Brad Piche é um sobrevivente de sorte

 

Brad Piche
Foto: Ricardo Guimarães

Há pouco mais de um ano, o G1 acompanhava uma história triste, de um cachorro encontrado com graves sinais de maus-tratos em Montes Claros, no Norte de Minas. Amarrado dentro de um saco de cimento, sujo de piche e com cortes profundos no pescoço, o vira-lata foi abandonado no Bairro Acácias e por pouco não morreu.

Após tratamentos, várias medicações e cuidados, o cãozinho sobrevivente ganhou nome especial e virou xodó da clínica veterinária que o acolheu.

Brad foi resgatado no dia 28 de julho por um homem que fazia caminhada e viu o cachorro dentro do saco. No dia seguinte, o animal foi levado para a clínica veterinária e, em um trabalho intenso, que envolveu todos os funcionários do local, foi se recuperando.

“Ele estava todo machucado, com a calda presa ao corpo, corte profundo no pescoço, possivelmente provocado por um cadarço de tênis, muito desidratado e com fome. Durante a recuperação ele apresentava muita resistência, ficava nervoso, ainda reflexo dos maus-tratos”, lembra Roberto.

Segundo o médico veterinário, só para tirar o piche do pelo de Brad foram necessários quase sete dias. O animal precisou ser reabilitado e hoje, com quase oito quilos, nem aparenta ter passado por uma situação de maus-tratos; até o pelo atingido pelo piche voltou ao normal. “Foi até uma surpresa para gente ver o pelo dele crescer novamente”.

Acostumado a entender casos de animais que sofreram maus-tratos, Roberto Macedo afirma que o caso de Brad Piche foi o que mais o comoveu. “Infelizmente é uma rotina, o crime de abandono. Por mais que a gente já esteja calejado de ver situações assim, este cachorro chamou mais atenção pelos maus-tratos diversos que sofreu e por sabermos que ele tinha um dono”, comenta.

 

Próteses que deram certo!

prótese

O cachorro Cola teve as duas patas dianteiras mutiladas por um vizinho, em maio, após mastigar um de seus sapatos que estava fora de casa, na Tailândia. Foi socorrido em estado critico, sobreviveu, precisou improvisar e andar só com as patas traseiras, mas ganhou próteses e está reaprendo a caminhar, subir escadas e correr.

O cachorro, de aproximadamente um ano, foi ferido com uma espada. O agressor, que se declarou culpado, foi condenado a um mês de detenção, segundo a Soi Dog Foundation.

Atualmente, o cão vive com Gill Dalley, uma das fundadoras da ONG. Dalley perdeu as duas pernas em 2004, quando adoeceu após entrar em área inundada para resgatar um animal, e agora ajuda Cola na reabilitação com as próteses.

Ele conseguia andar com as patas traseiras, como um canguru. Mas com as próteses é capaz de correr e de brincar.

Em um vídeo divulgado pela ONG, Cola não esconde a alegria de ficar sobre quatro patas novamente.

As peças foram desenhadas por um  veterinário que também é engenheiro e já havia feito equipamentos  para outros animais.

Cola colocou as próteses pela primeira vez há cerca de um mês, e precisou esperar as feridas cicatrizarem para começar a se adaptar com as novas patas.

É possível que o cão precise de novas próteses em breve, já que ainda está crescendo.

Em nota, a ONG diz que Dalley descreve Cola como um cachorro perfeito, inteligente e sociável.

 

Renata Sivieri

Renata Sivieri

Ela não faz parte de nenhuma ONG, mas sozinha vai fazendo muito pelos animais, especialmente cachorros. Já salvou e encaminhou muitos para adoção responsável.  Formada em Administração de Empresas e Economia, Renata sempre gosto muito de animais.Isso não é comum a todos os entrevistados. Existem pessoas que passaram, por um motivo ou outro, a gostar de animais. Claro, a maioria sempre gostou mesmo, graças a Deus. Renata tem duas cadelas, Nina e Bella.  Nina é SRD e Bella,  shih-tzu. Com essa personalidade, elas sempre teve vontade de adotar um cachorro de rua.Um belo dia a amiga Sandra Nascimento, que sabia deste interesse, apareceu em casa com uma cachorrinha linda que havia sido abandonada na porta de sua casa. Não tive dúvidas e levei para dentro de casa. Logo depois veio a Bella. Hoje as duas são a alegria da casa.

 

“Por amor é que devemos educá-los”

 

 

Marcos Moreno- Você sempre gostou de animais ou algum fato te despertou para isto?

Renata Sivieri– Sempre gostei de animais e o meu primeiro cachorro ganhei aos 13 anos – um Pequinês -Rock. Depois veio a Kika – Cocker Spaniel. Hoje tenho a Nina e a Bella. Se tivesse condições adotaria mais alguns, principalmente os abandonados nas ruas.

 

Marcos- Já teve algum especial ou todos são?

Renata– Acredito que na vida, nada é por acaso. Todos são especiais. Cada um ao seu modo tem um motivo especial para estar comigo.

 

Marcos- A escolha dos nomes sempre passa pela criatividade. Como foi no seu caso?

Renata- O nome da Nina foi escolha da minha amiga querida Luiza. Quanto ao nome da Bella, conheci uma lindacadela que tinha este nome.

 

Marcos- Qual o limite que não deve ser ultrapassado?(para que não haja confusão entre bichos e gente?)

Renata– Várias pessoas que possuem animal de estimação o consideram membro da família. Eu me incluo entre elas. A dedicação e carinho com nossos animais são importantes, mas não pode haver excessos, que podem causar problemas de convivência com o animal. Aliás, tudo em excesso não é bom, faz mal. É necessário que o animal tenha limites, como saber onde fazer xixi e coco, hora da comida, saber comportar perante visitas e passeios, etc. Não podemos deixar que o amor que temos com nossos animais se transforme em exageros. Por amor é que devemos educá-los.

 

Marcos- Você acha que os pets entendem o que falamos ou só entendem comandos?

Renata- Acho que nos entendem e muito. Eles sabem quando estamos bem, percebem quando há algo nos preocupando, são sensíveis quanto as nossas emoções.

 

Marcos- No universo de animais selvagens, qual o que mais te atrai?

Renata- Gosto de todos, pois cada um tem sua beleza natural.

 

Marcos- Que espécie de animal você jamais teria como pet e por que?

Renata– Jamais teria cobras e iguanas. No meu ponto de vista, estes animais têm a necessidade de viver no seu habitat natural.

 

Marcos- Você é contra certas culturas como touradas da Espanha ou as vaquejadas praticadas no nordeste brasileiro?

Renata– Sou totalmente contra  a qualquer tipo de maltrato com os animais.

 

 

Marcos- Um filme com animal.

Renata– Dois filmes são marcantes: Sempre ao seu lado; Marley e eu.

 

 

Marcos- Uma mensagem aos humanos em relação aos animais.

Renata– “Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Portanto quem chuta ou maltrata um animal é alguém que não apreendeu a amar.” (Chico Xavier)