Você sabe se o seu pet está acima do peso?

Já parou para pensar no peso do seu pet? Poucos tutores conseguem perceber se o cão ou gato está acima do peso ideal, isso porque, muitas vezes, esses quilos a mais parecem ser fofura. Uma pesquisa realizada este ano por uma grande empresa do setor, em parceria com a Cão Cidadão, apontou que 24,72% dos tutores de pets no Brasil consideram que seus pets estão acima do peso.

Apesar do número parecer baixo, o estudo mostrou que muitas pessoas não sabem, realmente, identificar o sobrepeso dos animais, já que quando foram instruídos a utilizar a tabela de escore de condição corporal, 41,04% dos entrevistados classificaram os pets com as condições corporais 7 e 9. De acordo com a WSAVA, Associação Mundial de Veterinários para Animais Pequenos, essas duas condições indicam peso acima do ideal.

Isso quer dizer que seu cão ou gato podem aparentar estar bem para você, mas é preciso observar o peso de acordo com o tamanho e a raça. Claro que apenas um veterinário pode diagnosticar a obesidade do pet, mas, alguns sinais podem servir de alerta para os tutores.

Sinais de que o pet pode estar obeso

Um ponto mais fácil de ser observado é o uso da coleira. Você precisou afrouxar nos últimos passeios? Se sim, pode ser um sinal claro de ganho de peso. Outro ponto também são as costelas – elas devem ser “fáceis de contar”. Apalpar o pet nessa região ajuda a perceber o ganho de peso. E aqui vale reforçar a importância de apalpar mesmo e não apenas observar, já que os pêlos podem ajudar a disfarçar a cintura. Além disso, visto de lado, o animal deve apresentar uma curvatura se estiver no peso ideal e não ser reto.

Movimentos mais lentos, falta de fôlego ou com dificuldade para caminhar também podem ser alertas com relação ao peso dos animais.

Os motivos do ganho de peso

O aumento do peso do cão ou gato é resultado, geralmente, da combinação de excessos na alimentação e a falta de exercícios. Nesse primeiro caso, é importante observar a quantidade de petiscos oferecidos para o animal. Ainda segundo a pesquisa, 35,46% dos entrevistados oferecem petiscos aos seus cães e gatos todos os dias, o que é bastante coisa!

Muitos tutores também têm o costume de deixar o alimento disponível o tempo todo para o animal e isso pode colaborar com o ganho de peso já que facilita o maior consumo de calorias. Outros fatores podem influenciar na questão da obesidade, como é o caso da idade (animais mais velhos acabam ficando menos ativos e com menos energia) e castração (o metabolismo básico dos cães, principalmente, castrados é menor e exige menos calorias).

Independentemente do motivo, é importante ficar de olho no peso. A obesidade pode causar problemas graves nos pets. Os mais comuns são os problemas respiratórios, nas articulações ou doenças ósseas e cardíacas. É importante levar os pets, frequentemente, ao veterinário para conseguir detectar os sinais e evitar essas doenças.

