Mais uma extinção oficial

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No passado, os pumas do leste habitavam uma extensa região da América do Norte, do Michigan à Carolina do Sul. Este grande felino era visto em praticamente todos os estados americanos a leste do Rio Mississippi, mas foi dizimado por ser visto como uma ameaça aos rebanhos. Na semana passada, o animal foi removido da lista de espécies ameaçadas e declarado oficialmente extinto.
Os pumas do leste eram primos dos leões da montanha, que habitam estados da costa oeste americana, e das panteras da Flórida, encontradas apenas nos Everglades. Em 2011, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA iniciou uma revisão extensa no status do puma e, em 2015, concluiu que a espécie estava além das possibilidades de recuperação. Na última segunda-feira, a decisão foi oficializada.
A espécie foi declarada ameaçada em 1973, mas o último registro do animal aconteceu em 1938, de um espécime morto por um caçador no Maine. Desde então, aconteceram alguns avistamentos, mas de leões da montanha vindos do oeste. Em 2011, por exemplo, um grande felino foi morto atropelado numa rodovia em Connecticut, mas era um leão da montanha perdido.
Os cougars (pumas do leste) mediam até 2,5 metros, da ponta do rabo à cabeça, e pesavam até 65 quilos. Eles foram o mamífero com maior abrangência territorial do Hemisfério Ocidental, mas foi alvo de campanhas de extermínio e teve seu habitat destruído pelo avanço humano. Sua alimentação era basicamente de veados, mas fazendeiros temiam pela segurança de seus rebanhos.
A declaração oficial da extinção do puma do leste é uma triste consequência da atividade humana, mas pode ser uma boa notícia para a recuperação dos ecossistemas do leste dos EUA. A partir de agora, reservas ambientais poderão importar leões da montanha do oeste para restabelecer populações de grande felinos que historicamente habitaram a região.
“Nós precisamos de grandes carnívoros como os pumas, para conter a superpopulação de cervos e as doenças transmitidas por carrapatos que ameaçam a saúde humana”, afirmou Michael Robinson, da ONG Centro para Diversidade Biológica, em comunicado. “Por isso, esperamos que estados do leste os reintroduzam”.

A vida é um luxo!!!

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Época de férias e, para quem tem animais de estimação, viajar não é simplesmente fazer as malas e botar o pé na estrada. Existe ainda a preocupação de onde e com quem deixar o bichinho.
Já existem hotéis especializados nesse sentido, com várias opções de preços.
A hospedagem depende do gosto do freguês e do bolso do dono.
Desde estruturas mais simples e convencionais até lugares com ar condicionado, monitoramento online, sessão de cinema pet, piscina em formato de osso e até um lugar que o nome lembra muito o de um hotel famoso do Rio de Janeiro, o Cãopacabana Palace.
Mercado pet em alta
Um levantamento feito com internautas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que as famílias brasileiras gastam em média R$ 189 mensais com seus animais de estimação.
Para a professora adjunta do curso de medicina veterinária da PUC-PR Carolina Zagui Cavalcanti, essa transformação em que os animais são considerados tão importantes quanto os membros da família cresceu muito nos últimos dez anos.
Segundo ela, quem decidiu investir no setor pet, principalmente neste período, quase não sentiu os reflexos da crise econômica.
A pesquisa do SPC Brasil e CNDL aponta ainda que 61% dos entrevistados consideram seus animais de estimação como um membro da família e listam alimentação saudável, saúde e conforto para dormir como os principais cuidados com os bichos.
O levantamento revela ainda que 21% nunca deixam de comprar algo para seus animais de estimação por falta de dinheiro.
Tratamento VIP
O Cãopacabana oferece opções de hospedagem em uma chácara. O espaço também tem canis internos e externos e quartos para os cães que são acostumados a dormir com os donos.
Sobre a sessão pet, a proprietária do Nina Banana garante que eles não tiram o olho da televisão.
Segundo ela, o objetivo é acalmar os bichinhos para a hora de dormir.
Além da sessão de cinema, o hotel, que fica na capital paranaense, também oferece colônia de férias com atividades como cabo de guerra, piscina de bolinhas, estoura-bexigas d’água, caça ao petisco, entre várias outras.
A Cristiane Trentin, que mora em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, disse que de tanto encontrar locais que parecem mais uma prisão do que um hotel, decidiu abrir um negócio diferenciado.
“Eu percebia que sempre que levava meus cãezinhos nesses lugares, eles voltavam estressados. Então, além da estrutura diferenciada, vamos colocar um monitoramento online para que os donos possam acompanhar os seus animais durante a hospedagem”, explicou.
O acompanhamento, segundo ela, é feito via aplicativo de celular. As baias, em vez de grades, são separadas por vidros e tem a decoração de quarto de bebê.

