outros animais simplesmente porque pertencem a uma espécie diferente. Isso equivale a dizer que podemos discriminar outros animais sem motivo algum. Pertencer a uma espécie por si só não determina se alguém pode ser prejudicado ou beneficiado por nossas ações. Isso é determinado pelo fato de os animais poderem sentir sofrimento e desfrute ou não. Ignorar o fator mais relevante — a consciência — e usar uma classificação baseada em outra coisa é como responder “porque sim.” Esse é um tipo de raciocínio circular, também conhecido como petição de princípio. As pessoas que usam esse argumento assumem desde o início o que eles deveriam tentar provar, que como devemos tratar outros depende da espécie a que pertencem.
Se aceitássemos que podemos discriminar animais de outras espécies “porque sim”, então teríamos que aceitar qualquer outro tipo de injustiça ou discriminação pela mesma razão. Alguém que queira defender o racismo poderia também dizer que podemos discriminar humanos com diferentes cores de pele “porque sim.” Mas isso não diz nada.


O especismo é uma injustiça
Para descobrir se uma situação é injusta, podemos tentar nos colocar na situação dos envolvidos. Por exemplo, suponha que queremos descobrir se o racismo é injusto. Teríamos que nos colocar no lugar dos indivíduos afetados por ele. Teríamos que considerar não apenas as perspectivas daqueles que se beneficiam do racismo, mas também as perspectivas daqueles que são prejudicados por ele. Isso é o que a imparcialidade exige.
Se alguém que discrimina por razões racistas fosse levado a sofrer o que os discriminados sofrem, certamente seria contra o racismo. E quanto ao especismo? Devemos fazer a mesma coisa ao considerar o especismo. Devemos nos colocar no lugar dos animais que são prejudicados por ele. Não é suficiente observá-lo apenas através da nossa perspectiva. Temos que pensar sobre como é da perspectiva dos animais.
Se fôssemos nós quem tivesse que sofrer o que os animais não humanos sofrem por causa do especismo, iríamos aceitá-lo?
É claro que não aceitaríamos. Nunca aceitaríamos isso se fôssemos as vítimas. Se acreditamos que a justiça exige imparcialidade, então não podemos aceitar isso como algo justo. Portanto, o especismo é injusto.
Fonte: Ética Animal

Missão bem sucedida. Militar retirou de avião quase 200 animais do Afeganistão


Pen Farthing, o homem que queria salvar os animais do seu abrigo de acolhimento no Afeganistão, conseguiu sair do país com mais de 100 animais.

Recorde-se que o antigo membro da Marinha Real britânica fundou um abrigo para animais abandonados, em Cabul, no Afeganistão, e queria salvar os animais do seu santuário, tendo juntado dinheiro suficiente para alugar um avião.
O homem aterrou no aeroporto de Londres Heathrow, com os animais, esta manhã, num avião privado. Tendo, depois disso, rumado para a Noruega onde foi encontrar-se com a sua mulher.
A operação de resgate foi conseguida graças à instituição de caridade Nowzad. Recorde-se, contudo, que esta operação gerou algumas críticas, uma vez que se considerou inapropriado estar a salvar animais, quando no aeroporto de Cabul ainda permanecem milhares de pessoas à espera para sair do país.
Segundo o Daily Mail, os animais estão agora a cumprir um período de quarentena, sendo que animais que apresentem doenças, serão abatidos.
Fonte: Notícias ao Minuto

O mundo em ebulição

“Pois é, falaram tanto…”. O começo desse texto parece mesmo letra de música. Quem não conhece “Pois é”, música de Ataulfo Alves? Só que ele dizia em verso que dessa vez “a morena foi embora”. A morena do Ataulfo poderia até resolver voltar um dia, mas aqui estou falando de outra coisa que foi embora e não volta mais: o clima com suas 4 estações definidas e normais. Acabou. De quem é a culpa do fim desse relacionamento da natureza com a humanidade? Da humanidade, claro. Nem precisa escutar o outro lado. Até porque a natureza não fala, ela mostra. E tem gente que finge não acreditar. Inocentes pagando pelos pecadores é o que temos pra hoje.

