Dia do Vira-lata: 9 mitos e verdades sobre a “raça” queridinha do Brasil



No dia 31 de julho é comemorado o dia de um dos animais símbolo de carinho – e até astro de memes – dos brasileiros: o vira-lata. Cães ou gatos SRD (sem raça definida) são os mais populares nos lares brasileiros.
De acordo com levantamento realizado por grandes empresas do segmento de alimentação animal as raças de cães e gatos preferidos pelos brasileiros, o vira-lata (SRD) segue como a raça mais queridinha do Brasil. No ranking, os cães SRD representam 32% das escolhas e os gatos 95%. Ao todo são mais de 1,8 milhão de pets cadastrados em ambas as plataformas, sendo que 740 mil são SRD.


Espertos e agitados, os animais sem raça definida têm características únicas, que variam de animal para animal: tamanhos, cores, temperamento, entre outros fatores, isso tudo por conta do “mix” de raças que podem trazer em suas genéticas. Os cães vira-latas, por exemplo, costumam viver mais de 12 anos, mas isso depende principalmente da forma como a família cuida do pet.


Médica veterinária de uma das grandes empresas do segmento de alimentação pet, explica que é durante os primeiros meses desde o nascimento, que é definido como esses pets irão encarar a vida, especialmente porque muitos vira-latas ainda vivem situações adversas antes de chegar a um lar.
Quando se fala em saúde, uma outra médica veterinária revela que, os animais sem raça definida não têm um padrão característico e possuem uma variedade genética mais ampla e, por isso, são menos predispostos a desenvolverem certas doenças.
“Apesar de o vira-lata ter menos predisposição a certas doenças, ele pode ter problemas inesperados. Por isso, ele deve ter tantos cuidados quanto os que se aplicam a qualquer outra raça. Isso inclui vacinação, vermifugação, banhos periódicos, escovação da pelagem, escovação dos dentes, passeios frequentes, exercícios regulares, tosas higiênicas, corte de unhas, entre outros. A castração é um cuidado preventivo também recomendado por médicos veterinários”, afirma.
Para desmistificar dúvidas sobre saúde, comportamento e outras questões que surgem sobre a saúde e o comportamento desses pets que são uma mistura de várias raças, aqui vão algumas verdades e mitos pra você conferir.

  1. “Cães SRD podem comer qualquer coisa”
    Mito: Assim como qualquer outro pet, eles necessitam de uma dieta nutritiva e balanceada. Esse mito se difundiu, infelizmente, porque muitos cães e gatos que vivem nas ruas são vira-latas e acabam “se virando”, ingerindo alimentos que encontram na rua para sobreviver. Animais adotados não devem comer alimentos humanos, mas sim serem alimentados adequadamente, de acordo com a fase de vida e a espécie.
  2. “Gato SRD estão entre os mais inteligentes”
    Verdade: Muitos apontam o Bengal como a raça mais inteligente, já que sua origem vem do cruzamento entre o felino selvagem e o doméstico. Porém, na maioria dos rankings feitos por aí, os gatos vira-latas sempre são lembrados, pois a mistura de raças seria um fator capaz de influenciar positivamente a inteligência destes felinos domésticos.
  3. “Cães vira-latas são mais inteligentes”
    Em partes: Não podemos dizer isso com certeza, pois é algo que varia muito. Há um estudo bastante interessante sobre o assunto do Departamento de Ciências Animais da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido. Eles avaliaram cem cães e, segundo a pesquisa, cães mestiços são mais inteligentes que alguns de raça pura.
    De acordo com os pesquisadores, os cães sem raça definida têm melhor percepção espacial e melhor capacidade de resolver problemas. Após os testes serem realizados, entre os dez melhores cães, sete eram mestiços. Contudo, vários fatores como o ambiente que o animal está inserido ou como ele foi estimulado e criado, podem alterar isso.
  4. “Não dá pra prever o tamanho de um gato vira-lata”
    Verdade: Sem conhecer os pais do peludinho fica difícil mesmo prever que tamanho o seu filho de quatro patas terá na vida adulta. Por isso é sempre bom considerar que o pet possa ficar maior do que você está imaginando. A mistura de raças pode também dificultar em prever certas características do gato como tendência a miar e sua disposição para atividades físicas.
  5. “É mais barato ter um vira-lata”
    Mito: Ao longo da vida do vira-lata, ele precisará tomar vacinas, passar em consultas com um médico veterinário, ter uma boa alimentação e ser um pouquinho mimado, assim como qualquer outro pet. Sendo assim, a longo prazo, o gasto é equivalente ao que temos com um animal de raça.
  6. “Todo gato de rua é vira-lata”
    Mito: O que define se o gato é vira-lata não é o fato dele ter ou não uma casa para chamar de sua ou se ele recebe os cuidados e carinhos de uma família humana. Claro, por serem a maioria no país, os vira-latas são bastante numerosos nas ruas também, mas o fato deles vagarem por aí nada tem a ver com a definição da sua raça. São coisas bem diferentes.
  7. “Os cães vira-latas vivem mais”
    Mito: Não há comprovações sobre isso, contudo, existe uma falsa impressão de que eles vivem mais devido à seleção natural que é feita com cães que conseguem viver mais tempo nas ruas, passando essas características para seus filhotes.
    Fatores que podem ajudar qualquer animal a ter uma melhor qualidade de vida, e possivelmente fazer com que eles vivam mais, são a alimentação, os cuidados diários e o correto acompanhamento da saúde junto a um profissional.
  8. “Gato pode tomar leite de vaca”
    Mito: Qualquer leite que não seja da mamãe gato, como leite de vaca e o de cabra, pode fazer muito mal aos gatos. Exceções ao leite felino ficam por conta somente da prescrição de um médico veterinário, que pode, dependendo do caso, indicar o uso de algum sucedâneo (substituto do leite) ou alguma fórmula específica para o pet.
  9. “Cães sem raça definida são menos predispostos a doenças genéticas”
    Em partes: Mais uma vez, esse é um fator que pode variar e depende exclusivamente de suas heranças e de quais raças o cão ou gato derivou. Os vira-latas podem ficar doentes como qualquer outro pet, podem pegar pulgas, carrapatos e vermes, além de doenças infecciosas. Quando idosos, também podem sofrer de artrose, problemas nas articulações, na visão e no coração.