Jiboia mais rara do mundo é achada ‘sem querer’ no interior de São Paulo


Animal é o segundo da espécie encontrado por comunidade da área rural do Guapiruvu, em Sete Barras, no Vale do Ribeira.
A ‘Jiboia do Ribeira’ (Corralus cropanii), espécie de jiboia considerada a mais rara do mundo segundo especialistas, foi encontrada viva em Sete Barras, na região do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo. Essa é a segunda da espécie avistada na região. A última foi capturada em 2017, também por moradores.
Essa espécie de cobra foi avistada pela primeira vez há mais de 60 anos em Miracatu, cidade também localizada no Vale do Ribeira. Desde então, pesquisadores buscam por outros exemplares da mesma espécie.
Os dois animais encontrados em Sete Barras foram capturados graças a um projeto de educação e conservação ambiental realizado, desde 2016, com a moradores da área rural do Guapiruvu. Os moradores Paulo Vinicius Teixeira, Wilian Daniel Martins, Bernardo Alves dos Santos e Virgílio Gomes encontraram o animal após serem contatados pelos guardas do Parque Estadual Intervales, que viram a cobra se deslocando.
A descoberta foi feita no fim de outubro e divulgada após as primeiras pesquisas. Os pesquisadores explicam que o animal é uma fêmea adulta, de 1,35 metro de comprimento e 1,2 kg. O local onde o animal foi encontrado abriga a comunidade que é ativa na conservação e faz parte do Parque Estadual Intervales, além de ser inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Mar.
“Ela está em um terrário e será mantida em cativeiro para exames e estudos. Depois, vai ser solta na natureza com um aparelho de telemetria para mostrar seu caminho, que dura um tempo, cerca de quatro meses”, explica o biólogo Bruno Rocha, de 33 anos, coordenador do Projeto Jiboia do Ribeira.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a serpente foi descrita em 1953 pelo herpetólogo Alphonse Richard Hoge, do Instituto Butantan, com base em um único exemplar, que foi trazido vivo até ele por um morador do município de Miracatu.
Bruno reitera que, entre os Boídeos, família de cobras que inclui serpentes grandes que não sejam venenosas, essa é a espécie mais rara. O animal capturado em 2017 já ajudou nos avanços de pesquisas, e a nova também será analisada pelos pesquisadores.
Comunidade
O biólogo explica que encontrar a espécie viva é um bom indicativo, e que isso só aconteceu após o trabalho de conscientização da própria população, que é protagonista no trabalho de conservação ambiental.
“Eles trabalham com ciência cidadã. Eles estão sendo protagonistas. No Vale do Ribeira, temos um protocolo para informar a população, para não matar o animal, e o que devem fazer se encontrarem”, comenta.
O projeto é o “Ação Comunitária Mãos que protegem”, iniciativa que auxilia a gestão do Parque Estadual de Intervales e permite o resgate de serpentes encontradas na comunidade e sua soltura em áreas preservadas e seguras.
Thiago Borges Conforti, gestor do Parque, explica que o encontro desses animais é algo positivo. “São dois diferenciais: uma grande área protegida do Parque e a capacitação da comunidade para lidar com as cobras de maneira mais adequada, mais correta”, comenta o gestor.
Ele explica que, depois de estudos, ela será devolvida à natureza, em áreas preservadas e seguras, mas diz que os pesquisadores ainda avaliam qual será a melhor forma de realizar essa soltura, e como ela será monitorada.

Sars-CoV-2 em 2 cães de Curitiba

Universidade Federal do Paraná confirma Sars-CoV-2 em 2 cães de Curitiba
Os tutores de ambos os cachorros foram diagnosticados com Covid-19, e não há evidências de que os animais tenham transmitido o novo coronavírus ou desenvolvido a doença