Minha avó dizia…
Lembro que quando eu era menino (já faz muuuuuito tempo), minha avó falava que o mundo tinha acabado uma vez em água, se referindo ao dilúvio. E a gente cresceu ouvindo a passagem bíblica da Arca de Noé, contada por ela. Mas no final ela dizia que da próxima vez que o mundo acabasse, seria em fogo. Estou concluindo, depois de velho, que ela tinha razão. O mundo está pegando fogo. Há notícias de incêndios por toda parte do planeta. E a propósito do tema da coluna, como estão os animais nessas catástrofes?


Na Grécia
Cerca de trinta voluntários em Atenas se mobilizaram para curar dezenas de gatos e cães abandonados ou esquecidos por pessoas que tiveram que sair de suas casas por causa dos incêndios. Os animais resgatados são banhados a cada duas ou três horas para resfriar as patas —exceto aqueles com queimaduras graves. Veterinários voluntários organizaram um espaço de “tratamento intensivo” para os gravemente queimados, cujas feridas precisam de monitoramento contínuo.


No Parque do Juquery

Onça-parda, lobo-guará, tatu canastra, tamanduá-mirim, capivara, cachorro do mato, jararaca, cobra coral, tucano, seriema, veado-campeiro e jaguatirica são apenas algumas das espécies de animais que habitam o Parque Estadual do Juquery, que fica nos municípios de Franco da Rocha e Caieiras, na Grande São Paulo e que também sofreu incêndio há pouco dias.
Não há informações sobre mortes de animais, mas ao menos três deles foram resgatados: uma preá, uma cobra e um ouriço. O Incêndio pode ter sido causado pela queda de um balão em cerrado que fica em Franco da Rocha e Caieiras, na região metropolitana de São Paulo. Essas pessoa foram presas e soltas ao pagarem fiança de três mil reais. E quanto custa os 80% do parque que foram destruídos pelo fogo. A meu ver, para quem soltar balão nessa época do ano no Brasil, a pena deveria ser muito maior.

No Afeganistão

Se não bastasse o fogo que queima o planeta, os acontecimentos vão além e deixam o mundo perplexo com tanta barbaridade. É o caso do Afeganistão. E mais uma vez, pelo propósito da coluna, precisamos ter e dar notícia dos animais.

Duas organizações não-governamentais de Cabul tentam levantar dinheiro e encontrar uma maneira de retirar centenas de gatos e cachorros do país até o dia 31 de agosto, data limite estabelecida pelo Talibã para a retirada dos soldados dos Estados Unidos e outros países que formaram uma coalizão militar que esteve no país durante 20 anos.
A ONG, a Kabul Small Animal Rescue, tenta juntar US$ 1,5 milhão para tirar seus funcionários e cerca de 200 cães e gatos do Afeganistão, de acordo com um texto da National Public Radio, dos Estados Unidos.

O ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, anunciou nesta quarta-feira (25) que vai autorizar a retirada de cães e gatos de um abrigo na região de Cabul. Um ex-fuzileiro naval que está organizando o resgate alugou um avião para levar a equipe afegã e os animais para um local seguro.
“Se você chegar com esses animais, procuraremos um horário para seu avião”, tuitou Wallace sobre Paul Farthing, um ex-soldado que abriu um abrigo de animais em Cabul e quer evacuar cerca de 140 cães e 60 gatos, assim como seus funcionários afegãos e famílias.


Enfim…
Então, o mundo parece estar mesmo em ebulição, porque certamente o planeta está mais quente. Mas, felizmente, há quem se preocupe com os animais mundo afora. Desde o resgate das grandes queimadas até às situações extremas, como no caso do Afeganistão, eles, os animais, são socorridos por organizações de proteção animal. Que assim seja sempre.

