Mercado ‘bom pra cachorro’: setor pet resiste à pandemia da Covid-19


O Brasil é o terceiro maior mercado de pets de todo o mundo. E como os 54 milhões de cachorros e 24 milhões de gatos nas casas dos brasileiros continuam precisando se alimentar e viraram companhias importantes na quarentena, o mercado sentiu menos do que os outros a crise da pandemia do novo coronavírus.


Não por acaso, a expectativa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) é de que o segmento se mantenha estável, oscilando pouco em relação ao faturamento do ano passado, que foi de R$ 36 bilhões. Diante de quedas generalizadas, é uma vitória.
Soma-se a isso que diversos locais, como São Paulo, classificaram os pet shops como serviços essenciais, permitindo que eles continuem abertos.
Na maior rede do Brasil com 107 lojas, as vendas dobraram na semana anterior à determinação do isolamento social. Depois, voltaram ao normal. Mas o valor médio da compra aumentou 30%, passando de R$ 110 para R$ 150.
“O cliente não deixa de ir à loja, mas, quando vai, aproveita para fazer uma compra grande e, assim, não precisar retornar com tanta frequência”, avalia o CEO Sergio Zimerman. A empresa faturou R$ 986 milhões em 2019, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, taxas, depreciação e amortização) saltou 130% no mesmo período.
A pandemia mostra que as vendas online deverão ter grande importância na estratégia da companhia. Se a quarentena fez a ida ao ponto de venda diminuir, o movimento no e-commerce mais que dobrou. O comércio online passou de uma participação 12% para 25% depois do início da pandemia.
“Percebemos que o cliente passou a alternar: faz uma compra na loja, outra pela internet. E acreditamos que, passada a pandemia, o percentual vai se manter em torno dos 20%, que é o que prevíamos para daqui cinco anos. Esse será o novo normal, antecipado pelo novo coronavírus”, analisa Zimerman.
Quem compra pela internet pode receber os produtos em casa ou retirar na loja com opção de “zero contato”. Para isso, as unidades contam agora com o serviço de drive-thru, em que um funcionário coloca as compras direto no porta-malas.
Faturamento recorde
O aumento de 10% no faturamento em março chegou a ser interpretado por outra empresa como uma antecipação de compra por causa da quarentena. No entanto, abril chegou e, na primeira quinzena, as vendas já eram 6,5% maior que no mesmo período do ano passado.
“As pessoas não deixaram de comprar e passaram a adquirir mais produtos. Em vez de um pacote de ração, levam dois. Também pegam mais petisco, mais brinquedo. O cachorro está confinado, sem passear ou saindo menos e precisa gastar energia”, explica o CEO Rodrigo Albuquerque.
A rede, que tem 100 lojas em 17 estados, comprou recentemente a plataforma de e-commerce Geração Pet, que já é usada por 40% das unidades. Mas mantém a atenção às lojas pequenas, localizadas em bairros mais afastados do centro, que conquistem e mantenham o cliente com atendimento diferenciado.
O serviço de banho e tosa, que representa 23% do faturamento da companhia, está temporariamente suspenso. Apesar disso, uma única unidade da empresa vendeu, em apenas um dia, 350 pacotes para quando o serviço voltar a funcionar. As reservas compensarão parte da venda, mas não serão suficientes para recuperar os valores perdidos – afinal, o cachorro não precisará de mais banhos ou tosas quando o serviço retornar ao normal.
Rodrigo Albuquerque conta que resistia à ideia de oferecer o serviço de entrega, mas que, diante da necessidade, acabou implantando não só o delivery, mas também o drive-thru. “E vieram para ficar”, conclui.
Volume semanal acima do mensal
Aplicativo de entrega de produtos pet teve um aumento de 40% no número de pedidos em março na comparação com fevereiro, o que fez a receita subir 52%. Segundo a empresa, 65% das compras são de produtos considerados essenciais, como alimentos e remédios, e 35% não-essenciais, como brinquedos e guias para passeio.
Criado em 2019, o app registrou mais de 200 mil downloads em menos de um ano e conquistou, em duas semanas, um número de downloads esperado para 4 ou 5 meses.
“O mais importante é que 78% das pessoas que baixam o aplicativo fazem compras a cada 45 dias ou menos. Isso mostra que se o serviço já era importante antes da pandemia e que está sendo ainda mais durante”, avalia Felipe Diz, CEO e cofundador do aplicativo.
Hoje, o aplicativo atende a 90 bairros em São Paulo e no Rio de Janeiro. Para isso, conta com 5 centros de distribuição. A empresa trabalha com frota própria e, recentemente, fechou parceria com o iFood, o que permite entrega rápida durante 24 horas de qualquer produto pet.
“Com a pandemia, notamos uma mudança nos horários dos pedidos. Agora, eles estão diluídos ao longo do dia. Antes, eram feitos de manhã cedo, antes do tutor sair para trabalhar, ou no início da noite, quando voltava para casa”, analisa Diz. Outro ponto que conquista o consumidor: a Zee.Now decidiu não cobrar taxas de entrega.
Fábricas em pleno funcionamento
De acordo com o presidente da Abinpet, José Edson Galvão de França, não há indicativos de fechamentos de fábricas, reduções de jornadas de trabalho ou demissões. E a previsão é de que o faturamento, neste ano, seja parecido com o do ano passado.
Empatado com a Inglaterra, o Brasil é o terceiro maior mercado pet do mundo. Está atrás apenas dos Estados Unidos e China, que passou o Brasil neste ano.
Pequenos sofrem
O consultor Alberto Serrentino, especializado em varejo e consumo, avalia que o mercado pet cresce sistematicamente acima do PIB porque cada vez mais lares têm animais de estimação e porque eles passaram a ser tratados como membros da família. Mas que, enquanto as grandes redes e as marcas mais consolidadas passam pela crise, as pequenas, que são a maioria, já sofrem algum tipo de prejuízo.
“O mercado pet é muito fragmentado. A maior parte é de pequenas empresas, que não têm a mesma capacidade das grandes de se manter. Então, considerando o todo, o resultado pode ser negativo”, diz Serrentino, que é o fundador da consultoria Varese Retail.
Na opinião dele, que é especialista em varejo e consumo, o padrão deve mudar em função da pandemia do novo coronavírus.
“Os setores vão retomar as atividades gradualmente, alguns vão demorar muito, e isso vai gerar queda de emprego e de renda. As pessoas vão passar a comprar menos. O segmento pet vai ser impactado, sem dúvida, mas certamente menos que outros setores”.

