Outubro Rosa Pet

O câncer de mama é uma doença muito perigosa que atinge não só humanos, mas também cães e gatos. O Outubro Rosa é uma ação que acontece todos os anos para ressaltar a importância da prevenção e tratamento da doença, que segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), apresenta 25% mais casos a cada ano. O que muitos não sabem é que o câncer de mama é mais comum em animais do que em mulheres.
A maioria dos casos da doença que atinge os pets está ligada a gravidez psicológica, já que a disfunção hormonal é um dos grandes vilões responsáveis pelo problema. Segundo a veterinária Carol Mouco Moretti do Grupo Vet Popular explica que há como diminuir as chances disso acontecer, como por exemplo, castrando a cadela antes do primeiro cio.
As fêmeas castradas antes do primeiro cio apresentam apenas 0,05% de chances de desenvolver a doença. Após esse período, as chances aumentam entre 8% e 25%, ou seja, caso não haja a intenção de procriar, a principal orientação é que os tutores as castrem o quanto antes. Também se alerta que ao fazer carinho na pet deve-se prestar atenção em qualquer alteração na parte das mamas. Mesmo que sinta um caroço do tamanho de um grão de arroz, procure rapidamente um profissional de confiança.


Principais sintomas de câncer de mama em animais
Inchaços;
• Caroços na região das mamas ou próximo a elas;
• Dores;
• Presença de secreções.

Assim como nos humanos, existem algumas opções de tratamento além do cirúrgico para animais. “Remédios quimioterápicos são utilizados, e causam nos pets os mesmos efeitos que nos humanos, como quedas de pelo, crises de enjoos, diarreia e até vômito”, conta a veterinária. “Dependendo do grau de avanço do câncer, é necessário realizar a mastectomia, resultando na retirada de uma mama ou de todas”, diz.
Para evitar ou identificar a doença logo no começo o ideal é sempre levar o pet ao veterinário. “Esteja em dia com os exames do seu animal, faça consultas periódicas e nunca se esqueça que a prevenção ainda é a melhor maneira de evitar que a doença se espalhe e seja necessária a intervenção cirúrgica e medicamentosa”, finaliza Carol.

Apoio ao blog:

Para a fauna, é uma guerra nuclear’: após erupção, animais mudam de comportamento em La Palma


“Para a fauna, o cenário é o de uma guerra nuclear”. Manuel Nogales há 40 anos estuda a biodiversidade das ilhas Canárias e está encontrando uma alteração da conduta dos animais de La Palma como não havia visto até agora. Tudo são surpresas, comenta. “Estão muito assustados com esse fenômeno, toda a fauna mudou seu comportamento”, diz, acelerado, no começo da manhã de sexta-feira, após dormir quatro horas, antes de ir novamente com seu jipe à área de exclusão da ilha, onde só vão os cientistas. Nogales também se mostra desolado ao contar a situação em que está encontrando os animais domésticos livres na região mais afetada pela lava, “à deriva”, comendo vegetação cheia de cinzas. E os pescadores de Tazacorte, na costa mais próxima ao vulcão, falam de uma escassez notável de peixes.
Nogales, delegado do CSIC (agência espanhola de pesquisa científica) nas Canárias, passa o dia ao lado das línguas de lava cercado de vulcanologistas, “que são as autênticas estrelas da equipe”, mas seu trabalho é muito diferente. O biólogo estuda o que está acontecendo com a vida no entorno. As plantas, por exemplo, estão muito desidratadas, e 40% está muito murcha e em mau estado. Mas são os animais que mais preocupam o pesquisador do Instituto de Produtos Naturais e Agrobiologia (IPNA). Na região, a fauna basicamente é composta de aves e répteis, sobretudo lagartos, que já não se encontram. “Os lagartos praticamente desapareceram do terreno. Agora quase não se vê nada”, diz Nogales, que registrou em seu trabalho de campo atual somente 10% do que observaria normalmente.
E quando os lagartos desaparecem, a base da alimentação de muitas aves de rapina, todo o ecossistema se altera. “Os peneireiros tentam capturar aves, e isso é algo que me surpreende porque nas Canárias é bem incomum”, reconhece o biólogo. Na área há outras aves de rapina que incluem aves menores em seu menu, como os gaviões e os falcões, como o tagarote. “Esses são especialistas na captura de aves. Mas agora os peneireiros precisam tirar de onde puderem, uma mudança completamente inesperada, porque não conhecemos esse cenário totalmente novo”, acrescenta o pesquisador.
O restante das aves também alterou sua forma de interagir no entorno. Antes, quando o cientista ia a campo para anotar todos os contatos em um determinado perímetro, a maioria das notícias que recebia de sua presença era por via acústica: seu canto. “Agora, curiosamente, vemos muito mais aves das que costumávamos ouvir, completamente ao contrário do habitual”. O pesquisador conclui: “A fauna está mudando seus hábitos, seu comportamento, definitivamente. As espécies têm muito menos medo e temor à presença do ser humano, está chamando muito nossa atenção”. Os morcegos, que dependem de insetos, continuam presentes.