Resgate dramático de animais após incêndios na Grécia


Voluntários já resgataram mais de 200 animais que foram deixados para trás, em áreas que tiveram que ser evacuadas após os incêndios deste mês na Grécia. Eles foram levados para um abrigo improvisado e tomam banho a cada duas ou três horas para resfriar as patas, exceto os que tiveram queimaduras graves.
No abrigo de Atenas, os voluntários se movem entre as gaiolas e colocam gelo nas tigelas, enquanto um ventilador alivia um pouco o calor.
“Foram mais de 2.000 pessoas que se apresentaram como voluntárias”, disse Elena Dede, fundadora da organização sem fins lucrativos Dog’s Voice.
Ela contou que “dez toneladas de comida para cães e gatos” foram recolhidas e serão entregues em canis na Ática, no leste da Grécia.


Ajuda de veterinários
O espaço improvisado de “tratamento intensivo” foi organizado por veterinários.
Eles levam para lá os bichinhos gravemente queimados, com feridas que precisam de monitoramento contínuo.
• “Até agora, recebemos 233 animais”, diz Yannis Batsas, presidente da Ação Voluntária dos Veterinários Gregos.

E dezenas já foram devolvidos às famílias: “Cerca de 90 animais voltaram para seus donos”, disse Elena Dede.
Os incêndios na Grécia
Dezenas de cidades perto de Atenas foram esvaziadas no início deste mês após o avanço das chamas, que devastaram florestas e residências trinta quilômetros ao norte da capital.
Nesta região há cães e gatos abandonados, que foram deixados para trás pelas famílias que fugiram das chamas.
• Entre os milhares de voluntários que se apresentaram, principalmente no primeiro fim de semana, muitos concordaram em levar cachorros para casa por cerca de quinze dias.
“Nunca temos mais de cinquenta animais ao mesmo tempo, graças a abrigos e adoções”, afirma Yannis Batsas.

Fonte: Folha do Litoral

Nutrologia Veterinária é tema de curso de especialização


Direcionado a médicos-veterinários e estudantes do último ano de graduação, o curso abordará conceitos atuais de medicina interna e nutrição. As inscrições estão abertas!


Como orientar o manejo dietético de manutenção de cães e gatos? Quais os melhores alimentos? Qual a melhor recomendação para cães e gatos saudáveis? Como tratar e evitar doenças através da alimentação?

Para responder a essas e outras questões, o Instituto Ranvier, apresenta a pós-graduação em Nutrologia Veterinária. Com início em outubro de 2021, o curso é direcionado a médicos-veterinários e estudantes de Medicina Veterinária no último ano de graduação que queiram se especializar ou reciclar tópicos e conceitos atuais de medicina interna e nutrição.

Com certificação lato sensu reconhecida pelo Ministério da Educação, o curso terá duração de 21 meses e será coordenado e ministrado pelo Prof. Dr. Marcio Brunetto, do Departamento de Nutrição e Produção Animal da FMVZ/USP e coordenador do Centro de Pesquisas em Nutrologia de Cães e Gatos da FMVZ – USP (CEPEN pet), junto com o Prof. Dr. Thiago Vendramini, também do Departamento de Nutrição e Produção Animal da FMVZ-USP, e a Profa. Msc. Vivian Pedrinelli, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Clínica Veterinária com ênfase em nutrologia de pequenos animais pela FMVZ/USP.

As aulas serão presenciais na sede do Instituto Ranvier, em São Paulo e abordarão temas como: os conceitos da nutrição, nutrologia e suporte nutricional do paciente em estado crítico; principais doenças, metabolismo e intervenções; e formulação e processamento de alimentos para cães e gatos.

“Buscamos continuamente incentivar a geração de conhecimento científico na área de nutrição de cães e gatos. Parcerias como essa potencializam ainda mais a troca de informações e experiências dentro do universo acadêmico, fazendo com que cada vez mais estudantes e profissionais tenham acesso a disciplinas teóricas e práticas relacionadas à nutrologia”, afirma Madalena Spinazzola, diretora de planejamento estratégico e marketing corporativo de empresa do setor de alimentação animal.