Seis dicas para cuidar do seu pet no verão

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Por Cibele Erreiras Ruiz

Durante a estação mais quente do ano muitos pets se sentem incomodados pelas altas temperaturas. Devemos estar atentos e tomar alguns cuidados especiais. Aqui estão algumas dicas:

Hidratação é essencial – por mais que pareça óbvio, sempre vale a pena lembrar. Nessa estação é comum os animais, principalmente os mais peludos, ficarem bem desidratados. Para garantir que isso não aconteça, uma ideia interessante é facilitar esse contato espalhando várias vasilhas de água pela casa, assim ele poderá se hidratar sem fazer muito esforço. O ideal é manter a água sempre fresca e limpa, mas se você ficar fora por muito tempo faça a troca ao menos duas vezes por dia e mantenha os potes na sombra. Se você ainda quiser dar um mimo ao seu animal, pode variar com uma água de coco bem geladinha!  A Dog Beer é uma cerveja canina inspirada na bebida humana. Porém, sem álcool e gás carbônico, ingredientes prejudiciais à saúde dos cães. Ela é feita à base de malte e está disponível nos sabores carne e frango, em garrafas de 355ml. Outro Snack liquido é o Dog’sWine, também inspirado no vinho humano é o primeiro vinho de fabricação nacional produzido especialmente para os cães. Sua formula não contém álcool, gás carbônico e nem uva, ingredientes que podem trazer riscos à saúde dos pets. A fórmula do Dog’sWine conta somente com ingredientes naturais, como suco de carne e corante natural de beterraba. Ambas as bebidas são excelentes formas de hidratar e repor vitaminas para o pet e ainda agradar. Outra opção bem interessante é congelar as bebidas em forminhas de gelo, frutinhas ou ração úmida em forma de sorvete, e colocar gelo na água também.

Evite passeios nos horários mais quentes – outro cuidado importante é evitar passear com seu animal entre 10h e 17h. Mesmo fora desse período, dê preferência aos locais com árvores, sombra, piso frio ou grama. Se não for possível, verifique se a temperatura do asfalto está suportável. Para saber, faça o teste colocando sua mão no chão por 20 segundos. As patas dos pets são muito sensíveis e poderão esquentar rapidamente caso a superfície esteja quente e, em casos mais graves, esse contato pode gerar queimaduras. Lembre-se também de levar uma garrafinha com água fresca e verificar se o animal está salivando muito, se isso acontecer procure resfria-lo com água nas patinhas e na boca. Faça o mesmo se ele se deitar no chão e não quiser prosseguir com a caminhada, também é recomendado aguardar pelo menos quinze minutos para retornar o passeio para casa.

Use filtro solar – assim como nós, os animais também precisam se proteger contra o câncer de pele, por isso devem usar filtro solar. Existem diversas marcas específicas para uso animal no mercado ou você pode mandar manipular a fórmula. A recomendação é aplicar nas partes menos cobertas por pelos, como pontas da orelha, barriga e nariz, principalmente em animais de pelo curto, pelagem branca ou de mucosas claras. Também vale lembrar que, em hipótese nenhuma, você deve-se usar o filtro solar destinado a humanos, pois esse pode causar intoxicações se for lambido pelo pet.