No entanto, o cientista se mostra consternado quando fala dos animais que estão na área restrita, perto da lava, em situações terríveis. “Vemos muitos animais que precisaram ser soltos. E os vemos muito à deriva. Eu não sei de onde vieram esses pobres animais. Cabras com os cascos destroçados, gatos perdidos, pavões reais, inúmeros animais que dão muita pena”, admite. Também foram encontrados galos de briga, uma prática de maus-tratos animais que é proibida, “mas agora estão na natureza e brigaram entre eles”, afirma, enquanto mostra em seu celular fotografias desoladoras de animais feridos. “O pior”, diz, “é que a vegetação está queimada e muitos desses animais são herbívoros, de modo que estão comendo alimentos com cinzas: o prognóstico não é bom. Para um biólogo é muito difícil”.
Nogales diz que, desde o começo da erupção, vê “a vida em preto e branco”, cheia de cinzas vulcânicas. “É um cenário que eu não conhecia”, conta. Afirma também que seu trabalho é inédito: tentar avaliar como a erupção de um vulcão impacta diretamente sobre toda a biodiversidade que cerca os rios de lava. “Não temos a menor ideia, partimos do zero, porque a bibliografia é praticamente inexistente, mas também é uma oportunidade única para estudá-lo”, narra. Sua vida há dias consiste em madrugar, ir à área restrita com o caderno de campo, estudar a biodiversidade até a noite (orientado pelos vulcanologistas para evitar riscos), e recomeçar no dia seguinte.
“Os peixes fogem”
O comitê científico de crise do plano de emergência dizia na quinta-feira que “não descarta que o aumento da emissão de cinzas e sua queda no mar possa estar afetando o ecossistema marinho” nas costas de La Palma, podendo causar “mudanças drásticas”, de modo que serão reforçados os sistemas de vigilância dos materiais vulcânicos no mar. O Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO) enviou o navio científico Ramón Margalef para estudar o que está acontecendo em La Palma. Para realizar uma verificação do leito marinho, procurando expulsões de gases, curvaturas e fissuras, mas também para estudar como afeta a biodiversidade.
Como explica o pesquisador do IEO Eugenio Fraile, que faz parte do comitê científico de crise, querem estudar tudo o que acontece ali: a física e a química da água, mas também como estão os peixes. “Temos depoimentos de pescadores que falam que a quantidade diminuiu, de uma mudança significativa nas capturas, mas não temos dados: é preciso ir lá, ver se é isso mesmo e determinar quais são as causas”, afirma Fraile. Também vão pegar amostras de corais, que são capazes de assimilar gases precursores em um cenário como esse.
Pedro Hernández, da associação de pescadores de Tazacorte, afirma que estão há seis meses “com capturas minguadas. Foi um dos piores anos que tivemos”, conta. Seu colega Fernando Gutiérrez era o presidente da associação de pescadores de El Hierro quando ocorreu uma crise parecida e houve uma erupção submarina: o vulcão Tagoro. “As pessoas fogem, e os peixes também. Aqui a pesca também parou, mas a questão é que matou os peixes de meia ilha. Ficamos um ano e meio sem poder trabalhar, mas com a metade que se salvou pudemos recuperar a metade que se perdeu”, lembra Gutiérrez.
“Este capricho da natureza”, lembra Fraile, “chega exatamente 10 anos depois do vulcão submarino afetar o Mar de las Calmas em El Hierro, e agora é outra reserva marinha, a de La Palma, uma área de alta sensibilidade, que já está sendo afetada”.
Fonte: El País