Tamanduá vence prêmio internacional

Tamanduá vence prêmio internacional e ganha mais de R$ 50 mil para animais órfãos dos incêndios no Pantanal


Cecília tem pouco mais de um ano e conquistou o mundo com vídeo em que toma banho em banheira no Pantanal de Mato Grosso do Sul. A tamanduá-bandeira Cecília é a grande campeã da primeira edição do prêmio de Personalidade Silvestre Única da Organização Não Governamental (ONG) World Animal Protection. O animal é um dos órfãos dos incêndios que atingiram o Pantanal em 2020 e foi resgatado após a mãe ser atropelada ao fugir das chamas.

Cecília estava concorrendo com mais quatro animais, que vivem na Europa e Ásia, e conquistou o público com um vídeo em que aparece tomando banho em uma banheira improvisada.

O prêmio Audrey Mealia de Personalidade Silvestre Única foi feito virtualmente e contou com mais de 9 mil votos e 6,5 mil curtidas no Instagram. A organização pontua que a ação foi criada como uma maneira de celebrar as qualidades únicas de cada animal e de apoiar os locais que os defendem.O nome do concurso homenageia uma defensora dos animais e estimada colaboradora da Proteção Animal Mundial, que morreu em 2021. O prêmio prevê, no mínimo, mais duas edições.

A veterinária do Instituto Tamanduá, Maria Helena Baldini ressalta que os animais não devem ser tratados como mercadorias. Cecília
A tamanduá-bandeira Cecília é descrita pela equipe do Instituto Tamanduá como um animal muito carismático, gentil e inteligente. Segundo os profissionais que a acompanham, ela é muito atenta e ótima em buscar alimentos e fazer buracos. Isso faz com que ela interaja com o enriquecimento ambiental. A atividade favorita de Cecília é tomar banhos relaxantes e foi com um vídeo deste momento que ela conquistou pessoas mundo afora. Ela vivia no Pantanal sul-mato-grossense com a mãe. Porém, nos incêndios de 2020 que atingiram o bioma, a mãe de Cecília morreu atropelada ao fugir das chamas.

O filhote foi resgatado pela Polícia Militar Ambiental (PMA) e encaminhado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) em Campo Grande. Após os atendimentos médicos, ela foi transferida para os cuidados do projeto Órfãos do Fogo, onde vive desde então.

O objetivo do projeto é adaptar Cecília para que ela possa ser reintroduzida futuramente à natureza.

Órfãos do Fogo
O projeto Órfãos do Fogo é coordenado pelo Instituto Tamanduá em parceria com a Pousada Aguapé, em Aquidauana (MS). A iniciativa já recebeu e cuidou de cerca de 15 animais, que ficaram órfãos em decorrência dos incêndios que atingiram o Pantanal.

O projeto realiza um processo longo e trabalhoso de reabilitação dos filhotes resgatados. Quatro animais deste projeto já ganharam a liberdade na área da pousada, e outros dois, estão próximos de voltar à natureza.

Em 28 de maio de 2022, a iniciativa completou um ano, mas o instituto e a pousada trabalham juntos desde 2010.

Celebridades incentivam adoção de animais!

The Rock

Com mais de 330 milhões de seguidores, Dwayne Johnson (The Rock) incentiva adoção de animais
A ação faz parte de um projeto do seu novo filme, Superpets, que está apoiando uma ONG dos Estados Unidos
Atualmente em fase de divulgação do seu novo filme, Superpets, onde ele dá voz ao protagonista, o Krypto, Dwayne Johnson, o The Rock, usou o seu Intagram com 331 milhões de seguidores para incentivar adoção de animais. Ele apoiou uma ONG específica, a Best Friends Animal Society.
“Quem está pronto para levar um super filhote para casa? Em homenagem ao nosso filme @DCLeagueOfSuperPets, @KevinHart4Real e eu seguramos alguns cachorrinhos incrivelmente lindos de nossos amigos @BestFriendsAnimalSociety e queremos ajudá-los a encontrar um lar!”, escreveu em legenda.