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) confirmaram nesta segunda-feira (23) o diagnóstico do novo coronavírus em dois cães de Curitiba. Os cachorrinhos — um buldogue francês e outro sem raça definida — tiveram sintomas leves e passam bem. Eles fazem parte de um estudo multicêntrico coordenado pela UFPR que investiga o Sars-CoV-2 em cães e gatos de seis capitais do país (Curitiba, Belo Horizonte, Campo Grande, Recife, São Paulo e Cuiabá).
O buldogue francês é um macho adulto, e seu dono testou positivo para o novo coronavírus em teste RT-PCR. Segundo contou aos pesquisadores, o animal — que dorme na mesma cama que ele — apresentou uma leve secreção nasal. O cachorro testou positivo em um primeiro teste e, no segundo, um dia após o primeiro, ele já estava negativado.
O outro caso foi parecido: a tutora do cão, um macho adulto, também foi diagnosticada com Covid-19. Seus quatro cachorros, que também dividem a cama com ela, apresentaram espirros discretos. No entanto, apenas um deles testou positivo para o novo coronavírus.
As amostras coletadas na UPRF serão enviadas para confirmação no TECSA Laboratório Animal, em Belo Horizonte. E os dados serão registrados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Vale ressaltar, no entanto, que não há casos confirmados de cães e gatos transmitindo o vírus para pessoas — apenas o contrário. Em comunicado à imprensa, o professor da UFPR Alexander Biondo, coordenador do estudo nacional, ressalta que os animais podem se infectar pelo Sars-CoV-2, mas isso não significa que desenvolvam a Covid-19 ou contaminem seres humanos.
De qualquer forma, em caso de suspeita ou diagnóstico nos tutores, é indicado manter o distanciamento do bichinho e usar máscara.
Caso em gata
Em outubro, uma gata em Cuiabá foi o primeiro pet do Brasil a ser identificado com o novo coronavírus. Em teste RT-qPCR realizado por cientistas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), foi confirmada a presença de RNA viral na felina. E agora, os pesquisadores trabalham no sequenciamento do genoma do vírus.
“Vai servir para confirmar que é o Sars CoV-2, pois a RT-qPCR identifica só um pedaço do genoma, mas também qual a estirpe ou cepa. Poderemos saber de onde veio”, explica o professor Emanuel Maltempi, coordenador do Laboratório do Departamento de Genética da UFPR, que também atua nessa investigação.

Gesto que pode salvar


Existe de uma maneira muito bacana para ajudar os animais. Se você tem em sua casa medicamentos que por algum motivo teve que usar para seu cão e agora não precisa mais, faça doação desses medicamentos, não deixe vencer. Se sobrou material hospitalar, tipo agulhas, seringas, esparadrapos, gazes, etc, que você não vai usar mais, doe. Se tem material de higiene que também não vai usar mais, muitos estão precisando. Não deixe vencer esses produtos que podem ser utilizados por outros que precisam. Há muitos outros precisando e que seus tutores não podem comprar. Quem acompanha o blog sabe que tive a companhia de um cão adotado, por 14 anos. Eu mantinha uma pequena farmácia só com remédios para ele. Mas quando morreu, doei tudo o que não tinha vencido e poderia ser aproveitado para outros cães. Logo tive notícias que muitos foram aproveitados. Procure fazer isto. Não descarte sem antes conferir a validade para ver se poderia ser doado. Há pessoas que fazem um trabalho voluntário muito bom com animais. No caso de Uberaba, cidade onde vivo, você pode falar com o Raphael que é uma pessoa muito envolvida com a causa e faz um belíssimo trabalho voluntário de atendimentos de urgência. Basta ligar para o número 9 9205-1704 que ele vai até sua casa buscar. Trabalho voluntário precisa contar com a ajuda das pessoas, simpatizantes da causa animal. Se preferir, entre em contato comigo aqui pelo blog. Sua ajuda será muito bem vinda e muito valiosa. Seu gesto pode salvar a vida de muitas criaturas do bem.

Novembro azul: câncer de próstata também atinge cães e gatos

O câncer de próstata não é uma doença exclusiva dos humanos. E o que muita gente não sabe é que ela, também, pode atingir os animais. Segundo Karina Delia Albuquerque, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade UNG, “embora a doença não seja muito recorrente, o cão tem mais propensão aos problemas relacionados ao câncer de próstata do que os gatos”, explica.

Como identificar os primeiros sintomas?
Os tutores dos animais devem ficar atentos em alguns sinais clínicos como aumento na frequência do ato de urinar, gotejamentos constantes, bem como sangue ou pus na urina. Alguns pets podem apresentar constipação, isto é, dificuldade no ato de defecar, devido ao aumento da próstata. Além de fezes em forma de fitas e, em situações mais severas, dor abdominal.

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pelo histórico do animal (idade, sexo e espécie). Animais machos, mais velhos e não castrados são mais predispostos ao aparecimento do câncer de próstata. Exame físico é realizado com palpação abdominal, retal e sensibilidade abdominal, além de exames complementares, como ultrassonografia.