Cachorro perdido em alto-mar é salvo por petroleiros na Tailândia

Um cachorrinho exausto foi encontrado nadando sem parar a quase 200 quilômetros da costa da Tailândia, no sudeste asiático.
Talvez, para ele, tudo estava perdido, mas uma equipe de homens que trabalhavam numa plataforma de perfuração de petróleo não tão distante dali, o avistou e o retirou do alto-mar.
Um dos funcionários da plataforma, Vitisak Payalaw, rapidamente pegou sua câmera e começou a capturar o que via.
De acordo com o post que publicou em seu perfil do Facebook, Payalaw viu a cabeça do cachorro, única parte de seu corpo que não estava submersa, e ele estava nadando em direção à plataforma. Felizmente, era uma tarde bastante calma e as ondas estavam pequenas, caso contrário, eles não teriam sido capazes de vê-lo.
Ao chamar o cachorro, ela nadou até o navio e se abrigou nas barras de metal do navio. Os trabalhadores conseguiram então segurar uma corda ao redor da cintura do cão e puxá-la para o convés.

Os trabalhadores bolaram um plano para retirá-lo do mar à medida em que as ondas ficavam cada vez maiores e a noite se aproximava. Eles finalmente decidiram amarrar uma corda em volta dele e puxá-lo para dentro da plataforma.
O cachorro estava a quase 200 quilômetros de distância da costa, tornando quase impossível qualquer possibilidade de sobrevivência a longo prazo.
De acordo com Payalaw, quando o cachorro se agarrou ao poste, ele não fez nenhum barulho e estava absolutamente exausto.
Os homens acham que o cachorro pode ter caído de um barco de pesca ou saltado de um navio onde pode ter sofrido de algum tipo de abuso.
O cãozinho foi seco e alimentado pelos rapazes da petrolífera.
Ele permaneceu na plataforma de perfuração por dois dias enquanto uma gaiola especial foi construída para trazê-lo de volta à superfície.