João Vicente

João Vicente de Castro incentiva adoção de animais em post com cachorro
Além disso, o ator escreveu que bicho é melhor que gente
Em uma das suas publicações mais recentes do Instagram, João Vicente de Castro compartilhou com os seguidores uma foto muito fofa ao lado de um cachorro e incentivou algo em que acredita muito: adoção.
“Melhor que gente. Adote.”, escreveu em legenda. Nos comentários, muitos seguidores concordaram com o ator: “Eles amam sem cobrar nada em troca.”; “A mais pura verdade!; “Não dá nem para comparar.”

Tatá Werneck

A atriz contou que, entre gatos e cachorros, ela é tutora de 14 bichos
Através de uma série de vídeos compartilhados no Instagram, Tatá Werneck contou um pouco de como é, de uma forma geral, a sua relação com animais. Ainda dentro desse contexto, a atriz incentivou os seus 52,1 milhões de seguidores a adotarem bichos ao invés de comprá-los.
Respondendo perguntas, Tatá contou que possui 14 bichos em casa entre gatos e cachorros, se dizendo uma apaixonada por quase todos os animais (exceto escorpião e cobra!). Ainda nessa conversa, ela contou que esse comportamento adotivo, vamos chamar assim, sempre faz parte da sua vida: “Teve uma época que minha também falava ‘não conseguimos mais’, mas ela via um gato e queria ficar com ele.”

Passeio de carro com o pet exige cuidado extra!


Passear de carro com o pet é uma diversão a mais para a família e para o próprio animal. O entusiasmo de quando entra no carro dá a sensação de que é a primeira vez, proporcionando experiências inusitadas que contagiam quem está no veículo. Mas, ao mesmo tempo liga o sinal de alerta: a segurança do pet e a atenção do motorista devem ser redobradas.
A boa notícia é que há vários recursos para mantê-los protegidos, inclusive cintos de segurança feitos especialmente para cães. Outra opção é usar a caixa de transporte, que deve estar sempre trancada e presa de maneira que não se movimente diante de uma manobra brusca. Uma possibilidade é colocá-lo no chão do carro, entre os bancos da frente e de trás.
“Nem sempre essa é a ideia das mais desejadas, o jeito é recorrer a outras formas de proteção. Independente de qual seja, adote as medidas obrigatórias. A primeira delas é não dirigir com animal no colo, entre os braços e pernas, conforme estabelece o Inciso II do Art. 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”, explica Simone Cordeiro, diretora-comercial de um plano de saúde específico para pets.
Outra orientação importante é conduzir o animal sempre no banco de trás. “Ainda que seja treinado e que não ofereça o risco de subir no colo do motorista, essa postura visa garantir a própria segurança do pet, mesmo que não seja uma normativa prevista em lei”, acrescenta Simone.
Para evitar acidentes mais graves, também é recomendado adotar uma prática contrária àquilo que muitos donos de pets fazem, que é dirigir com os vidros abertos quando ele estiver dentro do veículo. Jamais permita que o animal coloque a cabeça para fora do carro. O Art. 235 do CTB veda o transporte de pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, e esse tipo de comportamento se enquadram nessa proibição.
Para compensar os vidros fechados, deixe o ar condicionado ligado numa temperatura agradável, pois alguns animais domésticos são mais sensíveis a climas extremos. “Para evitar aquele alvoroço natural do animal em transporte, torne o passeio aprazível também para ele. Uma boa forma é investindo em alguns brinquedos que o entretenha ou em petiscos da preferência dele. Por ser um passageiro em especial, o tratamento também precisa ser diferenciado”, finaliza a diretora da empresa.

Cópias idênticas

Nove animais clonados que são cópias idênticas de seus antecessores
A técnica polêmica já foi aplicada a diversas espécies, incluindo cães e gatos
A clonagem de animais consiste na produção de indivíduos geneticamente idênticos e é um assunto que divide opiniões na comunidade científica. No entanto, a tecnologia continua se desenvolvendo, transcendendo o ambiente de pesquisa e chegando aos consumidores comuns, que já podem contratar o serviço para clonar seus pets. Porém para chegar a esse nível de execução, muitas pesquisas precisaram ser desenvolvidas. Conheça alguns animais clonados ao longo do tempo.