Como é realizado o tratamento?
O tratamento efetivo é a castração e, dependendo da gravidade, a retirada da próstata.

Prevenir com castração precoce é o ideal?
Sim. A castração acaba sendo uma prevenção eficaz contra o câncer de próstata, pois, com a castração precoce, eliminamos hormônios como a testosterona, que pode ser um dos fatores que desencadeiam o câncer de próstata nos animais.

O cão mais inteligente

A competição, que envolve um cão brasileiro, será transmitida pela internet
Uma competição entre cachorros iniciada no último dia 11 na Hungria tem apenas um objetivo: determinar qual deles é o mais inteligente. Entre os concorrentes, estão animais que sabem distinguir entre dezenas de palavras.
O concurso será transmitido online até o dia 16 de dezembro, e pode ser acessado no link tinaontech.com. Somente seis competidores participam da empreitada, todos eles da raça border collie. Os participantes vêm do Brasil, da Hungria, da Espanha, dos EUA e da Holanda.
O debate sobre qual canino é o mais esperto vem de longa data. De forma geral, as raças poodle e border collie costumam ser colocadas no topo da tabela. Há relatos, por exemplo, de um border collie chamado Chaser que conhecia cerca de mil substantivos. Ainda assim, nenhum consenso absoluto foi formado acerca da polêmica.
Serão duas as etapas do concurso. Na primeira, os cães terão uma semana para aprender o nome de seis brinquedos diferentes. Na segunda, doze palavras deverão ser aprendidas pelos animais. Para quem achar que tem um cãozinho inteligente em casa, basta inscrevê-lo no site. De acordo com os responsáveis pela iniciativa, são desejáveis os cachorros que souberem o nome de mais de dez objetos. De acordo com os organizadores da competição, a intenção é atrair o maior número possível de cães para estudo.

Prontos para nos entender

Melhor amigo? Estudo com cães de rua revela que eles nascem prontos para nos entender.
A milenar e próxima relação entre cães e humanos já foi objeto de muitos estudos científicos, que revelam que desde os músculos ao redor dos olhos até a liberação do hormônio ocitocina facilitam a relação dos cachorros conosco.
Como muitos destes estudos envolveram animais domesticados, criados em casa e minimamente adestrados, fica a dúvida: será que cães de rua reagem da mesma maneira?

A bióloga Anindita Bhadra, do Instituto de Educação e Pesquisa Científica de Calcutá, na Índia, vem pesquisando há anos especificamente populações de cães vivendo ao relento — e busca responder essa pergunta.
Segundo a autora, os cães de rua são o maior grupo de cachorros no mundo e seu vínculo com os humanos é marcado por vários fatores, inclusive sociais e econômicos.

Entenda o teste
O último trabalho de Bhadra e seus colaboradores foi publicado no periódico Frontiers in Psychology e testou a reação dos animais de rua a comandos de humanos desconhecidos. O teste já havia sido feito em outros estudos, mas sempre com donos de pets.
Ao se depararem com dois recipientes de comida, os cães de rua escolheram na maioria dos casos aquele para o qual o humano apontava.
A equipe realizou nas ruas de cidades da região indiana de Bengala Ocidental um experimento digno do Ig Nobel, o prêmio que laureia pesquisas científicas engraçadas, e muitas vezes estranhas. A primeira fase era de familiarização: uma pessoa mostrava a um cachorro de rua um pedaço de frango cru, que o animal podia cheirar, e depois esta carne era posta dentro de um recipiente.
Então, o alimento era posto dentro de um pote, deixando um segundo receptáculo vazio. Um instrutor então entrava em cena. Sem saber onde a galinha estava, ele apontava para um dos recipientes no chão. Detalhe: tudo milimetricamente medido, com distâncias pré-estabelecidas entre os potes, o instrutor e o cachorro. A equipe também produziu relatórios e filmagens dos experimentos.
Foram testados 120 animais. Destes, praticamente metade (59) se aproximou de algum dos potes — os outros ficaram parados ou saíram em outra direção, o que os cientistas associam com um estado de ansiedade e possivelmente resultado de experiências negativas anteriores. Dos que se aproximaram, cerca de 80% (47 cães) foram na direção apontada pelo instrutor, independentemente do que havia lá.
Houve ainda testes com um grupo controle de 40 animais, para verificar se outras variáveis podem ter influência na escolha dos potes, o que não foi confirmado — a influência humana foi evidente. Por isso, a equipe de Bhadra diz que cachorros já nascem capazes de entender certas ações humanas, mesmo sem treinamento.
“Achamos bastante animador que os cães conseguissem seguir um gesto tão abstrato como apontar com a mão”, disse Bhadra em um comunicado à imprensa. “Isso significa que eles observam os humanos com atenção, inclusive aqueles que veem pela primeira vez, e usam esta compreensão sobre os humanos para tomar uma decisão. Isto mostra a inteligência e a adaptabilidade destes animais”.