Serviço:
Pós-graduação lato sensu em Nutrologia Veterinária
Data de início: outubro de 2021, com aulas presenciais mensais aos sábados e domingos
Local: Instituto de Ensino e Pesquisa Ranvier – Rua Augusto Ribeiro Filho, 74, Campo Belo – São Paulo/SP
Mais informações: https://iepranvier.com.br/pg-nutrologia-veterinaria-caes-gatos

Caio pede divulgação dos números de telefone para denúncias de maus-tratos dos animais

Para fortalecer a causa animal, o vereador Caio Godoi apresentou requerimento em sessão plenária, solicitando à prefeita Elisa Araújo que sejam inseridos nas contas de energia (CEMIG) e água (CODAU) os números de telefone dos órgãos responsáveis pelo atendimento de denúncias de maus-tratos contra animais.
Segundo o parlamentar, considerando a necessidade de zelar pela proteção dos animais de Uberaba, é de extrema relevância garantir que a população tenha conhecimento dos canais de atendimento e de denúncia de maus-tratos. “Por atuar na causa, pude observar uma quantidade considerável de pessoas que ainda não tem conhecimento sobre como e a quem recorrer para formalizar uma denúncia. Desse modo, acreditamos que seja extremamente pertinente que o Município disponibilize ampla divulgação à população dos canais de atendimento para denunciar maus-tratos contra animais em nossa cidade”, justificou.
Para isso acontecer, Caio sugeriu a inclusão nas contas de energia e água dos números de telefone dos órgãos responsáveis pelo atendimento de denúncias de maus-tratos. “Seja da Superintendência de Bem-Estar Animal, que já realiza referida diligência, quanto dos órgãos policiais responsáveis pela fiscalização. Temos certeza de que com a divulgação solicitada muitos animais serão beneficiados. Precisamos caminhar no sentido de abranger e dar publicidade às formas de proteção aos animais, e de não medir esforços para combater toda e qualquer forma de maus-tratos”, destacou Caio.

Preocupação com o meio ambiente também está na indústria de cosméticos


Diversas marcas e startups desenvolvem produtos com ingredientes naturais e até embalagens ecológicas visando diminuir impacto ambiental

Questões ambientais estão sempre em pauta. Da mudança de clima ao excesso de lixo nos mares, há diversas preocupações com a natureza que podem ser reduzidas ou evitadas. Muitas marcas nacionais e internacionais, dando atenção a esses alertas do meio ambiente, buscam diminuir ao máximo seu impacto. O uso de produtos naturais, embalagens ecológicas e não fazer testes em animais são algumas das diretrizes para alcançar esse objetivo.

Campanhas mundiais relembram da preocupação ambiental de variadas formas. Em abril, a campanha “Salve o Ralph” atentava para o fim do uso de animais para testes de cosméticos. A versão brasileira do vídeo, com dublagem de Rodrigo Santoro, alcançou quatro milhões de visualizações em dez dias no ar. Em julho, outra campanha global destacava a poluição causada por plásticos de uso único, especialmente nos mares: a ação Julho Sem Plástico. Ainda que pontuais, essas campanhas acabam movimentando o mercado de produtos veganos de forma muito positiva.

A startup curitibana Verdê reúne em sua loja virtual (www.lojadaverde.com.br) mais de 30 marcas que carregam em sua missão a preocupação ambiental. Fundada por Jhony Dallasuanna e Mariana Alves em 2019, a Verdê faz curadoria de produtos eco-friendly e cruelty-free. “Por não poder confiar muito no que se vê nas prateleiras, entendemos que seria interessante ter uma loja para comprar com confiança”, explica Mariana. “Nós somos bem minuciosos, como um filtro para quem compra”, afirma Dallasuanna. “Se o produto não tem nada de origem animal, mas a empresa patrocina rodeios ou desfiles de moda com peles, ele não entra na nossa loja”.

Empresas nacionais e internacionais encontram soluções criativas para contornar problemas como uso excessivo de plástico ou componentes químicos em sua formulação. A sueca The Humble Co., por exemplo, produz escovas de dentes feitas de bambu, com decomposição mais rápida, e fio dental em embalagem de papel. A marca Herbia tem uma toalha facial para remover maquiagens sem precisar usar algodão de uso único.