  1. Dolly
    Em 1996, nascia o primeiro mamífero clonado de uma célula adulta, a ovelha Dolly. O acontecimento provou o funcionamento da técnica chamada transferência nuclear de células somáticas.
    Dolly morreu de uma doença pulmonar aos 6 anos, mas o processo de clonagem usado para produzi-la foi posteriormente empregado em outros mamíferos maiores, incluindo porcos, veados, cavalos e touros.
  2. Zhong Zhong e Hua Hua
    Nascidos em um laboratório em Xangai, na China, os macacos Zhong Zhong e Hua Hua são os primeiros primatas clonados do mundo geneticamente idênticos. A técnica utilizada pelos cientistas do Instituto de Neurociência da Academia Chinesa de Ciências é similar à da clonagem da ovelha Dolly, feita na Escócia, em 1996.
  3. Snuppy
    Snuppy, um galgo afegão, foi o primeiro clone feito a partir de um cachorro. O filhote foi criado usando uma célula de uma orelha de um outro animal adulto e envolveu 123 gestantes, das quais apenas duas produziram filhotes. Snuppy foi o único sobrevivente, tendo vivido de 2005 a 2015. O experimento ocorreu no Departamento de Teriogenologia e Biotecnologia da Universidade Nacional de Seul e foi liderado por Woo Suk Hwang.
    O esperma do cão foi usado posteriormente para inseminar artificialmente duas fêmeas clonadas, o que resultou no nascimento de dez filhotes em 2008. Em 2017, quatro clones foram feitos a partir de células de Snuppy, os primeiros clones feitos de um cão clonado. A pesquisa busca investigar os potenciais efeitos da clonagem na saúde dos animais.
  4. Injaz
    Injaz, nascido em 8 de abril de 2009, foi um dromedário fêmea creditado como o primeiro animal da família dos camelos clonados do mundo. O estudo foi realizado por Nisar Ahmad Wani, biólogo reprodutivo e chefe da equipe de pesquisa do Centro de Reprodução de Camelos em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Antes dessa, houve várias tentativas malsucedidas de clonagem de um camelo no país.
    Injaz foi criado a partir de células ovarianas de um dromedário fêmea adulto abatido por sua carne em 2005. Após o nascimento de Injaz, seu DNA foi testado no Laboratório de Biologia Molecular e Genética em Dubai e confirmado como cópia idêntica do DNA das células ovarianas originais.
  5. Miss Violet e Miss Scarlett
    A cantora e atriz Barbra Streisand possui três cadelas da raça coton de tulear, duas das quais são clones de Samantha, sua outra pet que morreu aos 14 anos, em 2017. A artista foi duramente criticada por ter pago milhares de dólares pelo procedimento e afirmou, anos depois, que os animais “são parecidos, mas não dá pra clonar a alma”.
  6. Millie, Christa, Alexis, Carrel e Dotcom
    Millie, Christa, Alexis, Carrel e Dotcom foram porcos clonados por uma empresa britânica em 2000. A pesquisa foi o primeiro passo para a criação de órgãos de porco idênticos geneticamente modificados para serem compatíveis com os corpos humanos que possam precisar deles.
  7. Prometea
    A égua Prometea (nascida em 28 de maio de 2003) foi o primeiro equino clonado e o primeiro animal a nascer e ser gestado por sua matriz. A clonagem foi feita pelo Laboratório de Tecnologia Reprodutiva de Cremona, na Itália.
  8. Beagles
    Dois cães da raça beagle foram clonados na Coreia do Sul, em 2020, a partir de células da pele clonadas e alteradas por uma técnica de edição genética. É a primeira vez que cientistas fazem isso em animais clonados e o estudo pode ajudar a eliminar mutações causadoras de doenças comuns em cães com pedigree.
  9. CC
    Em 2001, cientistas da Texas A&M University (EUA) criaram o primeiro gato clonado, CC (CopyCat). Apesar de compartilhar o mesmo código genético com sua antecessora, os dois animais tinham personalidades diferentes. CC era tímida e introvertida, enquanto seu antepassado era brincalhão e curioso.

Cães e gatos sonham?


Caça, petiscos e brincadeiras… Especialistas explicam o que passa na cabeça dos animais durante o sono
Todo tutor já tirou uns minutos do dia para apreciar o sono de seu peludo. Seja entre cochilos tranquilos ou mais agitados – com direito a rabos se movimentando e alguns espasmos – é uma graça assistir os animais descansando. Mas você já parou para se questionar o que passa na cabeça deles durante o sono?
A mente humana, em partes, ainda é uma incógnita para a comunidade cientifica. Existem diversas teorias, mas nem todas são consenso entre os profissionais. Na medicina veterinária, a discussão também abre espaço para interpretações e linhas de pensamento divergentes. Entretanto, há algo em comum entre as teses: o R.E.M (Rapid Eye Movement), movimento rápido dos olhos, em português.
“Já foram realizadas pesquisas em bichos capazes de confirmar que, em certos momentos, suas atividades cerebrais se comportam de maneira análoga a de humanos enquanto sonham”, garante Gustavo Augusto Keusch, médico-veterinário e docente no curso de Medicina Veterinária da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS).
Viviane Guyoti, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi, explica que, assim como nós, os pets possuem cinco fases possíveis de sono. A primeira os permite continuar atentos ao mundo exterior e, assim, gradualmente, entrar em estados cada vez mais relaxados até chegarem à última parte do ciclo.
“No início, eles são capazes de responder aos estímulos, contraindo os ouvidos quando ouvem sons e abrindo os olhos se percebem algo por perto. Já no estágio dois, a atividade das ondas cerebrais se torna mais rítmica, a frequência cardíaca diminui e a temperatura cai para que eles realizem a transição entre o sono leve e o profundo, na terceira fase. Depois de atingi-la por completo, na quarta, os animais finalmente chegam ao R.E.M, quinto estágio, quando o corpo está no grau máximo de relaxamento”, relata Viviane.
Ela conta que todos os mamíferos, exceto o tamanduá, passam pelo estágio R.E.M do sono. Curiosamente, os predadores costumam passar mais tempo nesta fase do que as presas. Isso porque eles sabem que não serão predados no período em que dormem, enquanto os outros precisam seguir em estado de alerta para proteger suas vidas.