‘Empatia’
Uma combinação entre fatores genéticos e experiências de vida explica comportamento de cães em relação aos humanos, afirmam pesquisadores
Ao analisar o grupo de cães que se afastou dos testes, os pesquisadores destacam que “experiências ao longo da vida podem ser diferentes e ter um impacto significativo no comportamento dos cães”.
“Cães de rua são encontrados na maior parte dos países em desenvolvimento e vivem sem supervisão humana direta. Eles interagem com humanos regularmente e recebem estímulos positivos, como comida e carinho; e negativos, como agressões (…)”, diz o artigo no Frontiers in Psychology.
Bhadra diz que os resultados da pesquisa, por ampliarem a compreensão sobre a nossa relação com os animais, podem melhorá-la.
“Precisamos entender que cachoros são animais inteligentes que podem coexistir conosco”, diz. “Eles são muito capazes de entender nossa linguagem corporal, e precisamos lhes dar espaço. Um pouco de empatia e respeito por outras espécies pode reduzir muito do conflito.”
‘Melhor amigo do homem’ há milhares de anos
O artigo tem um capítulo de contextualização, em que os autores lembram que outros animais reagem a gestos de humanos, como chipanzés, cavalos, elefantes, cabras e gatos.
Os cachorros são possivelmente uma das primeiras espécies de animais domesticados, entre 10 mil e 30 mil anos atrás, segundo diferentes interpretações. Descendentes de lobos, adaptaram-se à convivência com humanos — o que segundo a literatura, não nos trouxe benefícios inicialmente, embora mais tarde eles tenham começado a ser usados em atividades como caça e controle de rebanhos.
Como o estudo publicado agora, outros já haviam demonstrado a capacidade dos cachorros em reagir a diferentes tipos de gestos de humanos.
Assim, tanto fatores genéticos quanto experiências ao longo da vida individual podem explicar o comportamento dos cães.
Já havia sido demonstrado também que cachorros produzem ocitocina, hormônio relacionado à conexão social nos mamíferos, na presença de humanos (confira aqui matéria da BBC sobre, em inglês: https://www.bbcearth.com/blog/?article=six-fascinating-facts-about-the-love-hormone).
Pesquisadores da universidade de Portsmouth, Inglaterra, publicaram um estudo mostrando também adaptações de músculos ao redor dos olhos de cães que permitem expressões faciais particularmente atraentes aos humanos — como um olhar infantil e similar aos movimentos dos olhos humanos quando tristes.
“Quando os cães fazem esse movimento, parecem despertar nos humanos um forte sentimento de proteção”, explicou em 2019 Juliane Kaminski, da equipe de Portsmouth.

O melhor e mais antigo amigo do homem!

Um estudo feito com o DNA do cachorro mostrou que nosso “melhor amigo” no mundo animal também pode ser o nosso mais antigo companheiro.
A análise revela que a domesticação dos cães remonta há 11 mil anos, no final da última Era do Gelo.