Ana Carolina Pinheiro

Glamour e praticidade para os Pets

Servidora pública municipal, na cidade de Uberaba-MG, Ana Carolina é arquiteta e urbanista e surpreendeu muita gente com uma proposta nesse segmento que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil e em muitas partes do mundo: o ambiente Pet Care do evento Mostra Casa Shopping, que ainda está aberto no Praça Shopping Uberaba. Claro, como já disse por aqui tantas vezes, os animais domésticos são, cada vez mais, considerados membros da família. Os dois cachorrinhos da filha dela, Ana Lua, foram, sem dúvida, a fonte de inspiração para que o espaço Pet Care fosse realizado. Quem visitou o evento se encantou com o espaço. Essa não é a primeira entrevista com um profissional do segmento de arquitetura e decoração que tem dado especial atenção aos animais de estimação. Tanto é que o blog recebe apoio da loja @varandaliving , de Uberlândia, cidade vizinha onde mora a irmã da entrevistada, outra apaixonada por pets. Portanto, o respeito aos animais e a convivência saudável com eles, é um traço da família. Preparem-se para ver o animal cada mais inserido no contexto social.

“Nas grandes capitais os novos condomínios já estão sendo pensados com a inclusão de espaços para cuidados com seus animaizinhos de estimação, os famosos Pet Care…”

Marcos Moreno– Para contextualizar a entrevista, fale o que é o evento Mostra Casa Shopping?
Ana Carolina Pinheiro– Casa Shopping é uma mostra com o melhor da arquitetura, decoração e design de interiores do Triângulo Mineiro, com 27 ambientes elaborados por 43 profissionais e foi idealizada pelas queridas Simone Cartafina e Thais Cury, com a coordenação de Amanda Mariano.
E eu tive o prazer de ser convidada no início deste ano de 2021 para elaborar o espaço Pet Care!


Marcos- O espaço que leva a sua assinatura foi pensado para quem tem pet. A inspiração para isso veio de uma experiência pessoal?
Ana Carolina- Sim, o Pet Care foi elaborado com muito carinho para quem tem e gosta muito do seu animalzinho de estimação.
Um ambiente pensado para se ter em casa, condomínios, planejado para guardar todos os itens destinados aos cuidados do seu animalzinho, bem organizado, com a funcionalidade a que se destina, como por exemplo: o tanque com altura confortável, com água quente e fria, para que o próprio dono possa dar um banho no seu animalzinho, secá-lo, limpá-lo, e foi executado com materiais para fácil manutenção e limpeza, como porcelanatos e granitos, bem como com todos os objetos e itens organizados como: ração, brinquedos, caminha, tapetes higiênicos, itens para banhos e cuidados…

Marcos– Parece que há uma tendência nos projetos de arquitetura e decoração para reservar/criar espaço para nossos amigos. Confere?
Ana Carolina– Sim! Nas grandes capitais os novos condomínios já estão sendo pensados com a inclusão de espaços para cuidados com seus animaizinhos de estimação, os famosos Pet Care e em residências também! Porque não, né? Sabe aquele banho que damos dentro do chuveiro? Desconfortáveis? Então… Quando temos um tanque com altura confortável, com água quente e fria, já muda por completo o cuidado e carinho, né?