Se ele comer menos, não se desespere – durante o verão é normal os animais diminuírem seu ritmo de alimentação. Não se preocupe com isso, o máximo que você pode fazer é oferecer várias porções ao dia do alimento para ver se ele se anima um pouco mais em comer. Uma opção é oferecer frutas frescas, como melão e melância, que contém alto teor de água.

Banho e tosa pra ontem – assim como ninguém gosta de vestir casaco no verão, para os bichinhos também é um sofrimento passar pela estação coberto de pêlos. Então, providencie uma tosa, ao menos a higiênica, para seu pet agora mesmo. Além de contribuir para a higiene, o hábito irá refrescar os animais. Banhos também são indicados uma vez por semana. A recomendação é lavá-los com água em temperatura ambiente e xampu especial para pets, neutro e hipoalergênico.

Fique atento aos sinais de doenças – micoses, piolhos, sarnas e parasitas de pele são mais comuns no verão. Para evitar que o animal contraia alguma dessas enfermidades, recomenda-se evitar levar o cão ou o gato a locais muito frequentados por outros animais e aplicar remédios antipulgas e anticarrapatos a cada 30 dias.

Enfim, todas essas dicas são bem simples de seguir e irão proporcionar um grande alívio ao seu animal. Então, não perca mais tempo, comece a coloca-las em prática agora mesmo!

Cibele Erreiras Ruiz é médica veterinária, clínica geral e nefrologia/urologia veterinária.

Visa faz campanhas em prol de Animais

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Com a missão de conectar o mundo e promover uma sociedade mais próspera, a Visa do Brasil lançou o programa Causas Visa. A mecânica é simples: basta acessar o site do programa, informar o número do cartão Visa e escolher a causa ou a instituição para a qual deseja que a Visa faça a doação. A partir daí, em qualquer pagamento realizado com esse cartão cadastrado, a Visa irá doar um centavo para a instituição ou para a causa que o portador escolheu.
Muitos brasileiros querem contribuir com várias causas, mas nem sempre encontram tempo ou meios confiáveis e práticos de como fazer doações. Para o primeiro ano do programa Causas Visa, foram escolhidas cinco causas (animais, crianças&adolescentes, educação&capacitação, idosos e saúde) e, das quais, foram selecionadas 17 instituições. Dentro da causa animal, participam desta ação a AMPARA Animal e o Instituto Luisa Mell.
Padrão Gestão e Transparência As instituições escolhidas atendem ao Padrão de Gestão e Transparência do Terceiro Setor, elaborado pelo Instituto Doar, a partir de uma extensa pesquisa dos conceitos e critérios adotados por diferentes organismos nacionais e internacionais, como o Selo Doar. O programa Causas Visa terá a duração prevista de um ano e toda a verba da doação sairá da Visa e não do consumidor. Caso algum interessado queira fazer uma doação particular, o programa oferecerá essa possibilidade em parceria com a organização social Eu Apoio.                                       Estatística
Mais de 30 milhões de animais, principalmente cães e gatos, vivem nas ruas das cidades do Brasil, segundo estimativa da OMS. Já entre os animais silvestres, as mais de 100 mil espécies da fauna brasileira sofrem com a extinção, parte delas em decorrência do tráfico de animais ou pela não-conservação da biodiversidade necessária para sua vivência. Algumas organizações são parcerias no Programa Cusas VISA.                                  Ampara Animais
Fundada em agosto de 2010, a Ampara Animal – Associação das Mulheres Protetoras dos Animais Rejeitados e Abandonados – atua em São Paulo e no Rio de Janeiro e é reconhecida por suas ações transformadoras, criativas e de grande impacto social. Atuando de forma preventiva e ativa, já ajudou mais de 650 mil animais. As ações ativas baseiam-se no suporte a mais de 240 abrigos, por meio de doação de alimentos, medicamentos, vacinas, atendimento veterinário e organização de eventos de adoção. A Ampara defende que os animais merecem respeito, amor, cuidado e dignidade, e repudia toda e qualquer forma de violência ou crueldade.
Instituto Luisa Mell
Fundado em fevereiro de 2015, o Instituto Luisa Mell atua principalmente no resgate de animais feridos ou em situação de risco, recuperação e adoção. O Instituto Luisa Mell atua também na fiscalização dos órgãos públicos no cumprimento da Lei e na denuncia de crimes de maus-tratos ou qualquer outro previsto na Lei 9.705/98, Artigo 32.