Isso confirma que os cães foram domesticados antes de qualquer outra espécie conhecida.
Nossos companheiros caninos estavam espalhados pelo hemisfério norte nessa época e já haviam se dividido em cinco tipos diferentes.
Apesar da expansão dos cães europeus durante a era colonial, vestígios dessas antigas raças indígenas sobrevivem até hoje nas Américas, Ásia, África e Oceania.
A pesquisa preenche algumas lacunas na história natural de nossos companheiros animais mais próximos.
Pontus Skoglund, coautor do estudo e líder do grupo do laboratório Ancient Genomics, do Crick Institute de Londres, disse à BBC News: “Os cães são realmente únicos por serem essa coisa bastante estranha, se você pensar bem. Quando todas as pessoas ainda eram caçadores coletores, eles domesticaram o que era realmente um carnívoro selvagem — os lobos são bastante assustadores em muitas partes do mundo”.
“A questão é: por que as pessoas fizeram aquilo? Como isso aconteceu? É nisso que estamos interessados.”
Até certo ponto, os padrões genéticos dos cães espelham os humanos porque as pessoas levavam seus companheiros com eles quando se mudavam. Mas também havia diferenças importantes.
Traços antigos
Por exemplo, os primeiros cães europeus eram inicialmente diversos, parecendo originar-se de duas populações muito distintas. Uma relacionada aos cães do Oriente Médio e outra dos cães siberianos.
Mas em algum momento, talvez após o início da Idade do Bronze (3.000 a 1.200 a.C.), uma única linhagem de cães se espalhou amplamente e substituiu todas as outras populações de cães no continente. Esse padrão não tem contrapartida nos padrões genéticos das pessoas da Europa.
Anders Bergström, principal autor e pesquisador de pós-doutorado no Crick, disse: “Se olharmos para trás, há mais de 4 ou 5 mil anos, podemos ver que a Europa era um lugar muito diversificado no que diz respeito a cães. Embora os cães europeus que vemos hoje chegar em uma gama tão extraordinária de formas e tamanhos, geneticamente eles derivam de apenas um subconjunto muito pequeno”.
Uma equipe internacional analisou os genomas inteiros (o complemento total do DNA nos núcleos das células biológicas) de 27 restos de cães ancestrais associados a diversas culturas arqueológicas. Eles os compararam entre si e com os cães modernos.
Os resultados revelam que raças como o Rhodesian Ridgeback, no sul da África, e o Chihuahua e o Xoloitzcuintli, no México, retêm traços genéticos de antigos cães indígenas da região.
A ancestralidade dos cães do Leste Asiático é complexa. As raças chinesas parecem derivar de alguns de seus ancestrais como o dingo australiano e o cão cantor da Nova Guiné, com o resto vindo da Europa e cães da estepe russa.
O cão cantor da Nova Guiné recebe esse nome por causa de seu uivo melodioso, caracterizado por um aumento acentuado do tom no início.
Greger Larson, um coautor da Universidade de Oxford, disse: “Os cães são nossos parceiros animais mais antigos e mais próximos. Analisar o DNA de cães antigos está nos mostrando quão longe nossa história compartilhada vai e nos ajuda a entender quando e onde este relacionamento profundo começou”.
Acredita-se que os cães tenham evoluído de lobos que se aventuraram em acampamentos humanos, talvez farejando comida. Ao serem domesticados, eles poderiam ter servido aos humanos como companheiros de caça ou guardas.
Os resultados sugerem que todos os cães derivam de uma única população extinta de lobos — ou talvez de alguns parentes próximos. Se houve vários eventos de domesticação ao redor do mundo, essas outras linhagens não contribuíram com muito DNA para os cães posteriores.
Skoglund disse que não está claro quando ou onde começou a domesticação. “A história dos cães tem sido tão dinâmica que você não pode realmente esperar que ela ainda esteja lá para ser lida prontamente nos DNAs. Nós realmente não sabemos — e isso é fascinante.”
Muitos animais, como gatos, provavelmente se tornaram nossos animais de estimação quando os humanos se estabeleceram em fazendas há pouco mais de 6.000 anos. Os gatos provavelmente foram úteis no controle de pragas como ratos, que eram atraídos pelos resíduos gerados por povoamentos densos. Isso coloca sua domesticação em berços da agricultura, como o Oriente Próximo.
“Para os cães, quase poderia estar em qualquer lugar: a fria Sibéria, o quente Oriente Próximo, o Sudeste Asiático. Todas essas são possibilidades em minha mente”, explicou Pontus Skoglund.
O estudo foi publicado na revista Science.