Marcos- Há grandes lojas de decoração- @varandaliving em Uberlândia, por exemplo- que tem investido em objetos e espaços adequados aos pets. Você já tem outros projetos voltados para esse mercado?
Ana Carolina- Sim! Tenho duas amigas que desenvolvem comidinhas e petiscos naturais que são feitos com muito amor e destinados ao seu cãozinho. A Lambe Pote – Alimentação natural para seu cão! O espaço físico quando for aberto será pensado com a minha ajuda!


Marcos-Você tem animais em casa?
Ana Carolina– O meu amiguinho Thor, fica na casa da minha mãezinha com mais 3 amiguinhos! Como eu moro sozinha e em apartamento, esta foi a melhor opção, porque eu saio cedinho e volto só à noite!
Ele é esta lindeza aí da foto!


Marcos- Seu projeto para o evento Mostra Casa Shopping também tem um aspecto social. Que ação você criou para esse viés?
Ana Carolina– Sim! Em parceria com o Abrigo dos Anjos e a ajuda da Mari, colocamos uma cachorrinha para adoção consciente no espaço Pet Care da Mostra Casa Shopping no domingo do dia 12 de setembro! Ela não foi adotada no mesmo dia, mas no decorrer da semana, ligaram e a levaram para casa, fruto da ação feita no espaço Pet Care. Ah, e a mocinha que a viu no espaço e a adotou, levou além dela, uma outra cachorrinha! Fiquei muito feliz!
Domingo que vem, 03 de outubro, teremos novamente um outro animalzinho para adoção consciente!
Não percam!

Marcos-Você participa de algum grupo e/ou movimento no segmento da causa animal?
Ana Carolina- Ainda não!

Marcos- Para ter como companhia, qual animal doméstico prefere?
Ana Carolina- O cãozinho na minha opinião!


Marcos-Você pode deixar uma mensagem para os seguidores do bolg?
Ana Carolina- Agradeço imensamente o seu carinho Marcos! Fiquei muito feliz quando entrou em contato após a visita na Mostra Casa Shopping! Obrigada pelo encantamento com meu espaço. Parabéns pelo seu trabalho em prol da causa animal! Muito sucesso!
A todos os seus seguidores e seus animaizinhos de estimação, o meu carinho!

OFERECIMENTO:

Seca no Pantanal obriga Ibama a trasladar 200 jacarés para que não morram de fome


Ao entrar na MT-060, estrada de terra de 147 km conhecida como Transpantaneira é possível notar o impacto da pior seca dos últimos 60 anos que o bioma enfrenta. Situação que levou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) a uma ação emergencial neste domingo (19), inédita na região, de realizar a translocação de mais de 200 jacarés para outros locais da estrada que ainda possuem água e alimento, a fim de evitar a morte dos animais. A MT-060 é porta de entrada para o Pantanal matogrossense, em Poconé, cidade a 104 km de Cuiabá.

Apesar dos jacarés serem resistentes aos períodos de seca no Pantanal, a condição atual do bioma não permitiu que estes animais se alimentassem o suficiente para o momento da brumação ― período de letargia e baixa atividade metabólica a fim de poupar a energia em situações adversas. Com isso, muitos deles não têm a força necessária para encarar a falta de água e a fome, duas situações que já são uma realidade entre eles desde 2020, mas que se intensificaram neste ano.