Ferdinando vai ao Oscar!

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O filme americano Ferdinand (O touro Ferdinando), dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, lançado em dezembro passado, foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Animação.

Situado na Espanha, Ferdinando é um “touro doméstico” que após uma confusão acaba sendo afastado de sua família. Na fazenda que passa a ser sua morada, ele faz amigos e convive com o temor de ser obrigado a participar de touradas.

Apesar da sua figura imponente e algo assustadora, o touro Ferdinand tem um coração generoso e sensível. Ao contrário da maioria dos machos da sua espécie, ele prefere a calma e a tranquilidade da quinta onde vive à adrenalina das corridas de touros tão famosas na Espanha, o seu país-natal. Tudo lhe corre bem até ao dia em que, por lapso, acaba por ser selecionado para combater nas touradas de Madrid. No lugar para onde ele é levado, Ferdinand acaba por fazer grandes amigos, mas em nenhum momento esquece o seu maior objetivo: encontrar uma forma de voltar para Nina, uma menina meiga que é também a sua melhor amiga…

Produção
Produzido pela Blue Sky Studio e realizado pelo brasileiro Carlos Saldanha (“Idade do Gelo”, “Rio”), um filme de animação para toda a família que, na versão original, conta com as vozes de John Cena, Kate McKinnon, David Tennant, Anthony Anderson, Gabriel Iglesias, Boris Kodjoe, Miguel Ángel Silvestre, Raúl Esparza, Jerrod Carmichael, Gina Rodríguez, Daveed Diggs, Bobby Cannavale, Sally Phillips, Flula Borg e Karla Martínez.

Torcida
Lançado no ano passado, Ferdinand chegou ao Oscar e é pra ele que vamos torcer, naturalmente. O filme está em cartaz em Uberaba. Imperdível!!!

Luiza Helena Barnabé de Oliveira

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Formada pela Universidade Federal de Uberlândia, a Médica Veterinária Luiza Helena Barnabé de Oliveira é especializada em equinos. Sua afinidade com animais é desde sempre. Não apenas cavalos, mas toda e qualquer espécie. Em suas respostas ao Moreno Pet Blog, fica claro que ela se comunica desde muito pequena com os animais. E sabemos que é preciso, antes de tudo, entender a linguagem deles para poder tratá-los e conviver com eles. Luiza é muito jovem e, com certeza tem um futuro brilhante. Sorte do animal que estiver em seu caminho. Sorte de todos os animais pela contribuição científica que ela já está dando a eles e a lição de respeito que está deixando aos humanos.

 

“Você se surpreenderia com a capacidade de aprendizagem de um cavalo, ou mesmo com sua memória, é inacreditável”

 

Marcos Moreno– Você é muito jovem,sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?
Luiza Helena Barnabé de Oliveira– Sempre fui apaixonada por animais, quaisquer que fossem as espécies ou tamanhos. Bastava latir, mugir, relinchar ou piar, que eu já estava tentando imitar buscando uma comunicação. É assim até hoje. Sou muito conectada a eles desde que me entendo por gente. Já me encontraram dentro do canil de um rotweiller escovando os dentes dele quando eu tinha poucos aninhos de vida. Talvez esse fato tenha despertado nos meus pais a certeza de que minha vida não faria muito sentido sem os animais perto de mim.

Marcos– Todos da família curtem? Já tiveram algum super especial, ou todos são?
Luiza– Todos na família curtem, mas sempre fui a responsável por pedir, querer ou desejar que algum viesse a fazer parte do nosso meio. Já tivemos um boxer, um sem raça definida, um poodle, um cocker e a atual blue heeler. Todos foram muito especiais, mas também o primeiro que acompanhamos até o fim da sua vida foi o cocker, fato que o tornou mais especial de alguma forma. Os outros sumiram de casa de uma maneira que nunca compreendemos absolutamente, pois fugiram pouco antes de sermos transferidos para outra cidade ou estado.