Shampoos sólidos são outro destaque que vem ganhando força no ramo de cosméticos. Produzidos de maneira natural, reduzem elementos nocivos que podem agredir os cabelos em sua formulação e ainda vêm em embalagens de papel reciclado, como os da Prema Bio Cosméticos. Já a Cativa Natureza, por exemplo, tem sabonetes de argila envoltos em plástico biodegradável e embalados em papel biodegradável.

Castração no HVU- não perca essa chance!

As inscrições para o mutirão de castração começam nesta quarta-feira (18) e vão até sábado (21). O evento será realizado pelo Hospital Veterinário de Uberaba (HVU) e protetores independentes, em parceria com o curso de Medicina Veterinária, a OSC Aliança Juizforana pela Defesa dos Animais (Ajuda) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A castração contemplará 500 pets, entre cães e gatos, gratuitamente, e acontecerá entre os dias 22 e 29 de setembro. As informações sobre os critérios de inscrições podem ser obtidas por (34) 3319-8787.

A castração é um relevante controle populacional de cães e gatos, que atualmente somam mais de 80 mil em Uberaba. “É muito importante resgatar um animal, castrar e doá-lo castrado, porque infelizmente não temos como saber se quem vai adotar será responsável, se quando o animal fugir e cruzar, o tutor terá o mesmo cuidado que nós, protetoras independentes, com os filhotes. E nós, as ONGs, estamos superlotadas, precisando castrar cerca de seis mil cães e gatos por ano, para a situação ser controlada em dez, vinte anos, é uma questão de saúde pública. Então, para mim, essa é uma conquista linda para os animais que já estão com seus tutores”, explica a protetora independente, Débora Guimarães.

A iniciativa de Débora procura atingir 500 cães e gatos da cidade. “Nós estamos focando a população de baixa renda, que não possui condições financeiras para castrar os animais que possui. Queremos ter, cada vez mais, uma cidade com menos animais abandonados, menos maus-tratos e crueldade. Espero que venham muitas castrações pela frente, estou muito feliz e até emocionada com a ação, isso foi algo que sempre idealizei”, complementa.

O evento contará com a atuação do grupo de protetores independentes da cidade, como voluntários, e da OSC Ajuda. As castrações serão realizadas em castramóvel, aprovado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas. “Esse trabalho de esterilização percorre várias cidades de Minas Gerais. As atividades da OSC Ajuda foram reconhecidas pelo Governo de Minas, que se tornou parceiro de nossos projetos, transformando nossos castramóveis em Unidades Móveis de Esterilização e Educação em Saúde, por meio de emendas parlamentares do Deputado Estadual Noraldino Jr, foram adquiridos veículos e disponibilizadas verbas para realização de castrações por todo o estado, ampliando ainda mais nossa atuação”, conta a coordenadora da OSC, Simone Krass.

Para a seleção de animais, serão avaliados os seguintes critérios: tutor ou o responsável com idade acima de 18 anos (deverá apresentar documento com foto), animais com idade entre 6 meses e 7 anos e animais em boas condições de saúde. Cadelas e gatas no cio poderão ser castradas. “Será disponibilizado um folder informativo com as orientações que devem ser tomadas antes da cirurgia- elas são importantes para evitar problemas durante e após o procedimento- como: no dia da cirurgia o animal deverá estar em jejum de água e alimentos pelo menos 08h antes; todos os caninos devem estar com coleira e guia para evitar brigas ou fugas e os menos sociáveis com focinheira; os caninos machos deverão comparecer à cirurgia munidos de colar elizabetano; gatos e gatas deverão vir em caixas apropriadas de transporte, para evitar fugas”, explica o gerente clínico do HVU, Cláudio Yudi.

Participação universitária

Os alunos do Curso de Medicina Veterinária da Uniube vão participar do evento, por meio de atividades educacionais e orientativas sobre bem-estar animal, comportamento, tutoria responsável e principais zoonoses. Também darão suporte nos procedimentos pré-operatórios, como sedação, depilação dos animais e cadastramento.