“A gente entende que este animal passa por esta situação de seca todos os anos, mas não nesse nível tão dramático. E isso vem em uma sequência de dois anos. É necessário a gente ponderar a necessidade de manejá-los. Lógico que quando você pensa num contexto de população não faz diferença nenhuma. Agora, quando você pensa no indivíduo, na qualidade de vida deste animal, você começa a ponderar que é pertinente tirá-lo daqui e levá-lo para outro lugar”, afirma o servidor do Ibama, Bruno Campos. Os jacarés seguem nos carros do Instituto para uma distância de até 30 quilômetros para encontrar um ambiente propício para sua alimentação.
Campos explica que está sendo feito o monitoramento de água diário da ponte 3, local onde estão os jacarés, e que a água diminui em uma quantidade razoável a cada dia. “Devido a quantidade de animais que estão ali, a escassez de água aqui e em outros locais no entorno, a gente resolveu fazer a translocação destes animais e realocá-los em lugares com disponibilidade de água e alimentos para ver se melhora a chance deles de sobrevivência”, afirmou.
De fevereiro a maio, o Pantanal norte costuma viver inundações. Por isso, a Transpanteneira conta com 120 pontes, várias delas ainda de madeira. Os rios formados pela inundação e que passam por debaixo delas são chamados de corixos. Mas, praticamente todos eles estão secos, pelo fato do Pantanal não ter alagado neste ano e no passado.
Há animais ilhados pela seca, que permaneceram em pontos de água sem condições de migrarem para outros locais por não haver disponibilidade hídrica por vários quilômetros de distância. “Essa seca vem do ano passado e possivelmente vai perdurar pelos próximos dois, três anos”, diz Campos. “Quando você analisa a situação destes animais tem uma somatização de situações: desmatamento, supressão de água do lençol freático, as queimadas que acaba reduzindo o alimento que ele precisa. No ano passado o rio não entrou aqui por uma série de fatores. Por ele não ter entrado, não teve a disponibilidade de alimento que é normal ano a ano”, pontua.
Ações humanitárias
ONGs estão atuando de forma incansável a fim de garantir a sobrevivência dos bichos no bioma com maior densidade por quilômetro quadrado de mamíferos no mundo. Caminhões-pipas estão enchendo corixos onde ainda há resquícios de água o suficiente para alguns animais viverem. Uma corrida contra o tempo encarando um solo arenoso, a baixa umidade do ar e um calor de mais de 40ºC, um conjunto de situações que culmina na evaporação de milhares de litros d’água por dia.


De acordo com a coordenadora do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD), a médica veterinária Carla Sássi, a decisão de translocação dos animais aconteceu diante de um cenário difícil de morte de vários animais diariamente. “Foi feita a análise da água. O resultado foi que este lugar está totalmente impróprio para a sobrevivência destes animais, mesmo eles sendo muito resistentes”, disse Sássi. Para a veterinária, a situação em que os jacarés estão é totalmente incompatível com a vida. “Todos os dias chegamos aqui e há cinco, seis deles mortos com características de desnutrição e desidratação”, afirmou Sássi.
O GRAD é formado por profissionais voluntários com o objetivo de promover ajuda humanitária a animais em circunstâncias de vulnerabilidade, e está atuando junto ao Ibama na realização dos jacarés. Em campo, estão 11 profissionais do grupo, divididos entre captura e atendimento primário aos animais. Junto a eles estão as organizações Brigada Norte SOS Pantanal e Ecotrópica. Para a traslocação está sendo usada uma van climatizada, onde estão sendo levados ao menos 15 jacarés por vez. A estimativa é que a ação dure de 2 a 3 dias.
Os repórteres viajaram ao Pantanal com o apoio da iniciativa Observa-MT.
Inscreva-se aqui para receber a newsletter diária do EL PAÍS Brasil: reportagens, análises, entrevistas exclusivas e as principais informações do dia no seu e-mail, de segunda a sexta. Inscreva-se também para receber nossa newsletter semanal aos sábados, com os destaques da cobertura na
Fonte: El País