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Marcos– O que você tem agora é de uma raça que a gente não conhecia até há pouco tempo. O que te chamou atenção para escolher essa raça?
Luiza– Versatilidade, vigor e muita energia, fidelidade, companheirismo. É uma raça como nunca vi igual. Precisa de espaço e de atividade física e mental. Posso dizer que a raça me escolheu, pois ela não deveria ficar comigo. Estava prometida a um primo, mas o inevitável aconteceu quando completaram os dois primeiros minutos dela comigo: nos apaixonamos e já não sabíamos viver uma sem a outra. As atividades que ela necessita, são as que eu também necessito. Não demorei a enxergar isso. Nós nos ajudamos mutuamente, sem sombra de dúvidas. É um relacionamento recíproco.

Marcos– Já existem muitos da raça na nossa região?
Luiza– Sim, por ser uma raça que é útil em propriedades rurais, pois realiza o pastoreio de bovinos e até ovinos. Para nossa região é uma raça de cachorro e um companheiro de trabalho.

Marcos– Qual o limite que não deve ser ultrapassado? (para que não haja confusão entre bichos e gente?)
Luiza– Compreender que eles precisam ser tratados como animais, já que organicamente o são. Assim como nós! isto é, não deve haver relação de subordinação, já que nessa relação ambos saem ganhando e aprendendo. Ambos crescem e evoluem sempre. O meio em que vivem será levado em conta no seu amadurecimento, se for tratado como um príncipe, crescerá querendo mandar em tudo e todos. Se for tratado como um igual, crescerá sendo igual, respeitando todos a sua volta. É bem simples a receita. Tudo em exagero faz mal. Não tem esse ditado? O que difere o medicamento do veneno é a dose, então nada como tratar seu bichinho com o respeito que ele merece, e como merece! Eles nos tratam tão bem. Só devemos retribuir esse amor.

Marcos– Você acha que existem raças mais inteligentes que outras ou acha que a inteligência deles é absolutamente individual, não dependendo da raça?
Luiza– Acho que todos os animais são inteligentes. Você se surpreenderia com a capacidade de aprendizagem de um cavalo, ou mesmo com sua memória, é inacreditável. Entre os cães temos a famigerada lista dos dez cachorros mais inteligentes do mundo. Porém, é uma lista feita por nós, humanos, baseada em conceitos humanos do que é necessário cumprir, por padrões, para ser considerado inteligente. Sabemos, entretanto, que temos muitas pessoas inteligentes que não são motivadas a fazerem o que seu máximo pode alcançar, por serem desviadas para o caminho “padrão” (e sim, isso é uma crítica! Risos). Da mesma forma os cães, nós exploramos neles a capacidade de se lembrarem do que é repetido, ou seja, eles aprendem por repetição. E nesse quesito, há sim raças que são mais rápidas e que associam fatos com mais facilidade (sentou, ganha petisco). No entanto, acredito que todos possuem sua inteligência individual, e quem deve buscar isso somos nós, seus melhores amigos, aprendendo um pouco mais com cada detalhe que seu parceiro demonstra e que tantas vezes deixamos passar sem serem percebidos. Comunicação é o grande problema da humanidade. Devíamos aprender mais com quem não fala a nossa língua e mesmo assim pode demonstrar uma infinidade de sentimentos e percepções.

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Marcos– No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?
Luiza– Os aquáticos. Tenho uma queda por orcas, as baleias assassinas, desde que lançaram Free Willy. Não significa que adoro aquários, porém!

Marcos– Que espécie de animais você jamais teria como pet e por quê?
Luiza– Eu não teria uma espécie que não fosse domesticada. Penso que nem sempre a domesticação é o melhor para um animal. Uma das liberdades que devem ser respeitadas é a deles poderem expressar seu comportamento individual, e algumas vezes acabamos interferindo nisso. Nossas necessidades podem não coincidir com as deles, eu não ultrapassaria esse limite.