Ele foi levado para uma clínica veterinária em Songkhla, sul da Tailândia, onde foi submetido a testes para verificar se sua saúde está de alguma forma debilitada.
Um dos trabalhadores da plataforma petrolífera disse que gostaria de adotá-lo se o dono dele não for encontrado.

O cachorro recebeu o nome de Boonrod, que em tailandês significa “fazer uma doação espiritual para dar sorte no futuro”.
Esta história, de certa forma milagrosa, rapidamente repercutiu online, e apesar de muitas pessoas oferecerem ajuda financeira, Vitisak Payalaw declarou que não aceitará qualquer tipo de doação.

Escola de Cães-Guia Helen Keller sob nova direção

Na última quarta-feira, 14, foi eleito o novo Conselho Deliberativo que, ao lado da Diretoria Executiva, assume a administração da escola Helen Keller, entidade filantrópica sem fins lucrativos, com sede em Balneário Camboriú (SC), pelos próximos dois anos.
“A diretoria se propõe a realizar um trabalho consistente e comprometido com a sustentabilidade da Escola de Cães Guias Helen Keller, atendendo aos objetivos de promover qualidade de vida da pessoa cega e com baixa visão, a partir do apoio dos cães-guias, além de desenvolver novos profissionais técnicos na área”, explica Emílio Dalçóquio, o novo presidente executivo, que cuidará de reunir a equipe de técnicos contratados, os voluntários da diretoria e a comunidade. Dalçóquio trabalhará ao lado do vice-presidente Zenaldo Feuser, que traz sua vasta experiência em gestão e no terceiro setor.
“A comunidade regional também terá a oportunidade de conhecer e apoiar a escola. Aos poucos também iremos expandir para que outros estados também conheçam e apoiem a entidade”, complementa Elis Rejane Busanello, diretora de marketing da entidade.
O presidente do conselho deliberativo Dr. Germano Pereira reforça o apoio à diretoria executiva para agilizar os resultados. O socializador Frederico Guilherme Costa Cabral, também assessor Especial de Relações Institucionais, assume a função de manter o alinhamento e a integração dos socializadores com a escola, além do cuidado aos critérios técnicos, o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos cães ao lado do coordenador técnico da escola Fabiano Pereira.
Conheça a diretoria executiva
Presidente: Emílio Dalçoquio Neto
Vice-presidente: Zenado Feuser
Diretor de Gestão Técnico Pedagógica: Romeu Pereira Filho
Diretor de Gestão Administrativo e Financeiro: Fernando Góis Martarello
Diretor de Gestão de Patrimônio e Manutenção: Rudolf Willy Decker
Diretor de Gestão de Eventos e Captação: Carlos Gustavo Bauer
Diretora de Marketing: Elis Rejane Busanello
Assessoria Especial de Relações Institucionais: Frederico Guilherme Costa Cabral
Outros 13 voluntários compõem conselho fiscal e jurídico.
Conselho deliberativo
Presidente: Germano Pereira
Secretários: Luciano Gall e Guido José Warken Filho
Sobre a Escola de Cães Guias Helen Keller
A escola é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, sediada em Balneário Camboriú, SC, e a primeira escola da América Latina ligada à Federação Internacional de Cão-Guia. Desde a sua fundação em 1993 já foram entregues 46 cães-guia. Em julho de 2016 foi inaugurada a primeira sede própria e a expectativa é de que com a nova estrutura sejam entregues cerca de 30 cães-guia por ano. Os deficientes visuais recebem o cão-guia gratuitamente. Para poder continuar com os treinamentos a escola depende de patrocínios e doações.

Cidade Amiga dos Animais

Criada em 1950, a Federação Mundial de Proteção Animal (World Federation for the Protection of Animals), hoje com o nome de World Animal Protection, trabalha no mundo inteiro para pôr fim ao sofrimento desnecessário dos animais, inspirando pessoas a mudar definitivamente a vida dos mesmos.