“Iremos auxiliar na educação que será desenvolvida pelos alunos do curso, orientados pelos docentes. É uma oportunidade de atuar na difusão de informações e no esclarecimento dos tutores por meio de pequenas palestras que envolvam a proteção e a promoção da saúde animal e humana e para que os alunos possam observar os desafios em conjunto com os tutores. É uma sala de aula rica de experiência”, finaliza Cláudio Yudi.

O cadastramento dos animais que participarão das esterilizações será realizado no HVU entre os dias 18 e 21 de agosto, das 9h às 12h e 13h às 17h.

Golfinhos estão sendo infectados por um vírus desconhecido; surto pode ser global


Biólogos no Havaí detectaram uma cepa desconhecida de Morbillivirus em cetáceos. O patógeno pode causar infecções mortais em mamíferos marinhos de todo o mundo. O vírus foi encontrado em um golfinho-de-Fraser solitário – uma espécie altamente social – levando a preocupações de que a doença pudesse se espalhar e causar estragos fora do oceano Pacífico central. Os achados da pesquisa foram publicados em Scientific Reports.
O golfinho-de-Fraser juvenil macho (Lagenodelphis shoei) ficou preso na costa de Maui em 2018, dando início a uma investigação de dois anos sobre sua condição. Seu corpo estava em boa forma, mas seus órgãos e células apresentavam sinais de doenças. Uma análise genética de culturas de células revelou o culpado: uma “cepa nova muito divergente de morbilivírus” que os cientistas “desconheciam anteriormente”, como Krisi West, pesquisadora associada do Instituto Havaí de Biologia Marinha da UH Mānoa, explicou em um comunicado à imprensa.
Os cientistas conhecem poucas cepas do morbillivirus, mas as notícias não são boas; o vírus está causando surtos mortais entre mamíferos marinhos, incluindo cetáceos (o grupo que inclui ambos os golfinhos e baleias) em todo o mundo. Outras espécies do gênero Morbillivirus incluem o vírus que causa o sarampo humano e o vírus da cinomose canina.
Os golfinhos-de-Fraser são altamente sociáveis e amigáveis, e são conhecidos por se misturarem com outros golfinhos e baleias. Consequentemente, eles, uma espécie oceânica, podem trazer esse patógeno altamente infeccioso para outras partes do mundo, exigindo que os gestores da vida selvagem marinha e os conservacionistas estejam atentos.
“É muito importante para nós aqui no Havaí avaliarmos a situação porque temos outras espécies de golfinhos e baleias – cerca de 20 que chamam a região de lar – que também podem ser vulneráveis a um surto deste vírus”, acrescentou West. “Um exemplo são nossas falsas baleias assassinas ameaçadas de extinção – onde há uma estimativa de apenas 167 indivíduos restantes. Se esse novo agente se espalhar por essa população, isso não só representa um grande obstáculo para a recuperação da população, mas também pode ser uma ameaça de extinção”.
Na verdade, este é um assunto muito sério. Dois incidentes anteriores envolvendo novas cepas de morbilivírus resultaram em altas taxas de mortalidade entre golfinhos no Brasil e na costa oeste da Austrália. No exemplo brasileiro, acredita-se que mais de 200 golfinhos da Guiana morreram da doença de novembro a dezembro de 2017.
Os autores do novo estudo afirmam que mais pesquisas serão necessárias para testar as taxas de imunidade entre golfinhos e baleias no Pacífico central, pois isso poderia ajudar a estabelecer as taxas de infecções anteriores e o cenário de um possível surto.
No entanto, controlar essa doença não será fácil. O laboratório Health and Stranding consegue recuperar menos de 5% dos cetáceos que morrem nas águas do Havaí. A equipe está pedindo ao público que relate avistamentos de mamíferos marinhos mortos e em perigo para a rede de cuidado aos mamíferos marinhos, NOAA Marine Wildlife Hotline.
De forma encorajadora, uma campanha de imunização em massa pode ser possível. Como aponta o comunicado de imprensa, a NOAA tem trabalhado em um programa de vacinação contra morbilivírus para criar imunidade coletiva entre as focas-monge ameaçadas de extinção do Havaí.
Por George Dvorsky
Fonte: Gizmodo