Viviane explica que os gatos apresentam, por instinto, comportamentos que teriam na natureza, na qual seriam predadores. “Eles recebem uma explosão de energia no início da manhã e no pôr do sol, horários crepusculares, que seriam os períodos de caça em seu habitat natural”, diz.
No século 20, um fisiologista chamado Michael Jouvet se propôs a descobrir o que acontece nos sonhos dos bichanos. Após inativar a parte do cérebro que auxilia o relaxamento muscular durante o sono R.E.M, o pesquisador percebeu que os gatos apresentavam comportamentos de caça enquanto dormiam, o que reforça a teoria de que os pets sonham com brincadeiras, captura e perseguição de presas, entre outros.
É na R.E.M que os sonhos mais ativos e “vivos” acontecem. Por isso, fique tranquilo se seu bicho demonstrar agitação corporal ou vocalizar enquanto dorme, este é um comportamento natural do corpo pela atividade cerebral intensa.
“Nestes momentos, o ideal é não acordar o pet. A intervenção do tutor deve ser feita apenas se a agitação sair do controle a fim de acalmá-lo. Outra forma de contribuir com o sono do pet é oferecer um ambiente silencioso e escuro, sem nenhuma fonte de iluminação”, tranquiliza Gustavo.
Além de proporcionar relaxamento, uma boa noite de descanso é garantia de bem-estar para os animais. A privação pode causar não só problemas comportamentais, como também de saúde. É no período da noite que o corpo trabalha liberando hormônios importantes para bom funcionamento do organismo. Sem isto, os bichos podem apresentar distúrbios relacionados ao estresse, como alterações de pressão arterial, complicações cardíacas e hormonais.

É verdade que cachorros e gatos podem ver espíritos? Parece que sim…


Segundo especialistas, o mundo sobrenatural não é tão invisível aos olhos dos pets
Olhos fixos no horizonte, latidos sem direção, saltos em objetos invisíveis e comportamentos sobrenaturais. Esses são alguns hábitos que ajudam a reforçar a teoria de que animais são capazes de enxergar espíritos e interagir com o além. O assunto pode até assustar alguns tutores, mas outros têm sede em entender mais sobre a mediunidade de seus pets.


Para a ciência, a habilidade de ver e ouvir fantasmas não passa de uma invenção do nosso cérebro. Entretanto, para seguidores de algumas religiões e doutrinas, o comportamento é considerado um dom natural que pode ser aprimorado com estudo e dedicação. No espiritismo, animais são considerados seres espirituais em evolução – ainda não possuem consciência de si e, um dia, quando ganharem a liberdade de escolha, reencarnarão como homens.
Apesar de não possuírem entendimento claro do mundo à sua volta, a interação com desencardos ainda pode acontecer. O livro dos médiuns, de Allan Kardec, um dos principais guias para quem segue a doutrina, diz que “espíritos podem se tornar visíveis e tangíveis para os animais […] O pavor súbito que os toma, e que parece sem motivo [na visão dos tutores], é causado pela visão de um ou muitos destes seres, às vezes, mal-intencionados para com indivíduos presentes ou aos seus donos”.
Sabina Scardua, médica-veterinária comportamentalista e colunista do Vida de Bicho, esclarece que essa interação acontece através de campos energéticos, por desdobramento, por meio de sua multidimensionalidade e de forma telepática.


“Nem todos são capazes de enxergar espíritos. Assim como os humanos, não dá para generalizar entre os animais. Inclusive, muitos não lidam bem com isso e ficam assustados, ansiosos e inseguros”, alerta.
É difícil definir uma razão para que esta mediunidade aflore. A religião espírita acredita que todas as habilidades cumprem diferentes funções para cada indivíduo – para uns, uma lição, para outros, um presente, e, para os mais endurecidos, uma provação. O mesmo ocorre entre os cães, gatos e outras espécies.
Cássio Cañete, responsável pelo grupo jovem da Fraternidade Espírita Discípulos de Jesus, explica que, diferentemente dos humanos, animais possuem percepções mediúnicas restritas. Apesar de não conseguirem se comunicar diretamente com as almas, são capazes de sentir sua presença, vê-las e ouvi-las.