Mural gigante de homenagem ao cão, um companheiro em tempos difíceis

Mural gigante de homenagem ao cão, um companheiro em tempos difíceis
Enquanto a sociedade luta para lidar com os desafios físicos, emocionais e financeiros provocados pela pandemia da COVID-19, mais de 100 artistas de todo o mundo unem-se para elevar o ânimo, apoiarem-se uns aos outros e celebrar um dos grandes companheiros e conforto durante estes tempos desafiadores – o Cão.
Artistas ao nível global juntaram-se para se apoiarem uns aos outros e celebrar o cão numa época em que festivais, mostras de arte e exposições foram forçados a fechar. O Dog Mural Mosaic une 216 peças de arte individuais para formar uma imagem de obra-prima unificada com 3,6 metros de altura.
A imagem geral do mural apresenta “O Lobo”, uma mãe loba protegendo o seu filhote enquanto ele se deita na segurança do seu peito.
Os cães encontrados no mural incluem “Hero Dogs” em serviço, celebridades das redes sociais com centenas de milhares de seguidores, como Crusoe the Celebrity Dachshund, Watson e Kiko e Pluto Living combinados com estrelas de Hollywood, como Lassie, Rin Tin Tin, Benji e Old Yeller.
Juntos trazem à vida um mural cheio de dezenas de raças e histórias que destacam a importância do cão e o seu valor para a sociedade, agora e ao longo da história.
Este mural inspirador será revelado a 17 de novembro de 2020, quando todos os artistas terminarem de criar as suas peças de arte remotamente e as unir numa só, em Alberta, Canadá.
Cada uma das obras criadas terá vida própria, mas juntas formarão a imagem maior e, no final do projeto, o mural será leiloado peça a peça em apoio aos artistas.
Esta impressionante obra de arte pode ser explorada como um mural completo ou individualmente através de todas as 216 pinturas nesta página

Estado australiano quer aumentar 8 vezes multas por maus-tratos animais


O ministro da agricultura de Nova Gales do Sul, na Austrália, anunciou que estão a ser elaboradas novas medidas para aumentar as penalizações por crueldade animal, crime que assistiu a um aumento durante a pandemia.
O governante, Adam Marshall, indicou que os projetos de lei serão apresentados no parlamento esta semana para que estejam aprovados no início do próximo ano.
“Vou introduzir leis no parlamento, esta semana, para aumentar oito vezes o valor das multas por crueldade animal em Nova Gales do Sul. Passaram-se 20 anos desde que estas penalizações e leis foram revistas pela última vez. O regime de penalizações da Nova Gales do Sul é dos mais baixos da Austrália”, indicou.
De acordo com as autoridades, a pandemia do novo coronavírus também se traduziu no aumento da compra de animais de companhia, especialmente durante períodos de confinamento, o que levou a um aproveitamento “sem escrúpulos” dos criadores de cães, beneficiando da maior procura.
“Durante a pandemia de Covid-19 assistimos, provavelmente, a um duplicar do número de queixas, relatos e operações de resgate em vários estabelecimentos em todo o estado, e o que está a potenciar isso é o lucro com a criação de animais de companhia”, explicou.