Neste ano, a Federação destacou o trabalho de municípios com características muito diferentes, mas que partilham da mesma missão: melhorar a vida dos animais
Após uma cuidadosa revisão dos mais de 150 projetos enviados por municípios em toda a América Latina, anunciaram os vencedores do 2º Prêmio “Cidade Amiga dos Animais”.
Foi escolhido um vencedor para cada uma das nove categorias e o município com a melhor pontuação em mais de uma delas ganhou o título de vencedor geral.
Confira os ganhadores:

Vencedor geral
Curitiba – Paraná, Brasil
Vencedores por categoria
• Estruturas e políticas efetivas e sustentáveis: Curitiba – Paraná, Brasil
• Controle da densidade populacional e da taxa de renovação: Jundiaí – São Paulo , Brasil
• Bem-estar dos animais em situação de rua: Conselheiro Lafaiete – Minas Gerais, Brasil
• Gestão eficiente de instalações de triagem e realocação (abrigos, canis, gatis, lares temporários): Barueri – São Paulo, Brasil
• Saúde pública de qualidade: Ponta Grossa – Paraná, Brasil
• Guarda responsável de animais: Curridabat – Costa Rica
• Prevenção e atendimento a maus-tratos contra animais: Curitiba – Paraná, Brasil
• Gerenciamento de conflitos entre animais de companhia e animais silvestres e/ou de fazenda: Cidade do México – México
• Ideia inovadora para promoção do bem-estar: São Paulo – São Paulo, Brasil e Maringá – Paraná, Brasil
Curitiba: unindo a sociedade pelo bem-estar animal
Ganhadora em duas categorias – Estruturas e políticas efetivas e sustáveis e Prevenção e atendimento a maus-tratos –, Curitiba, capital do Paraná, foi a grande vencedora geral. A cidade também foi destaque em outras quatro categorias: Controle da densidade populacional e da taxa de renovação, Bem-estar dos animais em situação de rua, Gestão eficiente de instalações de triagem e realocação (abrigos, canis, gatis, lares temporários) e Guarda responsável de animais.
O trabalho de manejo de populações de animais em Curitiba teve início em 2005 com a criação do Conselho Municipal de Proteção aos Animais (COMUPA). Atualmente, a cidade conta com a Rede de Proteção Animal, uma Divisão do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna – SMMA, que promove a interação entre vários agentes públicos, da iniciativa particular e do terceiro setor, na busca de melhores condições de vida para a fauna da cidade.
Curitiba também se destaca por trabalhar com diferentes setores da sociedade pelo bem-estar animal. Isso incluiu a parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) para desenvolvimento e aplicação de projetos com embasamento científico e de impacto tanto no bem-estar animal quanto na saúde pública.
Como uma grande cidade, Curitiba ainda tem muitos desafios a enfrentar e pontos a melhorar em relação aos animais, mas tem se destacado, nos últimos anos, por seus diversos projetos em manejo de população de cães e gatos.

Reencontro emocionante!

Uma cachorro da raça boxer que tinha sido furtado há mais de um ano no pátio de uma família de Torres, no Litoral gaúcho, foi localizado em Morro da Fumaça, no Sul de Santa Catarina.
Os donos, naturalmente, ficaram muito emocionados e o cão os reconheceu imediatamente. Esta é mais uma prova que eles têm memória sim. As cenas foram gravadas e puderam ser vistas em imagens que foram exibidas pela NSC TV na segunda-feira (19).
Uma moradora de Morro da Fumaça resgatou um cachorro que estava na rua debilitado. Ela pediu ajuda para uma organização não-governamental da cidade, que publicou fotos do cão da raça nas redes sociais.
Com o apoio de protetores de animais da região, as imagens repercutiram e chegaram até os donos, no Rio Grande do Sul.
“Estávamos quase perdendo a esperança, graças a Deus, foi grande e deu esse privilégio de estarmos de novo com o Fred”, disse o dono, Carlos de Matos.
O cão Fred vivia com a família desde dezembro de 2017 e tinha sido roubado em setembro de 2019. Desde então, a família procurava por ele.