“Eles reagem a partir desse estímulo. Assim como acontece com os médiuns, a linguagem e a transmissão entre os planos físico e espiritual ocorre conforme a noção espiritual de quem as absorve”, comenta.
Um exemplo de reação citado por Sabina acontece quando o animal decide ficar em um mesmo cômodo sozinho por horas – seja na porta, dentro do ambiente ou impedindo a passagem de seu tutor. Como forma de proteção e na tentativa de realizar a guarda do espaço, alguns animais tentam “encurralar” espectros ou espíritos.
Entre os gatos, a sensibilidade do lado espiritual é capaz de curar seus tutores. Isso acontece porque os felinos possuem maior facilidade de absorver dos fluidos. Não à toa, é uma espécie conhecida por deitar em seus tutores em locais ‘doentes’ para curá-los. Logo depois, o peludo se lambe para realizar a limpeza, a proteção astral e descansa para repor seus fluidos.
Mas relaxe: nem sempre essas interações aleatórias representam a presença de espíritos na casa. Como relembra Sabina, os bichos possuem o espectro de visão, audição e olfato muito diferente do nosso. Não é toda vez que olham para a parede fixamente ou ‘para o nada’ que estão vendo espíritos, pode ser que estejam apenas se concentrando em uma informação olfativa mais distante.

Fonte: site Vida de Bicho

De volta à polêmica

Mas, afinal, os bichos de estimação podem mesmo pegar covid? A resposta é sim, e há diversos estudos que confirmam essa possibilidade.
Porém, pelo que se sabe até agora, esses casos são raros e a infecção tende a ser bem mais leve neles.


O caso da Tailândia
O episódio aconteceu em agosto de 2021 na cidade de Bangcoc, capital da Tailândia. O relatório completo sobre o caso foi publicado no final de junho deste ano no periódico científico especializado Emerging Infectious Diseases.
Um pai e um filho, cujas identidades foram preservadas, receberam diagnóstico positivo para covid e, seguindo a recomendação local, foram transferidos para uma unidade de isolamento na cidade de Songkhla, localizada no sul do país.
Na mudança temporária, eles levaram um gato, que ficou no mesmo quarto deles por alguns dias.
Depois, o animal foi transferido para um hospital veterinário, onde passou por uma avaliação e alguns exames, que depois comprovaram que o bichano também estava com covid.
Durante a consulta, na hora em que a veterinária passou o swab (haste flexível) no nariz do gato, ele espirrou.
A profissional usava máscara e luvas, mas estava com os olhos desprotegidos — e foi provavelmente nesse momento que a transmissão do coronavírus para ela aconteceu.
Três dias após a consulta, a veterinária estava com febre, tosse e espirros. Um teste confirmou o diagnóstico de covid nela também.
Mas como os cientistas sabem que o patógeno veio mesmo do gato? Ao analisar o histórico da paciente, eles viram que nenhum contato próximo dela estava com covid naqueles dias (o que diminui a probabilidade de a infecção ter ocorrido a partir de outro indivíduo).
Para completar, os autores do trabalho realizaram análises genéticas de amostras colhidas do pai, do filho, da veterinária e do gato. Todos apresentavam a mesma variante do vírus, com sequências genéticas idênticas. Isso, por sua vez, reforçou a possibilidade de a transmissão ter acontecido por meio do gato.
Um ‘retorno’ à natureza?
A história do gato na Tailândia está longe de ser única.
Ao longo dos últimos dois anos, cientistas de várias partes do mundo descreveram outros episódios de animais que também se infectaram com o coronavírus e até desenvolveram alguns sintomas.
Foi o caso de diversas espécies que vivem em zoológicos e santuários, como leões, tigres, leopardos, lontras, gorilas, hienas, quatis, hipopótamos e até peixes-boi.
O Sars-CoV-2, coronavírus responsável pela pandemia atual, também foi encontrado em bichos de estimação, como gatos, cachorros, hamsters e furões.


Muito provavelmente, todos esses animais tiveram contato com cuidadores e tutores que estavam com covid.
Algumas espécies, porém, não apenas se infectaram, como também há evidências de que tenham transmitido o patógeno de volta para outros seres humanos.
Por ora, são quatro os episódios que se encaixam nessa categoria: os visons (ou minks, animais usados pela indústria de casacos de pele) na Europa, os hamsters em Hong Kong, os veados de cauda branca no Canadá e, mais recentemente, o gato na Tailândia.
Esse fenômeno é descrito entre os especialistas com o termo spillback (algo como “retorno”, em tradução livre para o português).
Ele é um processo contrário ao spillover (algo como “transbordamento”), que acontece quando um patógeno que circula numa espécie passa a afetar algumas outras.
O spillover foi o que provavelmente aconteceu com o Sars-CoV-2: a tese mais aceita é a de que ele infectava apenas morcegos no Sudeste Asiático quando sofreu uma série de mutações genéticas que permitiram que ele “pulasse”, ou “transbordasse”, para seres humanos e começasse a ser transmitido de pessoa para pessoa.
“Cerca de 75% das doenças infecciosas que nos afetam surgiram a partir de outros animais. Os vírus, bactérias, fungos e protozoários estão lá, no hospedeiro natural, como um animal silvestre, sofrem mutações e adquirem uma afinidade por um novo hospedeiro”, detalha a bióloga molecular Ana Gorini da Veiga, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).