Baleia orca se matou batendo cabeça contra parede após 12 anos em cativeiro


Hugo foi mantido no Miami Seaquarium, na Flórida (EUA), por mais de 12 anos, antes de morrer aos 15 anos de um aneurisma cerebral. Acredita-se que ele tenha sido capturado da natureza aos três anos de idade.
Uma infeliz orca que foi arrancada de sua família na natureza e forçada a fazer truques para plateias se tornou tão infeliz que “cometeu suicídio” batendo sua cabeça contra uma parede.
Hugo foi mantido no Miami Seaquarium, na Flórida, por mais de 12 anos depois de ser capturado com apenas três anos de idade nas margens da Baía de Vaughan, Washington, de acordo com o grupo de bem-estar animal The Dolphin Project.
Nos primeiros anos, ele foi mantido em uma “pequena piscina” sem companhia, antes de uma orca fêmea, Lolita, ser capturada na natureza e os dois serem apresentados um ao outro e transferidos para um novo lugar, apelidado de “tigela das baleias “.
Richard O ‘Barry, um ex-treinador de animais e fundador do Dolphin Project, escreveu “Behind the Dolphin Smile” sobre quando conheceu Hugo.
Nele, ele conta: “Quando eu alimentava Hugo, sua cauda estava apoiada no fundo e sua cabeça ficava completamente fora da água.”
“Foi patético. Queriam que eu o treinasse. Eu recusei e saí com nojo.”
Mas apesar de receberem um novo companheiro, os anos de isolamento causaram seus danos, e Hugo pareceria se machucar e agir agressivamente em relação aos seus cuidadores.
Alega-se que ele regularmente batia a cabeça contra o lado do tanque e mordia os treinadores que ousavam chegar perto dele.
Em um incidente horrível, Hugo teria cortado o nariz quando bateu em uma estrutura de plástico, quebrando-a.
Ele foi deixado com um retalho de pele de cerca de 6 centímetros de comprimento pendurada na ponta do nariz, que um veterinário teve que recolocar em uma cirurgia.


Mas foi em 4 de março de 1980 que o sofrimento de Hugo chegou ao fim, quando ele sofreu um aneurisma cerebral.
Ativistas animais afirmam que suas repetidas batidas na cabeça contribuíram para sua morte, referindo-se a ela como “suicídio”.
Hugo tinha apenas 15 anos quando morreu, muito mais jovem do que as orcas de mais de 80 anos que foram registradas vivendo na natureza.
Fotos comoventes do corpo sem vida de Hugo sendo içado para fora da piscina foram documentadas.
Não se sabe o que aconteceu com seu corpo, embora alguns relatos afirmem que foi descartado em um aterro sanitário.
Quanto a Lolita, ela agora tem 55 anos, e passou seus dias desde a morte de Hugo totalmente sozinha.
Ela passa seus dias nadando em uma piscina que, segundo Peta, é apenas quatro vezes o comprimento de seu corpo na parte mais longa. O tanque tem apenas 20 metros de profundidade em seu ponto mais profundo e apenas 3,7 metros de profundidade em muitos outros.
A cientista de mamíferos marinhos do Instituto de Bem-Estar Animal, Naomi Rose, disse à National Geographic em 2019 que as orcas não se saem bem em cativeiro devido ao seu tamanho e inteligência.
“É biologia básica “, disse ela.


“Se você evoluiu para mover grandes distâncias para procurar comida e companheiros, então você está adaptado a esse tipo de movimento, seja você um urso polar, um elefante ou uma orca.
“Você coloca [orcas] em uma caixa que tem 46 metros de comprimento, 28 metros de largura e 9 metros de profundidade e você está basicamente transformando-as em um peso de porta”.
“Nenhum mamífero marinho é adaptado para prosperar no mundo que fizemos para eles em uma caixa de concreto.”
Biólogos marinhos entendem profundamente que os animais se envolvam em comportamento autodestrutivo, embora não se saiba se as baleias entendem o termo humano de “suicídio”.
O assunto voltou a chamar a atenção depois que uma orca com o coração partido foi filmada batendo a cabeça contra as paredes de seu tanque depois de perder seus cinco bebês.
A orca angustiada, chamada Kiska, está em cativeiro na MarineLand em Ontário, Canadá, e foi vista batendo a cabeça contra as paredes de sua piscina em um vídeo de 30 segundos.
O ativista anticativeiro e denunciante Phil Demers filmou a orca, apelidada de “a baleia mais solitária do mundo” pelo Santuário das Baleias, e depois compartilhou nas redes sociais.
O ativista de 43 anos trabalhou anteriormente no parque.
A filmagem foi enviada com a legenda: “Este vídeo foi feito em 4 de setembro de 2021. Ativistas anticativeiro entraram na MarineLand e observaram Kiska, sua última orca sobrevivente, batendo a cabeça contra a parede. Por favor, assista e compartilhe. Essa crueldade deve acabar. #FreeKiska.”
Fonte: Mirror