Marcos– Você faz parte de alguma associação ou movimento (hoje existem muitos virtuais) contra certas culturas como touradas, vaquejadas, circos, zoológicos, etc?
Luiza– Não faço parte de associações, porém dentro de mim há grandes ressalvas com espetáculos que envolvam animais. Penso que ninguém gosta de se sentir usado, imagine se, DE FATO, fôssemos usados e muitas vezes de maneira contrária ao nosso desejo para que terceiros se beneficiassem com isso? Temos nossa liberdade de ir e vir, devíamos ser a voz desses animais que se pudesse falar nos pediriam um mínimo de respeito.

Marcos– O que seria uma participação efetiva a favor dos animais?
Luiza– Falar por eles. De qualquer maneira, por qualquer meio. Seja ajudando um animal sofrendo na rua, seja denunciando maus tratos ou mesmo por meio de ONGs. Cada um devia se sentir responsável por todos os animais, devia nos sobrar empatia suficiente para que, diante de uma situação, fôssemos benevolentes nas nossas ações. Parar de pensar em si próprio rotineiramente seria um bom primeiro passo.

Marcos– Como sempre, termino pedindo a você uma mensagem aos humanos em relação aos animais.
Luiza– Todo ser vivente precisa e deve ser respeitado. Eles não possuem uma constituição na qual se basear e muitas vezes são tratados com desprezo, como lixo, algo para nos desfazermos. Porém eles não só fazem parte do equilíbrio do nosso planeta, mas também são grandes responsáveis pelo nosso bem-estar. Nada mais justo que retribuir bem-estar a eles também. Não só ao seu, mas acolher todos os que cruzem pelo seu caminho de alguma forma. Nada mais seria do que amar o nosso próximo, falar por quem não tem voz, mas tem o essencial para passar por toda a vida abanando o rabinho: amor incondicional.

Massacre de vira-latas

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Cachorros vira-latas estão sendo mortos nas cidades sede dos jogos da Copa do Mundo da Rússia, à medida que autoridades locais seguem ordens para controlar os milhares de animais abandonados, disseram parlamentares russos, nesta quinta-feira. Bandos de vira-latas, que às vezes podem ser agressivos ou estarem famintos, são comuns nas cidades russas, grande parte devido à recusa popular em castrar os animais de estimação.
“Recebemos muitos apelos de ativistas dos direitos dos animais e de cidadãos carinhosos que dizem que tiroteios em massa e eutanásia de animais de rua estão ocorrendo em diversas cidades sede da Copa do Mundo”, disse o chefe do comitê de proteção ambiental da câmara baixa russa, Vladimir Burmatov, ao jornal “Parlamentskaya Gazeta”.
No mês passado, o vice-primeiro ministro, Vitaly Mutko, estimou que existem cerca de dois milhões de cachorros vira-latas nas cidades sede e insistiu que o problema fosse resolvido de forma humanizada.
Burmatov disse que seu comitê enviou uma carta oficial para o ministro dos Esportes, Pavel Kolobkov avisando sobre a “destruição em massa de animais sem casa” em cidades sede, e pedindo que ele fale com as autoridades locais para usarem “métodos humanizados, sem causar morte, mutilação ou ferimentos nos animais”.
O parlamentar sugeriu ainda que os cachorros fossem colocados temporariamente em abrigos e que fossem castrados. Segundo ele, isso não seria mais custoso do que matar os animais e melhoraria a imagem do país.
“Esses sinais preocupantes devem parar, a reputação do nosso país está em jogo. Não somos selvagens que realizam assassinatos em massas de animais de rua, jogando seus corpos ensanguentados em vans e levando-os pela cidade. Pelo mesmo dinheiro podemos facilmente realizar a captura, vacinação e castração, além de acomodar os cachorros em centros de detenção”, disse Burmatov.
Em resposta à carta, o ministro dos esportes Kolobkov disse que havia dito às cidades sede que usassem métodos humanizados para evitar uma reação pública negativa, informou o jornal “Parlamentskaya Gazeta”.
A Copa do Mundo será realizada em 11 cidades russas, do enclave de Kaliningrado no oeste a Yekaterinburg, no leste.