A pesquisadora lembra que essa não foi a primeira vez que um coronavírus “pula” para os seres humanos nas últimas duas décadas. Em 2002, o Sars-CoV passou por morcegos e civetas até chegar a nós. Já em 2011, o Mers-CoV, antes restrito a morcegos, camelos e dromedários, ganhou a habilidade de circular entre as pessoas.
Em paralelo ao spillover, o spillback também aconteceu com o causador da covid, o Sars-CoV-2: várias espécies de animais, que antes não eram afetadas por esse patógeno, também começaram a ser infectadas de 2020 para cá.
Devo me preocupar?
Apesar dos casos documentados, os especialistas entendem que a infecção pelo Sars-CoV-2 é muito rara em outros animais.

E nada indica que o patógeno esteja evoluindo para infectar com mais voracidade outros seres além dos próprios humanos.


Algumas precauções básicas
Uma pessoa que está com covid e precisa se isolar em casa deve tomar algum cuidado especial com os animais de estimação?
Os especialistas orientam manter um certo distanciamento do bicho, caso seja possível.
Muitas vezes, durante a quarentena, o animal é uma ótima companhia. Porém, se você for ficar no mesmo ambiente, vale manter um distanciamento, usar máscara e reforçar os cuidados de higiene.
Manter o convívio com o pet não vai representar uma grande ameaça. Não podemos repetir o que aconteceu em 2020, quando vários animais foram abandonados por seus tutores.
Ou seja: se você puder se isolar e outra pessoa cuidar do animal, melhor. Mas se você mora sozinho ou não tem com quem deixar, pode manter a rotina dentro de casa.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos orienta que não se deve colocar máscaras nos animais — isso pode até causar algum mal à saúde deles.
Também não há necessidade de passar álcool em gel, desinfetante ou outros produtos de limpeza nas patas, no pelo ou na pele dos bichinhos.
Por fim, vale sempre conversar com o veterinário se o seu animal de estimação apresentar algum sinal atípico, abandonar a rotina, sentir-se prostrado e parar de comer, beber água ou fazer cocô e xixi.
Esses sintomas podem significar que ele está com alguma doença — e o diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento com rapidez.

Fernando de Noronha proíbe entrada de animais domésticos e exóticos


Proibição inclui cães, gatos, galinhas, aves, bovinos, caprinos, entre outros. Decreto distrital entrou em vigor na quarta-feira (20)
A entrada e a importação de animais domésticos e exóticos de qualquer procedência se tornaram proibidas em Fernando de Noronha desde quarta-feira (20), quando entrou em vigor o decreto distrital número 007/2022, publicado no dia 6 de julho no Diário Oficial do Estado. A proibição inclui cães, gatos, galinhas, aves, bovinos, caprinos, além de animais exóticos, como coelho, periquito, papagaio, hamster, arara, entre outros.
A norma indica como exceções: os cães-guia, os cães policiais e os animais tutelados por moradores permanentes e servidores públicos transferidos, limitados em um animal com, pelo menos, seis meses de vida. Os turistas não podem transportar os pets para a ilha, os casos permitidos são apenas os cães-guia.
Segundo a Administração de Noronha, essa nova norma alterou o decreto 19/2004, atendendo a solicitações dos órgãos de controle e do Projeto Pet Noronha.



O decreto reafirmou a proibição da presença e do deslocamento de animais domésticos de qualquer porte em todas as praias. Além disso, orienta que o trânsito desses animais em áreas públicas deve ser realizado com métodos de contenção, como coleira, guia e caixa de trânsito.
A norma determina que os animais devem possuir identificação individual, como microchip, brincos, anilhas fixas, além de estarem sempre acompanhados por uma pessoa responsável pela tutela.
Também ficou determinado que os animais apreendidos ficarão à disposição do seu tutor legal pelo prazo de sete dias mediante recebimento de advertência. Na segunda apreensão de qualquer animal do mesmo tutor, a entrega fica condicionada ao pagamento de multa no valor correspondente à 20% de um salário mínimo.
Na terceira apreensão, o pagamento da multa passa a ser do valor correspondente a 30% de um salário mínimo. Após a quarta apreensão´, o animal deve ser encaminhado para adoção responsável, e deve ser registrada uma denúncia de abandono ao Ministério Público do Estado de Pernambuco.
O governo local também anunciou a reformulação do Núcleo de Vigilância Animal (NVA), que tem a previsão de realizar desde castrações em massa até um censo dos animais da ilha, incluindo microchipagem.
O objetivo da castração é diminuir a quantidade de animais soltos e abandonados na ilha e, com isso, reduzir a propagação de doenças zoonóticas, que são aquelas transmitidas dos animais para os seres humanos.
No censo, está prevista a microchipagem de todos os pets da ilha que tenham tutores. O calendário dessas ações não foi divulgado.
A Administração de Noronha informou que esse procedimento vai possibilitar um levantamento de dados dos animais e dos responsáveis, permitindo ao NVA realizar a localização e contato, caso necessário. Após o censo, o governo pretende aplicar multas nos tutores que deixarem animais abandonados.
Segundo a gestora do Núcleo de Vigilância Animal de Fernando de Noronha, Camila Cansian, a quantidade de animais não pode ultrapassar o número de moradores da ilha. Ainda de acordo com ela, vai ser enfatizado o incentivo à adoção para evitar a superlotação, o que pode acarretar problemas ambientais e de saúde.
Pesquisadores alertaram para a ameaça que as espécies exóticas invasoras, como gatos e ratos, representam para Fernando de Noronha. Segundo os estudiosos, esses animais são predadores de ovos de aves marinhas, de filhotes de pássaros e de outras espécies endêmicas (que só existem na ilha), como as mabuyas.