É PRIMAVERA…

Ah que maravilha, enfim a primavera. Que tenhamos esperança. O inverso nesse hemisfério teve temperaturas estratosféricas. Já estamos vivendo os extremos climáticos que esperávamos para daqui a muito tempo, ou nem imaginávamos que fossem acontecer de verdade. Não? Pois é. Mordeu na língua quem disse que isso jamais fosse acontecer.

Mas é primavera
A despeito da seca histórica (principalmente nessa região na qual vivo-Minas Gerais, Brasil). Nunca sentimos tanto a influência das mudanças climáticas que certas pessoas ainda insistem em negar que estejam já acontecendo. A seca histórica (como duvidar?) a temperatura de (40 no inverno) no inverno…Não há ação sem reação. O despencar de uma única folha de uma árvore gera uma reação em cadeia. Energia. Enfim, é primavera.

A primavera e os animais
Ao contrário de nós, os animais não conseguem dizer quando algo não está bem. Mas os sinais não verbais são, por isso, muito importantes, especialmente quando há a mudança de estação climática como esta, em que eles estão mais propícios a doenças. Um diagnóstico precoce e acertado, que deverá ser sempre feito pelo médico veterinário, vai ajudar que os focinhos se mantenham saudáveis.
Saiba os sintomas a que deve estar atento, bem como aquilo que deve e não deve fazer com os animais nesta estação.


• ALERGIA AO PÓLEN

A chegada da primavera traz as famosas alergias ao pólen. O que muitos não sabem é que também os animais podem ser alérgicos, motivo pelo qual é importante estar muito atento a alguns sinais. “Comichão, mordeduras nos membros e nas restantes partes do corpo, espirros, perda excessiva de pelo, pele seca, irritada e avermelhada e corrimento nasal são os principais sintomas de uma reação alérgica.”

• OUTRAS ALERGIAS
Os animais podem sentir-se atacados por alergias ambientais, alimentares, farmacológicas, picadas de inseto ou presença de parasitas (como pulgas e carraças).

• QUEDA DE PELO

Com o aumento do número de horas de luz e da temperatura, o pelo começa a ser substituído, pelo que pode notar uma queda mais acentuada na primavera. Uma boa alimentação é crucial. Por vezes, são necessários suplementos para a pele.

• CUIDADO COM OS PASSEIOS
Com os dias mais longos e as temperaturas altas, a vontade é de prolongar o tempo na rua, começar a fazer caminhadas e, muitas vezes, levar os animais como companhia. Tal como nos humanos, “o sol e a atividade física são essenciais” para os animais. No entanto é preciso redobrados cuidados na rua. Deve controlar aquilo que os animais possam agarrar, para não engolirem algo potencialmente perigoso.

• PLANTAS TÓXICAS
É preciso ter muita atenção com a lagarta do pinheiro, uma vez que é “altamente tóxica, tanto para nós como para o animal”. Em caso de contacto, deve levar o animal imediatamente a um veterinário. Há plantas e mesmo alimentos que podem ser tóxicos apenas para determinadas espécies que não a nossa.

• CHÁ, NUNCA
A não ser que seja indicado pelo veterinário. Não deve dar chás ao animal para lhe aliviar quaisquer sintomas. A fitoterapia pode ser recomendável, mas “em doses muito ajustadas a cada animal” e sempre “aconselhadas por médicos veterinários especialistas na área de naturopatia.