“Produzir e Reinserir”

Abrigos confeccionados por presos com madeira ilegal começam a ser doados para animais do CCZ de Presidente Prudente.
Matéria-prima foi apreendida pela Polícia Militar Ambiental devido à ilegalidade no transporte e/ou depósito e não ter origem legal e direcionada à parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária.


Começou nesta semana a doação ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Presidente Prudente (SP) das casinhas para animais confeccionadas com madeira ilegal apreendida pela Polícia Militar Ambiental na região. Em primeiro momento, 30 abrigos serão entregues.
A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Polícia Ambiental e a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, com apoio do município. As casinhas foram confeccionadas por sentenciados da Penitenciária de Caiuá (SP).
Já foram entregues quatro casinhas que irão ficar para uso do Centro de Controle de Zoonoses, para que sejam utilizadas como abrigo para os animais. Outras duas unidades foram doadas para a Chácara Dona Linda, onde voluntários também fazem o acolhimento de animais.
As demais unidades estão sendo preparadas com a instalação de comedouro e bebedouro e adesivo de identificação do município de Prudente e da Polícia Ambiental. Algumas destas unidades serão instaladas em locais públicos para atender cães de rua.


Os locais públicos que irão dispor das casinhas estão sendo definidos, mas alguns dos pontos a serem contemplados serão a Praça das Andorinhas, área próxima à Secretaria de Assistência Social (SAS), Paço Municipal (área central) e próximo à base da Polícia Militar, Parque do Povo, entre outros locais.
“Vamos fazer um planejamento dos locais que irão receber essas casinhas de madeira e também checar, junto às entidades, quais são aquelas que mais necessitam dessas estruturas”, explicou o gerente do CCZ Ricardo Santos.


Transformação
Madeiras ilegais apreendidas pela Polícia Militar Ambiental na região de Presidente Prudente (SP) que são transformadas e voltam como benefício à sociedade. É o que acontece no projeto “Produzir e Reinserir”, entre a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP) e a corporação.
Neste ano, 55,7 m³ de madeiras nativas ilegais foram apreendidas em fiscalizações da Polícia Ambiental no Oeste Paulista.
Esse material, sem legalidade no transporte e/ou depósito e sem origem legal, foi doado e direcionado às mãos de 10 sentenciados da Penitenciária de Caiuá (SP) para se transformarem em casinhas para cães e gatos abandonados, bem como brinquedos para crianças carentes.


A Secretaria da Administração Penitenciária informou que a Penitenciária de Caiuá desenvolve desde 15 de março deste ano o projeto “Produzir e Reinserir”, com a participação de 10 sentenciados do regime semiaberto.
“Após doações de matérias-primas vindas de entidades parceiras, os presos produzem casinhas para cães e gatos abandonados e brinquedos para crianças carentes. Além disso, constroem e reformam móveis para doar para entidades que atendam ao interesse público”, explicou a SAP.


Conforme a pasta estadual, o projeto pretende aumentar as vagas de trabalho na unidade, com o objetivo de levar aprendizado profissional e reinserção social aos sentenciados.
“Nesta primeira fase, foi firmada uma parceria com a Polícia Militar Ambiental de Presidente Prudente. A instituição faz a doação de madeiras apreendidas e contribui para a construção dos abrigos para animais do Centro de Controle de Zoonoses [CCZ] de Presidente Prudente. O projeto está em fase de conclusão da primeira remessa de produtos, que resultará num total de 50 casas para cães e gatos”, contou a SAP.
Para a produção acontecer, é utilizado um barracão que fica na área externa do presídio, com orientação e acompanhamento de servidores.
Conforme a Polícia Militar Ambiental, somadas as apreensões do ano passado, 62 m³ de madeiras ilegais foram destinadas nos seis primeiros meses de 2022 a prefeituras e outras instituições públicas e filantrópicas.
“As doações contabilizam, esse ano, valor aproximado de R$ 300 mil. Madeira ilegal que sai do crime e vai servir à população”, salientou o capitão Júlio César Cacciari de Moura.